"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

sexta-feira, 5 de abril de 2013

testes auto-avaliação
Teste: Teste, Você é Cabeça Quente ?

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O objetivo deste teste é dar a pessoa uma ideia de como anda seu comportamento no trato como os demais à sua volta.
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O teste a seguir, apesar de não ter caráter científico oficial, serve de base para uma auto-avaliação.

Fonte: Revista do Ensino - Porto Alegre - 1962.
Teste: Professor Avalie Seu Nível de Estresse


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Responda "VERDADEIRO" ou "FALSO" a todas as perguntas e depois clique no botão "AVALIAR" no final da página, para saber o resultado.


    1)  Às vezes tenho vontade de xingar as outras pessoasa)  Verdadeiro.
    b)  falso.

    2)  De vez em quando gostaria de poder sair quebrando tudo que visse pela frente.a)  Verdadeiro.
    b)  Falso.

    3)  Muitas vezes não consigo ententer por que me irrito tão facilmente.a)  Verdadeiro.
    b)  Falso.

    4)  Às vezes me dá vontade de bater em algumas pessoas.a)  Verdadeiro.
    b)  Falso.

    5)  Perco a paciência com facilidade.a)  Verdadeiro.
    b)  Falso.

    6)  Com frequência me dizem que sou esquentado.a)  Verdadeiro.
    b)  Falso.

    7)  Acabo discutindo quando alguém passa à minha frente numa fila.a)  Verdadeiro.
    b)  Falso.

    8)  Às vezes respondo com agressividade a pessoas que são rudes ou inconvenientes.a)  Verdadeiro.
    b)  Falso.

    9)  Frequentemente me arrependo por me irritar tão facilmente.a)  Verdadeiro.
    b)  Falso.

    10)  Fico aborrecido quando me apressam.a)  Verdadeiro.
    b)  Falso.

    Item 11
    Sou muito teimoso.a)  Verdadeiro.
    b)  Falso.

    12)  Não sei o que acontece comigo para, às vezes, eu ficar tão aborrecido e irritado.a)  Verdadeiro.
    b)  Falso.

    13)  Já cheguei a quebrar móveis e louças depois de beber.a)  Verdadeiro.
    b)  Falso.

    14)  Já fiquei aborrecido com uma pessoa a ponto de achar que ia explodir de raiva.a)  Verdadeiro.
    b)  Falso.

    15)  Às vezes chego a agredir fisicamente alguém que me irrita.a)  Verdadeiro.
    b)  Falso.

    16)  Quase nunca perco o autocontrole.a)  Verdadeiro.
    b)  Falso.

    Para ver o resultado, clique no botão "AVALIAR" abaixo!
     
testes auto-avaliação
Teste: Você tem Timidez ?

Timidez quando exagerada pode se tornar um problema, uma vez que interfere diretamente nas relações humanas.
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Longe de ser uma catastrófe, pode ser o indicador de que a pessoa precisa trabalhar mais sua auto-estima e autoconhecimento.
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Ser competente na gestão da própria saúde e estilo de vida deveria fazer parte das prioridades de todos.
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O objetivo desse teste é apenas informar se alguns sintomas de alerta estão ou não presentes em sua vida.
Teste: Você tem Timidez ?


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Responda "SIM" ou "NÃO" a todas as perguntas e depois clique no botão "AVALIAR" no final da página, para saber o resultado.


    1)  Quando as pessoas falam com você, você costuma olhá-las direto nos olhos?a)  Sim.
    b)  Não.

    2)  Quando seu amigo(a) convida você para sentar-se junto dele(a), você diz que não, porque se você sentar perto dele vai ficar muito apertado?a)  Sim.
    b)  Não.

    3)  Você tenta não se deixar notar quando encontra pessoas conhecidas em lugares públicos?a)  Sim.
    b)  Não.

    4)  Quando você conhece novas pessoas, você normalmente se sente que está por cima?a)  Sim.
    b)  Não.

    5)  Você se diverte quando conhece pessoas novas?a)  Sim.
    b)  Não.

    6)  Você costuma falar baixinho e calmamente?a)  Sim.
    b)  Não.



    Para ver o resultado, clique no botão "AVALIAR" abaixo!
     

ENCONTREI ESTES TEXTOS NO SITE DICAS  DE EDUCAÇÃO SÃO EXCELENTES DICAS PARA PAIS E PROFESSORES

Castigos e Recompensas
"Se desejas ter bons obreiros,
não os estragues com elogios fáceis.."
Autor: Jon Talber[1]


Pais e educadores deveriam se preocupar com a chamada educação compensatória, onde o filho ou aluno recebe presentes ou agrados para cumprir seus deveres escolares, ou as pequenas tarefas do seu dia a dia. Se em casa os pais vêem na recompensa uma forma de motivá-los e dar-lhes uma força extra na hora de cumprirem suas tarefas rotineiras, na escola, o educador, em nome da instituição e do sistema, incentiva o comportamento competitivo, ao conferir honras a aquele que alcança as metas estabelecidas. Em ambos os casos, cria-se uma inevitável situação de competição entre todos os indivíduos. Na escola será entre os alunos, e em casa, entre irmãos ou com os próprios pais. Em ambientes assim, o entendimento entre as pessoas é impossível, uma vez que todos, de alguma forma se tornam adversários entre si.
Por que não deveria ser uma coisa natural o cumprimento de uma tarefa em benefício próprio? Para escovar os dentes é realmente necessário um incentivo; um convencimento mediante um agrado, ou outro tipo de persuasão? Não seria mais simples mostrar para as crianças a realidade das coisas, os efeitos da omissão caso não cumpram com seus deveres, ao invés de torná-las simples máquinas cumpridoras de ordens, sempre esperando receber alguma coisa em troca? Há algum tipo de ação em nossas vidas que façamos sem esperar absolutamente nada em troca? Duvidamos que haja.

Como podemos esperar uma sociedade justa, se o justo para nós é a compensação, alguma forma de pagamento pelo que quer que façamos? Não precisa ser uma compensação imediata, material, pode ser um consolo espiritual, uma compensação maior para o futuro, ou além da vida, e assim por diante. Não é tudo a mesma coisa; uma busca por compensações, a exemplo daquilo que aprendemos quando éramos crianças?
Buscamos a perfeição, não porque sabemos ser imperfeitos, mas porque isso significa obter mais poder, e representa o ponto culminante no meio social onde vivemos, onde todos disputam entre si, em busca de destaque pessoal. Numa situação permanente de disputa como esta, não é possível introduzirmos em nossas vidas o que chamamos de ordem. Não podemos admitir que possa existir ordem numa sociedade onde a disciplina tem que ser obedecida à base da força, das leis, o que caracteriza claramente falta de ordem, o que indica que a falta de bom senso é a única realidade que temos.

Por isso mesmo, a desordem que faz parte dos nossos dias, faz nascer em cada um de nós, um sonho de uma ordem capaz de colocar tudo nos eixos. É claro que não conhecemos essa ordem, esse modelo perfeito de organização contrário ao caos que podemos ver à nossa volta. Como pais ou educadores, cientes de que o mundo, dentro da atual condição, apenas conseguirá levar o homem a mais sofrimentos e crescentes angústias, cabe a nós encontrar os meios necessários para que, através de uma correta orientação, tenhamos em nossos filhos e alunos, aliados em busca de um mundo melhor, e não meros multiplicadores do caos que já existe.

Nessa busca, precisaríamos em primeiro lugar, nós próprios, encontrarmos as respostas capazes de operar uma transformação pessoal, de modo que de posse dessa solução, fossemos então capazes de repassarmos a eles; não no papel de instrutores, simples difusores de soluções prontas, mas como espelhos capazes de refletir pela conduta, tal realidade. De que adiantaria desejarmos mudar a mentalidade do mundo, se a nossa própria permanece nos moldes desse mundo?

Os erros, infelizmente ou felizmente, para o homem, ainda são a principal fonte dos seus acertos. Cada erro se propõe a nos ensinar, desde que estejamos dispostos a aceitar isso como um fato.

Um erro se presta a nos ensinar como não devemos agir, e a partir deles, se bem aceitos e compreendidos, tendem a nos favorecer. É certo que ninguém, de bom senso, deseja errar de forma intencional, e a despeito dos efeitos e malefícios que são capazes de causar à nossa volta, também é certo que deles só podemos tirar a algum proveito, se estivermos dispostos a aceitá-los, não como punições ou castigos, mas como reflexo do ser imperfeito, independente de nossa condição social, credo ou raça, que ora somos. Somos produtos de um mundo imperfeito, não podemos ser perfeitos, e a razão é bastante simples: Um mundo psicologicamente imperfeito não é capaz de produzir homens psicologicamente perfeitos.

Ao buscar na recompensa uma forma de motivar o filho ou o aluno a cumprir seu dever natural, há aí uma grande falta de respeito; então vejamos. O incentivo por menor que seja, logo cria o hábito de que a qualquer tarefa realizada, sempre alguma coisa ele obterá em troca. Se como adultos somos motivados à elogios, ou promessa de méritos, logo a origem de tudo, tem no nosso passado o ponto de partida. Na verdade tal prática incentiva à preguiça, uma vez que a disciplina e ordem natural que cada um deveria desenvolver em sua prática diária, logo é corrompida com a idéia de que, para tudo que alguém se presta a fazer, há sempre uma compensação a sua espera. A disciplina então torna-se obrigação, e a obrigação um negócio, um meio de ganhar alguma coisa.

Quando não somos capazes de acreditar em nossos próprios filhos ou alunos, a recompensa é o único meio de motivá-los; de extrair deles algum resultado, mesmo que seja a própria educação. Se ao incentivarmos nossos filhos a escovar os dentes após às refeições, os próprios benefícios dessa prática, o que significa a saúde dos seus dentes, deveria ser em si mesmo meio e fim, sem necessidade de prêmios ou motivações complementares. Explicar e fazê-los compreender os benefícios que obterão para si mesmos com tal hábito, deveria ser nosso papel, e não o emprego de qualquer tipo de coação. Ao coagi-los sob a força de prêmios a realizar algo que se reverterá em benefício próprio, estamos criando um indivíduo incapaz de respeitar o que quer que seja, a não ser por força de alguma obrigação ou medo.

É a recompensa de todo nociva ao desenvolvimento do indivíduo, que antes disso, deveria pela autodisciplina, descobrir que o respeito pelo seu próximo, começa com o respeito pessoal. Aprendendo a cuidar de si porque compreendeu que é a coisa certa e sensata, que é o caminho que o tornará independente e o ensinará a respeitar o espaço alheio, ele exigirá menos dos outros, irá valorizar o esforço pessoal e alheio. Terá mais possibilidade de viver num mundo integrado e livre dos antagonismos comuns, de um mundo de disputas, próprio daqueles que trabalham numa só direção, a dar para receber algo em troca.

Assim, nosso papel de explicar o que devem fazer, e mais importante, porque estão fazendo, é fundamental. De pouco serve exigirmos que nossos filhos passem anos e anos numa escola, sem contudo, lhes explicarmos porque estão fazendo isso; não podemos deixar isso na mão dos educadores, eles não o farão. Precisamos ir além e enumerarmos para eles, de forma compreensível, todos os benefícios que deverão esperar de tal esforço, isso é respeito, é o mínimo de um máximo que poderíamos dispensar à eles, se houvesse interesse de nossa parte. Faríamos isso de boa fé, se tivéssemos a certeza de que seríamos imediatamente, de alguma forma, recompensados. 
Crianças agressivas: como lidar com elas?
Consultora familiar dá sugestões para controlar comportamento hostil
Autora: Antoniele Fagundes[1]




A agressividade infantil pode se tornar um hábito para a vida adulta, se não cuidada com o devido preparo... 
A infância é o período mais rico e importante da vida de qualquer pessoa. Nesta fase são absorvidos valores e despertados talentos. Muitos comportamentos adultos têm suas primeiras manifestações nesta saudosa fase tão linda e inocente.

Crianças na primeira infância muitas vezes se expressam mordendo, gritando, beslicando ou chutando. Antoniele Fagundes, que é Consultora Familiar, explica que nos primeiros anos de vida as crianças estão aprendendo como funciona a sociedade e quais as suas potencialidades. Testar as capacidades que nosso corpo pode fazer como chutar e gritar ou experimentar o corpo de outra pessoa, mordendo ou beliscando é um importante aprendizado.
Caso esse comportamento perdure ou aconteça de forma exacerbada, pode ser um sinal de que algo não está bem. Os pais devem estar atentos aos ataques de agressão e conversar de forma firme, mostrando que a criança pode adquirir o que deseja sem ter que machucar o outro. "O castigo pode ser temporariamente satisfatório para os pais. No entanto, pelos exemplos que tenho acompanhado, apenas dá uma pausa e faz a criança muitas vezes ficar mais tensa ao ter que lidar sozinha e quieta com aquelas sensações de euforia e agressividade", aponta Antoniele.

Há casos em que os pais se culpam pelo pouco tempo passado com os filhos e deixam de cumprir seu papel de orientador e disciplinador durante os momentos que estão juntos. A permissividade que atualmente existe em muitos lares é fator importante na observação de um quadro de agressividade infantil. "As crianças estão a todo tempo testando os limites do seu comportamento para saber até onde podem ir. Quando os pais ou educadores não impõem regras claras e firmes, a criança sofre com a falta de alguém para limitar suas ações", esclarece a consultora.

Regras e limites são importantes para que as crianças aprendam a controlar seus impulsos agressivos e lidar com as frustrações para conviver em sociedade de forma saudável. A falta de orientação e limites permite que a criança cresça desestruturada. Pais com posturas firmes e carinhosas conseguem equilibrar a situação.

Para famílias que já tentaram diversas maneiras de conter atitudes negativas de seus filhos e mesmo assim ainda possuem dificuldades em conseguir uma solução definitiva, a consultoria familiar tem muito a oferecer. Através de conversas esclarecedoras, os pais podem se dar conta que pequenos gestos contribuirão para a felicidade maior do filho e harmonia familiar. 
Aprenda a Conhecer seu Filho
Autora: Any Bicego Queiroz[1]



Ensinar é a mais completa arte de aprender... 
Para contribuir ainda mais para o desenvolvimento de seus filhos, os pais devem sempre observar com muita atenção as crianças para conhecê-las melhor. A partir do momento em que conseguem obter o máximo de informações sobre as características e preferências dos filhos, torna-se possível estimulá-los propondo atividades que apresentem a medida certa de desafio: propostas nem tão fáceis que nada acrescentarão às crianças, nem tão difíceis que se tornem impossíveis de realizar.

Quando os pais buscam este equilíbrio para estimular o desenvolvimento dos filhos, mas ainda não estão muito seguros sobre o que eles já sabem ou sobre o que podem e desejam aprender, pode-se propor uma primeira atividade para cumprir esta função de levantar o máximo de subsídios que os ajudem a conhecer o que as crianças já sabem.
Visando facilitar esta observação e identificar as capacidades das crianças, os pais podem estimular diversas situações, como jogos educativos, atividades esportivas, contar histórias ou fazer a leitura de livros em conjunto, passeios em zoológicos, teatros, cinemas e museus, por exemplo, além de acompanharem as tarefas escolares dos filhos em casa. O que é muito importante!
Durante estas atividades, é preciso registrar o máximo de informações possíveis sobre as características dos filhos: como é sua postura enquanto realiza as atividades; seu grau de atenção e concentração; qual a capacidade de leitura e a riqueza de vocabulário e como isso pode ser estimulado; seu relacionamento interpessoal e sua capacidade de realizar um trabalho em grupo. Além disso, os pais também podem observar como está a capacidade de organização, o capricho, a responsabilidade, a rapidez e agilidade, e sua curiosidade para aprender coisas novas.

Ao montar um quebra-cabeça com seu filho, por exemplo, procure observar como está sua coordenação motora fina, isto é, como ele segura as peças, quantas peças ele consegue montar, sua concentração, capacidade de perceber detalhes e a agilidade com que encaixa as peças.

Outro exemplo de atividade muito rica e que auxilia na observação das características dos filhos é a leitura de livros. Procure identificar que tipo de livros os filhos gostam de ler, com que frequência fazem essa leitura, como está o vocabulário das crianças e como é a fluência dessa leitura. É importante que os pais, ao contarem histórias para os filhos ou ouvirem uma narrativa contada por eles, busquem estimular a criatividade das crianças fazendo perguntas sobre os textos, propondo um novo enredo e, até mesmo, inventando novos personagens.

Ao propor estas atividades, os pais precisam estar dispostos a aprender com as características dos filhos, sem pré-julgamentos ou rigidez na avaliação. O olhar dos pais deve estar voltado para buscar as capacidades que os filhos já apresentam desenvolvidas, sempre pensando em contribuir para que as crianças sejam cada vez melhores. Portanto, vá com calma e respeite o tempo deles.

Aprender com as características dos filhos não é uma tarefa fácil, mas é preciso tentar e buscar estimular ao máximo para que eles se desenvolvam cada vez mais.

Proponha algumas atividades para o seu filho e observe suas habilidades. Você pode descobrir o filho brilhante que você tem! 
Inteligência e Autoridade
"Um boneco de corda só é capaz de funcionar pela vontade do seu dono..."
Autora: Anne M. Lucille[1]



Em nosso inconsciente, a palavra autoridade quer dizer: "Aquele que conhece a verdade...""
Muitos, talvez a quase totalidade dos educadores, e homens preocupados em aplicar as centenas de teorias instrucionais existentes, para mecanizar os estudantes, acreditam que, ensinando-se cada ser humano da face da terra a ler e escrever, resolve-se, por reflexo, todos os problemas desse mundo.

Mas, por trás de cada grupo que defende o caos, a anarquia social, a estruturação de uma mente social inclinada a lhes seguir os passos, seja por ideologia ou qualquer outro motivo, o que existe senão uma autoridade culta, repleta de todo conhecimento do homem, um idealista?

E nos tempos de suposta paz, onde os governos totalitários, ou chamados democráticos, ou socialistas, cujo lema é sempre conduzir seu povo para onde apontam seus interesses pessoais, estes também não são extremamente cultos? E os cientistas sem ética, sem sensibilidade, movidos pela ganância do acumular cada vez mais méritos, mais reconhecimento público, mais poder, criadores das mais letais armas de destruição em massa, também estes, não são cultos?
E a autoridade criadora das ideologias, os chamados cientistas sociais, ou sábios, cujos ideais apenas se prestam a suprir seus desejos pessoais de poder, de dominação, que controlam sua multidão de séquitos através da prática do medo, limitando até seu modo de pensar, instituindo o que devem desejar, para onde devem direcionar seus esforços de realização, o que devem esperar da vida, conduzindo-os, como a uma manada de animais ao seu pasto, também estes não são dotados de vasta cultura?

Podemos ser bastante cultos, doutores em literatura, conhecimentos do mundo, mas ao seguirmos uma autoridade, ao nos submetermos aos caprichos de um indivíduo, ou grupo, ou ideologia política ou religiosa, não estamos também negando nossa própria liberdade de expressão? Se não somos capazes de pensar e nos deixamos conduzir pelo pensamento alheio, somos indivíduos ou autômatos mecanizados e programados coletivamente? Onde está então nossa inteligência, será coisa de segunda mão?

Se não somos capazes de pensar com liberdade, com clareza, por que devemos achar que existe em nós algum vestígio de inteligência? Há em nós inteligência quando sequer usamos nosso cérebro para decidir nosso destino, nossas preferências, como devemos nos relacionar com esse mundo, de coisas e entes humanos? Se somos conduzidos, sem questionarmos, sem direito à liberdade de escolha, enclausurados pelo domínio de outros, há diferença entre nós e uma manada de bois sendo conduzidos ao matadouro indiferentes ao perigo que lhes aguarda?

Supondo que iniciemos uma jornada em direção a um ponto, destino qualquer. Podemos nos dirigir a esse ponto sem sabermos o motivo, sem saber o que devemos encontrar no final, sem decidirmos sequer a hora de descansar e levantar para continuar a caminhada, e ainda assim, nos considerarmos inteligentes? Afinal de contas, o que é, para nós, inteligência?
Observe um robô movido a um mecanismo analógico, a chamada corda, destes que gravam e depois, ao aperto de um botão, reproduzem a voz do seu dono. Eles simplesmente repetem aquilo que ouvem, e isso, não quer dizer que sejam inteligentes, ou que sejam capazes de pensar. Há então diferença entre eles e alguém que simplesmente, sem questionar, sem pensar, segue cegamente o pensamento de uma autoridade, que o controla, a repetir suas vontades e desejos?

Há uma mecanicidade em nossos gestos e hábitos. Reparem como repetimos as coisas que nossos pais, amigos, ídolos, gente da moda, gostam de fazer, ouvir, falar, e assim, logo em nós se tornam hábitos. Não porque os preferimos, uma criança não tem preferências, mas porque pela repetição regular da coisa, aquilo termina por se alojar em nosso cérebro como uma ordem a ser executada. E assim é criada uma identificação entre nós e o hábito que repetimos. O hábito passa a fazer parte de nossa personalidade, é incorporado ao nosso eu, como um detalhe que nos identifica como o indivíduo que somos.

Não é o excesso de conhecimento que aliena o homem, mas, antes disso, o desnecessário... 
Nesse processo inteiramente mecânico, onde velhos hábitos são imitados, ajustados à realidade do nosso corpo, não existe um pensador, pois nada de novo é criado, apenas copiado. Chamamos de inteligência a capacidade inata que todos possuem de imitar, mas, podemos acrescentar que mais lógico, sensato, seria considerarmos inteligente, aquele que não imita, que age de forma independente, que está disposto a questionar por quê, deve também ele continuar imitando, mesmo que isso signifique uma oposição contra o padrão que a todos guia.

Não é inteligência o saber imitar, mas seria o compreender que imitação não significa ser inteligente. A inteligência é o ato de examinar, questionar, ponderar, avaliar todas as nuances de uma mesma questão, sem opinião de qualquer espécie previamente formada. Repetir palavras e procedimentos não é ser inteligente, isso o computador já faz melhor e mais eficientemente que qualquer individuo humano, e nem por isso possui inteligência.

Nasce a inteligência quando há a liberdade do natural questionamento, seja o simples perguntar: “Por que devemos escovar os dentes três vezes por dia?”. Ao sentir-se livre para questionar, também o individuo está livre para ser criativo, e não imitativo. Imitar não é ser criativo, chama-se a isso de plágio, ou pensamento de segunda mão. Mas, aparentemente, é como vive a maioria das pessoas.

Podemos questionar desde já uma coisa simples: Por que, a despeito de toda autoridade e cultura dos sábios, que teimam em serem imitados, por motivos mil, ainda, o homem não consegue viver sem conflitos entre si? Esse inexpressivo questionar já demonstra inteligência, uma vez que indaga sobre nosso próprio modo de ser, de agir, afinal até agora tudo que fizemos foi o imitar nossos ancestrais, e aonde chegamos?