"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "
domingo, 1 de setembro de 2013
Por- Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva
PEÇA TEATRAL PEDAGÓGICA PARA A PRIMAVERA
“As flores são camas”
De: Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva
Professora da Escola Municipal “Meridional” e responsável pela Oficina de Artes do Centro de Convivência para Adultos Especiais – Conselheiro Lafaiete- MG
Cenário: Palco dividido em duas partes: uma representando o ambiente de um quarto de seres humanos e outra um jardim florido.
Do lado dos humanos:
Menina se espreguiçando: Ai, minhas costas estão doendo muito... Também pudera, essa cama está me deixando toda doída! Não sei se esse colchão, ou o que é. Mas a verdade é que não estou bem, nem sonhando mais estou... Tenho que resolver essa situação com urgência! Ah, já sei, vou até a casa de Carlos para ver o que me diz.
A menina troca de roupa e vai até a porta de Carlos : - Toc, toc!
Carlos : - Marina, que bom vê-la, vamos, entre! Como está ? Deve estar muito bem, pois já é PRIMAVERA! Tempo de felicidade, muitas flores, perfumes variados dessas elites dos jardins e bosques...
Marina – Que nada Carlos, estou com uma dor nas costas que não me aguento!
Carlos: - Dor nas costas ? Tem feito algum esforço excessivo?
Marina – Não, Carlos, acho que é meu colchão, nem dormindo bem mais estou... Amanheço assim : um caco! O que posso fazer?
Carlos levanta-se pega seu LIVRO MÁGICO e começa a folheá-lo: - Hum... Acho que encontrei a solução para o seu problema! E ainda bem que é PRIMAVERA, pois irei precisar muito dela!
Marina: - Pare de falar em PRIMAVERA a todo tempo! Está ficando até pedante!
Carlos: - Pedante? Eu? Mas como ousa se referir a PRIMAVERA dessa maneira? Por acaso não a aprecia?
Marina: - Apreciar eu aprecio... Bem, um pouco NE? Não sou muito ligada nessas coisas não, meu negócio é computador, entende? Coisas da hora, todos os jovens apreciam...
Carlos: - Sei, compreendo... Mas, irei até meu laboratório e farei uma poção mágica para você ainda hoje! Levarei a sua casa a tardinha, pois você terá que tomá-la a noite, antes de dormir!
Marina: - Está bem, o aguardarei então! E sai correndo.
Antes de chegar a sua casa, passa pelo jardim, ( cenário do jardim, onde as flores são pessoas caracterizadas ). As flores começam a cumprimentá-la:
Rosa – Menina linda, venha me apreciar!
Violeta- Olá, Marina, por que você não olha para nós?
Girassol- Marina, o sol irradiou-se bem para o lado de sua janela! Olhe como me abri lindo para você me notar!
...E Marina nem dá ouvidos a ninguém.
Nesse momento, todas as flores começam a chorar...
Marina já está sentada diante do computador ( com a postura toda torta, mal assentada, já teclando com seus amigos e fazendo comentários : - Nossa, o Guilherme terminou com a Cláudia e está saindo com o Zé? Tenho que contar pra ela, vou entrar no MSM... Hum... Tenho tantos e mails para ler que acho que nem dará tempo mais, já está quase anoitecendo...
Nesse momento, entram pessoas formando um pequeno Coral cantando:
Boi, boi, boi...
Boi da cara preta,
Pega essa menina que nem liga pra PRIMAVERA...
A campainha toca: DIM DOM!
Marina: - Deve ser Carlos com a poção ( e sai em direção a porta ): - Olá, Carlos, que bom que você veio! Agora com essa poção meus problemas se resolverão!
Carlos: - Marina, você irá tomar essa poção antes de dormir. Sonhará muito, e amanhã me procurará para me dar notícias de como foi sua noite, ok ?
Marina: - Certinho, pode deixar que farei tudo tal qual me pede, ok?
Carlos: - Marina, suas flores estão murchas ( e do outro lados as pessoas que representam as flores se ajoelham cabisbaixas )... Por acaso não as tem aguado? Não tem dado atenção e carinho a elas ?
Marina – Ah, Carlos, um dia chove e elas ficam mais bonitinhas
Flores : - Oh, como somos infelizes... E começam a chorar baixinho...
Carlos: - Entendo, então boa noite bons sonhos!
Marina: - Boa noite, Carlos, e muito obrigada, viu ?
Marina ( já de camisola ) aparece com um copo na mão e começa a beber a poção mágica.
VOZ DE ALGUÉM QUE NÃO APARECE NO CENÁRIO:
Depois deita em sua cama e em seguida começa a sonhar. E sonha alto: um sonho de recompensa e amor a PRIMAVERA!
Marina: Nossa, que lindo lugar! Que perfume delicioso... São as flores! A PRIMAVERA que encanta a todos!
Esse é um jardim fantástico, onde a harmonia predomina em formas floreais... Nossa, aquele Ipê Amarelo está tão lindo... Vou deitar naquela grama verdinha e apreciar seus galhos e suas flores... Nossa, como pode em galhos tão secos existir flores tão mimosas e lindas? Há também insetos que repousam em suas flores, como se fossem camas para seu descanso diário. Quem sabe, aquela abelha que está tão quietinha em sua flor repousa após um longo trabalho de tirar a seiva doce de suas flores? É... Interessante como a natureza abriga a todos, tudo sem seu jeito próprio e tão adaptável amigavelmente a todos... Vou passear mais nesse jardim e observar essa exuberância da natureza!
Rosas... Lindas rosas... Cada uma com sua cor específica, pétalas macias, corações expostos ao tempo... Uma joaninha na rosa vermelha... Tranquila, em paz, também dorme na cama da rosa... Com pétalas que mais parecem lençóis de cetim fabricados pela natureza...
Vou caminhar por entre as “beija flores alaranjadas”, as Estreliceas ! Parecem pássaros presos a galhos... Grandes pássaros alaranjados... Nossa, aqui também há um sono renovador por entre a flor alaranjada... Um besouro descansa de seus voos noturnos na cama Estrelicea!
Agora quero conhecer tudo, observar cada cama que a natureza oferece, sentir as mensagens que toda essa beleza me proporciona...
Que maravilha! Seja bem vinda, PRIMAVERA! Agora em sua homenagem, cantarei essa bela música para você, PRIMAVERA!
Estão voltando as flores
(1961)
Marcha Rancho
Composição: Paulo Soledade
Interpretação: Altemar Dutra
Marcha Rancho
Composição: Paulo Soledade
Interpretação: Altemar Dutra
Vê, estão voltando as flores,
Vê, nessa manhã tão linda,
Vê, como é bonita a vida,
Vê, há esperança ainda.
Vê, as nuvens vão passando,
Vê, um novo céu se abrindo,
Vê, o sol iluminando,
Por onde nós vamos indo,
Por onde nós vamos indo.
Por onde nós vamos indo.
Laia laia laia
Nesse instante, todas as flores do jardim, entram no sonho de Marina e começam a cantar e dançar .
Marina acorda:
-Nossa, o que aconteceu? Que música linda é essa : E vai cantando em direção ao coral das flores.
Depois de acabar a música...
Marina: Flores lindas, quero prestar uma homenagem a vocês também!
Flores – Hum? O que aconteceu com você, Marina?
Marina - Simples: percebi o quanto fui tola em não prestigiar a natureza tão pouco apreciá-la e senti-la. Tive um sonho lindo que me ensinou uma coisa: - não é minha cama que provoca-me dores por todo o corpo, mas sim, minha má postura no computador e deixar de sair e apreciar a natureza que nos faz tão bem!
Flores - Agora você está certa! Mas o que aconteceu afinal para chegar a essa conclusão?
Marina – Aprendi que as flores são camas...
Flores - Nós somos cama? Como assim ( se entreolhando)...
Marina: Sim, vocês são responsáveis pelo descanso de muitos insetos que adormecem em suas pétalas. Acho que foi obra do Carlos com sua poção!
Entra Carlos, com um jarro de flores falando: - Minhas poções são infalíveis! Sempre promovem o bem e o reconhecimento a tudo o que deve ser mudado, assim é a vida, devemos aprender e modificarmos sempre em prol de uma bela e feliz vida!
Flores: - É verdade mesmo!
Marina- Além do mais, são responsáveis pelo doce mel que as abelhas fabricam, pelos perfumes, pela delicadeza que proporcionam a nosso olhar; enfim vocês são joias raras, PRIMAVERAS DE NOSSO VIVER! E sai abraçando cada flor!
Depois, a frente do palco, começa a recitar ( com um fundo musical da música Espatódea – de Nando Reis ), com as flores em círculo dançando em sua volta:
Metamorfose dos encantos
Encaixe dos sentimentos
Delicadezas se ondulam em flores
Nas asas da imaginação.
Encaixe dos sentimentos
Delicadezas se ondulam em flores
Nas asas da imaginação.
Seu sorriso, meu disfarce
Me perco no equinócio do seu florescer
Num canto bem adubado do meu coração
Outra semente germina
Pulula em vida pós-inverno
De begônias e hortênsias
Ornando meu caminhar.
Me perco no equinócio do seu florescer
Num canto bem adubado do meu coração
Outra semente germina
Pulula em vida pós-inverno
De begônias e hortênsias
Ornando meu caminhar.
Quem hibernou, involuntário
Ao saltar para a primavera
Encontra suave brisa
A refrescar a tez acalorada febrilmente.
Enfim vitória de uma semente
É primavera chegando
A esperança renascendo
O colorido tingindo
O caminho do passante
Desencasula... para a vida
Desacrisola... para a maturidade
As forças da natureza me deixam e êxtase
Momento de recomeçar
Floreça em mim a primavera de minh'alma
As lágrimas transformem-se em suave brisa
Ou num orvalho manso a regar meu coração...
Estação das flores dentro de mim,
Reaja ao inverno sequioso dos sonhos meus
E brotem novos sonhos
Novas forças,
Nova vontade de sonhar.
Ao saltar para a primavera
Encontra suave brisa
A refrescar a tez acalorada febrilmente.
Enfim vitória de uma semente
É primavera chegando
A esperança renascendo
O colorido tingindo
O caminho do passante
Desencasula... para a vida
Desacrisola... para a maturidade
As forças da natureza me deixam e êxtase
Momento de recomeçar
Floreça em mim a primavera de minh'alma
As lágrimas transformem-se em suave brisa
Ou num orvalho manso a regar meu coração...
Estação das flores dentro de mim,
Reaja ao inverno sequioso dos sonhos meus
E brotem novos sonhos
Novas forças,
Nova vontade de sonhar.
Caminho lentamente, mas com firmeza
Esqueço o que doeu
Apago o traço da dor
Aborto a palavra saudade
Construo ruas de felicidade
Onde dançarei a dança da paz
Com o arco-iris a brincar
Ao vento vão os pensamentos
Novos sonhos, novos alentos
O tempo... ah, o tempo! Meu íntimo confidente,
A primavera me trouxe.
Esqueço o que doeu
Apago o traço da dor
Aborto a palavra saudade
Construo ruas de felicidade
Onde dançarei a dança da paz
Com o arco-iris a brincar
Ao vento vão os pensamentos
Novos sonhos, novos alentos
O tempo... ah, o tempo! Meu íntimo confidente,
A primavera me trouxe.
Um dia novo está surgindo
Um sonho novo me envolve
Vida nova...
Saúde...
Paz...
Enfim, a primavera me beija a face.
Um sonho novo me envolve
Vida nova...
Saúde...
Paz...
Enfim, a primavera me beija a face.
FIM
Teatro "O Cravo e a Rosa" - PROJETO PRIMAVERA
OI!!!
Continuando com o nosso projeto PRIMAVERA, elaboramos na sala de aula uma pequena peça teatral/musical de “O CRAVO E ROSA”.
As crianças ficaram fascinadas!
Ah... e pra quem tiver interesse, segue as máscaras e a música.
Para ver a história em áudio da formiguinha e a neve e muitas sugestões de atividades, clique aqui.
NARRADOR: Certa manhã de inverno uma formiguinha saiu para seu trabalho diário. Já ia muito longe a procura de alimento, quando de repente um floco de neve caiu e prendeu seu pezinho. Aflita vendo que não podia se livrar da neve, e iria assim morrer de fome e frio, voltou-se para o sol e disse:
FORMIGA: Hó sol, tu que és tão forte, derrete a neve que prendeu o meu pezinho.
NARRADOR: E o sol indiferente nas alturas falou:
SOL: Mais forte do que eu é o muro que me tapa.
NARRADOR: Olhando então para o muro a formiguinha pediu:
FORMIGA: Hó muro tu que és tão forte que tapas o sol que derrete a neve, desprende o meu pezinho?
NARRADOR: E o muro que nada vê e muito pouco fala, respondeu apenas:
MURO: Mais forte do que eu é o rato que me rói.
NARRADOR: Voltando-se então para o ratinho que passava apressado, a formiguinha suplicou:
FORMIGA: Hó rato, tu que és tão forte, que rói o muro que tapa o sol que derrete a neve, desprende o meu pezinho?
NARRADOR: Mas o rato que também ia fugindo do frio gritou de longe:
RATO: Mais forte do que eu é o gato que me come!
NARRADOR: Já cansada a formiguinha pediu ao gato:
FORMIGA: Hó gato, tu que és tão forte, que comes o rato, que rói o muro que tapa o sol que derrete a neve, desprende o meu pezinho?
NARRADOR: E o gato sempre preguiçoso disse bocejando:
GATO: Mais forte do que eu é cão que me persegue...
NARRADOR: Aflita e chorosa a pobre formiguinha pediu ao cão:
FORMIGA: Hó cão tu que és tão forte que persegues o gato come o rato, que rói o muro que tapa o sol que derrete a neve, desprende o meu pezinho?
NARRADOR: E o cão que corria atrás de uma raposa, respondeu sem parar:
CÃO: Mais forte do que eu é o homem que me bate.
NARRADOR: Já quase sem força, sentindo o coração gelado de frio a formiguinha implorou ao homem:
FORMIGA: Hó homem, tu que és tão forte que bate no cão que persegue o gato que come o rato que rói o muro que tapa o sol que derrete a neve, desprende o meu pezinho?
NARRADOR: E o homem sempre preocupado com o seu trabalho respondeu apenas:
HOMEM: Mais forte do que eu é a morte que me mata.
NARRADOR: Trêmula de medo, olhando para a morte que se aproximava a pobre formiguinha suplicou:
FORMIGA: Hó morte, tu que és tão forte que mata o homem que bate no cão que persegue o gato que come o rato, que rói o muro que tapa o sol que derrete a neve, desprende o meu pezinho?
NARRADOR: E a morte que nada fala impassível respondeu...
MORTE: ................
NARRADOR: Quase morrendo, então a formiguinha rezou baixinho...
FORMIGA: Meu Deus, o senhor, que é tão forte, que governas a morte, que mata o homem, que bate no cão, que persegue o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o sol, que derrete a neve, desprende o meu pezinho?
NARRADOR: E então, Deus que ouve todas as preces sorriu, estendeu a mão por cima das montanhas, e ordenou que viesse a primavera.
No mesmo instante no seu carro de ouro a primavera desceu por sobre a terra,
enchendo de flores os campos, enchendo de luz os caminhos.
E vendo a formiguinha quase morta gelada pelo frio, tomou-a carinhosamente entre as mãos e levou-a para seu reino encantado, onde não há inverno, onde o sol brilha sempre e onde os campos estão sempre cobertos de flores.
SOL: Mais forte do que eu é o muro que me tapa.
MURO: Mais forte do que eu é o rato que me rói.
RATO: Mais forte do que eu é o gato que me come!
GATO: Mais forte do que eu é cão que me persegue...
CÃO: Mais forte do que eu é o homem que me bate.
HOMEM: Mais forte do que eu é a morte que me mata.
O livro "A FORMIGUINHA E A NEVE" de autoria de "João de Barro" foi adaptado para o teatro. Fonte: Teatro Cristão.
Vídeo-sugestão:
A formiguinha e a neve - Teatro
NARRADOR: Certa manhã de inverno uma formiguinha saiu para seu trabalho diário. Já ia muito longe a procura de alimento, quando de repente um floco de neve caiu e prendeu seu pezinho. Aflita vendo que não podia se livrar da neve, e iria assim morrer de fome e frio, voltou-se para o sol e disse:
FORMIGA: Hó sol, tu que és tão forte, derrete a neve que prendeu o meu pezinho.
NARRADOR: E o sol indiferente nas alturas falou:
SOL: Mais forte do que eu é o muro que me tapa.
NARRADOR: Olhando então para o muro a formiguinha pediu:
FORMIGA: Hó muro tu que és tão forte que tapas o sol que derrete a neve, desprende o meu pezinho?
NARRADOR: E o muro que nada vê e muito pouco fala, respondeu apenas:
MURO: Mais forte do que eu é o rato que me rói.
NARRADOR: Voltando-se então para o ratinho que passava apressado, a formiguinha suplicou:
FORMIGA: Hó rato, tu que és tão forte, que rói o muro que tapa o sol que derrete a neve, desprende o meu pezinho?
NARRADOR: Mas o rato que também ia fugindo do frio gritou de longe:
RATO: Mais forte do que eu é o gato que me come!
NARRADOR: Já cansada a formiguinha pediu ao gato:
FORMIGA: Hó gato, tu que és tão forte, que comes o rato, que rói o muro que tapa o sol que derrete a neve, desprende o meu pezinho?
NARRADOR: E o gato sempre preguiçoso disse bocejando:
GATO: Mais forte do que eu é cão que me persegue...
NARRADOR: Aflita e chorosa a pobre formiguinha pediu ao cão:
FORMIGA: Hó cão tu que és tão forte que persegues o gato come o rato, que rói o muro que tapa o sol que derrete a neve, desprende o meu pezinho?
NARRADOR: E o cão que corria atrás de uma raposa, respondeu sem parar:
CÃO: Mais forte do que eu é o homem que me bate.
NARRADOR: Já quase sem força, sentindo o coração gelado de frio a formiguinha implorou ao homem:
FORMIGA: Hó homem, tu que és tão forte que bate no cão que persegue o gato que come o rato que rói o muro que tapa o sol que derrete a neve, desprende o meu pezinho?
NARRADOR: E o homem sempre preocupado com o seu trabalho respondeu apenas:
HOMEM: Mais forte do que eu é a morte que me mata.
NARRADOR: Trêmula de medo, olhando para a morte que se aproximava a pobre formiguinha suplicou:
FORMIGA: Hó morte, tu que és tão forte que mata o homem que bate no cão que persegue o gato que come o rato, que rói o muro que tapa o sol que derrete a neve, desprende o meu pezinho?
NARRADOR: E a morte que nada fala impassível respondeu...
MORTE: ................
NARRADOR: Quase morrendo, então a formiguinha rezou baixinho...
FORMIGA: Meu Deus, o senhor, que é tão forte, que governas a morte, que mata o homem, que bate no cão, que persegue o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o sol, que derrete a neve, desprende o meu pezinho?
NARRADOR: E então, Deus que ouve todas as preces sorriu, estendeu a mão por cima das montanhas, e ordenou que viesse a primavera.
No mesmo instante no seu carro de ouro a primavera desceu por sobre a terra,
enchendo de flores os campos, enchendo de luz os caminhos.
E vendo a formiguinha quase morta gelada pelo frio, tomou-a carinhosamente entre as mãos e levou-a para seu reino encantado, onde não há inverno, onde o sol brilha sempre e onde os campos estão sempre cobertos de flores.
SOL: Mais forte do que eu é o muro que me tapa.
MURO: Mais forte do que eu é o rato que me rói.
RATO: Mais forte do que eu é o gato que me come!
GATO: Mais forte do que eu é cão que me persegue...
CÃO: Mais forte do que eu é o homem que me bate.
HOMEM: Mais forte do que eu é a morte que me mata.
O livro "A FORMIGUINHA E A NEVE" de autoria de "João de Barro" foi adaptado para o teatro. Fonte: Teatro Cristão.
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