"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

sábado, 13 de abril de 2013


Plano de aula de linguagem

Caros colegas,
Trabalhar com linguagem é maravilho!!! Temos uma possibilidade infinita de criar, recriar, descobrir meios de uso da língua. Cabe ao professor envolver os alunos nesse mundo mágico da leitura e da escrita, estando atento para as diversas funções, como a função social, a função catártica e a aquisição de conhecimentos, por exemplo.
Na hora de trabalhar narrativas, é importante que os alunos sintam-se seguros para criar. No primeiro momento, não convém falar de regras ortográficas ou de estética, pois elas podem se constituir como entraves; causando insegurança.
Assim, é preciso experimentar, viver. Criando jogos, diálogos, assistindo filmes, ouvindo e lendo canções, contanto histórias.... muita história.
Uma das formas de auxiliar na criação de narrativas é fazer com que os escritores se transportem para um mundo mágico.
Assim, segue uma sugestão simples de plano de aula, com atenção para esse mundo mágico.

Tema: Óculos Mágicos
Conteúdo: Narrativa
Objetivo: Provocar a criatividade e o desejo de escrever uma narrativa, a partir de uma experiência pessoal.

Áreas de Conhecimento: Linguagem, Sociedade

Metodologia:
1. Em roda, participam de um diálogo com a professora:
_ Oi, estes são meus óculos mágicos! (coloca os óculos, que podem ser de brinquedo, tipo fantasia de carnaval, enfeitados, como queria) Quando eu os coloco, um mundo de aventuras se abre na minha frente. E então, eu posso ser rainha de um reino antigo, ou então, a princesa das fadas, ou um forte pirata da perna de pau. Com meu óculos, eu posso viver grandes histórias! (Narrar alguma história curta, como se estive acontecendo no momento em que coloca os óculos).
Em seguida tira os óculos e pergunta quem quer por os óculos e contar a sua história. Escolhe algumas crianças para contar.
2. Hora do registro:
Cada um receberá uma folha de papel para desenvolver a atividade escrita. Importante salientar que não deve nesse momento, limitar a quantidade de páginas, parágrafos, etc. Trata-se de uma escrita livre.
3- Compartilhar a escrita. Peça que livremente, os escritores apresentem suas aventuras.
4- Horá da arte: Produzir os óculos mágicos, vê molde a seguir.
5 - Avaliação: em roda, cada um falar sobre as atividades, o que gostou ou não e a experiência com a criação da narrativa.


Veja a seguir:
Maravilhosas aventuras!


Coletânea de contos, crônicas, poesias, lendas e fábulas

A Revista Nova Escola Online está com um acervo maravilhoso de contos, crônicas, poesias, lendas e fábulas.
Vale à pena coferir, se deliciar e aproveitar para o planejamento 2013.
Revista Nova Escola - Era uma Vez

Imagem retirada da Revista Nova Escola

Ótima Leitura
A interdisciplinaridade é algo ainda muito complexo, devido as fragmentações e aglutinações ocorridas. Contudo, vamos construíndo nesse fazer pedagógico caminhos nem sempre idealizados, mas possíveis. O importante é que esta prática tenha um significado na vida como um todo, e em particular, na vida de cada aluno.
Assim, deixo aqui uma dica rápida:
Que tal elencar as aulas de inglês com ciências, educação ambiental, cultura e linguagem, trabalhando o Ano Internacional de cooperação pela ÁguVocê pode trabalhar o ciclo da água, sua importância, utilizando os vocábulos em iglês, sugerindo traduções e intervenções das crianças.
Uma sugestão é utilizar esse cartaz disponibilizado no site da ONU, voltado para as crianças. Acessem o cartaz aqui.
Não esqueçam de que o cartaz é um recurso. Deve ser usado com propriedade, significação e dentro de um contexto, onde os objetivos e as estratégias devem ser bem definidm
Caros amigos

Venho notado que o momento de planejar sempre causa ansiedade, desconforto e não raro, falta de vontade. Já conversamos por aqui sobre isto em outras postagens. Mas é um fato sempre recorrente, sejam educadores com décadas de experiências ou iniciantes na arte de educar.
Assim, convém falar sobre alguns aspectos que podem facilitar ou nortear um pouco este processo, a partir dos questionamentos feitos pelos educadores e estudantes de pedagogia e licenciatura que têm feito parte da minha história.

01. Sempre que sento para planejar, não sei por onde começar. Tenho dificuldade de dá o primeiro passo, e perco muito tempo pensando. Como posso resolver isso?

Caros, geralmente quando não se está presa à tarefa de redigir, em momentos do cotidiano, são diversas as ideias que surgem para a realização das aulas. Basta sentar para escrever, que elas se desordenam, ficam embaralhadas, rodopiando na mente, sem encontrar o fio condutor. Por isso, segue uma dica:
Par qualquer ato de planejar, seja uma aula, um ano letivo, uma oficina ou simplesmente uma viagem, tente responder estas perguntas:
O que?
Porquê?
Para que?
Como?
Quando?
Onde?
Quais os resultados desejados?
Respondendo estas questões, você terá encaminhados:
Tema
Justificativa
Objetivos
Metodologia
Avaliação
Assim, ficará mais fácil desenvolvê-los, pois já terá de onde partir, para iniciar a sua escrita.

02. Tenho que fazer o planejamento anual. Mas tenho percebido que no processo, sempre modifico muito o plano. Fico perguntando: para que planejar tudo com tanta antecedência?

Bem, quem se antecipa, se previne. Tem tempo para se preparar, com materiais didáticos, estudo, pesquisa, espaços, provisões, etc. Mas não podemos esquecer que a aula é um fazer humano, dinâmico e vivo. Por isso, o planejamento deve ser flexível. Porque deve contar com as mudanças que vão ocorrendo ao longo do processo.
Não se angustie com a feitura de um plano impecável, sem rasuras e erratas. O cuidado com a estética é imprescindível. Contudo, mais imprescindível ainda é o cuidado com as pessoas, os sujeitos deste processo.
Portanto, convém se perguntar:
- Será que o meu plano está adequado à realidade dos educandos? Aos seus níveis de aprendizagem, seus interesses e necessidades?
- Será que meu plano está adaptado às condições físicas e financeiras do espaço que será utilizado?
- Será que o material previsto será disponibilizado no tempo necessário à execução do plano?
- Será que consulto meu plano sempre com antecipação e revejo os seus resultados após a aula?
- Será que esqueço o plano no arquivo, na gaveta e no momento improviso?

Convém refletir um pouco sobre estas posturas. Porque quando fazemos um planejamento bem direcionado, as modificações não são tão recorrentes assim. Tenta responder estes "serás". Poderá encontrar respostas para todas as fazes do planejamento. Pensar, fazer, executar e refazer.

03. Não consigo desenvolver os objetivos. Sempre fico em dúvida sobre quais verbos utilizar e em que tempo utilizo. Como pode me ajudar?
Para a realização dos objetivos, comece se perguntado "por quê e para que" você escolheu determinado tema ou conteúdo. Porque  o educando deve aprender determinado tema? Para fazer o que com isso?
Nestas respostas, irá encontrar as habilidades, competências, os procedimentos, conteúdos e atitudes que deseja que os educandos alcancem. Por isso, os verbos devem exprimir o fazer, o pensar e o ser desejados.
Para mais detalhes, veja a postagem a seguir:
http://educadoresdesucesso.blogspot.com.br/2011/06/planejamento-cuidados-e-intensoes-na.html
e mais detalhes a seguir:
http://educadoresdesucesso.blogspot.com.br/2011/01/planejamento-pensando-nos-objetivos.html
http://pt.scribd.com/doc/16712518/VERBOS-PARA-A-ELABORACAO-DOS-OBJETIVOS

04. Como elaborar a metodologia?
Bem, a metodologia está atrelada à relação dinâmica pensar-fazer; ao processo de aprendizado em si, no espaço da aula. Neste ponto, convém sempre retornar aos objetivos, para verificar se as ideias que emergem vão auxiliar no alcance destes objetivos.
É bastante comum também, se pensar antes na metodologia. Isso porque, ao imaginarmos a aula, eclodem diversas ideias; imaginamos a cena da aula. É importante que se registre estas ideias. Em seguida, vai se pensando: a qual objetivo esta prática se adéqua? será esse o momento de utilizar essa técnica? Será possível conseguir o material didático necessário? Posso substituí-lo?
Assim, você vai construindo seu fazer pedagógico. Para saber mais sobre metodologia, acesse:
http://educadoresdesucesso.blogspot.com.br/2012/02/sala-de-aula-um-espaco-para-aprender.html
http://educadoresdesucesso.blogspot.com.br/2011/02/o-que-e-metodologia.html

05. Como redigir a avaliação? Fico perdida neste momento.
Neste espaço devem conter os tipos de avaliação que serão realizadas. Estas avaliações devem estar coerentes com a metodologia e com a forma de pensar educação. Assim, se a forma predominante é processual, não convém aplicar uma avaliação escrita final com pontuação máxima, que defina a qualificação do aluno. Convém pensar em formas de avaliar que explorem a autonomia dos educandos e o autoconceito por eles elaborados. Sejam estas avaliações, para diagnosticar, medir, mensurar ou promover.
Para saber mais:
http://educador.brasilescola.com/orientacoes/avaliacao-para-inclusao.htm


Caros, desejo que tenha colaborado um pouco com as vossas práticas educativas.
Façam maravilhosos planejamentos. Se deliciem!!! Se encantem!!!
Saudações fraternas!



Diferenças entre oficina e palestra

Caros amigos,


Atendendo a pedidos, vamos estabelecendo umas diferenças entre oficina e palestra.

Há duas formas básicas de fazer palestra: uma participativa, onde o palestrante interage com o público, através de perguntas e comentários; outra tradicional, onde o público apenas ouve e o palestrante apenas fala. As duas formas são válidas e entre elas há diversas variações, a depender do tema, do estilo do público e do palestrante.

Já as oficinas são extremamente participativas. Estão alicerçadas na ideia de construção coletiva de saberes. Assim, o público interage com o facilitador, seja através de movimentos, expressões corporais, artísticas, confecção de material; seja através de análise e exposição de ideias. As oficinas compreendem uma gama de estratégias que podem ser usadas, para que todos se envolvam no processo do aprendizado e cheguem a conclusões de forma coletiva e individual.

Para escolher entre uma palestra e uma oficina, depende do tema, do tempo de trabalho, do público e do objetivo do evento. O mais importante é, realizando uma ou outra, fazer um planejamento com antecedência, ter domínio do assunto abordado, ter o material revisado. Assim, o sucesso estará mais garantido.

Modelos de Plano de Aula para Educação Infantil

Caros amigos,
O ano de 2011 já está chegando ao fim e logo pensamos em 2012, em planejamentos, organização de sala, coleta de material... Para auxiliá-los nesta tarefa, segue modelo de plano de aula.



Tema: O calendário nosso de cada dia


Objetivos:

Aprender sobre o funcionamento dos números num contexto específico: o calendário;

Familiarizar-se com uma forma particular de organizar a informação, identificando a passagem do tempo apoiado no calendário;

Utilizar o calendário como forma de organizar acontecimentos e compromissos comuns ao grupo.

Áreas de Conhecimento:

Matemática, Natureza e Sociedade, Linguagem.


Conteúdos:

- Utilização dos números em diferentes contextos;

- Início da medição social do tempo;

- Localização, leitura, interpretação de informação matemática em calendários.



Procedimentos Metodológicos:

1. Rodinha – Cantar a música “Bom dia”; Fazer a oração “Obrigado Senhor pelo dia”. Iniciar diálogo, perguntando: Que dia é hoje?

A partir deste diálogo, apresentar um calendário tipo folhinha do mês corrente e perguntar: Quem tem um calendário parecido com esse em casa?

Explicar que poderão consultá-lo em diferentes momentos: para colocar a data em alguma tarefa, para saber a dia do aniversário dos colegas, do passeio que a turma realizará ou ainda quando precisarem escrever algum número que não conheça.

Ajudá-los a identificar a composição do calendário: palavras e números, coluna.

Solicitar a um aluno que identifique e marque no calendário exposto a data do dia.

Outro aluno anota essa data na lousa.

Retornando ao diálogo, pergunto aos alunos para que serve o calendário, além de achar a data do dia. Provoco até encontrar respostas, como organizar tarefas, planejar eventos, e encontrar datas importantes, como aniversário.

Introduzo: Agora vocês vão assistir a um clipe da música da música de Lulu Santos – Seu Aniversário, onde ele fala do calendário.

2. Hora do Vídeo: Assistir o clipe da música

3. Com um calendário do ano na parede ou no chão, pedir a cada aluno que marque a data do seu aniversário. Neste momento terei uma tabela em mãos com os aniversariantes, para eventuais consultas.

4. Intervalo: Cantar a música “É hora de lavar as mãos”. Fazer a fila em ordem crescente de tamanho do aluno, para lavar as mãos. Em seguida, todos organizam seu lanche na mesinha e cantam “Meu lanchinho”;

5. Momento da Calmaria: Todos sentados nas almofadas e nos tapetes. Ouvir a História “Vivi quer crescer”.

6. Diálogo sobre a história

7. Atividade xerografada: marcar no calendário as datas solicitadas.

8. Despedida: Canção da Despedida; Arrumar todos, pentear cabelos, passar perfume.

9. Atividade para casa: Xerografada



Recursos:

Calendários, vídeo, atividade xerografada, papel metro, lousa, piloto.

Avaliação:

Processual e contínua. Verificar o uso correto do calendário, de acordo com as necessidades.

Referências:

http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/cada-dia-sempre-novo-dia-428181.shtml

http://lulu-santos.musicas.mus.br/letras/952601/

http://www.youtube.com/watch?v=zStfgOWCxQk


Tema: Conceitos básicos matemáticos


Objetivo: Resolver situações problemas envolvendo os conceitos básicos.

Áreas de Conhecimento: Matemática, linguagem

Conteúdo: grande, pequeno, leve, pesado, maior, menor, dentro, fora.

Procedimentos Metodológicos:

1. Rodinha – Cantar a música “Bom dia”; Fazer A oração da Criança.

Fazer a chamada através das fichas.

Apresentar uma caixa (dentro dela estão os blocos lógicos) e iniciar uma conversa com perguntas como: alguém conhece esse objeto? Qual o nome dele? Qual é a forma da caixa? A caixa está CHEIA ou VAZIA? O que tem DENTRO da caixa? A caixa está pesada ou leve?

Colocar outra caixa ao lado desta e pedir que comparem: maior ou menor? Grande ou pequena?

Em seguida, esvaziar a caixa, colocando o conteúdo em uma caixa menor e ir questionando onde tem MAIS e onde tem MENOS blocos.

Em seguida colocar os objetos de volta na caixa maior e perguntar novamente.

Explorar outros objetos para estabelecer as comparações.

Deixar que as crianças manipulem os blocos, brincando livremente com eles, comparando-os.

2. Atividade no livro

3. Intervalo: Cantar a música “É hora de lavar as mãos”. Fazer a fila separando meninos de meninas, chamando pelo nome. Em seguida, fazer o lanche na quadra.

4. Momento da Calmaria: Brincar de Vivo, morto.

5. Despedida: Canção da Despedida; Arrumar todos, pentear cabelos, passar perfume.

6. Atividade para casa no livro



Recursos: livro, música, caixa surpresa, maquete da casa, objetos na cor amarela.

Avaliação: Processual e contínua. Verificar se os alunos construíram as noções em relação a peso, quantidade e tamanho.

Referências:

Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil – Vol. 2 e Vol.3

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=13679

A visita da velhinha - hora do conto

Caros amigos, o conto a seguir é maravilhoso! Sempre faz mágicas em uma roda de contação de histórias. As músicas e gestos que se repetem convidam as crianças a participarem ativamente da história, transformando este momento em uma grande brincadeira.
Além da ludicidade garantida, o conto auxilia os pequeninos a organizar o pensamento de forma lógica e sequenciada, organizar os fatos, associar pensamento e imagem, além de trabalhar questões referentes ao relacionamento humano.

Vale à pena!
Leiam, contem e divirtam-se com seus alunos!

A Visita da Velhinha


Era uma vez uma velhinha que morava sozinha, no meio da floresta. Ela passava o dia e a noite cozendo, que é o mesmo que costurar.

Canta, fazendo o gesto de costurar, e depois de procurar, com as mãos: _ Ficava sentada, cozendo, cozendo e sempre esperando quem ia chegar.

Um belo dia, alguém bateu na porta da velhinha (todos fazem o som e gesto de bater à porta)

Ela disse: _ Ué, quem será? Entre! - A porta se abriu. (faz gesto e som da porta se abrindo)

Entraram dos pés enormes. E a velhinha perguntou:

_ Ué, o que estes pés estão fazendo na minha casa? Pé fala? Não, pé não respondeu. E a velhinha continuou cozendo.

Canta, fazendo o gesto de costurar, e depois de procurar, com as mãos: Ficava sentada, cozendo, cozendo e sempre esperando quem ia chegar.

Quando já eram quase dez horas da manhã, alguém bateu na porta da velhinha (todos fazem o som e gesto)

Ela disse: _ Ué, quem será? Entre! - A porta se abriu. (faz gesto e som da porta se abrindo)

Entraram duas pernas grossas. E a velhinha perguntou:

_ Ué, o que estas pernas estão fazendo na minha casa? Perna fala? Não, perna não respondeu. E a velhinha continuou cozendo.

Canta, fazendo o gesto de costurar, e depois de procurar, com as mãos: Ficava sentada, cozendo, cozendo e sempre esperando quem ia chegar.

Quando era quase meio-dia, alguém bateu na porta da velhinha (todos fazem o som e gesto)

Ela disse: _ Ué, quem será? Entre! - A porta se abriu. (faz gesto e som da porta se abrindo)

Entrou um tronco forte, robusto, dourado do sol. E a velhinha perguntou:

_ Ué, o que este tronco está fazendo na minha casa? tronco fala? Não, tronco não respondeu. E a velhinha continuou cozendo.

Canta, fazendo o gesto de costurar, e depois de procurar, com as mãos: _ Ficava sentada, cozendo, cozendo e sempre esperando quem ia chegar.

Quando era hora do lanche, nossa que dia movimentado, alguém bateu na porta da velhinha (todos fazem o som e gesto)

Ela disse: _ Ué, quem será? Entre! - A porta se abriu. (faz gesto e som da porta se abrindo)

Entraram os braços fortes, musculosos e as mãos bonitas, redondinhas. E a velhinha perguntou: _ Ué, o que estes braços e mãos está fazendo na minha casa? Braços e mãos falam? Não, braços e mãos não responderam. E a velhinha continuou cozendo.

Canta, fazendo o gesto de costurar, e depois de procurar, com as mãos: _ Ficava sentada, cozendo, cozendo e sempre esperando quem ia chegar.

Quando já eram quase cinco horas da tarde, alguém bateu na porta da velhinha (todos fazem o som e gesto)

Ela disse: _ Ué, quem será? Entre! - A porta se abriu. (faz gesto e som da porta se abrindo)

Entrou a cabeça. E a velhinha curiosa, pensou. Cabeça tem olhos? (pergunta à platéia – o que mais cabeça tem? – Cabeça tem boca? Nossa, então já sei quem vai responder minhas perguntas.

E a velhinha perguntou:

_ Porque estes pés tão grandes? É de tanto andar, de tanto andar.

_ Porque estas pernas tão grossas e fortes? É de tanto correr, de tanto correr.

_ Porque este tronco tão queimado do sol? É de tanto trabalhar, de tanto trabalhar.

_ Porque estes braços musculosos e estas mãos redondinhas? É de tanto carregar embrulho, de tanto carregar embrulho.

_ E você, o que está fazendo aqui? – Vim te visitar, vim te visitar.

E a velhinha agora: Ficava sentada, falando, falando, pois ela já tinha com quem conversar.

Observação:

O quebra cabeça deve ser montado em tecidos, em tamanho bem grande. Deve conter as partes indicadas na história, sem precisar de detalhes, do rosto. Só uma circunferência para simbolizar a cabeça. À medida que vão sendo “contadas” na história, as partes do corpo, vai montando o quebra-cabeça no chão.

Cuidado: Deixar as peças do quebra-cabeça já em ordem de aplicação. Primeiro os pés e assim por diante.

Sugiro treinar primeiro em casa.



Poesia Matemática - Millôr Fernandes

Caros amigos, bom dia
Entendendo poesia no seu contexto original, como criação, percebemos que a poesia está em tudo, que a vida é pura poesia e nossa atitudes também. Por mais que usemos a razão, ou a racionalização, podemos ainda criar poesia. Exemplo disso é a poesia a seguir.

Poesia Matemática
Millôr Fernandes


Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.

E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.

Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.

E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.

E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.

E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.

Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos.

Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.

Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.

Era o triângulo,
tanto chamado amoroso.

Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.

Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade.

Texto extraído do livro "Tempo e Contratempo", Edições O Cruzeiro - Rio de Janeiro, 1954, pág. sem número, publicado com o pseudônimo de Vão Gogo.

Tudo sobre Millôr Fernandes e sua obra em "Biografias".



Dialética em sala de aula

Amigos, andei pensando em como as palavras do universo acadêmico, especialmente as voltadas para a educação, às vezes parecem não fazer sentido na prática. Ouvindo de muitos estudantes universitários e recém-formados a dificuldade quem têm em adequar o conhecimento adquirido à elaboração do planejamento e das aulas e estes à prática em si; resolvi compartilhar com vocês um pouco do meu aprendizado a respeito de alguns vocábulos, seus sentidos e intensões, e como procurei vivenciá-los, sem nenhuma pretenção de torná-lo um tratado científico, ou um dicionário, apenas reflexões.
Vamos começar por Dialética.

Dialética, segundo Leandro Konder, no sentido moderno, "é o modo de pensarmos as contradições da realidade, o modo de compreendermos a realidade como essencialmente contraditória e em permanente transformação".
Dialética é movimento, o ir e vir constante de ideias que ora se reafirmam ora se contradizem. É o diálogo permanente, contando com o imprevisível, o diferente. A dialética é como as ondas do mar: uma após a outra, constantes, mas sempre diferentes.

Na sala de aula, a dialética ocorre ainda que o professor se posicione como um ser tradicionalista, reprodutivista, pois ela está no pensamento de cada aluno, na forma como cada um lê o mundo, percebe-o e compartilha-o. No entanto, quando o professor considera a dialética, sua aula cresce, se expande, pois o diálogo se faz presente, trazendo a possibilidade de novas ideias, levantamento de hipóteses que podem ser comprovadas ou refeitas, tudo num espírito investigativo livre.
Para que as aulas sejam dialéticas, é preciso considerar,caros colegas, a liberdade. É preciso construir uma relação saudável, coerente, observando todos os conflitos e limites, sem se esquivar deles, procurando subsídios no prórpio diálogo para resolvê-los. Uma aula dialética leva em conta a vida de cada um, com todas as suas diferenças e riquezas existenciais. Considera a cultura, o símbolo, o psiquismo, a emoção, os sentidos e o corpo, pois comprende que cada aluno é único e diverso. Dessa forma, a dialética caminha de mãos dadas com a ideia de um ser humano integral.
Vejamos a seguir, o poema O Mar de Manoel Xundu:

O mar se orgulha por ser vigoroso
Forte e gigantesco que nada lhe imita
Se ergue, se abaixa, se move se agita
Parece um dragão feroz e raivoso
É verde, azulado, sereno, espumoso
Se espalha na terra, quer subir pra o ar
Se sacode todo querendo voar
Retumba, ribomba, peneira e balança
Não sangra, não seca, não para e nem cansa
São esses os fenômenos da beira do mar.


O próprio coqueiro se sente orgulhoso
Porque nasce e cresce na beira da praia
No tronco a areia da cor de cambraia
Seu caule enrugado, nervudo e fibroso
Se o vento não sopra é silencioso
Nem sequer a fronde se ver balançar
Porém se o vento com força soprar
A fronde estremece perde toda calma
As folhas se agitam, tremem e batem palma
Pedindo silêncio na beira do mar

Não há tempestades e nem furacões
Chuvadas de pedras num bosque esquisito
Quedas coriscos ou aerólito
Tiros de granadas de obuses canhões
Juntando os ribombos de muitos trovões
Que tem pipocado na massa do ar
Cascata rugindo serra a desabar
Nuvens mareantes, tremores de terra
Estrondo de bombas, rumores de guerra
Que imite a zoada das águas do mar.

Como percebem, a dialética é a própria vida, é o movimento contínuo e permanete, que metarmorfosea os seres. Seja nas águas calmas e serenas, seja nas ondas cantantes, seja nas palmeiras agitadas ao vento, ou nas serras, nas planícies, tudo é dialética. Então, porque tolher esta força de vida nas salas de aula, porque fugir desta condição natural que se espraia por nossas almas, graças à condição livre de sermos humanos e de estarmos vivos?
Observem as leis da dialética marxista:
1. ação recíproca, unidade polar ou "tudo se relaciona";
2. mudança dialética, negação da negação ou "tudo se transforma";
3. passagem da quantidade à qualidade ou mudança qualitativa;
4. interpenetração dos contrários, contradição ou luta dos contrários.

Se observarmos estas leis, sem querer fazer ode ao marxismo, aqui não é o caso, teremos uma receita essencial para desenvolver as nossas aulas:
Perceber que tudo no universo se relaciona, e nós somo resultado histórico dos nossos antepassados; que somos causas das consequencias futuras.
Ainda neste princípio primeiro, devemos perceber um ao outro considerando todas as diferenças, todas as potencialidades e todos os níveis do ser humano.
Quanto ao segundo princípio, é evidente que tudo se transforma.Nos inspiremos na Lei da Conservação das massas de Lavoisier "Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma". Vamos expandir isso para como as coisas se modificam ainda que não se deseje. A mudança ocorre, à revelia da vontade de alguns e graças à vontade de outros. Podemos ser agentes transformadores, quando consideramos a dialética, para provocar em nossos alunos o conhecimento de si mesmo e do outro, ou nos comportarmos como encalço do universo, tentendo interromper o seu giro, o seja, as mudanças.
Muito se tentou melhorar o desenvolvimento do país, atuando na educação. De início, foi feita uma mudança quantitativa, multiplicando as salas de aula, o número de vagas, a quantidade de conteúdos, etc. No entanto, na década 80, mais precisamente, foi-se percebendo que a mudança quantitativa não garantia o desenvolvimento; era preciso uma mudança qualitativa. Isso é dialética!
Dai, foram desenvolvidos diversos projetos, como Ciranda de Livros, Salas de Leitura, entre tantos outros.
Mas a mudança, pra ser qualitativa, deve ocorrer antes e constantemente no interior de cada um, através do diálogo constante, do autoconhecimento.
Já o último princípio nos chama atenção para as contradições. Observe que o ser humano é contraditorio, pois está sempre a refazer-se. Contudo há contradições que ocorrem pela falta de autoconhecimento. Um exemplo disso é quando alguém pensa de uma forma e age de outra completamente diferente. Bem, ela não agiu, apenas reagiu, por conta de situações do momento ou pretéritas marcadas nos seus sentidos. É preciso compreender esta luta entre os contrários para, cultivando o respeito às diferenças, amenizar os paradoxos sociais, como as guerras santas, ou qualquer outro tipo de guerra, as desiguldades gritantes,que mutilam, desabrigam, excluem e matam.
Amigos, uma aula dialética compreende o ser humano, exercitando os sentidos, a mente, o corpo e os sentimentos, num momvimento curioso, amoroso e solidário.
Vamos assumir a dialética em nós.
Para finalizar esta nossa conversa, vejamos este lindo poema do Mestre Neruda, com toda a sua dialética.
Se cada dia cai

Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.

há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.

Amigos, companheiros de jornada


 Tenho notado a crescente vontade de mudança que vem imperando entre alguns colegas, no que se refere às metodologias de ensino. Isto significa que a concepção está finalmente se transformando na sala de aula. No entanto, ainda não se sabe o “como fazer”, para atender a estas novas formas de pensar, que aliás, não são tão novas assim.

Pois bem vão aqui algumas dicas:

• Substitua algumas palavras do seu vocabulário e reflita sobre os sentidos delas, as ações que elas encerram. Assim:

Forçar pode ser substituída por provocar, mobilizar, fomentar, mediar, sugerir, discutir;

Corrigir por ser substituído por analisar, questionar, verificar, compreender, perceber, mediar.

• Ao escolher um recurso, pense em como vai utilizá-lo; se ele se adapta ao tempo de aula, ao nível de maturidade da turma e ao tema provocado.

• As pesquisas devem ser provocadas, e não impostas. O que tem ocorrido é uma série de cópias de trabalhos feitos na internet, quando são feitos. A maioria dos alunos não vê sentido nas pesquisas sugeridas. Por isso, provoque a discussão, pergunte, escute, só depois sugira a pesquisa, cujos temas podem emergir das próprias discussões.

• Atenção na escolha da música. Não é suficiente que ela faça parte do repertório dos alunos, do senso comum ou de uma época específica. Deve fazer sentido. Seu som deve invadir a sala como algo que toque, chame a atenção dos alunos; desperte o interesse. Por essa razão, fique atento para o tempo da música, o volume, a qualidade da gravação, e o seu entusiasmo com ela. Os alunos devem perceber verdade em você, por isso não adiantará se você não curtir a música.

• O mesmo ocorre com os filmes, os textos literários, as reportagens e documentários. Aliás, atenção para os documentários. Não se esqueça de que esta geração está com a mente veloz, com a visão adaptada a imagens e narrativas rápidas, dinâmicas. Portanto, de nada vai adiantar um documentário que vai dar sono em uns e gerar a indisciplina de outros.

• Ao exibir um filme com fins para estudo, não precisa exibi-lo por completo, edite-o primeiro, ou peça a alguém para fazer isso, com as cenas a serem trabalhadas. Isso vai tornar a aula mais dinâmica e os alunos vão querer assistir o filme em casa, compartilhando com a família. Exibir um filme todo, só se for em algum festival, ou outra situação atípica. 

• Pesquise os Curtas. Têm muitos que merecem ser exibidos, como Ilha das Flores, por exemplo. Estes podem ser transmitidos sem cortes e favorecem diversas análises.

• Quanto aos textos poéticos, exercite o costume de gravar ou treinar a sua leitura antes, para na hora declamar para os alunos, ou fazer uma leitura dramática, no caso de pequenas narrativas. Isso vai provocar de início risos, estranhamento, e depois encantamento.

• Apele sempre para os sentidos. É através deles que se dá o primeiro aprendizado. Sentir, na pele, o cheiro, o paladar, na visão e na audição vai desencadear a memória significativa. Mas atenção, cuidado para não provocar o desencadear de lembranças ruins nos alunos, para não mexer em feridas pessoais. Se isso acontecer, respeite o momento, torne-se sensível, sem agravar a situação, demonstre naturalidade, sem neutralidade. Se necessário, mude de assunto, com destreza e autoconfiança. Demonstre que você se importa e que todos estão juntos na mesma situação. Isso às vezes fica evidente apenas na sua forma de olhar ou no seu tom de voz.

• Problematize, mas tenha segurança suficiente para aceitar as próprias limitações e expandi-las. Sem preconceito.


• Dê espaço aos alunos para posicionar-se. É assim que será exercitado o respeito a si mesmo e ao outro, considerando as diferenças como fontes de riqueza e não de segregação.

• Quando lidamos com a formação da consciência devemos estar preparados para a catarse que pode ocorrer, no momento dos diálogos. Isto é muito positivo! É falando de si mesmo que juntos, professor e alunos vão se identificando e se reconstruindo, relacionando o conhecimento com a própria vida.

• É muito mais fácil para o professor dar uma aula expositiva, aplicar um exercício e uma leitura sem maiores discussões, mas já aprendemos que esse não é o melhor caminho. Os alunos já não aceitam mais este tipo de aula. Assim como nós, quando éramos alunos, eles também sabem avaliar o professor e a aula.

• Não tenha medo de tentar e recomeçar sempre. Este é o caminho dinâmico do ensinamento e do aprendizado. Pense na sala de aula como o mar: ondas constantes, umas altas, outras pequenininhas, se espraiam na areia, arrebentam nas pedras, nas montanhas, lapidam e vencem os litorais. Pensem nos litorais com os limites das nossas almas e nas ondas como a nossa fonte inesgotável de saber, compreender e agir.

Excelente trabalho para todos, e façam a diferença!


Caros amigos,


O ato de planejar, por se tratar de uma dinâmica que corresponde às intensões espaço-temporais da educação, está sujeito a diversas alterações e pode ser construído de diveras formas.
Observando as falas das pessoas que me procuram para auxiliar nesta construção, fiz um pequeno levantamento dos cuidados que devemos ter e talvez não tenha citado antes nestas postagens. Espero que de alguma maneira possa contribuir com o trabalho de vocês.
Há dois objetivos a serem elaborados: o geral e os específicos.
O objetivo geral, como o próprio nome diz, dá uma visão abrangente das habilidades e competências que os alunos deverão alcançar. 
Os objetivos específicos tratam dos detalhes, de cada aspecto a ser alcançado.
Deve-se ter o cuidado na escolha dos verbos a serem utilizados. Estes verbos devem ser diretos, expressando uma ação. Cabe nos objetivos específicos utilizar verbos, como Identificar, Definir, Classificar, Seriar, Conceituar, etc.
 Embora os PCN's apresentem alguns verbos, como Conhecer, Compreender, etc., estes não são bem aceitos atualmente, pois são muito genéricos e dificultam na elaboração de critérios para a avaliação.
No entanto, penso que são necessários como objetivos gerais, devendo ser acrescentados de verbos mais específicos.
É importante lembrar que não se trata do objetivo para o professor, mas para o aluno. É aquilo que o aluno deve atingir e não o professor.
Veja os exemplos:
"Ler automaticamente diferentes textos dos gêneros previstos para o ciclo, sabendo identificar aqueles que respondem às suas necessidades imediatas e selecionar estratégias adequadas para abordá-los." (PCN de Língua Portuguesa)
Este objetivo geral do 2º ciclo, não deixa claro quais os gêneros previstos. Esses deveriam ser descritos. 
Este objetivo carece, para melhor entendimento, de objetivos específicos, os quais devem conter os gêneros a serem estudados, as estratégias a serem conquistadas. 
Poderia ser um dos objetivos específicos deste Objetivo Geral:
"Produzir bilhetes, cartas e emails, identificando as características de cada gênero, e utilizando-os de acordo com a necessidade;"
 Convem lembrar que o plano deve estar voltado para as necessidades do aluno, para o desenvolvimento das potencialidades do aluno. Portanto, os objetivos devem ser elaborados com vista nos conhecimentos que os alunos devem construir.
Num plano de aula onde o aluno é passivo, ele apenas absorve o conhecimento, que é transmitido pelo professor.
Num plano de aula onde a intensão é considerar o aluno como sujeito ativo, criador de possibilidades de aprendizado, o conhecimento é provocado pelo professor, mediado, mas o aluno constrói, cria, através do levantamento de hipóteses, da análise da pesquisa, do espírito investigador. Este espírito sim, deve ser fomentado pelo professor. Por isso, é importante que nos objetivos, os verbos demonstrem a ação dos alunos, aquilo que eles vão analisar, refletir, comparar, discutir, conceituar, identificar e apropriar-se a ponto de criar novas possibilidades de intervenção no meio.

Saudações Fraternas!

Este é um belo exemplo de escrita das memórias, narrativa de experiência e descrição. Merece ser aproveitado para matar saudades de quem assistiu, para fazer conhecer às novas gerações e para provocar nos alunos narrativas, memórias e descrições reais ou fantásticas.



Golpe Militar de 1964


Caros Amigos,
Costumo dizer que somos filhos e netos da Ditadura. Ainda estamos aprendendo a ser livres. A liberdade de expressão, de escolha ideológica, religiosa, partidária ainda tem muitos passos para percorrer.
As incoerências entre liberdade e desrespeito são muitas. É preciso que cada educador, pai, mãe, vó, vô retome o diálogo com seus filhos, alunos e netos. Não é mais o momento da repressão, precisamos avançar para a compreensão e despertar da consciência.
Este aprendizado parte da convivência no lar, na escola e em todos os espaços comunitários.
Trabalhar a identidade, a autoestima, o autoconceito, o relacionamento interpessoal a partir de situação-problema e vivências é fundamental para a construção de uma sociedade livre.
Convide seus educandos a pensar:
- Até que ponto posso ouvir um som com o volume alto a ponto de todos os vizinhos escutarem também?
- Aquilo que desejo falar vai magoar, ofender, ferir a pessoa que ouve? Tenho esse direito?
- Quais os meus direitos, quais os direitos do outro, quais os direitos de todos?
- Quais os meus deveres?
- Como posso defender os meus direitos e os do outro?

O exercício da liberdade deve acompanhar o exercício de respeito a si e ao outro.
É necessário também pensar sobre aqueles que lutaram para o fim da Ditadura no Brasil, contudo com um olhar crítico, reflexivo, atentando para as questões humanas, como valores, momento histórico, ideais, tendências, necessidades, etc.
Sugiro que comecem o estudo a partir da realidade próxima, com atitudes do dia-a-dia, para comparar com a História.
Veja o exemplo:

Situação:
Um aluno X "pede" o lanche ao colega e ameaça "pegá-lo lá fora" se o seu desejo não for concedido.
Reflexão:
- O que pensa o aluno X sobre direito e poder?
- O que você faria se fosse o colega do aluno X? Justifique.
- O que significa ameaça nesse contexto?
- Como se defender da ameaça de alguém?
_ Como ajudar o aluno X a mudar de atitude?

Relacionando:
_ Qual a relação entre esta atitude e as atitudes dos militares na época da ditadura?

Outro exemplo:
Situação:
-O sindico de um prédio determinou que só poderiam utilizar a piscina os moradores com renda acima de R$100.000,00 e parentes do dono do prédio.Aqueles que não obedecessem a norma seriam retirados à força do local e punidos com pagamento de multa.

Reflexão:
-Quais os valores que estão presentes nesta decisão do sindico?
-O que você faria se fosse um dos moradores excluídos? E se fosse o morador incluso na lista de permissão?

Relacionando:
-Como você pode relacionar esta situação com a política nacional de hoje e de ontem?

Você pode criar situações diversas e convidar os alunos a criar tantas outras, formando grupos de discussão, painéis, peças teatrais, com vista à mudança de atitude e de pensamento, para a construção de uma verdadeira democracia.
Destruição da sede da UNE, no dia seguinte ao golpe
Outra sugestão:
Trabalhar com leitura de imagem:
Veja as imagens a seguir:
Quais os elementos quem contem cada uma?
Quais as semelhanças e diferenças?
Qual a ideologia predominante?
A qual ou quais momentos históricos estão associadas?
Qual a sua postura diante das imagens?


Para saber um pouquinho mais, veja a seguir o texto escrito por Tiago Dantas para o site Brasil Escola:
A Ditadura Militar foi o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil, entre os anos de 1964 e 1985. Essa época caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão àqueles que eram opostos ao regime militar. Desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961, o Brasil vivia uma crise política. O vice de Jânio, João Goulart, assumiu a presidência num clima político tenso. Seu governo foi marcado pela abertura às organizações sociais.

Estudantes, organizações populares e trabalhadores ganharam espaço no cenário político brasileiro, preocupando as classes conservadoras, como empresários, banqueiros, a Igreja Católica, militares e a classe média. Em plena Guerra Fria, os EUA temiam que o Brasil se voltasse para o lado comunista.

Os partidos que se opunham a Jango (João Goulart), como a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Democrático (PSD), o acusavam de estar planejando um golpe esquerdista e de ser o responsável pelos problemas que o Brasil enfrentava na época. No dia 13 de Março de 1964, João Goulart realizou um grande comício na Central do Brasil (Rio de Janeiro), onde defendeu as Reformas de Base e prometeu mudanças radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do país.

Seis dias depois, em 19 de março, os conservadores organizaram um protesto que reuniu milhares de pessoas pelas ruas do centro da cidade de São Paulo contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. A crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saíram às ruas. Evitando uma guerra civil, Jango deixou o país, refugiando-se no Uruguai. Os militares finalmente tomaram o poder.

Logo após a tomada de poder pelos militares, foi estabelecido o AI-1. Com 11 artigos, o mesmo dava ao governo militar o poder de alterar a constituição, cassar mandatos legislativos, suspender direitos políticos por 10 anos e demitir, colocar em disponibilidade ou aposentar compulsoriamente qualquer pessoa que fosse contra a segurança do país, o regime democrático e a probidade da administração pública, além de determinar eleições indiretas para a presidência da República.

Durante o regime militar, houve um fortalecimento do poder central, especialmente do poder Executivo, caracterizando um regime de exceção, pois o Executivo se atribuiu a função de legislar, em detrimento dos outros poderes estabelecidos pela Constituição de 1946. O Alto Comando das Forças Armadas passou a controlar a sucessão presidencial, indicando um candidato militar que era referendado pelo Congresso Nacional.

A liberdade de expressão e de organização era quase inexistente. Partidos políticos, sindicatos, agremiações estudantis e outras organizações representativas da sociedade foram extintas ou sofreram intervenções do governo. Os meios de comunicação e as manifestações artísticas foram submetidos à censura. A década de 1960 iniciou também, um período de grandes modificações na economia do Brasil: de modernização da indústria e dos serviços, de concentração de renda, de abertura ao capital estrangeiro e de endividamento externo.

Veja a seguir uma matéria da Revista Nova Escola sobre a morte de Vladimir Herzog e a sua influência na luta contra a ditadura:

A morte de Vladimir Herzog e as mobilizações contra a ditadura

MOSTRE AOS ALUNOS COMO A MORTE DO JORNALISTA VLADIMIR HERZOG NAS DEPENDÊNCIAS DO II EXÉRCITO, EM 1975, MOBILIZOU A SOCIEDADE CONTRA OS MILITARES

Carlos Eduardo Matos

A viúva Clarice, com o filho, e a foto do suícido forjado: União foi condenada pelo crime em 1978. Fotos Iugo Koyama/ Silvaldo Leung
A viúva Clarice, com o filho, e a foto do suícido forjado: União foi condenada pelo crime em 1978.
Foto: Iugo Koyama/ Silvaldo Leung
O jornalista Vladimir Herzog tinha muitos motivos para ficar preocupado ao receber uma ordem para apresentar-se ao II Exército. Corria o ano de 1975 e o Brasil vivia sob uma ditadura militar que travava uma guerra brutal contra as organizações de esquerda. Em São Paulo, quem se opunha ao regime era levado ao Departamento de Operações e Informações e Centro de Operações de Defesa Interna, o temido Doi-Codi. Oficialmente, os militares queriam esclarecimentos sobre a suposta ligação de Herzog, 38 anos e diretor de jornalismo da TV Cultura, com o Partido Comunista. Por isso, ele decidiu atender à convocação. Saiu de casa no dia 25 de outubro e nunca mais voltou. Torturado, foi vítima de espancamentos, choques elétricos e afogamento e morreu asfixiado nas dependências do órgão de repressão.
A notícia do crime iniciou uma onda de protestos que levou a uma série de pequenas e grandes mudanças na ditadura e é considerado o estopim do processo de distensão do regime, o que mostra que, apesar do autoritarismo, a sociedade acha brechas para se mobilizar.
Preocupados com a repercussão da morte de Herzog, os torturadores do Doi-Codi forjaram uma cena grotesca de suicídio: apresentaram uma foto do jornalista enforcado com o próprio cinto, no interior da cela. Vários fatores desmentiam a versão oficial, a despeito do laudo assinado pelo legista Harry Shibata, do Instituto Médico Legal. O principal deles era o próprio instrumento utilizado. Não era permitido ao preso permanecer de cinto, justamente para evitar que ele fosse usado como arma.

Fontes das imagens: http://www.google.com.br/imgres

Dia Mundial da Água - 22 de março - Sugestão de atividade 2



Caros amigos, a música Planeta Água é realmente imortal. Vem atravessando as décadas intácta, nova, ainda que ganhe versões e intérpretes novos.
Sugestão: Assistir o video a seguir.
Trabalhar com a desconstrução da letra da música, fazendo uma carta à Água.




Dia Mundial da Água - 22 de março - Sugestão de atividade 1

Assista o vídeo com os alunos
Pessa que registrem em forma de desenhos, palavras ou frases as suas impressões sobre a música.
Distribua a letra da música
Faça uma compreensão coletiva da letra.
Forme grupos e peça que criem uma outra forma de apresentação da música. (teatro, expressão corporal, poesia, mural, mímica, etc.)
Reuna os grupos para apresentação.
Após as apresentações,é hora de sistematizar, organizar as idéias e criar ações para o consumo responsável da água.


CHEGA DE MÁGOA

Nós não vamos nos dispersar
Juntos, é tão bom saber
Que passado o tormento
Será nosso esse chão
Água, dona da vida
Ouve essa prece tão comovida
Chega, brinca na fonte
Desce do monte, vem como amiga
Te quero água de beber
Um copo d’água
Marola mansa da maré
Mulher amada
Te quero orvalho toda manhã
Terra, olha essa terra
Raça valente, gente sofrida
Chama, tem que ter feira
Tem que ter festa, vamos pra vida
Te quero terra pra plantar, ah
Te quero verde
Te quero casa pra morar, ah
Te quero rede
Depois da chuva o Sol da manhã
Chega de mágoa
Chega de tanto penar
Canto e o nosso canto
Joga no tempo uma semente
Gente, olha essa gente
Olha essa gente, olha essa gente
Te quero água de beber
Um copo d’água
Marola mansa da maré
Mulher amada
Te quero terra pra plantar
Te quero verde, hum
Te quero casa pra morar
Te quero rede
Depois da chuva o Sol da manhã
Canto (eu canto) e o nosso canto (canto)
Joga no tempo (joga no tempo) uma semente (ye ye ye ye ye)
Gente (quero te ver crescer bonita)
Olha essa gente (quero te ver crescer feliz)
Olha essa gente (olha essa terra, olha essa gente)
Olha essa gente (Gente pra ser feliz, feliz)
Te quero água de beber (me dê um copo)
Um copo d’água
Marola mansa da maré (ye ye ye ye ye)
Mulher amada (mulher amada)
Te quero terra pra plantar (plantar)
Te quero verde (te quer verde)
Te quero casa pra morar
Te quero rede
Depois da chuva o Sol da manhã
Chega de mágoa
Chega de tanto penar
Chega de mágoa
Chega de tanto penar
Ah!

Caros amigos, 

Segundo o dicionário, Consumo é:

s.m. Uso que se faz de bens e serviços produzidos. (Se o consumo aumenta em razão da produção, esta é igualmente estimulada pelo consumo.)
Gasto, dispêndio: consumo de energia.
Sociedade de consumo, nome dado algumas vezes às sociedades de países industriais desenvolvidos, nos quais, estando as necessidades elementares asseguradas à maioria da população, os meios de produção e de comercialização são orientados para responder a necessidades multiformes, freqüentemente artificiais e supérfluas.


Já consumismo é:
s.m. Paixão por comprar; tendência a comprar sem freio; excesso de consumo; sistema caracterizado por esse excesso.

Desta forma, podemos perceber que o consumismo pode ser caracterizado como a necessidade de ter exageradamente. A intenção, muitas vezes adormecida no inconsciente, é quase sempre, de preencher um vazio interior. Vazio provocado pela sensação de ausência inerente a todo ser humano. Como muitas vezes não sabemos administrar esta sensação com atividades produtivas, autoconhecimento, auxílio ao próximo, resolução de questões interiores (como aceitação de si mesmo e do outro, autoestima, autoconceito),buscamos o consumismo como solução mais imediata.

O ato de consumir exageradamente vem sempre acompanhado de uma sensação de satisfação e euforia inicial, para momentos depois, angústia, desapontamento, frustração e vazio novamente. Funciona como uma droga, um vício que precisa ser alimentado constantemente.
É preciso ter cuidado para não esbarrar no consumismo e gerar infelicidade desnecessária.

Para saber mais, veja o artigo a seguir, do Marcelo Guterman, extraído do site:http://www.portaldafamilia.org.br/artigos/artigo580.shtml


Consumo e Consumismo
Marcelo Guterman

Era uma vez a Revolução Industrial. E com ela, a era da produção em massa. Milhares, milhões de unidades de tudo o que se possa imaginar, sendo produzidas diariamente nas fábricas ao redor do mundo. No último ano, por exemplo, foram 46 milhões de automóveis, 300 milhões de fornos de microondas e 650 milhões de telefones celulares. Sem falar das mais de 6 bilhões de pizzas!

Ocorre que toda essa montanha de produtos deve ser escoada. Caso contrário, a máquina emperra. Estoques se avolumam, plantas industriais são desativadas, a recessão, esse grande fantasma do sistema capitalista, se instala. Para escoar a produção, é preciso que as pessoas consumam. O consumo é o coração de todo o sistema, responsável por manter a máquina em movimento. Sem consumo – e mais, sem consumo em níveis crescentes – o sistema capitalista, em linguagem técnica, vai para o brejo.

Como manter o consumo em níveis crescentes? Não é preciso muito esforço. O ser humano tem, por natureza, uma compulsão natural a consumir. Quer coisa mais agradável do que entrar em uma loja para comprar algo de que precisamos? E mesmo algo de que não precisamos tanto assim? Aliado a essa tendência natural, contamos com a poderosa ajuda da publicidade. Despertando necessidades que você nem ao menos suspeitava que estivessem aninhadas no fundo mesmo do seu ser, a publicidade vem de mãos dadas com a Revolução Industrial, lubrificando os canais de escoamento da produção.

Longe de mim ser um opositor da sistema capitalista, ou da publicidade, ou mesmo do consumo. Afinal, estamos inseridos nesse contexto. E ainda não inventaram nada mais eficiente para a geração de riqueza do que o capitalismo. Mas consumo é diferente de consumismo, sendo este a versão doentia daquele.

O que caracteriza o consumismo? Como saber se estamos doentes? E, uma vez descoberta a infecção, qual o tratamento?

Podemos definir consumismo como uma compulsão para consumir. Essa compulsão pode atacar em vários graus, desde aquela compra ocasional em que se chega em casa com a sensação de que não precisava ter comprado aquele aquecedor de travesseiros que parecia ser tão útil quando você estava na loja, até o closet transbordando com 445 pares de sapato. Vejamos alguns sinais inequívocos de que o vírus do consumismo está instalado no seu organismo:

* Você não consegue sair de um Shopping Center sem pelo menos uma sacolinha na mão;
* Qualquer objeto comprado há mais de um ano, desde um relógio até um automóvel, lhe parece insuportavelmente velho e ultrapassado, precisando urgentemente ser trocado;
* Você estoura o seu limite do cartão de crédito com freqüência;
* Você se sente rebaixado, humilhado, arrasado, quando alguém próximo (o cunhado, o vizinho) aparece com um objeto mais moderno, mais atual, mais caro...
* Os objetos de marca exercem um fascínio irresistível sobre você;
* Ir às compras é o seu hobby predileto.

Apesar da aparência simpática (quem não gosta de fazer umas comprinhas, afinal?), o consumismo é uma doença terrível: destrói casamentos, arrasa orçamentos, deixa a vítima em um estado lastimável. Como fazer para não escorregar ladeira abaixo?

A receita clássica é distinguir o essencial do necessário, e o necessário do supérfluo. Por exemplo: para matar a sede, precisamos de água. Água, portanto, é essencial. Se estiver gelada, a água mata a sede mais depressa. Portanto, água gelada é algo necessário. Agora, água da marca San Pelegrino, a R$ 4,00 a garrafa, definitivamente é supérfluo. Não podemos viver sem o essencial. Podemos viver com alguma dificuldade sem o necessário. Podemos viver facilmente sem o supérfluo. A vida do consumista está abarrotada de supérfluos.

Sendo assim, é preciso fazer honestamente a si mesmo a pergunta: isso que estou comprando é essencial? Ou mesmo necessário? Posso continuar vivendo sem isso? As respostas a estas perguntas variarão enormemente entre as pessoas. Se você é um alto executivo de uma multinacional, provavelmente um terno de marca será necessário. Por outro lado, se se trata de um estudante que vai usar o terno em um casamento e depois encostá-lo, é mais provável que seja supérfluo.

Os pais têm um papel fundamental na educação do consumo de seus filhos. As crianças aprendem desde cedo a consumir supérfluos, mesmo porque são completamente indefesas em relação à publicidade, pois ainda não contam com um saudável espírito crítico. Quantos adultos consumistas de hoje não são o resultado de uma educação frouxa, em que os pais sempre deram tudo o que os filhos pediam. É preciso, desde cedo, acostumar as crianças com as perguntas: “É essencial? É necessário?”

Obviamente, comprar supérfluos de vez em quando não é crime. Uma data comemorativa, uma festa, um evento, podem justificar a compra de algo supérfluo. Neste caso, o supérfluo torna-se necessário, para justamente marcar a data. É preciso, no entanto, tomar o cuidado de não multiplicar as datas comemorativas a ponto de praticamente não haver mais dias “normais”. Sob o pretexto do “eu mereço”, muitas vezes nós nos concedemos compensações que acabam no... consumismo!

Não se trata, por outro lado, de ser sovina. Economizar por economizar. Fugir do consumismo não é ser avarento. Evitamos o consumismo com o objetivo de alcançar uma vida financeira mais saudável e, no final das contas, mais feliz. Porque, ser escravo do supérfluo, por mais doce que pareça, nada mais é do que uma falta de liberdade, que acaba por tornar o ser humano infeliz.

Dia mundial do Consumidor - Eu, Etiqueta

Que tal utilizar este poema como detonador de um trabalho sobre consumo?

Sugestões de atividades:
Desconstruir o poema:
Dê versos cortados aleatórios aos alunos ou grupos de alunos e peça que montem o poema.
Depois cada grupo apresenta seu poema construído e discute as ideias e pistas que o conduziram a montar o poema de tal forma.
Em seguida apresente o poema original sem desvalorizar os criados pelos alunos, deixando claro que eles reconstruíram e utilizaram mecanismos próprios os quais devem ser respeitados.
Agora discuta a temática, com vista a construir um poema onde o "Coisa" transforme-se em homem.

Se for pertinente ao nível da turma, associe a imagem do homem coisa ao homem máquina da Revolução Industrial.




EU ETIQUETA
Carlos Drummond de Andrade


Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
E nisto me comparo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.

Carmos amigos

Quando busco no baú das minhas memórias as experiências mais significantes, vem sempre um cheiro, um sabor, uma cena à tona.
Que saudades do cheiro do chapéu do meu avô. Cheiro de hortelã grosso.
Que saudades do cheiro de borrachas, lápis, apontadores e livros forrados com plásticos de bolinha quando iniciava um ano letivo lá nos meus dias de infância...
Que sede eu tinha de saber! Lia todos os textos antes mesmo de começar as aulas.
Meu pais sempre chegava em casa suado da lida e com um livro novo para me presenetear. Livros emborrachados, feitos em origami, em tecido, ou ilustrados simplesmente. Todos com histórias fantásticas e fontes de pesquisa intermináveis.

Que maravilha era sentir o cheiro do mar quando passeávamos na orla. Meu pai dirigia bem devagar para a gente aprenciar cada detalhe. Sentir o vento, o calor do sol, o sal do mar e o som das ondas.

Estas e tantas outras referências sensoriais remetem a aprendizados inesquecíveis, os quais determinaram a minha trajetória pessoal e profissional.

É assim que aprendemos primeiro. Pelos sentidos, pelo corpo. É no corpo que fica marcada cada experiência. Os sentimentos, as emoções, as leituras e sínteses que fazemos de cada experiência começam no corpo. É este saber primeiro que chamamos de Saber Sensível.

Se potencializarmos as possibilidades de aprendizado sensível, através da ludicidade, da vivência, da arte e principalmente do afeto, quanta diferença faremos na vida dos nossos alunos.
Quantas memórias positivas poderemos deixar!

Para compreender melhor, assista e escute esta música:

Daquilo que eu Sei
Ivan Lins




Sinta, cheire, cante, dance, ame e proporcione aos seus alunos e filhos as oportunidades de aprender através do corpo, dos sentidos e das emoções!
Feliz jornada educativa!

Um bom planejamento é garantia de um bom resultado?
Se ele estiver adequado à realidade, aos propósitos e aos interesses de todas as partes, é sucesso garantido, pois sabemos que será posto em prática.
Contudo, se o plano for elaborado para atender apenas às necessidades de registro e burocráticas, estará fadado ao fracasso, uma vez que ficará só no papel.
Em sala de aula, é outra coisa. A necessidade dos alunos, o contexto em si, as vivências e tendências do professor irão predominar, apelando por práticas que nem sempre estarão previamente planejadas.
Daí a ideia de que planejamento é chato, ineficaz e enfadonho. São fantasmas criados pelas incoerências entre o que se pensa e o que se faz.
Portanto, na hora de planejar, pense na coerência que deve haver entre a teoria e a prática, entre as intenções e a realidade, entre o professor, a escola o aluno e a sociedade que clamam por uma educação sem disfarces, transparente e significativa.
Para inspirá-los, vejamos o vídeo a seguir e um ótimo planejamento, uma ótima vivência educativa para todos!

O que é metodologia?

Metodologia é o conjunto de métodos e técnicas aplicadas para um determinado fim. É o caminho percorrido, a maneira utilizada para atingir o objetivo.
Num plano de aula, a metodologia deve estar embasada numa intenção ampla do professor, quanto às questões filosóficas, psicológicas e culturais e restrita - quanto à aprendizagem dos conteúdos em si.
Por esta razão, é preciso que o professor ou a professora se pergunte quanto às suas intenções e tendências da escola.
Vamos entender melhor!
Como posso elaborar uma aula completamente expositiva, com o predomínio da fala do professor e do quadro e o silêncio dos alunos, se tenho a intenção de formar pessoas autônomas, críticas e reflexivas?
É incoerente, não acham? Uma aula completamente expositiva, sem a participação dos alunos não vai favorecer a autnomia, mas a dependência no pensar e agir, tanto quanto a insegurança e a ingenuidade.
Por esta razão, deve-se levar em conta no fazer educativo, no cotidiano escolar estas questões, para garantir o alcance do objetivo desejado.
A Metodologia do Plano de aula, também chamada de Estratégia,  a nível de praticidade, deve conter três momentos básicos:
1. Motivação, ou provocação ou elemento detonador: trata-se do elemento utilizado para provocar a aprendizagem de determinado conteúdo. Pode ser uma cena de um filme, uma música, uma imagem ou uma dinâmica, por exemplo.
2. Análise e sistematização do conteúdo: É o momento da aula em si.  Veja o exemplo:
Ex: Diálogo sobre o sentido, a definição e o utilitarismo da disciplina, partindo do conhecimento prévio dos alunos.
Sistematização dos conceitos e objetivos da disciplina no quadro.
Leitura discursiva de um texto atual (em grupo);
Responder questionamentos a partir das discursões e do texto.
Verificação das respostas no quadro (ou oral).
Atividade de classe: Responder o exercício do livro, pág.
Atividade de casa: Pesquisar o conceito da disciplina em diversos contextos.

3. Avaliação da aprendizagem: Observação das respostas do grupo; perguntas orais a respeito da aula.

Este é apenas um exemplo. Você pode elaborar a sua estratégia de diversas maneiras.
Deixe a criatividade tomar conta de você e estude bastante, converse com colegas da área, troque ideias. Assim você terá cada vez mais suporte para dar aulas cada vez melhores.


Modelos de Plano de Aula para Educação Infantil
Caros amigos,
O ano de 2013,  pensamos  em planejamentos e na  organização de sala, coleta de material... Para auxiliá-los nesta tarefa, segue modelo de plano de aula.



Tema: O calendário nosso de cada dia


Objetivos:

Aprender sobre o funcionamento dos números num contexto específico: o calendário;

Familiarizar-se com uma forma particular de organizar a informação, identificando a passagem do tempo apoiado no calendário;

Utilizar o calendário como forma de organizar acontecimentos e compromissos comuns ao grupo.

Áreas de Conhecimento:

Matemática, Natureza e Sociedade, Linguagem.


Conteúdos:

- Utilização dos números em diferentes contextos;

- Início da medição social do tempo;

- Localização, leitura, interpretação de informação matemática em calendários.



Procedimentos Metodológicos:

1. Rodinha – Cantar a música “Bom dia”; Fazer a oração “Obrigado Senhor pelo dia”. Iniciar diálogo, perguntando: Que dia é hoje?

A partir deste diálogo, apresentar um calendário tipo folhinha do mês corrente e perguntar: Quem tem um calendário parecido com esse em casa?

Explicar que poderão consultá-lo em diferentes momentos: para colocar a data em alguma tarefa, para saber a dia do aniversário dos colegas, do passeio que a turma realizará ou ainda quando precisarem escrever algum número que não conheça.

Ajudá-los a identificar a composição do calendário: palavras e números, coluna.

Solicitar a um aluno que identifique e marque no calendário exposto a data do dia.

Outro aluno anota essa data na lousa.

Retornando ao diálogo, pergunto aos alunos para que serve o calendário, além de achar a data do dia. Provoco até encontrar respostas, como organizar tarefas, planejar eventos, e encontrar datas importantes, como aniversário.

Introduzo: Agora vocês vão assistir a um clipe da música da música de Lulu Santos – Seu Aniversário, onde ele fala do calendário.

2. Hora do Vídeo: Assistir o clipe da música

3. Com um calendário do ano na parede ou no chão, pedir a cada aluno que marque a data do seu aniversário. Neste momento terei uma tabela em mãos com os aniversariantes, para eventuais consultas.

4. Intervalo: Cantar a música “É hora de lavar as mãos”. Fazer a fila em ordem crescente de tamanho do aluno, para lavar as mãos. Em seguida, todos organizam seu lanche na mesinha e cantam “Meu lanchinho”;

5. Momento da Calmaria: Todos sentados nas almofadas e nos tapetes. Ouvir a História “Vivi quer crescer”.

6. Diálogo sobre a história

7. Atividade xerografada: marcar no calendário as datas solicitadas.

8. Despedida: Canção da Despedida; Arrumar todos, pentear cabelos, passar perfume.

9. Atividade para casa: Xerografada

Recursos:

Calendários, vídeo, atividade xerografada, papel metro, lousa, piloto.

Avaliação:

Processual e contínua. Verificar o uso correto do calendário, de acordo com as necessidades.

Referências:

http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/cada-dia-sempre-novo-dia-428181.shtml

http://lulu-santos.musicas.mus.br/letras/952601/

http://www.youtube.com/watch?v=zStfgOWCxQk


Tema: Conceitos básicos matemáticos


Objetivo: Resolver situações problemas envolvendo os conceitos básicos.

Áreas de Conhecimento: Matemática, linguagem

Conteúdo: grande, pequeno, leve, pesado, maior, menor, dentro, fora.

Procedimentos Metodológicos:

1. Rodinha – Cantar a música “Bom dia”; Fazer A oração da Criança.

Fazer a chamada através das fichas.

Apresentar uma caixa (dentro dela estão os blocos lógicos) e iniciar uma conversa com perguntas como: alguém conhece esse objeto? Qual o nome dele? Qual é a forma da caixa? A caixa está CHEIA ou VAZIA? O que tem DENTRO da caixa? A caixa está pesada ou leve?

Colocar outra caixa ao lado desta e pedir que comparem: maior ou menor? Grande ou pequena?

Em seguida, esvaziar a caixa, colocando o conteúdo em uma caixa menor e ir questionando onde tem MAIS e onde tem MENOS blocos.

Em seguida colocar os objetos de volta na caixa maior e perguntar novamente.

Explorar outros objetos para estabelecer as comparações.

Deixar que as crianças manipulem os blocos, brincando livremente com eles, comparando-os.

2. Atividade no livro

3. Intervalo: Cantar a música “É hora de lavar as mãos”. Fazer a fila separando meninos de meninas, chamando pelo nome. Em seguida, fazer o lanche na quadra.

4. Momento da Calmaria: Brincar de Vivo, morto.

5. Despedida: Canção da Despedida; Arrumar todos, pentear cabelos, passar perfume.

6. Atividade para casa no livro



Recursos: livro, música, caixa surpresa, maquete da casa, objetos na cor amarela.

Avaliação: Processual e contínua. Verificar se os alunos construíram as noções em relação a peso, quantidade e tamanho.

Referências:

Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil – Vol. 2 e Vol.3

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=13679

BIOGRAFIAS RELACIONADAS A EDUCAÇÃO - PAULO FREIRE

Paulo Freire
INTRODUÇÃO
“Qual a herança que posso deixar? Exatamente uma. Penso que poderá ser dito quando já não esteja no mundo: Paulo Freire foi um homem que amou. Ele não podia compreender a vida, a existência humana sem amor e sem a busca de conhecimento. Paulo Freire viveu, amou tentou saber. Por isso mesmo, foi um ser constantemente curioso. É isto o que espero seja a expressão de minha passagem pelo mundo. Mesmo quando tudo o que tenha dito e escrito sobre educação possa haver mergulhado no silêncio”.
(Paulo Freire)
BIOGRAFIA
Paulo Freire nasceu em Recife em 1921 e faleceu em 1997. É considerado um dos grandes pedagogos da atualidade e respeitado mundialmente. Em uma pesquisa no Altavista encontramos um número maior de textos escritos em outras línguas sobre ele, do que em nossa própria língua.
Embora suas idéias e práticas tenham sido objeto das mais diversas críticas, é inegável a sua grande contribuição em favor da educação popular.
Durante toda a década de 1950. Paulo Freire vinha acumulando experiência no campo da alfabetização de adultos em áreas urbanas e rurais próxima a Recife, experimentando novos métodos,. Técnicas e processos de comunicação. A partir de 1961, o método já estruturado foi posto em pratica no Recife.
Publicou várias obras que foram traduzidas e comentadas em vários países.
Em 1962, estendeu-se a João Pessoa, Paraíba, e a Natal no /Rio Grande do Norte, onde se desenvolveu a campanha “de pé no chão também se aprende a ler”. Mas a experiência que deu divulgação nacional ao novo método foi a realizada em Angicos, no Rio grande do Norte, cujo encerramento contou com a presença do Presidente da Republica. Essas foram suas primeiras experiências educacionais foram realizadas em Angicos, no Rio Grande do Norte, onde 300 trabalhadores rurais se alfabetizaram em 45 dias.
Participou ativamente do MCP (Movimento de Cultura Popular) do Recife.
Suas atividades são interrompidas com o golpe militar de 1964, que determinou sua prisão. Exila-se por 14 anos no Chile e posteriormente vive como cidadão do mundo. Com sua participação, o Chile, recebe uma distinção da UNESCO, por ser um dos países que mais contribuíram na época, para a superação do analfabetismo.
Em 1970, junto a outros brasileiros exilados, em Genebra, Suíça, cria o IDAC (Instituto de Ação Cultural), que assessora diversos movimentos populares, em vários locais do mundo. Retornando do exílio, Paulo Freire continua com suas atividades de escritor e debatedor, assume cargos em universidades e ocupa, ainda, o cargo de Secretário Municipal de Educação da Prefeitura de São Paulo, na gestão da Prefeita Luisa Erundina do PT.
Algumas de suas principais obras: Educação como Prática de Liberdade, Pedagogia do Oprimido, Cartas à Guiné Bissau, Vivendo e Aprendendo, A importância do ato de ler.
Pedagogia do Oprimido
Para Paulo Freire, vivemos em uma sociedade dividida em classes, sendo que os privilégios de uns, impedem que a maioria, usufrua dos bens produzidos e, coloca como um desses bens produzidos e necessários para concretizar a vocação humana de ser mais, a educação, da qual é excluída grande parte da população do Terceiro Mundo. Refere-se então a dois tipos de pedagogia: a pedagogia dos dominantes, onde a educação existe como prática da dominação, e a pedagogia do oprimido, que precisa ser realizada, na qual a educação surgiria como prática da liberdade.
O movimento para a liberdade, deve surgir e partir dos próprios oprimidos, e a pedagogia decorrente será " aquela que tem que ser forjada com ele e não para ele, enquanto homens ou povos, na luta incessante de recuperação de sua humanidade". Vê-se que não é suficiente que o oprimido tenha consciência crítica da opressão, mas, que se disponha a transformar essa realidade; trata-se de um trabalho de conscientização e politização.
A pedagogia do dominante é fundamentada em uma concepção bancária de educação, (predomina o discurso e a prática, na qual, quem é o sujeito da educação é o educador, sendo os educandos, como vasilhas a serem cheias; o educador deposita "comunicados" que estes, recebem, memorizam e repetem), da qual deriva uma prática totalmente verbalista, dirigida para a transmissão e avaliação de conhecimentos abstratos, numa relação vertical, o saber é dado, fornecido de cima para baixo, e autoritária, pois manda quem sabe.
Dessa maneira, o educando em sua passividade, torna-se um objeto para receber paternalisticamente a doação do saber do educador, sujeito único de todo o processo. Esse tipo de educação pressupõe um mundo harmonioso, no qual não há contradições, daí a conservação da ingenuidade do oprimido, que como tal se acostuma e acomoda no mundo conhecido (o mundo da opressão)- -e eis aí, a educação exercida como uma prática da dominação.
Método Paulo Freire
A idéia básica do Método Paulo Freire é a educação do processo educativo as características do meio. O método era simples, começa a por localizar e recruta os analfabetos residentes na área escolhida para os trabalhos de alfabetização. As palavras dos entrevistados, respondidas nas questões sobre as experiências vividas na família, no trabalho, nas atividades religiosas, políticas, recreativa, etc.o conjunto das entrevistas fornece a equipe de educadores uma extensa relação das palavras de uso corrente na localidade. Essa relação era entendida como representativa do universo vocabular local. E dela se extraiam as palavras geradoras – unidade básica na organização do programa de atividades e na futura orientação dos debates que teriam lugar nos círculos de cultura.
As palavras geradoras selecionadas eram aproximadamente dezessete. Dentre elas, eram mais freqüentes: eleição, voto polvo, governo, tijolo, enxada, panela, cozinha. Cada uma dessas palavras era dividida em sílabas; estas eram reunidas em composição diferentes, formando novas palavras. A discussão das situações sugeridas pelas palavras geradoras permitia que o indivíduo se conscientizasse da realidade em que vivia e de sua participação na transformação dessa realidade, o que tornava mais significativo e eficiente o processo de alfabetização. Era o próprio adulto que se educava, orientado pelo coordenador de debates, o professor, mediante a discussão de suas experiências de vida com outros indivíduos que participavam, das mesmas experiências.
No método PAULO FREIRE as palavras geradoras são escolhidas após pesquisa no meio ambiente. Assim, por exemplo, numa comunidade que vive em favela, a palavra FAVELA é geradora porque, evidentemente, está associada às necessidades fundamentais do grupo, tais como: habitação, alimentação, vestuário, transporte, saúde e educação.

Se houver possibilidade de utilizar um “slide”, projeta-se a palavra FAVELA e, logo em seguida a sua separação em sílabas: FA-VE-LA. O educador passa, então, a pronunciar as sílabas em voz alta, o que é repetido, várias vezes, pelos educandos.

Em seguida, projeta-se a palavra dividida em sílabas, na posição vertical :
FA
VE
LA
Completando o quadro com os respectivos fonemas:
FA FE FI FO FU
VA VE VI VO VU
LA LE LI LO LU
A partir daí, o grupo passa a criar outras palavras, como FALA, VALA, VELA, VOVO, VIVO, LUVA, LEVE, FILA, VILA.
Outro exemplo, adaptável ao meio ambiente, é a palavra TRABALHO OU SALÁRIO.
TRA TRE TRI TRO TRU
BA BE BI BO BU
LHA LHE LHI LHO LHU
E assim por diante, vai-se fazendo, também a formação de palavras com fonemas já usados em palavras apresentadas anteriormente. Essas palavras constituem o que se chama FICHAS DE CULTURA, que podem ser acompanhadas de desenhos respectivos, por exemplo: CA – SA.
As palavras geradoras não precisam ser muitas: de 16 a 23 é o bastante. No conjunto, elas devem atender a três critérios básicos de escolha :
• a riqueza fonêmica da palavra geradora;
• as dificuldades fonéticas da língua;
• e do sentido pragmático dos exercícios.
Na medida em que o aprendizado vai se desenvolvendo, forma-se um “circuito de cultura entre educadores e educandos, possibilitando a colocação de temas geradores para discussão através do diálogo. Dessa forma, o objetivo da alfabetização de adultos vai levando a educando a conscientização dos problemas que o cercam, à compreensão do mundo e ao conhecimento da realidade social. Fica claro, então, que a alfabetização é o do programa de educação. Uma idéia desse contexto pode ser visualizada na discussão da palavra geradora SALÁRIO, vejamos: 1) Idéias para discussão :
1) Idéias para discussão :
• valorização do trabalho e recompensa;
• finalidade do salário: manutenção do trabalhador e de sua família;
• horário de trabalho;
• o salário mínimo, o 13º salário;
• repouso semanal e férias. 2)Finalidade da conversa:
2) Finalidade da conversa :
• discutir a situação do salário dos trabalhadores;
• despertar no grupo o conhecimento das leis trabalhistas;
• levar o grupo a exigir salários justos.
Evidentemente, o sentido pedagógico do método Paulo Freire é a politização do trabalhador, único meio de fortalecer a classe dos oprimidos e dar-lhe armas para lutar pela revolução social, contra as desigualdades e a favor da liberdade.
PRINCIPAIS IDÉIAS
Segundo Paulo Freire, a educação é uma prática política tanto quanto qualquer prática política é pedagógica. Não há educação neutra. Toda educação é um ato político.
Assim, sendo, os educadores necessitam construir conhecimentos com seus alunos tendo como horizonte um projeto político de sociedade. Os professores, são, portanto, profissionais da pedagogia da política, da pedagogia da esperança.
Sua pedagogia tem sido conhecida como Pedagogia do Oprimido, Pedagogia da Liberdade, Pedagogia da Esperança. Paulo Freire é autor de uma vasta obra, traduzida em vários idiomas.
Em seus trabalhos, Freire defende a idéia de que a educação não pode ser um depósito de informações do professor sobre o aluno. Esta "pedagogia bancária" , segundo Freire, não leva em consideração os conhecimentos e a cultura dos educadores.
Respeitando-se a linguagem, a cultura e a história de vida dos educandos pode-se levá-los a tomar consciência da realidade que os cerca, discutindo-a criticamente. Conteúdos, portanto, jamais poderão ser desvinculados da vida.
Tanto quanto Freinet, Paulo Freire cultiva o nexo escola/vida, respeitando o educando como sujeito da história.
As pessoas podem não ser letradas mas todas estão imersas na cultura e, quando o educador consegue fazer a ponte entre a cultura dos alunos, estabelece-se o diálogo para que novos conhecimentos sejam construídos.
A base da pedagogia de Paulo Freire é o diálogo libertador e não o monólogo opressivo do educador sobre o educando.
Na relação dialógica estabelecida entre o educador e o educando faz-se com que este aprenda a aprender.
Paulo Freire afirma que a "leitura do mundo precede a leitura da palavra", com isto querendo dizer que a realidade vivida é a base para qualquer construção de conhecimento.
Respeita-se o educando não o excluindo da sua cultura, fazendo-o de mero depositário da cultura dominante.
Ao se descobrir como produtor de cultura, os homens se vêem como sujeitos e não como objetos da aprendizagem. A partir da leitura de mundo de cada educando, através de trocas dialógicas, constróem-se novos conhecimentos sobre leitura, escrita, cálculo. Vai-se do senso comum do conhecimento cientifico num continuum de respeito.
A educação, segundo Freire, deve ter como objetivo maior desvelar as relações opressivas vividas pelos homens, transformando-os para que eles transformem o mundo.
Paulo Freire é um educador com profunda consciência social. Mais do que ler, escrever e contar, a escola tem tarefas mais sérias - desvelar para os homens as contradições da sociedade em que vivem.
Paulo Freire além de sua obra de pensador, tornou-se conhecido pelo método de alfabetização de adultos que criou, conhecido como Método de Alfabetização Paulo Freire.
Paulo Freire – “É preciso pôr fim à educação bancária, em que o professor deposita em seus alunos os conhecimentos que possui. – a técnica de silabação utilizada por ele em seu método de alfabetização de adultos está ultrapassada, ainda que a idéia de trabalhar com palavras geradoras permaneça bastante atual”.
O processo educativo seria um ato político uma ação que resultaria em relação e domínio ou de liberdade entre as pessoas. Se opunha ao que chamava de educação bancária. Esse tipo de ensino se caracteriza pela presença de um professor depositante e um aluno depositário da educação. Quem é educado assim tende a tornar-se incapaz de ler o mundo criticamente. Acreditava que o educador deve se comportar como um provocador de situações, um animador cultural num ambiente em que todos aprendem em comunhão. A preparação da criança para tomar uma decisão à necessidade de cada escola ter um projeto pedagógico que reconheça a cultural local. Foi previsto aa democratização da educação em que a inclusão de todos não só dos portadores de deficiência é fator fundamental. O projeto pedagógico de cada escola de Betim, Minas Gerais, é definido com a participação dos alunos e comunidade, que escolhemos diretores pelo voto direto. Conselhos pedagógicos discutem currículo, avaliações, conteúdo, calendário e metodologia. Foi criada também a escola de pais. Formados eles podem participar mais ativamente dos fóruns de decisão. O município mantém ainda um programa de alfabetização de adultos, porém a técnica de alfabetização está ultrapassada. Ele dizia que antes de ensinar uma pessoa a ler as palavras era preciso ensiná-las a ler o mundo. Essa é a essência de suas idéias.
Conclusão
Paulo Freire foi mais que um educador, foi um pensador, legado de sua inteligência a serviço dos mais humildes. “Pedagogia do Oprimido”,uma de suas obras mais significativas, nos remete ao ser humano sem recursos e submetido à opressão cotidiana e que encontra saída pela consciência e pela ação, ele é uma dessas pessoas que ficarão na história por ter pensado no povo oprimido com uma teoria e a prática para que essa gente recuperasse a dignidade devida com seu Método de alfabetização de adultos. Revolucionário porque o aprendizado foge das formas mecânicas, valorizando as experiências e percepções pessoais e regionais.
Paulo Freire tornou-se referencia mundial. Hoje há centros de estudos e difusão de seu método em todo planeta.
Principais Obras
• A propósito de uma administração. Recife: Imprensa Universitária, 1961.
• Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo. Estudos Universitários – Revista de Cultura da Universidade do Recife. Núm 4, 1963: 5-22.
• Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
• Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.
• Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979.
• A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora, 1982.
• A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991.
• Pedagogia da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1992.
• Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993.
• Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974.
• À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d’Água, 1995.
•Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.
• Mudar é difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife: CNI/SESI, 1997-b.
• Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000.
• Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001.
Bibliografia
Freire.Paulo.Educação Como Prática de Liberdade.23ed.Paz e Terra.1966.
Freire.Paulo.A importância do ato de ler.Cortez.1982.
Barreto.Motta José.Centro de Estudos em Educação.Vereda.1982.
Gadotti. Moacir. Convite à leitura de Paulo Freire. Scipione. 1989.
Brandão. Carlos Rodrigues. O que é método Paulo Freire. Brasiliense. 1981.


COM ELES E MELHOR
REVISTA NOVA ESCOLA – JAN/ FEV 2001
Pp. 19 a 23

BIOGRAFIAS RELACIONADAS A EDUCAÇÃO - LEV VYGOTSKY

LEV VYGOTSKY
– “o aprendizado é essencial para o desenvolvimento do ser humano e se dá, sobretudo pela interação social. – a idéia d que quanto maior for o aprendizado maior será o desenvolvimento não justifica o ensino enciclopédico, a pessoa só aprende quando as informações fazem sentido para ela”.
O indivíduo não nasce pronto nem é cópia do ambiente externo. Em sua evolução intelectual há uma interação constante e interrupta entre o processo interno e influências do mundo social se contrapõe ao pensamento inatista, segundo o qual sas pessoas já nascem com suas características como inteligência,m estados emocionais, pré-determinados. Enfrentou o empirismo, corrente que defende que as pessoas nascem como um copo vazio e são formadas de acordo com as experiências às quais são submetidas. Ele construiu uma terceira visão a sócio interacionista. Entende que o desenvolvimento é fruto de uma grande influência das experiências do indivíduo. Mas cada um dá um significado particular a essas vivências. O jeito de cada um aprender o mundo é individual.Desenvolvimento e aprendizado estão intimamente ligados: nós só nos desenvolvemos se e quando aprendemos. O ser humano tem o potencial de andar ereto, articular sons, conquistar modos de pensar baseados em conceitos. Mas isso resulta dos aprendizados que tiver ao longo da vida dentro de seu grupo cultura, apesar de ter condições biológicas de falar, uma criança só falará se estiver em contato com uma comunidade de falantes. A idéia de um maior desenvolvimento quanto maior for o aprendizado suscitou erros de interpretação. Muitas escolas passaram a difundir um ensino enciclopédico, imaginando que quando mais conteúdo passassem para os alunos mais eles se desenvolveriam. Para serem assimiladas, as informações têm e de fazer sentido. Isso se dá quando elas incidem no que o psicólogo chamou de zona de desenvolvimento proximal, a distancia entre aquilo que a criança sabe fazer sozinha (o desenvolvimento real) e o que é capaz de realizar com ajuda de alguém mais experiente (o desenvolvimento potencial). O bom ensino, portanto, é o que incide na zona proximal. Ensinar o que a criança já sabe é pouco desafiador e ir além, do que ela pode aprender é ineficaz. O ideal é partir do que ela domina para ampliar seu conhecimento.A Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre baseia nessas idéias.A matemática, a História, a leitura ou a escrita são ensinadas tomando Omo ponto de partida as vivências coletivas. Assim, tornam-se significativas para todos os estudantes.
COM ELES E MELHOR
REVISTA NOVA ESCOLA – JAN/ FEV 2001
Pp. 19 a 23

BIOGRAFIAS RELACIONADAS A EDUCAÇÃO - SKINNER

Skinner
Burrhus Frederick Skinner,nasceu em 20/03/1904 em Sisquehanna,no estado norte-americano da Pensilvânia. Psicólogo do condicionamento.
Seu pai era advogado com personalidade forte que criou seu filho segundo padrões exigentes de educação. O que o levou a rebelde e a se interessar na adolescência por poesia e filosofia.
Graduou-se em Letras em Nova York, antes de redirecionar a carreira para a psicologia que cursou em Harvard, onde tomou contato com o behaviorismo. Psicólogo, com mestrado concluído em 19300 e doutorado em 1931.
Tinha problemas de relacionamento.
No jornal da escola criticava colegas, professores
Em 1945 tornou-se chefe do Departamento de Psicologia da Universidade deIndiana.
Seguiram-se anos dedicados a experiências com ratos e pombos, pararelamente a produção de livros. O método desenvolvido para observar os animais de laboratórios e suas reações aos estímulos levou-o a criar pequenos ambientes fechados que ficaram conhecidos como caixas de Skinner, de pois adotadas para experimentos pela industria farmacêutica. Quando sua filha nasceu, Skinner criou um berço climatizado, o que originou um boato de que teria submetido a experiência semelhantes as que faziam em laboratório.
Em 1948, aceitou o convite para ser professor em Harvard, onde ficou até o fim da vida.
Morreu em 18/08/90, em ativa militância a favor do behaviorismo.
Idéias
Historia do comportamento condicionado em laboratório
Precursores da psicologia, como o filosofo norte-americano Wiliam James, já havia previsto a utilidade de um ramo da ciência que estudasse os comportamentos puramente externos, mas a psicologia comportamental (behaviorismo) como a conhecemos começou mesmo com o médico russo Ivan Pavlov. Motivado por experiências com cães, Pavlov criou a teoria dos reflexos condicionados. Foi o primeiro cientista a trabalhar na área psicológica que não utilizou de referencia a estados subjetivos como instrumento teórico. O fundador do behaviorismo como escola, porem, foi o psicólogo norte-americano John B. Watson, que formulou as estritas exigências metodológicas que deveriam nortear seus seguidores. O compromisso de verificação concreta de hipóteses e a recusa da instropecção aproximam o ideário de Watson do positivismo nas ciências humanas. Watson foi professor e principal inspirador de Skinner, por sua vez o maior divulgador do behaviorismo, prevendo a utilização de seus princípios na psicoterapia, na educação e até na formulação de políticas publicas. O behaviorismo clássico abraçou a idéia de que todo comportamento humano é infalivelmente controlável por meio do padrão de estímulo-resposta. Mais recentemente, o principio da infalibilidade estatística foi substituído pelo d probabilidade. No imaginário ficcional do século XX a ênfase nos conceitos de controle e planejamento aproximou o behaviorismo e a táticas dos regimes totalitários – a terapia behaviorista, por exemplo, usou comumente choques elétricos e substancias químicas para condicionar comportamentos. Algumas das principais metáforas do teror de estado do período fizeram referencia a métodos behavioristas, como os romances 1984, de George Orwell e a Laranja Mecânica de Anthony Burgess, adaptado para o cinema por Stanley Kubrick.
Sua obra é a expressão mais célebre do behaviorismo, corrente que dominou o pensamento e a prática da psicologia, em escolas e consultórios, até os anos 50.
O behaviorismo restringe seu estudo a comportamento (hebavior, em inglês), tomando como um conjunto de reações dos organismos aos estímulos externos.
Idéias behavioristas onde
• o psicólogo deveria estudar eventos ambientais e comportamentos observáveis;
• experiência: comportamento, aptidões, traços de hereditariedade por razoes e apresenta um tópico e significado para a investigação;
• a instropecção deve ser abandonada em beneficio de métodos objetivos (ou seja, experimentação, observação e testes)
• psicólogos devem visar a descrição do comportamento, devem também empreender tarefas pratica, tais como acompanhamento de pais, legisladores, educadores, homens de negócios;
• o comportamento de animais inferiores ceve ser investigado (junto com o comportamento humano), pois com organismo simples são mais simples de estudar e compreender do que os complexos.
Estruturalista _ instropecção subjetiva
Funcionalista – instropecção subjetiva e objetiva (mente)
Behaviorista – observação
Gestalt – fenomenológico
Psicanálise – associação livre
Caixa de Skinner – (ambiente separada devida perturbação externa interferencia do meio ambiente). A introspecção é mais concreta sem interferência, porque o meio influencia mais que o hereditário.
O condicionamento operante voluntário
O conceito chave de seu pensamento é o de condicionamento operante, que ele acrescentou a noção de reflexo condicionado, formulado pelo cientista russo Ivan Psavlov. Os dois conceitos estão ligados à fisiologia do organismo, seja animal ou humano. O reflexo condicionado é uma reação a um estimulo casual. O condicionamento operante é um mecanismo que premia uma determinada resposta de um individuo até ele ficar condicionado a associa a necessidade à ação. A diferença ente o reflexo condicionado e o condicionamento operante é que o primeiro é uma resposta a um estímulo externo, e o segundo, o hábito gerado por uma ação do individuo. No comportamento respondente ( de Pavlov), a um estimulo segue-se uma resposta. No comportamento operante (de Skinner) o ambiente –e modificado e produz conseqüências que agem de novo sobre ele, alterando a probabilidade de ocorrência futura semelhante.
O condicionamento operante é um mecanismo de aprendizagem de novo comportamento – um processo que Skinner chamou de modelagem. Os objetivos educacionais buscam resultados definidos antecipadamente, par que seja possível, diante de uma criança ou adolescente, projetar uma modelagem de um adulto.O instrumento fundamental de modelagem é o reforço – a conseqüência de uma ação quando ela é percebida por aquele que pratica. Para o behaviorismo em geral, o reforço pode ser:
• positivo (uma recompensa), é fortalecido para ter resposta pra se ter troca, somos condicionados e reforçados constantemente, a seqüência representada a vai repetir sempre o que se fez.
• ou negativo (uma punição),leva a evitar a ação.
No condicionamento operante, um mecanismo é fortalecido no sentido de tornar uma resposta mais freqüente.
Segundo Skinner, a ciência psicológica – e também o senso comum – costumava, antes do aparecimento do behaviorismo, apelar para explicações baseadas nos estados subjetivos por causa da dificuldade de verificar as relações de condicionamento operante, ou seja, todas as circunstancias que produzem e mantem a maioria dos comportamentos dos seres humanos .isso porque elas formam cadeias muito complexas, que desafiam as tentativas de analise se elas não forem baseadas em métodos rigorosos de isolamento de variáveis.
Nos usos que projetou para suas conclusões cientifica, em especial na educação, Skinner pregou a eficiência do reforço positivo, sendo, em principio, contrario a punições e esquemas repressivos. Ele escreveu um romance, WaldenII, que projeta uma sociedade considerada por ele ideal, em que um amplo planejamento global, incumbido de aplicar os princípios do reforço e do condicionamento, garantiria uma ordem harmônica, prática e igualitária. Num de seus livros mais conhecidos, Alem da liberdade e d Dignidade, ele rejeitou noções como a do livre-arbítrio e defendeu que todo comportamento é determinado pelo ambiente, embora a relação do individuo com o meio seja de interação, e não passiva. Para Skinner, a cultura humana deveria rever conceitos como os que ele enuncia no titulo da obra.
Reforço positivo – operante
Cuidado o processo inverso desensibiliza a psicologia tem dificuldade para desensibilizar por causa de traumas.
Reforço negativo – (Filmes: Laranjas Mecânicas/sociedade dos Poetas Mortos – trata de reforços positivos)
Condicionamento operante: precisa refletir, pensar, animais operam – ação de andar – ação – instrumental que operacional.
Responde reposta de algo que se desencadeia, não é ação, depende de um fator que desencadeia o reflexo automático.
Objetivos gerais – comportamental
Específicos- instrumental
Obs.: toda estratégia não é só o resultado.
Supressão do evento operante – aumento da probabilidade, situações semelhantes.
Reforçador negativo: força comportamento para livrar das experiências irritantes.
Condicionamento de fuga – acaba com o evento o que é desagradável par ao organismo, tapar os ouvidos.
Condicionamento de evitação – adia ou evita ocorrência de evento, o organismo antecipa como desagradável.( estudar para não tirar nota baixa)modelado pelas conseqüências.
Variedades de reforçadores positivos e negativos:
Reforço no condicionamento operante- o individual, condições do momento (condições, variação, arte
InstruÇão programada
Indivíduos - reforçador potencial (o que o individuo adquiriu com o reforço, durante o processo não se fecha conclusões só no final).
Reforçadores positivos e negativos em duas classes gerais: intrínsecos: reforçado cada vez que ocorre o comportamento automático- necessidades primárias
Extrínseco – comportamento reforçado por conseqüência externa. Três categorias:
Primários: aos intrísencos, desenvolve novos hábitos, não aprendidos (comer, beber)
sociais, que depende do outro, afeto, rejeição, sorriso, aprovação, atenção.
secundários ou condicionado – condicionamento de resposta mais outros reforçadores sociais apreendidos (lazer, condicionamento favoráveis de vida).
A educação livro Tecnologia do Ensino, de 1968
A educação foi uma das preocupações centrais de Skinner, a qual ele se dedicou com seus estudos sobre a aprendizagem e a linguagem. No livro Tecnologia do Ensino, de 1968, o cientista desenvolveu o que chamou de máquina de aprendizagem, que nada mais eram do que a organização de material didático de maneira que o aluno pudesse utilizar sozinho, recebendo estímulos a medida que avançava no conhecimento. Grande parte dos estímulos se baseavam na satisfação de dar respostas corretas aos exercícios propostos. A idéia nunca chegou a ser aplicada de modo amplo e sistemático, mas influenciou procedimentos da educação norte-americana. Skinner considerava o sistema escolar predominante um fracasso por se basear na presença obrigatória, sob pena de punição. Ele defendia que se dessem aos alunos “razoes positivas” para estudar, como prêmios aos que se destacasse. Para Skinner, o ensino pode e deve ser planejado de forma a levar o aluno a emitir comportamentos progressivamente próximos do objetivo final esperado, sem que para isso precise cometer erros. A maquina de aprendizado não pretenderia substituir o professor. A idéia é que ela se ocupe da questões factuais e deixe ao professor a tarefa fundamental de ensinar o aluno a pensar.
Contribuições de Skinner
Este não se interessa por estruturas mentais. E sim deseja explicar o comportamento e a aprendizagem, como conseqüência dos estímulos ambientais. Fundamenta-se o papel da recompensa e o reforço, condicionamento e reflexos. E condicionar respostas não reflexas, que são as repostas operantes que pode ser reforçada ou recompensada.
Os reforços primários são as necessidades básicas como fome. Sede, sexo, etc.
Os reforços secundários ou condicionais são os que associam repetidas com os estímulos reforçadores primários.
O caminho que Skinner segue é o seguinte:
1. especificar o comportamento final que se deseja implantar;
2. identificar a seqüência de movimentos que se deve executar para chegar ao comportamento final desejado.
3. colocar o organismo em atividade por meio da privação;
4. condicionar o aprendiz a responder a um estimulo substituto como ordem ou apito;
5. aplicar o reforço quando o aprendiz executa movimentos no sentido comportamento desejado.
6. recompensá-lo.
Skinner aplica estes princípios à aprendizagem de qualquer comportamento, físico ou não.A chamada instrução programada é uma aplicação da teoria do condicionamento de respostas operantes.
O aprendiz responde a uma serie de estímulos.

Abordagens diversas do processo de ensino

As contribuições de Skinner

Na psicologia behaviorista de Skinner, dá ênfase ao conceito reforço das respostas.
1. O aluno percebe; organização da situação estimuladora – o aluno presta atenção a determinados estímulos do ambiente que o cerca, perceba-os compreende seu significado e relacione-os entre si.
2. 2. o aluno reage: a resposta adequada à situação estimuladora – perante cada estimulo espera-se que o aprendiz responda, escrevendo, fazendo ou indicando alguma coisa. O aluno permite ao professor orientar e controlar a aprendizagem.
3. A realimentação + reforço: o aprendiz confirma a correção de sua resposta
4. O aluno memoriza: retenção versus esquecimento: o ensino deve conter recapitulações para contrabalançar os efeitos do esquecimento caso contrario chama-se de memória de curto prazo que não armazena as reposta ou informações.
5. o aluno aplica transferência do aprendizado e a criatividade: tudo o que se aprende deve ser aplicado chama-se de transferência ou generalização. O emprego de exemplo,s exercícios, problemas tem esta finalidade, e de desenvolver a capacidade de aplicar o aprendido. Este desenvolvimento dae transferência do aprendido tem importância para o crescimento da criatividade e da capacidade de tomar decisões.
Criticas.
. Seu principio é que só é possível teorizar e agir sobre o que é cientificamente observável. Com isso, ficam descartados conceitos e categorias centrais para outras correntes teóricas, como cosnciencia, vontade inteligência, emoção e memória – estados mentais ou subjetivos

Bibliografia
Nova Escola, edição 176, outubro de 2004

BIOGRAFIAS RELACIONADAS A EDUCAÇÃO - PIAGET

JEAN PIAGET
- “é na relação com o meio que a criança se desenvolve, construindo e reconstruindo suas hipóteses sobre o mundo que a cerca. – o professor deve respeitar o nível e desenvolvimento das crianças. Não se pode ir além de suas capacidades nem deixa-las agir sozinhas”.
A teoria de conhecimento não tem intenção pedagógica. Porém ofereceu aos educadores importantes princípios para orientar sua prática mostra que o sujeito humano estabelece desde o nascimento uma relação de interação com o meio. É a relação da criança com o mundo físico e social que promove seu desenvolvimento cognitivo ““.
Por volta dos dois anos ela evolui do estágio sensório-motor, em que as ação envolve os órgãos sensoriais e os reflexos neurológicos básicos (como sugar a mamadeira) e o pensamento se dá somente sobre as coisas presentes nação que desenvolve, para o pré-operatório. Nessa etapa, a criança se torna capaz de fazer uma coisa e imaginar outra. Ela faz isso, por exemplo, quando brinca de boneca e representa situações vividas em dias anteriores. Explica Vasconcelos. Outra progressão se dá por volta dos sete anos, quando ela para o estágio operacional-concreto. Consegue refletir sobre o inverso das coisas e dos fenômenos e para concluir um raciocínio, leva em consideração as relações entre os objetos. Por volta dos 12 anos, chegamos ao estágio operacional formal o adolescente pode pensar em coisas completamente abstratas, sem necessitar da relação direta com o concreto. Ele compreende conceitos como amor ou democracia. Devemos observar os alunos para tornar os conteúdos pedagógicos proporcionais às suas capacidades. O mestre precisa proporcionar um conflito cognitivo pra que novos conhecimentos sejam produzidos. Uma máxima da teoria piagentiana é que o conhecimento é construído na experiência. Isso fica claro quando se estuda a formação da moral na criança, o que permite a construção da autonomia moral é o estabelecimento da cooperação em e da coação, e do respeito mútuo no lugar do respeito unilateral dentro da escola, isso significa democratizar as relações para formar sujeitos autônomos.
Em Salvador, a Escola Municipal Barbosa Romeo, trabalha essa proposta. Além dos professores trabalhares com projetos, a equipe usa o respeito mútuo como estratégia pra integrar os estudantes ao ambiente escolar. O que vai ser trabalhado em sala de aula é discutido coletivamente.
COM ELES E MELHOR
REVISTA NOVA ESCOLA – JAN/ FEV 2001
Pp. 19 a 23
Contribuições de Jean Piaget

O pensamento é a base em que se assenta a aprendizagem. A inteligência é um fenômeno biológico condicionado no neurônio do cérebro e do corpo inteiro e sujeito a um processo de maturação do organismo. Ela desenvolve uma estrutura e um funcionamento que modifica tal estrutura. A estrutura, então, não é fixa e acabada, mas dinâmica, um processo de construção continuo.
A aprendizagem é o conjunto de mecanismos que o organismo movimenta para se adaptar ao meio ambiente; e se processa através de movimentos simultâneos e integrados, mas de sentido contrário: a assimilação e a acomodação.
Párea assimilação o organismo explora o ambiente através de um processo de percepção, de interpretação, de assimilação a sua própria estrutura.
Pela acomodação o organismo transforma sua própria estrutura para adequar-se a natureza dos objetos que serão apreendidos.
A criança é capaz de assimilar mediante esquemas anteriores. Primeiramente, os objetos aparecem no campo visual. No final do primeiro ano de vida forma-se com fundamento que os objetos permaneça substancial. Aos cinco anos ainda está dominada a percepção visual. Porem, crianças da mesma idade que viveram experiências mais variadas e ricas que outras, desenvolvem mais esquemas de assimilação e aceleram sua compreensão do mundo.
O desenvolvimento da inteligência:
1. desenvolvimento do pensamento sensório-motriz: do nascimento aos dois anos aproximadamente;
2. aparecimento do pensamento simbólico: a representado pré-conceitual – de uma ano e meio aos cinco aproximadamente, esta nasce porque a imitação interiorizada. A criança aprende a representar o tempo e o espaço e desenvolve a linguagem.
3. representação articulada ou intuitiva: o principio do pensamento operatório (dos quatro anos aos oito anos). A integração social ajuda a superar a falta de inicial de acomodação.
4. aparecimento do pensamento operatório: operações concretas (dos sete anos aos doze anos). A criança compara a parte do todo. Liberta-se do domínio da percepção e começa a ser capas de criar conceitos gerais.
5. o progresso das operações concretas: começo das operações formais ou abstratas (dos nove aos doze anos) nesta etapa a criança pode formar classes complexas e fazer raciocínios em cadeia. Mas não é capaz de inter-relacionar suas classificações dos fenômenos.
6. a aparecimento do desenvolvimento das operações formais (dos onze anos até a adolescência). É capaz de abstrações, raciocínio hipotético-dedutivo, e de manejar conceitos de alta complexidade, mantém os pensamentos anteriores, pensa no concreto ou formalmente e utiliza formas de pensamento mais primitivas em determinas circunstancias.

BIOGRAFIAS RELACIONADAS A EDUCAÇÃO - GARDNER

HOWARD GARDNER – “a escola deve valorizar as diferentes habilidades dos alunos e não apenas a lógico-matemática e a lingüística, como é a mais comum. – para que as diversas inteligências sejam desenvolvidas, a criança tem de ser mais que uma mera executadora de tarefas. É preciso que ela seja levada a resolver problemas”.
De acordo com Gardner, estas seriam nossas sete inteligências:
1. Lógico-matemática: capacidade de realizar operações matemáticas e de analisar problemas com lógica.
2. Lingüística: habilidade de aprender línguas e de usar a língua falada e escrita para atingirem objetivos;
3. Espacial: capacidade de reconhecer e manipular uma situação espacial ampla mais restrita. Importante para cirurgiões ou escultores;
4. Físico-cinestésica: potencial de usar o corpo para resolver problemas ou fabricar produtos. Dançarinos, atletas, cirurgiões e mecânicos;
5. Interpessoal: capacidade de entender as intenções e os desejos dos outros e de se relacionar bem com eles. É necessário para vendedores, líderes religiosos, políticos e professores;
6. Interpessoal: capacidade de a pessoa se conhecer, seus desejos e usar as informações para alcançar objetivos pessoais.
7. Musical: aptidão na atuação apreciação e composição de padrões musicais.
A naturalista, que seria a capacidade de reconhecer objetos na natureza, e além dessas, discute outras, a existencial ou espiritual e a moral, sem adicioná-las às sete originais.
Ele reconhece que a discussão em torno da teoria trouxe a alerta importante para quem trabalha com educação. A escola deve considerar as pessoas inteiras e valorizar outras formas de demonstração de competências alem dos tradicionais eixos lingüísticos e lógicos –matemáticos. Kátia Smole, defende no mestrado da USP, que é comum o conceito ser empregado indevidamente por várias escolas. Ter aulas de música não garante aos estudantes desenvolver a inteligência musical. Para que aconteça é necessário que o aluno pense sobre aquilo que faz e esteja em situação de criação ou resolução de problemas.
No Colégio Sidarta, em Cotia, a teoria de Gardner é à base da proposta pedagógica. Atendem as diferenças individuais e respeitam as potencia, idades dos alunos. Os alunos estudam juntos e nas estações de trabalho cantos onde são organizados diferentes recursos pedagógicos.
COM ELES E MELHOR
REVISTA NOVA ESCOLA – JAN/ FEV 2001
Pp. 19 a 23

RESUMO DE LIVROS - LÍNGUA PORTUGUESA - CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Lingüística.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Lingüística. São Paulo: Scipione, 1997.

Alfabetização e a Língua Portuguesa
É habitual pensar na Língua Portuguesa em dois estágios:
1. o que dura um ano - o professor ensina o sistema alfabético de escrita (correspondência fonografia) e convenções ortográficas.
2. desenvolver exercícios de redação e trinos ortográficos e gramaticais.
Por trás da prática desses dois estágios, esta a teoria que concebe a capacidade de produzir textos como dependente da capacidade de grafá-los de próprio punho.
Na Antigüidade grega, o autor era quem compunha e ditava para ser escrito ao escriba.
Na compreensão natural, redigir e grafar rompe com a crença arraigada do domínio do be-a-bá para início do ensino da língua, mostrando que redigir - aprendizagem do conhecimento-e grafar- aprendizagem da linguagem - podem e devem ocorrer de forma simultânea.
A conquista da escrita alfabética não garante ao aluno a possibilidade de compreender e produzir testos em linguagem escrita. Essa aprendizagem exige um trabalho pedagógico sistemático. Ao ler históricas ou noticias do jornal, ensina-se como são organizados na escritas esses gêneros, o vocabulário adequado e os recursos que são característicos. O aluno que dita, está produzindo-o criando um discurso, grafando o ou não.
Todo texto pertence a um gênero literário, com forma própria, e essa diversidade textual deve estar a serviço da expansão do conhecimento letrado do aluno.
Decifrar o escrito é um saber de grande valor social, alfabetizar exige ação e reflexão do aluno, e a intervenção pedagógica permite ao professor ajustar a informação oferecida as condições de interpretação em cada momento do processo.
O ensino da Língua Portuguesa tem sido marcado em ensinar a juntar silabas ou letras, formar palavras, frases e textos. Levando a escola a trabalhar com textos que só sevem pra ensinar a ler.
Um texto não se define por sua extensão. O nome que assina um desenho, a lista do que deve ser comprado, um conto ou romance, todos são textos. A palavra Pare escrita no asfalto, por exemplo pode ser trabalhado pelo professor.
Um texto adequado a um leitor iniciante, tem sido equivocadamente escolhidos pela sua simplicidade, deixando de aproximar as crianças de textos de qualidade. Não se forma bons leitores oferecendo materiais de leitura empobrecidas. As pessoas aprendem a gostar de ler quando de alguma forma, a qualidade de sus vidas melhora com a leitura.
É importante que se trabalhe textos literários no cotidiano da sala de aula.. a literatura não é a copia do real, sua ligação com pó real é indireta, mediado por signos verbais.
Pensar a literatura a partir dessa autonomia ante o real implica dizer que diante de um tipo de dialogo há jogos de aproximações e afastamentos em que a invenção de linguagem, expressões subjetivas, sensações podem se misturar a processos racionalizantes.
O ensino da literatura envolve exercícios de reconhecimento das singularidades e de propriedades compositivas de escrita. Com isso, equívocos costumam estar presentes quando colocados de forma descontextualizadas, não contribuindo para formação de leitores.
Pensar e falar sobre linguagem realiza-se uma atividade reflexiva. Por isso é necessário o planejamento de situações que possibilitem a reflexão sobre is recursos expressivo utilizados pelo produtor autor do texto, quanto aos aspectos gramáticas dos discursos não se deve se preocupar com a categorização, classificação ou a regularização sobre essas questões.
As atividades metalingüísticas estão relacionadas a analises voltada para descrição, por meio de categorização e sistematização de elementos lingüísticos, não estão vinculadas ao processo discursivo.
O ensino da Língua Portuguesa nas práticas habituais trata a fala e a linguagem cmo conteúdo em si e não modo de melhorar a qualidade da produção lingüística. A gramática de forma descontextualizada serve pra ir bem na prova e passar de ano. Por isso tem se discutido a necessidade de ensiná-la, porem a questão é como ensiná-la.
Nos primeiros ciclos deve se centrar em atividades epilingüísticas na reflexão sobre a língua em situações de produção e interpretação no caminho de aprimorar o controle de sobre a própria produção lingüística.
Ai longo dos oito anos de ensino fundamento espera-se que os aluno adquiram uma competência em relação a linguagem que lhes permitam resolver problemas da vida cotidiana, ter acesso a bens culturais e alcançar a participação plena no mundo letrado. Para isso, o ensino da Língua Portuguesa deve organizar-se de modo que os alunos sejam capazes de:
• Expandir o uso da linguagem utilizando com eficácia assumindo a palavra e produzindo textos;
• Utilizar diferentes registros, sabendo adequá-los a situações comunicativas que participa;
• Conhecer e respeitar as diferentes variedades lingüísticas do português falado;
• Compreender os textos orais e escritos;
• Valorizar a leitura como fonte de informação;
• Utilizar a linguagem como instrumento de aprendizagem;
• Valer-se da linguagem para melhorar a qualidade de suas relações pessoas;
• Usar os conhecimentos adquiridos por reflexão sobre a língua pra expandirem as possibilidades do uso da linguagem a capacidade de analises criticas;
• Conhecer e analisar criticamente o uso da língua como veiculo de valores e preconceitos de classes, credo, gênero ou etnia.

RESUMO DE LIVROS - ARTE - BERTAZZO, Ivaldo. Cidadão Corpo: identidade e autonomia do movimento.

BERTAZZO, Ivaldo. Cidadão Corpo: identidade e autonomia do movimento. São Paulo: Summus Editorial, 1998.

A obra trata-se do entendimento e saúde do corpo, da Escola de Reeducação do Movimento, desenvolvida pelo autor, projetos que desenvolve em comunidades carentes.
Desde os anos 70, o autor vem desenvolvendo trabalhos com “cidadãos-dançantes”, questionando idéias habituais sobre o corpo e revendo a idéia de Brasil. Paulistano da Mooca, começou a dançar com 16 anos. Esteve um tempo no Taiti, Indonésia e Índia.
Para Bertazzo, é na fusão dos mundos que a arte se dá “culturalmente, o Brasil é tão diferente (...) que temos de propor um exercício de troca e escuta. O coreógrafo, espera de que a dança catalise os movimentos entre pessoas para renovar nossa percepção. o seu desafio é ensinar os modos de capacitar a expressão humana, corporal pela reeducação da motricidade, reunindo montagens teatrais, grupos de indivíduos dispostos a explorar as possibilidades de movimento do próprio corpo. Formulou para si o conceito de cidadão-corpo- um corpo com particularidades reconhecidas e valorizadas, qualquer um pode dançar desde que se envolva. Elaborou métodos, propósitos e organização motora no intuito de preservar o bom funcionamento do corpo.
A Escola de Reeducação do Movimento foi criada em 1975, onde ensaiam e depois se apresentam em palco. O objetivo principal da Escola é atingir a identidade e autonomia do movimento, proporcionando ao aluno a presentificação de seu aparelho corporal, conscientização da autonomia e da estrutura de movimento..
A dança cidadania se alterna e cruza-se numa linguagem própria e inconfundível. Do ponto de vista da técnica de movimento, notava-se em que todas elas a busca de um eixo de equilíbrio corpora, tensões circulam e co corpo e adquire seu volume próprio, e onde o gesto ganha significado pleno.
A partir de 1996, com o espetáculo Cidadão Corpo, o autor passou a trabalhar questões da atualidade cultural e social brasileira, numa serie de criações. A identidade brasileira do movimento torna-se um grande tema subjacente aos outros, revelando e quanto o corpo está ligado a questão da cidadania.
Vem trabalhando agora com comunidades carentes, em projetos de experimentação de princípios da coordenação motora. Trabalho que propiciou espetáculos como Mãe Gentil, Folias Guanabaras e Dança das Marés.
A dança serve como instrumento de comunicação e organização dos elementos. Bertazzo trabalha hoje com jovens e arte-educadores, visando expandir seus ensinamentos. A preparação do espetáculo requer cursos de reeducação do movimento e coordenação motora, complementados por aulas de canto, percussão, ritmo, origami, lingüística e dança.
A preocupação é prepara indivíduos para um cotidiano digno, trabalhando com adolescentes em zonas de riscos, exercendo influencia para transformar os seus participantes em termos sociais e psicológicos, encontrando uma linguagem expressiva do corpo, esculpindo e incorporando o movimento, até gerar uma identidade produzida pelo conhecimento e pelo trabalho com a prática da dança.

RESUMO DE LIVROS - PCNS 1.ª A 4.ª SÉRIE - INTRODUÇÃO

EDUCAÇÃO – 1.ª a 4.ª série

Os Parâmetros Curriculares Nacionais

Os PCNs têm por objetivo dar apoio à execução do trabalho do professor, constitui um referencial da qualidade, tendo por função orientar e garantir investimentos no sistema educacional, socializando discussões, pesquisas e recomendações, com participação de técnicos e professores. Trata-se de um instrumento democrático, forçando a educação de qualidade para todos e a possibilidade de participação social.
As propostas são abertas e flexíveis, concretizando decisões regionais e locais, portanto NÃO se configura um modelo curricular homogêneo e impositivo, leva em conta as vivências em diferentes formas de inserção sóciopolíticos e cultura, devendo garantir e se adequar às diversidades culturais, regionais, étnicas, religiosas e políticas, além de igualdade de direitos entre os cidadãos e o acesso a totalidade dos bens públicos. Na medida em que o princípio de equidade reconhece-se a diferença e a necessidade de diferenciar o processo educacional, não se promove uma uniformalização que descaracterize e desvalorize as peculiaridades culturais e regionais.
Na busca de melhorar a qualidade da educação impõe a necessidade de investimentos, formação inicial e continuada de professores, salários dignos, planos de carreira, qualidade de livro didático, recursos de multimídia e televisivos e disponibilidade de materiais didáticos.
Discute-se ainda sobre a dignidade do ser humano, a igualdade de direitos e a recusa de discriminação, a importância da solidariedade e do respeito. E temas como inserção no mundo do trabalho e do consumo, cuidado com o corpo, saúde educação sexual e meio ambiente.
As metodologias devem privilegiar a construção de estratégias de verificação e comprovação de hipóteses na construção do conhecimento, a construção de argumentação, capaz de controlar resultados do processo, desenvolver espírito critica, favorecer a criatividade e compreensão de limites, através de trabalhos individuais e coletivos. Assim, garantir aprendizagem essencial para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos.
Como referencial nacional, estabelece metas com função de subsidiar a elaboração ou revisão curricular de Estados e Municípios, dialogando com propostas já existentes e na elaboração de projetos como material de reflexão para Secretarias de Educação, pelos responsáveis locais, e cada instituição de ensino, em processo democrático e pelo trabalho diário dos professores sob discussão e reflexão freqüentes de forma democrática, desde que explicitam valores e propostas que orientam um trabalho educacional que atendam as reais necessidades dos alunos. Todos devem se apropriar utilizando-o para a formação de uma identidade escolar, assim validando o pondo o em consonância social. Para esta validade necessita-se de processos periódicos de avaliação e revisão sob a coordenação do MEC.
A escola amplia a responsabilidade de desenvolver novas competências, novas tecnologias e linguagens. Através de projetos devem ser formulados metas e meios para valorização da rotina do trabalho pedagógico, delimitando prioridades, definindo resultados desejados, incorporando auto-avaliação ao trabalho do professor, planejando coletivamente, e refletindo continuamente. Propiciando o domínio de recursos para discutir formas e utilização critica da participação social e política. Além de desenvolver capacidades relações interpessoais, cognitivas, afetivas, motoras, étnicas estéticas de inserção social torna-se possível mediante processo de construção e reconstituição de conhecimento, assim abre oportunidade para que os alunos atuem propositalmente na formação de valores em relação ao outro, a política, a econômica, sexo, droga, saúde, meio ambiente, tecnologia, etc. favorecendo condições para desenvolver competências e consciência profissional. Em síntese, para exercer a função social proposta, a escola precisa possibilitar o cultivo de bens culturais e sociais, considerando as expectativas e as necessidades dos alunos, pais, membros da comunidade e professores, onde todos aprendem a respeitar e ser respeitados, ouvir e ser ouvidos, reivindicar diretos e cumprir obrigações, participando da vida cientifica, cultural social e política do país e do mundo.


Histórico
A LDB consolida uma organização curricular conferindo flexibilidade no currículo com o objetivo maior de proporcionar a todos, formação básica para a cidadania, através de escolas capazes de capacitar para aprender, o domínio da leitura, escrita e calculo, compreensão do meio natural e social, político, tecnológico, artístico e de valores, fortalecendo os vínculos familiares, de solidariedade humana e tolerância.

A prática pedagógica pressupõe uma concepção de ensino e arpendizagem que compreende papeis de professor e aluno, metodologias, função social da escola e conteúdos a serem trabalhados. Estas concepções permeiam a formação educacional e o percurso do profissional incluindo suas experiências de vida, ideologias compartilhadas com seu grupo e tendências pedagógicas contemporâneas. Na tradição brasileira há quatro tendências: a tradicional, a renovada, a tecnicista e a que se critico social e política.
A “Pedagogia tradicional” centrada no professor que vigia, aconselha alunos, corrige e ensina a matéria, e que é visto como autoridade máxima e guia exclusivo do processo educativo. A metodologia baseia-se em exposição oral de conteúdos, que enfatizam exercícios repetidos e memorização. A escola cabe transmitir conhecimentos para a formação geral dos alunos. Os conteúdos correspondem a conhecimentos e valores acumulados por gerações, verdades acabadas. Caracteriza-se por sobrecarga de informações e aquisições de conhecimento muitas vezes burocratizado e destituído de significação.
A “Pedagogia renovada”, ligada no movimento da Escola Nova ou Escola Ativa, tem por principio norteador a valorização do individuo como ser livre, ativo e social. Destaca o principio de aprendizagem por descoberta e atitudes de interesses dos alunos. O professor torna-se um facilitador do processo, cabendo a ele organizar e coordenar situações de aprendizagem adaptando ás características individuais dos alunos para desenvolver suas capacidades e habilidades intelectuais. O ensino guiado pelo interesse dos alunos muitas vezes, descpnsidera a necessidade de um trabalho pedagógico e pode acabar perdendo de vista o que se deve ser ensinado e aprendido. Essa tendência ainda influencia muitas práticas pedagógicas.
O “tecnicismo educacional”, proliferado nas décadas de 70, inspirado em teorias behavioristas, definiu-se por uma pratica pedagógica controlada e dirigida pelo professor. A supervalorização da tecnologia revestiu a escola de uma auto-suficiência criando uma falsa idéia de que aprender não é algo natural, mas que depende de especialistas e técnicas. O que é valorizado não é o professor e sim a tecnologia. O aluno corresponde às respostas esperadas pela escola.
As “teorias reprodutivas”, oriundas do final do regime militar, no final dos anos 70 e inicio dos anos 80, coincidiu com uma intensa mobilização de educadores em busca de uma educação critica a serviço de transformações sociais, econômicas e políticas. As duas tendências assumem orientação marxista. A “pedagogia libertadora”, originada nos anos 50 e 60, retorna nas décadas posteriores propondo uma atividade escolar pautada em discussões de temas sociais e políticas e em ações sobre a realidade social imediata. A “pedagogia crítico-social dos conteúdos” se põe como uma reação de alguns educadores que não aceitam a pouca relevância que a pedagogia libertadora dá ao aprendizado do chamado saber historicamente acumulado. Esta última assegura a função social e política da escola mediante o trabalho com conhecimentos sistematizados, a fim de colocar as classes populares em condição de uma efetiva participação nas lutas sociais, e para isso é necessário que se domine o conhecimento, habilidades e capacidades para que os alunos possam interpretar suas experiências e defender seus interesses de classe.
No final dos anos 70, os viés psicológicos, sociológicos e políticos, marcam o inicio de uma pedagogia que se adeqüe características de um aluno que pensa, um professor que sabe e a conteúdos de valor social e formativo.
No enfoque social, a importância da relação interpessoais, e entre cultua e educação. Cabe a escola promover o desenvolvimento e a socialização dos alunos, construindo os como pessoas iguais, mas ao mesmo tempo, diferentes de todas as outras. A diferenciação na construção de uma identidade pessoal e os processos de socialização que conduzem a padrões de identidade coletiva constitui duas faces de um mesmo processo. Isso se dá com a valorização da cultura de sua própria comunidade e buscando ultrapassar limites, proporcionando as crianças acesso ao saber socialmente relevantes nacional e regional que fazem parte do patrimônio universal da humanidade.
A psicologia genética aprofunda a compreensão sobre mecanismos de construção de conhecimento da criança, e a psicogênese da língua escrita, é um exemplo sobre a atividade construtiva do aluno sobre a língua escrita.

Construtivismos, entendimentos e equívocos
A configuração do marco explicativo construtivista deu-se a partir da psicologia genética, da teoria sociointeracionista e das explicações da atividade significativa. O núcleo central da integração de todas essas contribuições refere-se ao reconhecimento da atividade mental construtiva nos processos de aquisição do conhecimento.
A pesquisa sobre a psicogênese da língua escrita evidencia a atividade construtiva do aluno sobre a língua escrita. Metodologias utilizadas nesta pesquisa foram muitas vezes interpretadas como proposta construtivista para a alfabetização, o que expressa um duplo equívoco: redução do construtivismo a uma teoria psicogenética de aquisição da escrita e transformação de uma investigação acadêmica em método de ensino.
Quanto ao ERRO, hoje ele é visto como algo inerente ao processo de aprendizagem, porém, idéias de que não se devem corrigir os erros e que as crianças aprendem do seu jeito, desconsidera a função primordial da escola que é ensinar, intervindo para que os alunos aprendam. Na verdade, é necessária uma intervenção pedagógica para ajudar a superá-lo. Na prática construtivista, é importante a participação da intervenção do professor, já que o processo cognitivo acontece por reorganização do conhecimento, aproximações sucessivas que permitem reconstrução, ou seja, modificação, reorganização e construção de conhecimentos que os alunos assimilam e interpretam conteúdos escolares. A superação do erro é resultado do processo de incorporação de novas idéias e de transformação das anteriores, e de alcance a níveis superiores de conhecimento.

Conteúdos
São instrumentos para o desenvolvimento, socialização e exercício da cidadania democrática, e é compromisso da escola garantir o acesso aos saberes elaborados socialmente, portanto, devem estar em consonância com questões sociais que marcam cada momento histórico. Devem favorecer a inserção e compreensão do aluno as questões e fenômenos sociais e culturais, e servir de meio para que desenvolvam capacidades que lhes permitam produzir e usufruir dos bens culturais, sociais e econômicos.
O processo de atribuição de sentido aos conteúdos escolares é um processo individual, nada substitui a atuação do próprio aluno na tarefa de construir significados sobre o conteúdo de aprendizagem, porém, as formas e saberes socialmente estruturados ganham vida assim que ganham significação. O conceito de aprendizagem significativa implica num trabalho de significar a realidade que se conhece, estabelecendo relações entre conteúdos e conhecimentos previamente construídos, articulando de novos significados. Cabe ao educador, por meio da intervenção pedagógica promover significado, propondo problemas, fazendo o aluno elaborar hipóteses e experimentos. As situações escolares de ensino e aprendizagem são situações comunicativas onde alunos e professores atuam como co-responsáveis para o êxito do processo.
A prática escolar constitui-se a uma ação intencional, sistemática, planejada e continuada para crianças e jovens durante um período contínuo, contribuindo para que a apropriação dos conteúdos sejam feita de maneira critica e construtiva.
Os alunos constroem conhecimentos também por influencia da mídia, família, igreja, amigos, esses conhecimentos influenciam a aprendizagem escolar, por isso é necessária a escola considerar as direções destes conhecimentos e fornecer interpretação e intervenção articulando de interação e integração os diversos tipos de conhecimentos.
A seleção dos mesmos deve ser feita pela ressignificação, de conteúdos conceitual, procedimental e atitudinal, que se integram no processo de ensino e aprendizagem e não em atividades especificas.
Conteúdos conceituais – se referem a operar com símbolos, idéias, imagens e representação que permitam organizar a realidade. A memorização de vê ser entendida como recurso que torna o aluno capaz de representar informações de maneira genérica, memória significativa, para poder relacioná-las com outros conteúdos.
Conteúdos procedimentais – expressam um saber fazer, que envolve decisões e realizar ações de ordenada pra atingir uma meta. Estão presentes em resumos, experimentos, pesquisas, maquete, etc. é preciso de intervenção, ajuda, ensiná-lo a proceder apropriadamente, como pesquisar mais de uma fonte, registrar dados, orientar-se para entrevistas e organizar os dados. Ao ensinar procedimentos também se ensina produzir conhecimentos.
Conteúdos atitudinais – a escola é um contexto socializador, gerador de atitudes, por isso deve adotar uma posição critica em relação aos valores. Uma prática constante de valores e atitudes expressa questões de ordem emocional.

A organização da escolaridade em ciclos
Os PCNs adotam uma proposta de estruturação por ciclos, tornando possível distribuir conteúdos de forma adequada, e favorecendo uma apresentação menos parcelada do conhecimento. A organização em ciclos é uma tentativa de superar a segmentação excessiva produzida pelo regime seriado e de buscar princípios de ordenação que possibilitem maior integração do conhecimento. Tem por objetivo propiciar maiores oportunidades de escolarização, voltada para a alfabetização efetiva das crianças e superar problemas do desenvolvimento escolar.
A adoção de ciclos possibilita trabalhar melhor com as diferenças, levam em conta a desigualdade de oportunidades de escolarização, e os ritmos diferentes de aprendizagem, desempenhos diferentes na relação com objetos de conhecimento.
A pratica escolar tem buscado incorporar essa diversidade de modo a garantir respeito aos alunos e a criar condições que possam progredir nas suas aprendizagens. A lógica dos ciclos consiste em evitar que o processo de aprendizagem tenha obstáculos inúteis e, desnecessários e nocivos. Todos da escola se co-responsabiliza com o processo criando condições que permitam destinar espaço e tempo à realização de reuniões de professores para a discussão do assunto. Professores realizem adaptações sucessivas da ação pedagógica adaptando as com as diferentes necessidades dos alunos.

Organização do conhecimento escolar: Áreas e Temas Transversais
O tratamento da área e de seus conteúdos integra uma serie de conhecimentos de diferentes disciplinas, e contribuem para a construção e compreensão e,intervenção na realidade dos alunos. A concepção de área evidencia a natureza dos conteúdos definindo o corpo do conhecimento e o objeto de aprendizagem par que os professores possa se situar dentro de um conjunto de conhecimentos. Cada área, nos PCNs, se estrutura com objetivos e conteúdos, critérios de avaliação, orientação pra a avaliação e orientações didáticas. Além das áreas, temas de problemáticas sociais são incluídos na proposta educacional como Temas Transversais: Ética, Saúde, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural e Orientação Sexual.
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Avaliação
A avaliação é considerada instrumento de auto-regulação, que requer que ocorra em todo processo de ensino e aprendizagem, possibilitando ajustes constantes de regulação do processo e contribui para o efetivo sucesso.
A avaliação deve compreender um conjunto de atuações que tem por função alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica, analisando e adequando situações didáticas, subsidiando assim, o professor com elementos de reflexão contínua sobre sua prática.
Avaliar significa emitir um juízo de valor, por isso exige-se critérios que orientem a leitura dos aspectos a serem avaliados, estabelecendo expectativas de aprendizagem dos alunos, expressando objetivos como testemunho da aprendizagem. Esses critérios devem refletir sobre diferentes tipos de capacidades e as três dimensões de conteúdos para encaminhar a programação e atividades do ensino aprendizagem.
A avaliação inicial instrumentará o professor para que possa por em pratica seu planejamento de forma adequada às características de seus alunos, servindo de informação pra propor atividades e gerar novos conhecimentos.
A avaliação contínua ela subsidia a avaliação final. Ela intenciona averiguar a relação entre a construção do conhecimento, por parte do aluno e os objetivos a que o professor se propôs, é indispensável para se saber se todos os alunos estão aprendendo e quais condições estão sendo ou não favoráveis para isso, como indicadores para reorientação da pratica educacional e nunca como um meio de estigmatizar os alunos. Avaliar a aprendizagem implica avaliar o ensino oferecido.
As avaliações devem ser feitas de modos sistemáticos, com observações, uso de instrumentos como registros de tabelas, listas de controle, diário de classe e outros, e na analise de produção dos alunos, em atividades especificas para avaliação com objetividade expor o tema, e responder questionários.
Par ao aluno, é um instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades de reorganização de seu investimento. Na autoavaliação, o aluno desenvolve estratégias de analises e interpretação de suas produções e dos diferentes procedimentos para se avaliar.
Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar aspectos das ações educacionais, demandam maior apoio. A ela se delega a responsabilidade de estabelecer uma serie de registros e documentos, atestados oficiais de aproveitamento como notas, boletins, recuperações, aprovações, reprovações, diplomas, etc.como testemunhos oficial e social do aproveitamento do aluno.
O resultado da avaliação leva a decisões, medidas didáticas, acompanhamentos individualizados, grupo de apoio, lições extras. Aprovar ou reprovar requer analise dos professores. Devem-se considerar critérios de avaliação a sociabilidade e ordem emocional. No caso da reprovação, discussão de conselhos de classes deve considerar questões trazidas pelos pais para subsidiar o professor na tomada de decisão. A repetência cristaliza uma situação em que o problema é do aluno e não do sistema educacional, por isso deve ser estudado caso a caso. A permanência em mais um ano deve ser compreendia como medida educativa para que o aluno tenha oportunidade e expectativa de sucesso e motivação. Aprovar ou reprovar alunos com dificuldades deve sempre ser acompanhada de encaminhamentos de apoio e ajuda que garantam a qualidade de aprendizagem e desenvolvimento das capacidades esperadas.

Orientações didáticas
O eixo de formação no ensino fundamental é a formação de cidadão autônomo e participativo. Os alunos constroem significados a partir de múltiplas e complexas interações. O aluno é o sujeito da aprendizagem, o professor é o mediador entre o aluno e o objeto. Os profissionais da educação devem levar em conta aspectos como:
• Autonomia – princípio didático, orientador das praticas pedagógicas, onde alunos devem ser levados a refletir criticamente, participar eticamente e assumir responsabilidades, valorizando tais ações, construindo seu próprio conhecimento valorizando seus conhecimentos prévios, e interação professor-aluno. O desenvolvimento da autonomia depende de suportes materiais, intelectuais e emocionais, por isso a intervenção do professor define esses suportes, além disso, trabalhar coletivamente, responsabilizarem por suas ações, idéias, tarefas, organização, envolve o objeto de estudo.

• Diversidade – há necessidade de adequar objetivos , conteúdos e critérios de avaliação, forma a atender a diversidade no pais, além da especificidade de cada individuo, analisando suas possibilidades de aprendizagem. O professor deve levar em conta fatores sociais, culturais, e a historia educativa de cada aluno, como características pessoais de déficit sensorial, motor ou psíquico ou superdotação intelectual.

• Interação e cooperação – compreendem saber dialogar, ouvir, ajudar, pedir ajuda, aproveitar críticas, explicar seus pontos de vistas. Essas interações têm caráter cognitivo, emocional e afetivo, por isso interferem diretamente na produção do trabalho. Aprender a conviver em grupo supõe um domínio de procedimentos, valores, normas e atitudes.

• Disponibilidade para a aprendizagem – tal disponibilidade depende do envolvimento do aluno, das relações do que já sabe e o que está aprendendo, da motivação intrínseca, ou seja, vontade de aprender, atitude curiosa e investigativa. A aprendizagem se torna significativa a partir da intervenção do professor em garantir que o aluno conheça o objetivo da atividade, situe a tarefa, reconheça o problema e tome decisões, de forma organizada e ajustadas às possibilidades dos alunos. Além disso, aa relação professor-aluno deve ser com vínculos de confiança, cooperativa e solidária.

• Organização do tempo - O professor deve orientar o trabalho, planejando e executando junto aos alunos sobre o uso do tempo. O professor deve definir atividades, organizar grupos, recursos matérias e definir período de execução, obedecendo tempo mínimo estabelecido pela legislação.

• Organização do espaço

• É preciso que as carteiras sejam moveis, que as crianças tenham acesso aos materiais de uso freqüente, paredes utilizadas para exposição de trabalhos . os alunos devem assumir responsabilidade pela decoração e limpeza da classe. A programação deve contar com passeios e excursões, laboratórios, teatro, artes plásticas, etc. a organização do espaço interfere diretamente na autonomia.

• Seleção de material – todo material é fonte de informação. Livros didáticos devem ser coerentes, de qualidade e deve se estar atentos a eventuais restrições. O uso de materiais de uso social, jornais, revistas, folhetos, calculadoras, computadores, atualizados estabelece vínculos entre o que é aprendido na escola e o conhecimento extra-escolar.

Objetivos gerais do ensino fundamental
Que os alunos sejam capazes de estabelecer capacidades relativas aos aspectos cognitivos, afetivo, físico, ético, estético, de atuação e inserção social, que devem ser adquirido ao termino da escolaridade obrigatória:
• Compreender a cidadania como participação social, exercício dos direitos e deveres políticos, civis e sociais; repudiando as injustiças.
• Posicionar-se critica, responsável e construtivamente nos conflitos e tomadas de decisões;
• Conhecer características do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais;
• Conhecer e valorizar a pluralidade sociocultural brasileiro e outros países, sem discriminação.
• Perceber-se integrante transformador do ambiente
• Desenvolver conhecimento sobre si mesmo, cuidar do seu corpo, cognitiva, física, afetivamente, responsabilizando pela sua saúde e da saúde coletiva;
• Utilizar diferentes linguagens;
• Utilizar diferentes fontes de informações e recursos tecnológicos;
• Questionar a realidade criticamente, selecionando procedimentos, tomando decisões, verificando adequações.




Bibliografia

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: 1.ª a 4.ª série – Introdução. Brasília: MEC/SEF, 1997, v. 1.