Sequência Didática - "O Cravo Brigou com a Rosa"
SEQUÊNCIA DIDÁTICA COM A CANTIGA: O CRAVO BRIGOU COM A ROSA.
Colégio: Municipal Augusto Gonçalves Costa
Professora: Arirlandia Dias
Série: 3º ANO E turno: Vespertino
Itabela-Ba.
Orientadora: Erlândia Pereira S. Vieira
Relato de experiência “Respeito às diferenças”.
O relato dessa experiência teve como público – alvo alunos da minha turma 3º ANO E. A sequência de atividades apresentada teve duração de oito dias.
1º Dia: Problematizarão e sensibilização/Ética.
2º Dia: cantar/brincar/interpretar/ética: violência.
3º Dia: cantar/brincar/arte/pesquisar.
4º Dia: cantar/brincar/ler/escrever/interpretar.
5º Dia: cantar e brincar com a música (realizando os movimentos e gestos necessários).
6º Dia: cantar e brincar as músicas de rodas do conhecimento das crianças, ler o texto que conta porque o Cravo e a Rosa brigaram. Para comparação do poema trabalhado fiz a leitura da fábula O leão, a vaca, a cabra e a ovelha, no intuito de resgatar os conflitos que gerou a discussão Na sequência didática destacam o Direito da Aprendizagem. Está inserido no eixo: O trabalho com os diferentes gêneros textuais em sala de aula: Diversidade e Progressão Escolar andando juntas.
7º Dia: cantar e brincar/pesquisa/identificação
8º Dia: cantar/brincar/representar.
Devido a algumas manifestações por parte de alguns alunos com ações de preconceitos, senti a necessidade de trabalhar com esse tema para amenizar a situação de conflito que em alguns momentos se instauraram. Haja vista que ninguém aceita sofrer atitudes preconceituosas. Após algumas intervenções administrativas por parte da gestão da escola, senti a necessidade de vivenciar atividades que envolvesse a temática da diversidade aliada à proposta de alfabetização. Deparei-me com algumas questões incentivando a leitura daqueles que já leem, consolidar a escrita de outros alunos por meio do trabalho com textos desenvolvi conceitos, procedimentos e atitudes baseados no respeito às diferenças sociais e humanas.
A primeira atividade foi uma roda de conversa na qual tentei provocar os alunos sobre alguns conceitos como racismo, desigualdade social, violência e respeito. Questionei se eles achariam graça no mundo se todas as pessoas fossem iguais, se eles se consideravam melhor do que alguém e se devíamos respeitar as diferenças. Entre os alunos, foi de comum acordo a importância do respeito à diversidade. Percebi “que as crianças já tinham uma opinião construída a este respeito e questionei:”, se todos concordam que devemos respeitar as pessoas, independente de raça, religião, aparência física e situação financeira, perguntei o que vocês fazem para tornar o mundo melhor?. A partir dessa “pergunta, as respostas foram diversas” Venho para a escola aprender a ler e escrever; quer se preparar para ser Juíza por isso esta estudando; gosta da professora; obedeço ao mês pais e irmãos; ajudo meus colegas e respeito todas às pessoas.
Enfim, a partir das falas das crianças comecei a colocá-los no lugar de cidadãos responsáveis pela paz no mundo. Fizemos a leitura do poema o Cravo e a Rosa, que aborda as diferenças humanas, mostrando que ninguém pode brigar que ninguém é melhor do que o outro e conviver com a diversidade faz o mundo ficar mais interessante. Fiz o cartaz com o poema e solicitei que as crianças fizessem a leitura silenciosamente. Em seguida, fiz algumas perguntas: Qual o assunto abordado no poema? Que mensagem ele quer nos trazer? Tem alguma parte no poema que vocês acham certo? Por quê? As respostas das crianças foram bastante satisfatórias. Algumas argumentaram que no poema o cravo e a rosa não devia brigar, e que deveria ter respeitado a vontade dos outros, eles deveriam não ter acreditado na fofoca de outras pessoas e que eles é que ficaram sem ser felizes Após a fala das crianças ressaltei que o poema cujo tema era a diversidade e solicitei que eles caracterizassem que tipo de diversidade o poema trazia. Fizemos, então, uma lista dessa diversidade, apontando os nossos próprios exemplos na sala e na escola. Aproveitei para refletir que as pessoas também são diferentes no comportamento, no modo de viver a vida. Pouco a pouco, construímos a lista de diversidades: físicas, sociais, culturais, de raça: de religião.
Ao resgatar o poema, solicitei que as crianças contassem em quantos pedacinhos (estrofes) o poema estava dividido e quantas frases (versos) tinham todos os pedacinhos. E quantas palavras formava o poema. Este foi um trabalho proveitoso, pois a maioria dos alunos respondeu positivamente as questões apresentadas. Pedir para as crianças contar a música do cravo e a rosa em forma de história e ilustrar as estrofes com desenhos. Expliquei para as crianças que o poema tem uma organização: estrofes e versos (mostrando as linhas).
Fizemos preparação de coreografia e ensaios para apresentação; cantar e dançar com a música, realizando com as crianças os movimentos ou gestos presentes na cantiga. Asupressa não foi tanta, costumo trabalhar muitos textos da tradição oral com essa turma, como parlendas, poemas rimados, trava-línguas. Após esse momento, solicitei que as crianças fizessem a colagem do texto fatiado, colocando em ordem no caderno; pesquisar em livros dez palavras iniciadas com a letra C/R; lista de palavras com a letra final O/A. Destaquei novamente o nome da cantiga: o cravo e a rosa. Questionei: Além do cravo, qual é a outra flor que vocês conhecem? , na palavra ROSA (quantas letras, quantas sílabas e quantas vogais?); quantas flores aparecem na cantiga? ; trabalhei o numeral dois de várias maneiras a partir desse contexto; O que são Cravo e Rosa? Após esse momento aquelas crianças que liam com fluência conseguiu realizar rapidamente as tarefas: as crianças que não possuíam leitura fluente, mas já realizavam leitura de palavras isoladas, também conseguiram. Os alunos que apresentavam mais dificuldades realizaram a tarefa com ritmo diferente das outras, mas fizeram. Quando questionados como conseguiram, obtive respostas do tipo: “foi fácil, essa palavra parece com essa”. Outra estratégia que sempre costumo usar e que dá muito certo é a leitura de palavras no texto. Tanto os alunos do grupo dos alfabéticos como os do silábico consegue sucesso do seu desempenho.
As crianças apresentaram as músicas de sua vivencia cantando e rodando com os demais colegas da sala, foram várias músicas que eles tiveram a lembrança, foi um sucesso.
Para finalizar as atividades fiz a leitura da fábula: O leão, a vaca, a cabra e a ovelha, no intuito de resgatar os conflitos que gerou a discussão entre os alunos. Ao final da leitura questionei aos alunos sobre a relação da fábula com o poema que havíamos trabalhado. Grande parte da turma identificou que os dois textos falavam do respeito entre as pessoas, independente de quem sejam. Aproveitei para enfatizar para as crianças que, na nossa vida, vamos nos deparar com essas barreiras e devemos saber como agir, pois não podemos responder uma agressão com outra agressão como fizeram os alunos
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