Relacionamento Professor E Aluno
50 maneiras de mostrar aos seus alunos o quanto você se importa com eles
De acordo com uma pesquisa, apenas um a cada quatro alunos do 6o. ano ao ensino médio dizem que as suas escolas oferecem uma ambiente acolhedor. Esta constatação é surpreendente!
Como podemos inspirar os alunos a mostrar empatia uns pelos outros, se nós falhamos em mostrar isso em nós.
Na verdade, nós nos importamos muito, porém nosso foco está centrado apenas no desenvolvimento acadêmico e acabamos por ignorar os pequenos gestos que demonstram carinho.
Interessante dizer que, o menor caminho para o sucesso acadêmico de muitos alunos é através dos seus corações. Eles não se importam com quanto nós sabemos, o que eles querem saber é o quanto nós nos importamos.
Aqui vão 50 dicas que, se praticadas diariamente, garantirão o seu nome no Hall da Fama e no coração dos seus alunos:
01. Aprenda o nome dos seus alunos
02. Lembre a data de aniversário deles
03. Pergunte como eles estão e/ou como se sentem
04. Olhe nos olhos quando conversar com eles
05. Ria junto com eles
06. Diga mais SIMs
07. Seja você mesma, nada de superficialidades ou tipos
08. Repare quando eles estiverem agindo diferente
09. Compartilhe do entusiasmo deles
10. Envie uma carta ou um bilhete para eles quando estiverem ausentes
11. Repare quando eles não vierem para a escola
12. Chame-os, mesmo que seja apenas para dizer `olá`
13. Converse a respeito dos sonhos deles ou do que os afligem
14. Aprenda com eles as coisas que só eles sabem fazer
15. Esteja sempre disponível para eles
16. Apareça nos eventos que eles realizarem
17. Encontre interesses em comum com eles
18. Desculpe-se quando fizer algo errado
19. Ouça a música favorita deles, com eles
20. Acene e sorria, mesmo quando você estiver vendo-os de longe
21. Agradeça-os por tudo o que eles fizerem ou disserem
22. Deixe claro o que você gosta neles
23. Recorte figuras, artigos, separe revistas que possam interessá-los
24. Cumprimente-os por todas as coisas bacanas e corretas que eles fizerem
25. Dê-lhes sua atenção individual
26. Peça a opinião deles
27. Apresente-os para seus amigos
28. Diga-lhes o quanto você gosta de estar com eles
29. Procure conhecer os Pais e os amigos deles
30. Ajude-os a tornarem-se experts em algo
31. Demonstre entusiasmo ao vê-los
32. Conte-lhes sobre as coisas que você gosta
33. Elogie mais, critique menos
34. Peça a ajuda deles quando não souber fazer algo
35. Acredite neles
36. Comemore a individualidade deles
37. Permita que eles errem e aprendam
38. Inclua-os na conversa, jamais deixe-os de fora
39. Respeite-os
40. Seja compreensiva quando eles tiverem um dia ruim
41. Aprecie a personalidade deles, aceitando-os como eles são
42. Encoraje-os a ajudar os outros
43. Faça o que eles gostam de fazer, afinal você também é uma pessoa normal
44. Encoraje-os a pensar grande e a ter metas desafiadoras para a vida
45. Celebre quando eles começarem e finalizarem algo importante
46. Agradeça as sugestões deles
47. Pergunte por eles quando estiverem doentes ou ausentes
48. Apresente-os as pessoas de destaque que você conhece
49. Coloque-se à disposição quando eles precisarem
50. Ame-os, apesar de tudo
Professores, esses 50 comportamentos traduzem a essência do que é criar um relacionamento baseado no Amor e não na nota bimestral. Lembre-se disso na próxima aula.
Roseli Brito é Pedagoga – Psicopedagoga – Coach de Família
Ajudo as Escolas e Educadores na :
1) Implantação do Programa de Resolução de Conflitos 2) Aplicação do Programa de Gerenciamento da Sala de Aula
3) Fidelização e Captação de Alunos
Estímulos a leitura infantil
Leitura infantil |
Escrito por Pablo Zevallos |
Conselhos de como aproximar nossos filhos aos livros e à leitura
Todos sabemos que o hábito da leitura é um grande estímulo à criatividade, imaginação, inteligência, e à capacidade verbal e de concentração das crianças. Sabemos também que os livros deveriam estar presentes no dia-a-dia das crianças, do mesmo modo que seus brinquedos. Os livros nos enriquece a todos e nos leva a mergulhar em aventuras, histórias, e em riquíssimas informações.
O livro é uma grande janela para a formação em todos os sentidos. Poderíamos estar falando e falando acerca dos benefícios do livro para as crianças, mas não pararíamos jamais. O importante é ter claro que os livros são importantes, mas o ato de ler, se possível todos os dias, é o que levará seu filho a este cantinho tão gostoso que é a aventura do saber, do conhecer, e do descobrir. Além disso, se os pais compartilham o momento da leitura de um livro com os filhos, estarão estabelecendo um laço especial entre ambas as partes.
Um leitor não nasce, se faz
O interesse pela leitura deve-se inculcar desde o berço, e tratar com persistência e dedicação, que se converta num hábito. É fundamental para as crianças que aprendam a buscar conhecimentos mediante a leitura desde a mais tenra idade. As crianças devem ouvir estórias o quanto antes possível. Recomenda-se, entretanto, que o façam com disciplina, ou seja, tendo preconcebida uma hora ao dia para fazê-lo. Poderia ser na hora de dormir, ou depois de comer, e longe de qualquer distração.
Não é necessário esperar que uma criança leia para que ela possa ter contato com os livros. Existem livros para todas as idades. Livros só com ilustrações, para que os pais vão indicando o nome de cada figura e fazendo com que o bebê repita. Há livros com vocabulários, ou seja, que além da imagem, leva também o nome embaixo da mesma, para que o bebê vá visualizando as letras e as palavras. E os livros com texto e ilustrações para as crianças que já sabem ler.
Os pais de crianças que ainda não sabem ler, devem ler uma ou mais vezes, conforme seus filhos lhes peçam. Não devem limitar seus gostos. Que leiam o que lhes interessam, seja o que seja.
Os pais devem valorizar o momento da leitura dos filhos. Valorizar e diversificar os temas falando deles com as crianças, favorecendo todo tipo de livro, seja do material que for (papel, cartão, plástico, etc.), e valorizar o tempo que as crianças dedicam à leitura.
Os benefícios da leitura para as crianças
Os benefícios do livro para as crianças são incalculáveis e para toda a vida. Leva a criança a querer ler, a buscar saber, a adentrar-se no mundo da arte, do desenho e da imagem através das ilustrações. Aumenta sua habilidade de escutar, desenvolve seu sentido crítico, aumenta a variedade de experiências, e cria alternativas de diversão e prazer para ela.
De passagem, a criança aprende a converter facilmente as palavras em idéias, imagina o que não viu e faz com que consiga mergulhar na situação emocional do personagem, provando sensações como o perigo, o mistério... A criança se diverte ou chora através dos livros. Além disso, a criança aprende valores comuns. O de ser uma criança boa e amiga, por exemplo, como Peter Pan. A criança desenvolve consciências conhecendo a si mesma, formando critérios, sem contar que a ajuda a escrever e a relacionar-se melhor socialmente.
Hoje em dia parece ser que o interesse pela leitura tem experimentado um crescimento por parte das crianças. E a oferta tem acompanhado essa demanda. As editoras de livros infantis não só aumentaram a quantidade de produtos como também melhoraram sua qualidade. Se damos um passeio pelas livrarias e bibliotecas infantis, podemos encontrar uma infinidade de livros repletos com as mais curiosas ilustrações, cheios dos temas mais interessantes... Cada dia são mais irresistíveis!
Além dessa oferta de livros, nota-se também que foram criados espaços de leitura exclusivamente para as crianças nas escolas, bibliotecas, livrarias, etc.
Os livros já ocupam espaço em muitos quartos de crianças, desde sua idade mais pequena. Isso demonstra que os pais estão cada dia mais conscientes do valor da leitura. E serão eternamente agradecidos por isso.
http://br.guiainfantil.com/leitura-infantil/94-estimulos-a-leitura-infantil.html
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A importância de planejar o estudo
No ambiente familiar:
• Escolher um bom local de estudos, de preferência ventilado, claro, com luz natural, sem barulhos e distrações;
• Elaborar um plano de estudos semanal, organizando os conteúdos que serão estudados;
• Não deixar as lições de casa para o dia posterior, aproveitando que o conteúdo ainda está “fresco” na mente;
• Programar o horário de estudo para os momentos em que estiverem mais atentos e dispostos. Evitando que sejam realizados em momentos de sono e cansaço, fatos que podem prejudicar o desempenho.
• Fazer pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes entre outros, para realizar a atividade que foi proposta.
• Refazer os exercícios que errou ou apresentou dificuldades;
• Descobrir as melhores técnicas de memorização para estudar (esquemas, falar em voz alta, dramatizar, estudar em grupos, entre outros).
• Reconhecer as áreas que apresenta dificuldade, dedicando um tempo maior de estudo;
• Preparar o material escolar antecipadamente, verificando os livros e cadernos que irá utilizar.
• Envolver na vida escolar do filho. Perguntar a ele o que aprendeu e como isso pode ser importante na vida dele.
• Dê o exemplo. Leia livros, jornais, ouça música, veja filmes e espetáculos de qualidade.
• Mostrar para seu filho que ele é capaz de solucionar problemas, dando a ele a capacidade de buscar sua independência.
• Não pressionar nos estudos, fiscalização intensa não funciona. Ensine a ter responsabilidade, pois seu filho não o terá pelo resto da vida.
• Antes de recorrer a aulas de reforço escolar, veja se o jovem é capaz de superar a deficiência sozinho.
No ambiente escolar:
• Prestar atenção na aula, bem como participar e perguntar sem medo quando apresentar dúvidas;
• Aproximar de um professor, pesquisador ou profissional que domina a área pela qual tem interesse de seguir carreira.
• Fazer as avaliações com calma e atenção.
• Não deixar questões em branco nas avaliações, buscando registrar, mesmo que seja mínimo, o seu conhecimento.
Conscientizar sobre o quanto o estudo é necessário para todo indivíduo, que nunca uma pessoa deve desistir de estudar e incentivar aqueles que não estudam. Colocar o estudo como parte da rotina deles, fazendo-os entender que é uma necessidade do ser humano.
Boa Sorte!
Sucesso!
Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola
• Escolher um bom local de estudos, de preferência ventilado, claro, com luz natural, sem barulhos e distrações;
• Elaborar um plano de estudos semanal, organizando os conteúdos que serão estudados;
• Não deixar as lições de casa para o dia posterior, aproveitando que o conteúdo ainda está “fresco” na mente;
• Programar o horário de estudo para os momentos em que estiverem mais atentos e dispostos. Evitando que sejam realizados em momentos de sono e cansaço, fatos que podem prejudicar o desempenho.
• Fazer pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes entre outros, para realizar a atividade que foi proposta.
• Refazer os exercícios que errou ou apresentou dificuldades;
• Descobrir as melhores técnicas de memorização para estudar (esquemas, falar em voz alta, dramatizar, estudar em grupos, entre outros).
• Reconhecer as áreas que apresenta dificuldade, dedicando um tempo maior de estudo;
• Preparar o material escolar antecipadamente, verificando os livros e cadernos que irá utilizar.
• Envolver na vida escolar do filho. Perguntar a ele o que aprendeu e como isso pode ser importante na vida dele.
• Dê o exemplo. Leia livros, jornais, ouça música, veja filmes e espetáculos de qualidade.
• Mostrar para seu filho que ele é capaz de solucionar problemas, dando a ele a capacidade de buscar sua independência.
• Não pressionar nos estudos, fiscalização intensa não funciona. Ensine a ter responsabilidade, pois seu filho não o terá pelo resto da vida.
• Antes de recorrer a aulas de reforço escolar, veja se o jovem é capaz de superar a deficiência sozinho.
No ambiente escolar:
• Prestar atenção na aula, bem como participar e perguntar sem medo quando apresentar dúvidas;
• Aproximar de um professor, pesquisador ou profissional que domina a área pela qual tem interesse de seguir carreira.
• Fazer as avaliações com calma e atenção.
• Não deixar questões em branco nas avaliações, buscando registrar, mesmo que seja mínimo, o seu conhecimento.
Conscientizar sobre o quanto o estudo é necessário para todo indivíduo, que nunca uma pessoa deve desistir de estudar e incentivar aqueles que não estudam. Colocar o estudo como parte da rotina deles, fazendo-os entender que é uma necessidade do ser humano.
Boa Sorte!
Sucesso!
Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Aprenda a Conhecer seu Filho
Ensinar é a mais completa arte de aprender...
Para contribuir ainda mais para o desenvolvimento de seus filhos, os pais devem sempre observar com muita atenção as crianças para conhecê-las melhor. A partir do momento em que conseguem obter o máximo de informações sobre as características e preferências dos filhos, torna-se possível estimulá-los propondo atividades que apresentem a medida certa de desafio: propostas nem tão fáceis que nada acrescentarão às crianças, nem tão difíceis que se tornem impossíveis de realizar.
Quando os pais buscam este equilíbrio para estimular o desenvolvimento dos filhos, mas ainda não estão muito seguros sobre o que eles já sabem ou sobre o que podem e desejam aprender, pode-se propor uma primeira atividade para cumprir esta função de levantar o máximo de subsídios que os ajudem a conhecer o que as crianças já sabem.
Visando facilitar esta observação e identificar as capacidades das crianças, os pais podem estimular diversas situações, como jogos educativos, atividades esportivas, contar histórias ou fazer a leitura de livros em conjunto, passeios em zoológicos, teatros, cinemas e museus, por exemplo, além de acompanharem as tarefas escolares dos filhos em casa. O que é muito importante!
Durante estas atividades, é preciso registrar o máximo de informações possíveis sobre as características dos filhos: como é sua postura enquanto realiza as atividades; seu grau de atenção e concentração; qual a capacidade de leitura e a riqueza de vocabulário e como isso pode ser estimulado; seu relacionamento interpessoal e sua capacidade de realizar um trabalho em grupo. Além disso, os pais também podem observar como está a capacidade de organização, o capricho, a responsabilidade, a rapidez e agilidade, e sua curiosidade para aprender coisas novas.
Ao montar um quebra-cabeça com seu filho, por exemplo, procure observar como está sua coordenação motora fina, isto é, como ele segura as peças, quantas peças ele consegue montar, sua concentração, capacidade de perceber detalhes e a agilidade com que encaixa as peças.
Outro exemplo de atividade muito rica e que auxilia na observação das características dos filhos é a leitura de livros. Procure identificar que tipo de livros os filhos gostam de ler, com que frequência fazem essa leitura, como está o vocabulário das crianças e como é a fluência dessa leitura. É importante que os pais, ao contarem histórias para os filhos ou ouvirem uma narrativa contada por eles, busquem estimular a criatividade das crianças fazendo perguntas sobre os textos, propondo um novo enredo e, até mesmo, inventando novos personagens.
Ao propor estas atividades, os pais precisam estar dispostos a aprender com as características dos filhos, sem pré-julgamentos ou rigidez na avaliação. O olhar dos pais deve estar voltado para buscar as capacidades que os filhos já apresentam desenvolvidas, sempre pensando em contribuir para que as crianças sejam cada vez melhores. Portanto, vá com calma e respeite o tempo deles.
Aprender com as características dos filhos não é uma tarefa fácil, mas é preciso tentar e buscar estimular ao máximo para que eles se desenvolvam cada vez mais.
Proponha algumas atividades para o seu filho e observe suas habilidades. Você pode descobrir o filho brilhante que você tem!
Aprenda a Conhecer seu Filho
Autora: Any Bicego Queiroz[1]
Dizer "não" pode ser saudável
Nieves García
Não me lembro da primeira vez que a minha mãe me disse que não podia fazer alguma coisa, mas recordo que foram muitas. E como lho agradeço agora!
Fui uma menina irrequieta que já aos quatro meses tinha caído da cama duas vezes, que arrasava tudo o que as suas mãos pequeninas podiam alcançar; que aos quatro anos, sem querer, claro, tinha pegado fogo a um quarto de brinquedos; aos 7, por se perder dos pais, acabou numa delegacia uma vez que não sabia como regressar a sua casa, e aos 12 ensinava as amigas a fumar.
Os meus pais depressa aprenderam, sem receber nenhum curso de Escola de Pais, que uma das fórmulas-chave de me amar era ensinar-me que existem limites em todos os campos: físicos, psicológicos e éticos. Os limites para o ser humano não são obstáculos à liberdade, são precisamente os caminhos a seguir para que esta possa escolher o bem, a verdade e o amor, que não são pouca coisa.
Um elemento imprescindível na educação é saber dizer ”não”. As atuais gerações de pais de família dão a impressão de ter horror a esta palavra. Treme-lhes a voz quando têm que pôr um limite, e até se sentem culpados quando o fazem. O bom educador não necessita levantar a voz, basta-lhe, em muitas ocasiões, um olhar para dizer “isso não se faz”, porque se sente seguro de estar fazendo o que está certo.
A diferença psicológica fundamental entre a criança e o adulto reside em que o primeiro desconhece quais são os seus limites, até onde pode chegar nos seus desejos, o que o favorece ou o que o prejudica, o que é o bem e o que é o mal.
A sábia natureza organizou de tal maneira a coisas que o período de amadurecimento de uma “cria humana” é dos mais lentos comparado com outros mamíferos. Quantos anos depende uma criança do adulto para poder subsistir por si mesmo? Esses anos são vitais não só pela necessidade de receber o alimento, mas também pela necessidade de EDUCAR A LIBERDADE HUMANA EM FUNÇÃO DO AMOR.
A violência nas escolas, a falta de disciplina, o aumento da delinquência juvenil, o vandalismo, o uso do próprio corpo e do alheio como instrumento do prazer, as dependências do álcool, das drogas, da pornografia, etc. são fenômenos globais da sociedade ocidental. Todos estes comportamentos – esclarece o psicólogo Tony Anatrella, na sua obra “O sexo esquecido” - dos quais cada vez mais pessoas se queixam com um sentimento de impotência e de saturação, não estão a acontecer por acaso. A sociedade criou as condições objetivas para que se desenvolvam e não é justo afirmar, como fazem alguns sociólogos, que estão sistematicamente relacionados com o desemprego e a crise económica. Na realidade estes comportamentos demonstram bem que há uma desresponsabilização da sociedade.
E uma das causas principais para este fato foi o medo que nos transmitiram para educar, de vez em quando, com um “não” necessário. O “não” é um termo politicamente incorreto, inimigo da tolerância, da permissividade, embora se bem utilizado, seja o elemento-chave para formar inteligências abertas, vontades livres e afetividades sãs.
Por detrás de cada “não” durante a formação, há milhões de “sim” no futuro da vida dessa criança.
Um “não” a um ato egoísta é dizer “sim” a muitos atos de generosidade, um “não a um comportamento sexual separado de um amor verdadeiro, é o princípio de uniões estáveis e felizes, um “não” à negligência, é um “sim” à responsabilidade e ao espírito de luta, e um “não” à curiosidade mórbida de torturar um animalzinho sem necessidade alguma, é também um “sim” ao cuidado com o planeta e ao desenvolvimento da responsabilidade ecológica.
Fica demonstrado que um “não” a tempo, pode ser saudável, para o ser humano de hoje e para a sociedade do futuro.”
Por: Nieves García, Colaboradora de mujernueva.org
Tradução, para aldeia.net, de Fernanda Silva
Publicado no Portal da Família em 11/06/2008
Não me lembro da primeira vez que a minha mãe me disse que não podia fazer alguma coisa, mas recordo que foram muitas. E como lho agradeço agora!
Fui uma menina irrequieta que já aos quatro meses tinha caído da cama duas vezes, que arrasava tudo o que as suas mãos pequeninas podiam alcançar; que aos quatro anos, sem querer, claro, tinha pegado fogo a um quarto de brinquedos; aos 7, por se perder dos pais, acabou numa delegacia uma vez que não sabia como regressar a sua casa, e aos 12 ensinava as amigas a fumar.
Os meus pais depressa aprenderam, sem receber nenhum curso de Escola de Pais, que uma das fórmulas-chave de me amar era ensinar-me que existem limites em todos os campos: físicos, psicológicos e éticos. Os limites para o ser humano não são obstáculos à liberdade, são precisamente os caminhos a seguir para que esta possa escolher o bem, a verdade e o amor, que não são pouca coisa.
Um elemento imprescindível na educação é saber dizer ”não”. As atuais gerações de pais de família dão a impressão de ter horror a esta palavra. Treme-lhes a voz quando têm que pôr um limite, e até se sentem culpados quando o fazem. O bom educador não necessita levantar a voz, basta-lhe, em muitas ocasiões, um olhar para dizer “isso não se faz”, porque se sente seguro de estar fazendo o que está certo.
A diferença psicológica fundamental entre a criança e o adulto reside em que o primeiro desconhece quais são os seus limites, até onde pode chegar nos seus desejos, o que o favorece ou o que o prejudica, o que é o bem e o que é o mal.
A sábia natureza organizou de tal maneira a coisas que o período de amadurecimento de uma “cria humana” é dos mais lentos comparado com outros mamíferos. Quantos anos depende uma criança do adulto para poder subsistir por si mesmo? Esses anos são vitais não só pela necessidade de receber o alimento, mas também pela necessidade de EDUCAR A LIBERDADE HUMANA EM FUNÇÃO DO AMOR.
A violência nas escolas, a falta de disciplina, o aumento da delinquência juvenil, o vandalismo, o uso do próprio corpo e do alheio como instrumento do prazer, as dependências do álcool, das drogas, da pornografia, etc. são fenômenos globais da sociedade ocidental. Todos estes comportamentos – esclarece o psicólogo Tony Anatrella, na sua obra “O sexo esquecido” - dos quais cada vez mais pessoas se queixam com um sentimento de impotência e de saturação, não estão a acontecer por acaso. A sociedade criou as condições objetivas para que se desenvolvam e não é justo afirmar, como fazem alguns sociólogos, que estão sistematicamente relacionados com o desemprego e a crise económica. Na realidade estes comportamentos demonstram bem que há uma desresponsabilização da sociedade.
E uma das causas principais para este fato foi o medo que nos transmitiram para educar, de vez em quando, com um “não” necessário. O “não” é um termo politicamente incorreto, inimigo da tolerância, da permissividade, embora se bem utilizado, seja o elemento-chave para formar inteligências abertas, vontades livres e afetividades sãs.
Por detrás de cada “não” durante a formação, há milhões de “sim” no futuro da vida dessa criança.
Um “não” a um ato egoísta é dizer “sim” a muitos atos de generosidade, um “não a um comportamento sexual separado de um amor verdadeiro, é o princípio de uniões estáveis e felizes, um “não” à negligência, é um “sim” à responsabilidade e ao espírito de luta, e um “não” à curiosidade mórbida de torturar um animalzinho sem necessidade alguma, é também um “sim” ao cuidado com o planeta e ao desenvolvimento da responsabilidade ecológica.
Fica demonstrado que um “não” a tempo, pode ser saudável, para o ser humano de hoje e para a sociedade do futuro.”
Por: Nieves García, Colaboradora de mujernueva.org
Tradução, para aldeia.net, de Fernanda Silva
Publicado no Portal da Família em 11/06/2008
Os filhos e as brigas dos pais
Fábio Henrique Prado de Toledo
Certo dia, proferi uma frase mal-educada à minha esposa, o que foi presenciado pelo meu filho. Sem demora, com os olhinhos um pouco tristes, um pouco indignados, ele disse-me: “eu prefiro que você brigue comigo do que fale desse jeito com a mamãe”.
Eu já havia ouvido de especialistas que os filhos se sentem mais seguros em notar que os pais se amam entre si do que com demonstrações de afeto diretamente para com eles, pois, mais que serem amadas, as crianças desejam ardentemente se sentirem frutos de um amor. Mas o fato é que isso que havia visto em livros e cursos, nunca havia notado tão fortemente na prática, de tal forma que a justa censura do sábio garoto encheu-me de vergonha.
Convém, pois, que pai e mãe meditem sobre como anda o relacionamento e em que medida isso tem contribuído ou prejudicado a formação dos filhos.
É inevitável que haja brigas entre o casal. Aliás, ouso lançar um desafio: se alguém conhece um casal que nunca se desentendeu, ainda que levemente, que envie uma mensagem para o meu endereço eletrônico, pois vou tentar fazer que saia na próxima edição do Guinness.
Assim, se os desentendimentos são como que “naturais” na vida do casal, mas, por outro lado, causam grandes males aos filhos, como solucionar a contradição?
Ainda que inevitáveis as brigas, deve haver um esforço constante para que as relações conjugais sejam cada vez melhores. O relacionamento entre marido e mulher pode ser comparado como uma encosta íngreme a ser percorrida. Quando se dispõe a subir a montanha, não se consegue ficar parado, ou se avança, ou se retrocede. É bem verdade que mesmo aqueles que se empenham por subir um pouco a cada dia, por vezes caem e, quando se dão conta, retrocederam um bom caminho, mas isso não importa, pois se há determinação, logo se recupera, com folga, o trecho perdido.
Nessa luta, é importante que cada um descubra os próprios defeitos, em especial aquele que mais desagrada o outro. E mais que descobrir, travar uma batalha decidida por vencê-lo. O grande mal é que cada um pensa que o problema está no outro e, com isso, nada faz para melhorar.
Vejamos um pequeno exemplo. Ele, ciumento do trabalho profissional dela, queixa: “você agora só pensa em seu trabalho e nem se importa mais em manter a casa agradável”. Ela: “você é que é um folgado. Encontra tempo para jogar futebol e tomar cerveja com os amigos, mas não me ajuda nas tarefas da casa”. E os exemplos são infindáveis. Cada um de nós pode imaginar o roteiro das nossas discussões, todas elas com acusações recíprocas sem que cada um reconheça os próprios defeitos.
No entanto, o ponto de luta é outro. Ou seja, cada um deve pensar “o que ela (ou ele) tem de razão no que fala de mim? O que posso fazer para ser melhor?”. É bem verdade que, feito isso, é necessário que o outro também se empenhe em mudar. Mas para isso, não se consegue nada no meio de uma discussão. Passado um dia ou dois, quando estiverem calmos, a sós, então se fala: “olha, isso que você faz, desagrada-me muito. Pense se não pode se esforçar um pouco para fazer desse jeito ou daquele...”. E depois deve estar disposto a ouvir também, porque por certo que o outro também terá muitas “críticas constritivas” a fazer.
Mas ainda que isso seja feito, mesmo assim surgirão os desentendimentos. Há então que se colocar um forte empenho para que as brigas não ocorram na frente dos filhos. Se é natural brigar, não o é diante deles, tanto mais se as brigas forem por sua causa. Por exemplo, o filho pede algo ao pai, e ele nega, em seguida, pede à mãe, que consente e, formado o problema, passam a discutir na frente do filho por esse motivo. Quando isso ocorre, a mensagem que se passa é que não há certo e errado e que os pais não se entendem sequer a respeito do que é melhor para ele, gerando uma terrível insegurança na criança ou adolescente.
Mas se isso ocorrer, deve se tomar cuidado para que os filhos presenciem também a reconciliação. É que eles costumam ver as brigas, mas não vêem o momento posterior em que fazem as pazes, ficando com a impressão de que estão sempre brigados.
Um grande defensor da paz e da alegria nos lares aconselhava aos casais que jamais brigassem diante dos filhos e que as brigas, naturais entre marido e mulher, não se prolongassem por mais de um dia, de modo que não se deitassem sem antes fazer as pazes. E mais, aconselhava ele que aquele que pensa ter razão na discussão, que seja o primeiro a pedir perdão.
Fábio Henrique Prado de Toledo é Juiz de Direito em Campinas. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Articulista do Correio Popular de Campinas e de alguns outros jornais. Casado, pai de 8 filhos e Membro do Conselho de Administração do Colégio Nautas.
Certo dia, proferi uma frase mal-educada à minha esposa, o que foi presenciado pelo meu filho. Sem demora, com os olhinhos um pouco tristes, um pouco indignados, ele disse-me: “eu prefiro que você brigue comigo do que fale desse jeito com a mamãe”.
Eu já havia ouvido de especialistas que os filhos se sentem mais seguros em notar que os pais se amam entre si do que com demonstrações de afeto diretamente para com eles, pois, mais que serem amadas, as crianças desejam ardentemente se sentirem frutos de um amor. Mas o fato é que isso que havia visto em livros e cursos, nunca havia notado tão fortemente na prática, de tal forma que a justa censura do sábio garoto encheu-me de vergonha.
Convém, pois, que pai e mãe meditem sobre como anda o relacionamento e em que medida isso tem contribuído ou prejudicado a formação dos filhos.
É inevitável que haja brigas entre o casal. Aliás, ouso lançar um desafio: se alguém conhece um casal que nunca se desentendeu, ainda que levemente, que envie uma mensagem para o meu endereço eletrônico, pois vou tentar fazer que saia na próxima edição do Guinness.
Assim, se os desentendimentos são como que “naturais” na vida do casal, mas, por outro lado, causam grandes males aos filhos, como solucionar a contradição?
Ainda que inevitáveis as brigas, deve haver um esforço constante para que as relações conjugais sejam cada vez melhores. O relacionamento entre marido e mulher pode ser comparado como uma encosta íngreme a ser percorrida. Quando se dispõe a subir a montanha, não se consegue ficar parado, ou se avança, ou se retrocede. É bem verdade que mesmo aqueles que se empenham por subir um pouco a cada dia, por vezes caem e, quando se dão conta, retrocederam um bom caminho, mas isso não importa, pois se há determinação, logo se recupera, com folga, o trecho perdido.
Nessa luta, é importante que cada um descubra os próprios defeitos, em especial aquele que mais desagrada o outro. E mais que descobrir, travar uma batalha decidida por vencê-lo. O grande mal é que cada um pensa que o problema está no outro e, com isso, nada faz para melhorar.
Vejamos um pequeno exemplo. Ele, ciumento do trabalho profissional dela, queixa: “você agora só pensa em seu trabalho e nem se importa mais em manter a casa agradável”. Ela: “você é que é um folgado. Encontra tempo para jogar futebol e tomar cerveja com os amigos, mas não me ajuda nas tarefas da casa”. E os exemplos são infindáveis. Cada um de nós pode imaginar o roteiro das nossas discussões, todas elas com acusações recíprocas sem que cada um reconheça os próprios defeitos.
No entanto, o ponto de luta é outro. Ou seja, cada um deve pensar “o que ela (ou ele) tem de razão no que fala de mim? O que posso fazer para ser melhor?”. É bem verdade que, feito isso, é necessário que o outro também se empenhe em mudar. Mas para isso, não se consegue nada no meio de uma discussão. Passado um dia ou dois, quando estiverem calmos, a sós, então se fala: “olha, isso que você faz, desagrada-me muito. Pense se não pode se esforçar um pouco para fazer desse jeito ou daquele...”. E depois deve estar disposto a ouvir também, porque por certo que o outro também terá muitas “críticas constritivas” a fazer.
Mas ainda que isso seja feito, mesmo assim surgirão os desentendimentos. Há então que se colocar um forte empenho para que as brigas não ocorram na frente dos filhos. Se é natural brigar, não o é diante deles, tanto mais se as brigas forem por sua causa. Por exemplo, o filho pede algo ao pai, e ele nega, em seguida, pede à mãe, que consente e, formado o problema, passam a discutir na frente do filho por esse motivo. Quando isso ocorre, a mensagem que se passa é que não há certo e errado e que os pais não se entendem sequer a respeito do que é melhor para ele, gerando uma terrível insegurança na criança ou adolescente.
Mas se isso ocorrer, deve se tomar cuidado para que os filhos presenciem também a reconciliação. É que eles costumam ver as brigas, mas não vêem o momento posterior em que fazem as pazes, ficando com a impressão de que estão sempre brigados.
Um grande defensor da paz e da alegria nos lares aconselhava aos casais que jamais brigassem diante dos filhos e que as brigas, naturais entre marido e mulher, não se prolongassem por mais de um dia, de modo que não se deitassem sem antes fazer as pazes. E mais, aconselhava ele que aquele que pensa ter razão na discussão, que seja o primeiro a pedir perdão.
Fábio Henrique Prado de Toledo é Juiz de Direito em Campinas. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Articulista do Correio Popular de Campinas e de alguns outros jornais. Casado, pai de 8 filhos e Membro do Conselho de Administração do Colégio Nautas.
EDUCADOR: HERÓI OU MOTIVADOR?
A função do educador nos dias atuais está cada dia mais complexa, principalmente quando nos referimos à educação de adolescentes, jovens e adultos. De acordo com uma crítica na revista VEJA (março), o professor deve ser um herói, ou seja, ao mesmo tempo pai, mãe, psicólogo, psiquiatra, buscar a afetividade, conquistar o aluno e por último ensinar, que é a sua função primordial. Hoje muitos educadores consideram importante o afeto, muitos professores ensinam a amar porém a tabuada ninguém sabe. Para que o educador cumpra o seu papel destaco a importância de ser mobilizador, consciente e a princípio conhecer a sua clientela. Segundo Vygotsky é importante partir sempre do nível de conhecimento real do aluno, ou seja, dos conhecimentos prévios, perpassar pela zona de desenvolvimento proximal (que é a construção do conhecimento pela mediação do professor) para chegar no seu potencial. A partir do conhecimento da sua clientela, o educador propõe desafios, a busca de conhecimentos, pesquisas e a construção do conceito junto com o seu aluno. É lastimável e inadmissível professores que simplesmente não se envolvem com seus alunos, não planejam suas aulas de acordo com os interesses da turma e o que é pior apenas copiam aulas passadas (Sabe aquela história de caderno com folhas amarelas?) Concluindo, não há educadores heróis, mas educadores comprometidos, que conhecem e envolvem seus alunos durante a aula, que despertam a busca pela pesquisa e conhecimento, que usem a tecnologia e diversificam suas estratégias, transformando suas aulas prazerosas e motivadoras.
SEGUNDA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO DE 2010
Agressividade na escola
A agressividade é compreendida como uma forma da criança se defender,
porém precisa ser orientada pelos pais.
É comum em turmas com crianças de até 6 anos ocorrer algumas agressões na hora do recreio, mas a criança sinaliza quando a agressividade passou dos limites, apresentando comportamentos violentos com freqüência.
A agressividade é compreendida como uma forma da criança se defender, porém precisa ser orientada pelos pais desde os primeiros anos para não ser algo que venha a trazer efeitos negativos para seu desenvolvimento. Paciência e autoridade são duas maneiras de instruir a criança a usar sua agressividade de forma equilibrada, como impulso de determinação.
Existem alguns comportamentos que são característicos até os 4 anos de idade, como tapas, mordidas, gritos, chutes. Apesar da pouca idade, os pais já podem orientar e colocar limites para o filho diante dos primeiros comportamentos agressivos por ele manifestos. Converse com a criança, puni-la pode não ser a melhor solução. Além dela não entender esse limite, os tapas e empurrões dados nos colegas da escola, dois comportamentos comuns também até os três anos, podem ter outro significado, como vontade de aproximação. Já entre a faixa etária dos quatro aos seis anos, a criança começa a perceber as regras de convivência.
A ausência de limites, a tolerância excessiva dos pais, a falta de tolerância perante frustrações, violência física ou emocional, ausência de carinho são fatores que provocam comportamentos agressivos, porém é interessante observar também se a criança não está passando por um momento de transformação em sua família, como separação dos pais, ganho ou perda de novos membros na família, seja por nascimento de irmão ou morte de alguém querido.
A agressividade é compreendida como uma forma da criança se defender, porém precisa ser orientada pelos pais desde os primeiros anos para não ser algo que venha a trazer efeitos negativos para seu desenvolvimento. Paciência e autoridade são duas maneiras de instruir a criança a usar sua agressividade de forma equilibrada, como impulso de determinação.
Existem alguns comportamentos que são característicos até os 4 anos de idade, como tapas, mordidas, gritos, chutes. Apesar da pouca idade, os pais já podem orientar e colocar limites para o filho diante dos primeiros comportamentos agressivos por ele manifestos. Converse com a criança, puni-la pode não ser a melhor solução. Além dela não entender esse limite, os tapas e empurrões dados nos colegas da escola, dois comportamentos comuns também até os três anos, podem ter outro significado, como vontade de aproximação. Já entre a faixa etária dos quatro aos seis anos, a criança começa a perceber as regras de convivência.
A ausência de limites, a tolerância excessiva dos pais, a falta de tolerância perante frustrações, violência física ou emocional, ausência de carinho são fatores que provocam comportamentos agressivos, porém é interessante observar também se a criança não está passando por um momento de transformação em sua família, como separação dos pais, ganho ou perda de novos membros na família, seja por nascimento de irmão ou morte de alguém querido.
Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola
Equipe Brasil Escola
SEU FILHO É TÍMIDO? DESCUBRA COMO AJUDÁ-LO.
A timidez é uma característica de personalidade, onde a pessoa não consegue conviver com situações sociais tendo que interagir com um grupo de pessoas ou mesmo com um único sujeito. Pode vir acompanhada de diferentes reações do corpo humano, como aceleração do batimento cardíaco, sudorese excessiva nas axilas ou nas mãos e não conseguir olhar nos olhos dos outros.
É um padrão de comportamento onde a pessoa não consegue lidar com situações do cotidiano, como um simples diálogo, compartilhar momentos agradáveis com amigos e familiares.
A pessoa tímida costuma sofrer muito, pois não aprende a estabelecer vínculo afetivo com outras pessoas, sentindo-se solitária e distante dos outros, porém sem saber como lidar com a situação e não tendo coragem de se aproximar dos outros, ficam na dependência de que as outras pessoas sempre puxem assunto. Normalmente são aquelas pessoas que só respondem as perguntas dos outros, de cabeça baixa e em tom de voz muito baixo.
A pessoa tímida não consegue administrar a vergonha
Esses sintomas advêm de causas psicológicas e somente um profissional da área pode diagnosticá-las, poder contar com a ajuda dos mesmos só trará benefícios para a pessoa tímida.
A família pode ajudar a criança ou o adolescente em sua timidez, deixando que este aja de forma espontânea, sem perceber que alguém lhe observa, sem fazer cobranças sobre seu comportamento, muito menos em compará-lo com outras pessoas, sem fazer críticas e piadinhas desnecessárias. Na verdade, é importante que a pessoa sinta-se respeitada como todos.
Na escola, os pais devem comunicar o fato aos professores, buscando amenizar as ansiedades do filho - sensação de ameaça, de medo ou perigo - não aceitando brincadeiras de mau gosto, apelidos e menosprezo por parte dos colegas.
É importante que procurem manter relações de amizade com outros pais, para fazerem programas juntos, o que levará o filho tímido a ter maior segurança e confiança nas pessoas que convive. Assim, estarão incentivando a amizade e aos poucos o filho irá se soltar com essas pessoas.
Outro fator importante para que a família ajude nas questões da timidez é dar oportunidade para a criança ou adolescente fazerem atividades fora da escola, que sejam de interesse do mesmo, como jogar bola, fazer aula de música, atividades manuais, artes plásticas, dentre outras, onde possa aumentar seu ciclo de relacionamentos sem que seja forçado a isso e sem que perceba a intenção de seus pais. Essas atividades também são boas para descarregar as ansiedades.
Com ajuda de um psicoterapeuta e o apoio da família, o tímido aos poucos irá se soltando, conseguindo superar tais barreiras e tornando-se mais apto a manter relações sociais.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
COMO PARTICIPAR DA VIDA ESCOLAR DE SEUS FILHOS
Vá à escola de seus filhos e participe ativamente das atividades que ela oferece.
Converse com os professores sobre como seus filhos estão nos estudos.
Caso seus filhos estejam com alguma dificuldade na escola, peça orientação aos professores de como ajudá-los em casa.
Leia bilhetes e avisos que a escola mandar e responda quando necessário.
Compareça as reuniões da escola. Dê sua opinião, ela é muito importante.
Como manifestar interesse
O interesse dos pais pela educação dos filhos é muito importante. As crianças e os jovens gostam de saber que os pais valorizam o esforço que eles fazem para estudar. Por isso mesmo, vale a pena lembrar:
Incentive seus filhos a estudar. Mostre que, quanto mais eles estudarem, maiores serão as oportunidades profissionais e pessoais.
Verifique se seus filhos estão indo à escola. Pergunte todos os dias o que fizeram na escola, o que aprenderam, e escute com atenção o que contam.
Ensine seus filhos a cuidar do material escolar e dos livros.
Como ajudar em casa
Avançar nos estudos depende do que as crianças e os jovens aprendem na escola. Mas depende, também, de estudar em casa. Cuidados simples dão grandes resultados.
É importante que seus filhos façam os deveres de casa. Mas atenção: Você não deve fazer o dever por eles. Se tiver dificuldade, converse com eles e com os professores. É assim que você ajuda a criança e o adolescente a aprender mais e melhor.
Leia para seus filhos. Pode ser um livro, uma revista, um jornal. Peça a eles que leiam sempre para você. É importante incentivar a leitura.
Incentive seus filhos a frequentar a biblioteca da escola ou da sua cidade.
Ajude seus filhos a organizar o tempo em casa, pois tem hora para brincar, jogar, ver televisão e principalmente para estudar.
E LEMBRE-SE: O INTERESSE EM ACOMPANHAR OS ESTUDOS DOS SEUS FILHOS CONTRIBUI PARA QUE ELES APRENDAM MAIS E MELHOR.
Avançar nos estudos depende do que as crianças e os jovens aprendem na escola. Mas depende, também, de estudar em casa. Cuidados simples dão grandes resultados.
É importante que seus filhos façam os deveres de casa. Mas atenção: Você não deve fazer o dever por eles. Se tiver dificuldade, converse com eles e com os professores. É assim que você ajuda a criança e o adolescente a aprender mais e melhor.
Leia para seus filhos. Pode ser um livro, uma revista, um jornal. Peça a eles que leiam sempre para você. É importante incentivar a leitura.
Incentive seus filhos a frequentar a biblioteca da escola ou da sua cidade.
Ajude seus filhos a organizar o tempo em casa, pois tem hora para brincar, jogar, ver televisão e principalmente para estudar.
E LEMBRE-SE: O INTERESSE EM ACOMPANHAR OS ESTUDOS DOS SEUS FILHOS CONTRIBUI PARA QUE ELES APRENDAM MAIS E MELHOR.
Fonte: Ministério da Educação
DISLEXIA
Preguiçoso, desligado, desorganizado, são adjetivos que costumam acompanhar o disléxico, fazendo parte do seu
dia-a-dia. É com uma vivência de múltiplos insucessos e com sua auto-estima bastante rebaixada que a criança
(ou adolescente) disléxica chega ao consultório do psicopedagogo ou na escola.
A dislexia é definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração. A
letra ruim, troca de letras, lentidão, caracterizam esse distúrbio. A criança tem inteligência, enxerga e ouve bem,
expressa-se com fluência oral, no entanto, seu desempenho escolar não combina com seu padrão geral de atuação.
Ao contrário do que muitos pensam, o disléxico sempre contorna suas dificuldades. Ele responde muito bem a tudo
que passa para o concreto. Tudo que envolve os sentidos é facilmente absorvido. O disléxico também tem sua
própria lógica, sendo muito importante o bom entrosamento entre profissional e paciente.
O mais freqüente é os pais procurarem um psicopedagogo quando a criança está com 10 , 11 anos, no 6º ano, pois estes enfrentam múltiplas exigências de diferentes professores e sua leitura, escrita e desorganização ficam mais evidentes.
Pesquisas mostram que cerca de 10 a 15 % da população mundial é disléxica. Também, ao contrário do que pensam,
a dislexia não é resultado de má alfabetização, desmotivação, desatenção, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico.
Alguns fatores que são observados para diagnosticar dislexia em crianças na idade escolar:
dia-a-dia. É com uma vivência de múltiplos insucessos e com sua auto-estima bastante rebaixada que a criança
(ou adolescente) disléxica chega ao consultório do psicopedagogo ou na escola.
A dislexia é definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração. A
letra ruim, troca de letras, lentidão, caracterizam esse distúrbio. A criança tem inteligência, enxerga e ouve bem,
expressa-se com fluência oral, no entanto, seu desempenho escolar não combina com seu padrão geral de atuação.
Ao contrário do que muitos pensam, o disléxico sempre contorna suas dificuldades. Ele responde muito bem a tudo
que passa para o concreto. Tudo que envolve os sentidos é facilmente absorvido. O disléxico também tem sua
própria lógica, sendo muito importante o bom entrosamento entre profissional e paciente.
O mais freqüente é os pais procurarem um psicopedagogo quando a criança está com 10 , 11 anos, no 6º ano, pois estes enfrentam múltiplas exigências de diferentes professores e sua leitura, escrita e desorganização ficam mais evidentes.
Pesquisas mostram que cerca de 10 a 15 % da população mundial é disléxica. Também, ao contrário do que pensam,
a dislexia não é resultado de má alfabetização, desmotivação, desatenção, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico.
Alguns fatores que são observados para diagnosticar dislexia em crianças na idade escolar:
• Dificuldade na aquisição ou automação da leitura e escrita;
• Desatenção e dispersão; • Dificuldade em copiar de livros ou da lousa; • Dificuldade na coordenação motora fina (desenhos/pinturas) e/ou grossa (ginástica/dança); • Desorganização geral, podemos citar os constantes atrasos na entrega de trabalhos; • Dificuldades visuais, podemos perceber a desordem no papel e na própria postura da cabeça ao escrever; • Confusão entre direita e esquerda; • Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas...; • Vocabulário pobre, sentenças curtas, imaturas ou sentenças longas e vagas; • Dificuldade na memória de curto prazo, como recados e instruções; • Dificuldade em decorar seqüências, como alfabeto, meses do ano...; • Dificuldade na matemática e desenho geométrico; • Problemas de conduta como: retração, timidez excessiva, depressão, e menos comum, mas também possível, tornar-se o “palhaço” da turma; • Grande desempenho em provas orais. |
Se nessa fase a criança não for acompanhada adequadamente, os sintomas persistirão e irão permear a fase adulta com possíveis prejuízos emocionais, além de sociais e laborais.
Diagnóstico
Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem , não confirmam a dislexia. Os mesmos sintomas podem indicar outras situações, como lesões, síndromes, etc.
Identificando o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, deve-se buscar ajuda especializada. Uma
equipe formada de psicólogo, fonoaudiólogo, e se necessário neurologista, oftalmologista e outros.
É muito importante ainda tomar o parecer da escola, dos pais e levantar o histórico familiar e de evolução do paciente. Essa avaliação não só identifica as causas das dificuldades apresentadas, assim como permite um encaminhamento adequado a cada caso, através de um relatório por escrito.
Conhecendo-se as causas das dificuldades e os potenciais do indivíduo, ocorrerá o encaminhamento mais conveniente. Os resultados irão aparecer de forma consistente e progressivo. O acompanhamento profissional
dura de dois a cinco anos, dependendo do caso.
Diagnóstico
Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem , não confirmam a dislexia. Os mesmos sintomas podem indicar outras situações, como lesões, síndromes, etc.
Identificando o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, deve-se buscar ajuda especializada. Uma
equipe formada de psicólogo, fonoaudiólogo, e se necessário neurologista, oftalmologista e outros.
É muito importante ainda tomar o parecer da escola, dos pais e levantar o histórico familiar e de evolução do paciente. Essa avaliação não só identifica as causas das dificuldades apresentadas, assim como permite um encaminhamento adequado a cada caso, através de um relatório por escrito.
Conhecendo-se as causas das dificuldades e os potenciais do indivíduo, ocorrerá o encaminhamento mais conveniente. Os resultados irão aparecer de forma consistente e progressivo. O acompanhamento profissional
dura de dois a cinco anos, dependendo do caso.
fonte: ABD e FONAR – Fonoaudiologia
www.dislexia.org.br
www.dislexia.org.br
As inteligências múltiplas
Trabalho dos gênios
Sob a influência do norte-americano Robert Sternberg, que estudou as variações dos conceitos de inteligência em diferentes culturas, Gardner foi levado a conceituá-la como o potencial para resolver problemas e para criar aquilo que é valorizado em determinado contexto social e histórico. Na elaboração de sua teoria, ele partiu da observação do trabalho dos gênios. "Ficou claro que a manifestação da genialidade humana é bem mais específica que generalista, uma vez que bem poucos gênios o são em todas as áreas", afirma Antunes. Gardner foi buscar evidências também no estudo de pessoas com lesões e disfunções cerebrais, que o ajudou a formular hipóteses sobre a relação entre as habilidades individuais e determinadas regiões do órgão. Finalmente, o psicólogo se valeu do mapeamento encefálico mediante técnicas surgidas nas décadas recentes. Suas conclusões, como a maioria das que se referem ao funcionamento do cérebro, são eminentemente empíricas. Ele concluiu, a princípio, que há sete tipos de inteligência:
1. Lógico-matemática é a capacidade de realizar operações numéricas e de fazer deduções.
2. Lingüística é a habilidade de aprender idiomas e de usar a fala e a escrita para atingir objetivos.
3. Espacial é a disposição para reconhecer e manipular situações que envolvam apreensões visuais.
4. Físico-cinestésica é o potencial para usar o corpo com o fim de resolver problemas ou fabricar produtos.
5. Interpessoal é a capacidade de entender as intenções e os desejos dos outros e conseqüentemente de se relacionar bem em sociedade.
6. Intrapessoal é a inclinação para se conhecer e usar o entendimento de si mesmo para alcançar certos fins.
7. Musical é a aptidão para tocar, apreciar e compor padrões musicais.
1. Lógico-matemática é a capacidade de realizar operações numéricas e de fazer deduções.
2. Lingüística é a habilidade de aprender idiomas e de usar a fala e a escrita para atingir objetivos.
3. Espacial é a disposição para reconhecer e manipular situações que envolvam apreensões visuais.
4. Físico-cinestésica é o potencial para usar o corpo com o fim de resolver problemas ou fabricar produtos.
5. Interpessoal é a capacidade de entender as intenções e os desejos dos outros e conseqüentemente de se relacionar bem em sociedade.
6. Intrapessoal é a inclinação para se conhecer e usar o entendimento de si mesmo para alcançar certos fins.
7. Musical é a aptidão para tocar, apreciar e compor padrões musicais.
Enfoques variados para habilidades diversas
Inteligência espacial: aptidão para
o desenho pode ser desenvolvida.
Foto: Ricardo B. Labastier
o desenho pode ser desenvolvida.
Foto: Ricardo B. Labastier
Muitas escolas, inclusive no Brasil, se esforçaram para mudar seus procedimentos em função das descobertas de Howard Gardner. A maneira mais difundida de aplicar a teoria das inteligências múltiplas é tentar estimular todas as habilidades potenciais dos alunos quando se está ensinando um mesmo conteúdo. As melhores estratégias partem da resolução de problemas. Segundo Gardner, não é possível compensar totalmente a desvantagem genética com um ambiente estimulador da habilidade correspondente, mas condições adequadas de aprendizado sempre suscitam alguma resposta positiva do aluno – desde que elas despertem o prazer do aprendizado. O psicólogo norteamericano atribui à escola duas funções essenciais: modelar papéis sociais e transmitir valores. "A missão da educação deve continuar a ser uma confrontação com a verdade, a beleza e a bondade, sem negar as facetas problemáticas dessas categorias ou as discordâncias entre diferentes culturas", escreveu. Pela própria natureza de suas descobertas, o trabalho de Gardner favorece uma visão integral de cada indivíduo e a valorização da multiplicidade e da diversidade na sala de aula.
http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/cientista-inteligencias-multiplas-423312.shtml
A criança e a leitura
Proporcionar a uma criança que ela crie o hábito da leitura é uma tarefa que deve envolver também o hábito daqueles que com ela convive. O universo infantil é cheio de faz-de-conta e a criança sempre leva para o imaginário seu mundo real. Daí a importância de que desde pequenas sejam estimuladas a amarem os livros como forma de incentivar seu potencial criativo.
Nesse processo é de suma importância que os primeiros livros sejam aqueles mais resistentes, para que a criança possa explorá-los de todas as formas que tiver interesse. Comumente vemos pais chamando a atenção dos pequenos para que não façam mau uso dos livros, como riscar, amassar ou rasgar. Mas como a criança irá gostar de um material e se vincular a ele se não puder mantê-lo próximo ou utilizá-lo naquilo que gera prazer, com coisas que já consegue fazer?
Para que a criança sinta-se envolvida pelos livros é importante que possa manifestar suas vontades diante dos mesmos, podendo escrever em suas páginas a história da forma como ela mesma imagina, com rabiscos ou desenhos, que mesmo não tendo significado para o adulto o tem para a criança. Aos poucos o pequeno vai internalizando os conceitos da história além de abrir-lhe a possibilidade de recontá-la do seu jeitinho, de acordo com a sua idade e capacidade, levando-a ao enriquecimento da imaginação, da criatividade e da linguagem.
O fascínio da leitura leva à concentração
É importante também que a criança se torne um bom ouvinte, que ela tenha condições de participar de momentos de narração de histórias, seja pelos pais, pessoas envolvidas em seu processo educativo ou ainda em livrarias, shoppings, teatros, etc. Mas nesse caso, é primordial que o contador já conheça a história, para que não faça a leitura corrida da mesma, de forma fria e sem atrativos, mas que a conte como se estivesse conversando com a criança e com os personagens, criando um fascínio por aquele que a ouve.
Hoje já existem edições de livros que vem com várias formas ativas de participação e envolvimento tanto do leitor como do ouvinte. São livros cheios de estímulos sonoros e mesmo visuais, como figuras tridimensionais, fantoches, sons das vozes dos personagens ou músicas da própria história.
Ensinar os pequenos a amar os livros não é difícil, pois existe um encanto que as histórias sempre transmitem. Aliás, a história por si só, os personagens juntamente com o imaginário de cada um nos conduz a outros lugares, a outras sensações, o que acontece também com a criança. E a partir dessas prazerosas sensações, o desejo de sempre querer mais.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
A independência da criança
Presenciar uma criança organizando seus brinquedos, servindo um prato de comida, enchendo um copo d’água, trocando de roupa, tomando banho, dentre várias outras coisas, é muito interessante. Podemos notar o quanto se envolve, buscando várias tentativas para conseguir o que deseja.
Existem pais que superprotegem tanto os filhos que eles não conseguem adquirir espaço para crescer e tornar-se independentes, muitas vezes até manifestam a vontade de fazer por si só, mas onde os adultos não permitem.
As facilidades proporcionadas por uma babá que os acompanha o dia todo, fazendo todas as suas vontades, pode atrapalhar o seu desenvolvimento, fazendo com que acostumem à situação cômoda de receber tudo nas mãos ou sempre ter alguém para trocar suas roupas, lhes dar banho, pentear seus cabelos, tornando-as preguiçosas e desinteressadas para essas tarefas.
É claro que uma criança deve receber afeto, carinho e cuidados, fundamentais para crescerem com bons tratos, mas em excesso podem prejudicar a sua formação enquanto pessoa.
Além disso, vemos pais criticando os filhos por não fazerem as coisas direito, no mesmo nível de perfeição dos adultos, deixando-os inibidos e sem coragem para tentar e arriscar.
A independência aparece através das várias tentativas que a criança faz
O interessante é que as crianças, quando forem realizar alguma atividade que exija maiores cuidados, estejam acompanhadas de um adulto, que vá as orientando passo a passo, até que consigam fazer sozinhas.
Devido às modernidades do cotidiano, é bom lembrar que as crianças sempre são convidadas para passear na casa de amigos, irem a festinhas de aniversários, ao cinema, onde irão precisar de determinada independência. Quando não a possuem, podem manifestar insegurança para saírem sozinhas de casa.
Os filhos caminham para onde os pais lhes permitem ir. Se não lhes ensinam a escovar os dentes, não saberão fazer na casa de um amiguinho; se não lhes permitem comer sozinho, não vão conseguir comer sem derramar os alimentos; se não ensinam a atravessar a rua, poderão sofrer acidentes com maior facilidade, estando sempre na dependência de outras pessoas.
É bom incentivar os pequenos a se virarem sozinhos, para que criem condições de se tornarem independentes, além de irem adquirindo novas destrezas e aprendizagens para a vida.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Orientação aos pais
DESAFIO PRECOCE
A preocupação com o desenvolvimento intelectual dos prematuros deve começar na saída da UTI neonatal
Nas últimas duas décadas, duplicaram as chances de vida de bebês que nascem com pouco mais de meio quilo e são tão pequenos que quase cabem na palma da mão. Superado o grande obstáculo da sobrevivência, no entanto, a medicina vê-se às voltas com outro tipo de problema. Estudos recentes mostram que o impacto da prematuridade sobre o desenvolvimento intelectual da criança é muito maior do que se imaginava. Cerca de 80% dos bebês que nascem com menos de trinta semanas de gestação têm o desenvolvimento do cérebro afetado e demoram mais tempo para processar informações do que as outras crianças. Por esse motivo, quem nasceu com menos de 1 quilo é mais propenso a ter QI abaixo da média. Além disso, os prematuros desenvolvem problemas neurológicos e de comportamento, como hiperatividade, distúrbio de déficit de atenção e dificuldades de aprendizado, com muito mais freqüência do que as crianças que nascem no tempo certo. Estatisticamente, essas constatações ganham importância porque os tratamentos de infertilidade – que resultam quase sempre em gravidez de múltiplos – provocaram aumento expressivo no número de prematuros. Nos Estados Unidos, por exemplo, a incidência de partos antes do tempo cresceu quase 30% nos últimos 25 anos.
A maior pesquisa já realizada no mundo foi feita pela Universidade de Nottingham, na Inglaterra, e acompanhou 314 crianças que nasceram com menos de 26 semanas de gestação. Os resultados, apresentados neste ano, são preocupantes. Aos 2 anos e meio de idade, um terço dos meninos e um sexto das meninas – o estudo não explica o porquê da diferença – apresentavam distúrbios de comportamento, a maioria deles relacionada a dificuldades de atenção. Entre 5 e 6 anos, metade deles tinha problemas no desenvolvimento cognitivo. Outra pesquisa, da Universidade Yale, nos Estados Unidos, mostra que, aos 8 anos, uma em cada cinco crianças nascidas prematuramente já repetiu a série no colégio. É o dobro da taxa de repetência entre as que nasceram no tempo normal. “Hoje, temos todas as condições para assegurar cada vez mais a sobrevivência dos prematuros, mas ainda não temos todas as ferramentas para garantir o futuro deles.” Diz Wladimir Taborda, ginecologista e obstetra, coordenador da maternidade do Hospital Albert Einstein em São Paulo.
O grande desafio é reduzir o impacto do período de permanência nas UTIs neonatais sobre o cérebro. O esforço para tornar esse ambiente menos inóspito tem sido grande e já resultou em mudanças importantes, como a redução do ruído e da luminosidade e o estímulo ao maior contato com os pais, mesmo com o bebê ainda dentro da incubadora. Mas, evidentemente, nenhuma destas medidas é capaz de transformar a UTI em algo minimamente parecido com o ambiente uterino. Até porque, para garantir a sobrevivência da criança, muitas vezes é preciso submetê-la a uma série de procedimentos fisicamente agressivos. Assim, é possível salvar bebês a partir da 24ª semana (quando os órgãos vitais já estão formados), mas não se consegue prevenir limitações neurológicas. “A maioria dos pais acha que depois que o filho sai da incubadora está tudo resolvido, mas não é isso que ocorre. Independentemente do quadro clínico, todo prematuro deve receber acompanhamento médico especial durante os anos seguintes”, diz Alice Deutsch, coordenadora da UTI neonatal do Hospital Albert Einstein.
Como a prevenção é difícil, a saída é realmente identificar a existência desse tipo de problema quanto antes. Todo pai e toda mãe acompanham o desenvolvimento do filho, comemoram os avanços e se preocupam se percebem algum atraso. Os pais de prematuros devem ter atenção redobrada para esse aspecto e pedir orientação ao pediatra se houver qualquer dúvida em relação ao comportamento do bebê. A partir de 1 ano, quando ele começa a andar e falar, fica mais fácil acompanhar sua evolução. “ Se alguma coisa parece não estar indo bem, é hora de procurar ajuda de um especialista”, explica Ênio Roberto de Andrade, diretor do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Hospital das Clínicas da USP.
Adotado o tratamento adequado a cada caso, ganha-se um tempo precioso e são dadas à criança condições muito melhores de aprendizado. É importante ter claro que o parto prematuro impõe, sim, desafios especiais, mas não pode ser encarado como uma condenação à limitação intelectual. Há muitos exemplos de grandes figuras do pensamento que nasceram antes da hora. O primeiro-ministro inglês Winston Churchill, uma das maiores lideranças da história de seu país, era prematuro, assim como o alemão Johannes Kepler, que revolucionou o estudo da astronomia depois de provar que a Terra e os demais planetas descrevem, órbita elíptica em torno do Sol. O físico inglês Isaac Newton, formulador da lei da gravidade, nasceu tão pequeno que ninguém acreditou que ele fosse viver nem um dia sequer. Viveu e deixou um legado intelectual incomparável.
DIFICULDADE DE APRENDIZADO
Pesquisas mostram que a prematuridade pode causar atraso no desenvolvimento intelectual das crianças.
• Bebês nascidos com peso inferior a 1 quilo têm maior probabilidade de ter QI abaixo da média.
• 10% apresentam distúrbios neurológicos.
• Aos 6 anos, 50% demonstram dificuldade de aprendizagem.
• Aos 8 anos, metade precisa receber ajuda extra-escolar. Um em cada cinco já repetiu uma série no colégio.
•
Fonte: Revista VEJA, 7 de setembro de 2005, reportagem escrita por Roberta Salomone