Ler é emancipar-se! É sair do lugar-comum e conseguir, através das palavras, adentrar a um novo mundo, repleto de imaginação, conhecimento e atitude.
BRASIL>> Para mais de 45 milhões de pessoas, ler é sinônimo de conhecimento. Infelizmente sabemos que a leitura ainda não é a maior prioridade no nosso país.
A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, de 2008, veio confirmar o que já sabíamos: que a população prefere assistir Tv, ouvir música, descansar e ouvir rádio a ler um bom livro.
O estudo revelou ainda que existem leitores sim, a maioria é mulher (55%) e o autor preferido é Monteiro Lobato, seguido de Paulo Coelho e Jorge Amado. Não por acaso, a data de hoje tem tudo a ver com o escritor preferido dos brasileiros: hoje é o
Dia Nacional do Livro Infantil e aniversário de Monteiro Lobato.
O escritor faleceu em julho de 1948, mas somente em 2002 foi criada a Lei 10.402/02 instituindo dia 18 de abril como o Dia Nacional da literatura infanto-juvenil.
“Um país se faz com homens e livros’, a célebre frase de Monteiro Lobato explica como ele via a importância da leitura para a evolução humana. Emília, Cuca, Tia Nastácia, personagens que compuseram o imaginário coletivo de milhões de crianças, demonstrando que a leitura pode ser algo muito divertido!!!
Para você, leitor, qual o seu livro preferido?
Monteiro Lobato (1882-1948) nasceu no dia 18 de abril, em Taubaté, São Paulo. Era filho de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Monteiro Lobato. Alfabetizado pela mãe, logo despertou o gosto pela leitura, lendo todos os livros infantis da biblioteca de seu avô o Visconde de Tremembé. Desde menino já mostrava seu temperamento irrequieto, escandalizou a sociedade quando se recusou fazer a primeira comunhão. Fez o curso secundário em Taubaté. Estudou no Instituto de Ciências e Letras de São Paulo.
Ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco na capital e em 1904, na festa de formatura fez um discurso tão agressivo que vários professores, padres e bispos se retiraram da sala. Nesse mesmo ano voltou para Taubaté. Prestou concurso para a Promotoria Pública, assumindo o cargo na cidade de Areias, no Vale do Parnaíba, no ano de 1907.
Monteiro Lobato casou-se com Maria Pureza da Natividade, em 28 de março de 1908. Com ela teve quatro filhos, Marta (1909), Edgar (1910), Guilherme (1912) e Rute (1916). Paralelamente ao cargo de Promotor, escrevia para vários jornais e revistas, fazia desenhos e caricaturas.
Herdou as terras do avô, mudou-se com a família para a fazenda Buquira. De promotor passou a fazendeiro. No dia 12 de novembro de 1912, o jornal O Estado de São Paulo publicou uma carta sua enviada à redação, criticando as queimadas feita pelos caboclos, na região. Sua carta foi publicada na edição da tarde e causou grande polêmica. Em seguida o conto Urupês também foi publicado. Nele Lobato criou a figura de Jeca Tatu, símbolo do caipira brasileiro.
Em 1917 vendeu a fazenda e foi morar na capital. Agora passou de fazendeiro para editor. Criou a Editora Monteiro lobato e mais tarde a Editora Nacional e a Editora Brasiliense. Nesse ano Lobato publicou no Jornal O Estado de São Paulo, um artigo polêmico intitulado "Paranoia ou Mistificação?", era uma crítica à exposição de pintura expressionista de Anita Malfatti, pintora paulista recém chegada da Europa. Estava criada uma polêmica, que acabou se transformando no estopim do movimento modernista.
Como escritor literário, Lobato destacou-se no gênero "conto". O universo retratado em geral, são os vilarejos decadentes e as populações do Vale do Parnaíba, quando da crise do plantio do café. Em seu livro "Urupês", que foi sua estreia na literatura, em 1918, Lobato criou a figura do "Jeca Tatu", símbolo do caipira brasileiro. As histórias do "Sítio do Pica-pau Amarelo, e seus habitantes, Emília, Dona Benta, Pedrinho, Tia Anastácia, Narizinho, Rabicó e tantos outros, escritas em 1939, misturam a realidade e a fantasia usando uma linguagem coloquial e acessível.
José Renato Monteiro Lobato morreu no dia 5 de julho de 1948. dormindo, vitimado por um espasmo vascular.
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