"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Avaliação diagnóstica para 1º ano






Artigo: As múltiplas faces da avaliação


As múltiplas faces da avaliação

 

 

A avaliação, entendida como um processo amplo de tomada de decisões no âmbito dos sistemas de ensino, é algo recente no Brasil. Temos pouco mais de uma década de avaliações sistemáticas. Hoje, quase todos os estados e muitos municípios contam com seu próprio sistema de avaliação. Em todos, mais do que conteúdos, são analisados competências e habilidades, o próprio currículo, os hábitos de estudo dos alunos, as estratégias de ensino dos professores, o tipo de gestão dos diretores e os recursos a eles oferecidos para melhor realizar o seu trabalho.
A avaliação é condição necessária para que se possam estabelecer e acompanhar metas qualitativas e quantitativas e verificar se estas últimas são atingidas.
Há, portanto, necessidade de contar com mecanismos que permitam produzir informações sobre o que se ensina e o que se aprende nas escolas e sobre a forma de dar mais transparência aos sistemas educacionais perante a sociedade.
Fala-se muito em mudanças e inovações do sistema educacional estimuladas pela avaliação. Qualquer mudança, no entanto, tem de ser assumida e implementada dentro das escolas. Mudar a educação é mudar a escola. Se tivermos a intenção de usar a avaliação para melhorar a educação, esta terá que ser trabalhada dentro das escolas, sendo seus resultados utilizados efetivamente pelos professores e alunos no cotidiano da relação ensino x aprendizagem.
Avaliação externa e interna
A avaliação de um sistema de ensino deve se basear, também, na avaliação das escolas por elas próprias. Nesse caso, além das avaliações nacionais, estaduais e municipais, cada escola deve se autoavaliar quanto a seus programas, projetos, materiais pedagógicos, recursos, professores, alunos, a sua gestão, infraestrutura e a seu pessoal de apoio.
A importância de a escola se autoavaliar está no fato de que, sendo o local onde as coisas acontecem, é, também, onde se dá o diálogo entre equipe, pais, alunos e autoridades gestoras do sistema. Toda a comunidade escolar deve ser preparada para poder combinar os produtos das avaliações externa e interna. Só uma boa e séria avaliação interna permitirá às escolas a construção de um diálogo efetivo com a avaliação externa. Quando isso não ocorre, a avaliação externa pode gerar atitudes defensivas, não atingindo seus objetivos.
A avaliação intraescolar é um processo que exige uma tomada de consciência da importância da avaliação para que se estruturem processos de mudanças. Envolve, ainda, descentralização e treinamento de equipes escolares.
Cabe aos gestores de políticas públicas em educação, agora que a avaliação já está sendo institucionalizada, tomar iniciativas para que grupos de escolas se reúnam, discutam seus problemas, formulem estratégias de avaliação, utilizem a linguagem da avaliação, descubram suas potencialidades e adequem suas ações às necessidades específicas de suas clientelas.
Ninguém, na realidade, aprende a avaliar discutindo conceitos de avaliação. É preciso experimentar, tentar, criar estratégias, envolver a equipe, tendo como horizonte melhorar a qualidade da educação e diminuir índices negativos, sejam de desempenho, evasão ou repetência. Normalmente, deve-se selecionar alguma questão e envidar esforços para praticar a avaliação interna sobre ela. Não é difícil organizar uma base de dados por escola, base esta que deverá conter índices de matrícula, evasão, desempenho, repetência, projetos implementados, currículo praticado e tudo o que for julgado pela equipe como insumo necessário à avaliação da escola.
Envolver professores, pais e alunos na tarefa de avaliação intraescolar não é fácil, mas não é impossível. À medida que as escolas começarem a efetuar suas próprias avaliações internas, haverá maior facilidade em obter subsídios a partir das avaliações externas, de tal forma que o processo avaliativo cumpra sua função: mudar o que precisa ser mudado, aperfeiçoar o que precisa ser aperfeiçoado, construir o que precisa ser construído.
A avaliação, portanto, deve servir de base para o diálogo e não para dar origem a descrições assertivas e unilaterais. Escolas habilitadas à avaliação interna entenderão que avaliar é um processo contínuo, coletivo e não uma atividade isolada. Dessa forma, se envolvidas em sua própria avaliação, as escolas terão condições de se confrontar com diferentes perspectivas e conclusões.
Alunos, professores e gestores de escolas devem se tornar participantes ativos dos diálogos de avaliação em vez de serem recipientes passivos das descrições e dos julgamentos feitos. O papel de uma avaliação externa é o de fazer com que as escolas tenham um olhar de estranhamento sobre elas próprias. Esse tipo de avaliação oferece, ainda, possibilidades de observar o desempenho dos alunos, mas também tem limites, o que torna indispensável a avaliação em sala de aula, pelo professor.
Limites e possibilidades das avaliações externas
Atualmente, a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro vem desenvolvendo avaliações externas, bimestralmente, em duas disciplinas, Língua Portuguesa e Matemática. Todos os alunos do Ciclo Intermediário ao 9º ano realizam testes com a finalidade de aferir as habilidades por eles dominadas nessas disciplinas. Cada professor recebe o resultado de sua própria turma, o que permite que cada escola e cada turma olhem para si próprias e percebam o nível de domínio já alcançado nas habilidades propostas ou o que fazer para levar seus alunos a alcançá-lo.
Os testes organizados pelos especialistas da Secretaria Municipal de Educação adotam o modelo de múltipla escolha, por este fornecer uma série de possibilidades, entre as quais destacamos a  redução da subjetividade na correção, a possibilidade de avaliar uma grande quantidade de habilidades, a discriminação precisa do nível de domínio de cada habilidade testada e a possibilidade de cada professor verificar, através do percentual de acertos de seus alunos, como sua turma se encontra em relação ao conjunto de alunos do município. No entanto, esse formato tem limites, tais como a dificuldade na elaboração de itens de acordo com as habilidades requeridas, dentro do nível de complexidade exigido. Há, também, o problema de não avaliar a escrita dos alunos, só a leitura e a interpretação de textos, além de não permitir verificar o desenvolvimento do raciocínio matemático, isto é, o aluno examina e escolhe alternativas propostas, mas não expressa suas próprias ideias.

Mesmo oferecendo limitações, os testes de múltipla escolha são a melhor forma de se acompanhar o desenvolvimento das habilidades dos alunos de todo um sistema educacional. Seus limites podem e devem ser revistos pelos professores. Se cada professor, depois dos testes de múltipla escolha, refizer todas as questões com seus alunos sob a forma de perguntas abertas, certamente, esses limites impostos pela necessidade de se usar um determinado tipo de questão desaparecerão.
O papel da avaliação do professor

Nos parágrafos anteriores, fica clara a necessidade de diálogo entre os diferentes tipos de avaliação, porém, é relevante discutir a grande importância das avaliações realizadas pelos professores em sala de aula.
A avaliação do professor deve ser  formativa, indo além das demonstrações do “saber” de seus alunos, enfocando hábitos, atitudes e  valores a serem construídos e solidificados. Certamente, deve ser diagnóstica, verificando possíveis problemas na formação de conceitos e habilidades, antes que essas dificuldades se transformem em grandes problemas. Um claro exemplo disso é o da formação do conceito parte-todo, que está na raiz da resolução de problemas que envolvem frações e decimais, presente em todas as séries do Ensino Fundamental.
O desenvolvimento dos alunos e seus desempenhos podem ser bastante aprimorados quando as informações de vários tipos de avaliações, não necessariamente testes e provas, são usadas pelos professores para discussão com seus alunos. São também formativas as informações sobre o rendimento do trabalho do aluno em diferentes grupos, projetos e a própria participação de cada aluno em  sala de aula. Nada, portanto, substitui a avaliação professor/aluno.
Além disso, em geral, os próprios professores realizam suas avaliações somativas ou informativas ao fim de cada unidade de trabalho ou bimestre e, a partir do que detectam, normalmente, reveem habilidades não de todo dominadas, modificam estratégias de ensino, retomam conceitos sem se ater  pura e simplesmente a lançar novos conteúdos e habilidades prescritas no currículo. É importante, também, levar os alunos a se engajarem no processo de avaliação, nos diversos momentos da sala de aula, de tal modo que a avaliação participativa desmistifique a avaliação final como modelo único.
Como conclusão, pode-se afirmar que, se todos os tipos de avaliação dialogarem entre si, os maiores beneficiários desse diálogo serão os alunos. Na realidade, a avaliação deve deixar de ser um discurso de descrição e julgamento para se tornar um discurso de diálogo.
*Doutora em Educação PUC/Rio

Referências bibliográficas
LOCATELLI, I. Construção de instrumentos para a avaliação em larga escala e indicadores de rendimento: o modelo do Saeb. Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, n. 25, p.3-21, 2002.
(_______) Novas Perspectivas de Avaliação. Ensaio – Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 33, p. 475-487, outubro/dezembro 2001.
PERRENOUD, P. Novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
(_______) Prática pedagógica, profissão docente e formação. Portugal: Editora Dom Quixote, 1996.
(_______) Avaliações em educação: novas perspectivas. Porto Editora, 1995.
SACRISTAN, G. Consciência e ação sobre a  prática como libertação profissional dos professores. In: NÓVOA, Profissão, Professor. Porto Editora, 1995.
Artigo originalmente publicado em:  MultiRio

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A avaliação na Educação Infantil passo a passo - Como avaliar na Educação infantil?



A avaliação na Educação Infantil passo a passo



• Observar e compreender o dinamismo presente no desenvolvimento infantil é
fundamental para redimensionar o fazer pedagógico. Essa compreensão
influenciará diretamente na qualidade da interação dos professores com a infância.

• O conhecimento de uma criança é construído em movimento de idas e vindas, portanto, é fundamental que os professores assumam seu papel de mediadores na ação educativa; mediadores que realizam intervenções pedagógicas no
acompanhamento da ação e do pensamento individualizado infantil.

• Ainda hoje, na prática cotidiana, é comum, não só na Educação Infantil,
como nos demais níveis de ensino, os avaliados serem só os alunos. É
necessário que a clássica forma de avaliar, buscando “erros” e “culpados",
seja substituída por uma dinâmica capaz de trazer elementos de crítica e
transformação para o trabalho.

• Nesse processo, todos – professores/recreadores, coordenação pedagógica, direção, equipe de apoio e administrativa, crianças e responsáveis – devem, sentir-se comprometidos com o ato avaliativo.

• Para focar o olhar em como se avalia, sugere-se atenção aos pontos abaixo,
nos espaços de educação infantil:
Análises e discussões periódicas sobre o trabalho pedagógico.
Estas ações são realizadas nos encontros periódicos. Elas fornecem elementos
importantes para a elaboração e reelaboração do planejamento. Igualmente
importante é dar voz à criança. Nesse sentido, a prática de avaliar
coletivamente o dia-a-dia escolar, segundo o olhar infantil, traz
contribuições fundamentais e surpreendentes para o adulto educador, ao mesmo tempo que sedimenta a crença na concepção de criança cidadã.

Observações e registros sistemáticos.
Os registros podem ser feitos no caderno de planejamento, onde cada professor/ recreador registra acontecimentos novos, conquistas e/ou mudanças de seu grupo e de determinadas crianças; dados e situações significativos acerca do trabalho realizado e interpretações sobre as próprias atitudes e sentimentos.
É real que, no dia-a-dia, o professor/ recreador não consiga registrar
informações sobre todas as crianças do seu grupo, mas é possível que venha a
privilegiar três ou quatro crianças de cada vez e, assim, ao final do período, terá observado e feito registro sobre todas as crianças.

Utilização de diversos instrumentos de registro.
Para darmos espaço à variada expressão infantil, podem-se utilizados como
instrumentos de registro de desenvolvimento arquivos contendo planos e materiais referentes aos temas trabalhados, relatórios das crianças e
portfólios.
O professor/recreador deve organizar um dossiê de cada criança, guardando aí
seus materiais mais significativos e capazes de exemplificar seu
desenvolvimento.
Também durante a vivência de um projeto de trabalho, cada grupo deve ter
como meta a produção de um ou mais materiais que organize o conhecimento
constituído acerca do assunto explorado. Assim sendo, o arquivo de temas é o
dossiê do projeto realizado pelos grupos de uma mesma instituição.

Construção de um olhar global sobre a criança
A fim de evitar um ponto de vista unilateral sobre cada aluno, é fundamental
buscar novos olhares:
- Recolhendo outras visões sobre ela.
- Contrastando a visão dos responsáveis com o que se observa na escola/ creche.
- Conhecendo o que os responsáveis pensam sobre o que a escola/creche diz.
- Refletindo sobre o que a família pensa em relação aos motivos de a criança
comportar-se de determinada forma na escola/creche.
- Ouvindo a família sobre como pensa que poderia auxiliar a criança a avançar em seu desenvolvimento.

Hábitos e Atitudes:

Está sempre atento na sala de aula
Relaciona-se bem com os colegas e professores.
Ouve com atenção e espera a sua vez de falar.
Faz a tarefa com capricho e é pontual na sua entrega
Porta-se no momento da merenda e higiene.
Colabora com a limpeza da sala de aula.
É cuidadoso com o material escolar.
Confia nas tarefas que realiza.
Comporta-se bem nas atividades desenvolvidas.
A conversa está interferindo no rendimento.
Reparte os brinquedos com os colegas

Linguagem:

Entende bem o que lhe é falado.
Expressa-se com clareza.
Articula bem as palavras.
É desinibido e gosta de participar das atividades musicais e teatrais.
Dialoga sobre suas vivências espontaneamente.
Na hora da história, está disposto a ouvir e participar.

Desenvolvimento Cognitivo:

Apresenta bom raciocínio matemático.
Tem facilidade em compreender as noções matemáticas.
Compõe quebra-cabeça.
Consegue concentrar-se na realização das atividades.
Demonstra interesse e criatividade na execução dos trabalhos.
É responsável na execução das atividades.

Desenvolvimento Psicomotor:

Consegue movimentar-se bem (pular, correr, saltar, arrastar...).
Quando modela cria formas diferentes.
Apresenta boa motricidade fina (recortar, pintar, colar...).
Tem consciência do seu corpo e consegue expressar-se graficamente.
Orienta-se bem no espaço e tempo.


Orienta-se bem no espaço e tempo.
Sobre o Autor
Nome Completo: Samuel de Sousa Santos
Formação: Contabilidade
Especialização: Administração de Empresas Atividades realizadas: 6 anos como Gerente do antigo Banco Bemge, 3 anos como Gerente do Banco Itaú. Gerente de Vendas do Grupo Martins, e atualmente Diretor da Escola Inglês Curso Escola de Idiomas Ltda. Conhecimentos: Conhecimentos avançados de técnicas de SEO, conhecimento avançado em redes, internet, Criação e gerenciamento de sites com Joomla, e oscommerce.

Como corrigir os erros dos alunos com o objetivo de ajudá-los a avançar


Meus errinhos
A poesia Os meus errinhos de Pedro Bandeira nos faz refletir
 sobre nossa postura diante de nossas crianças.


Está bem, eu confesso que errei. 
Eu errei, está bem, me dê zero!
Me dê bronca, castigo, conselho. 
Mas eu tenho o direito de errar.

Só o que eu peço é que saibam que eu necessito errar. 
Se eu não errar vez por outra, 
como é que eu vou aprender. 
Como se faz pra acertar?

Pais, professores, adultos
também já erraram à vontade, 
já fizeram sujeira e borrão. 
Ou vai dizer que a borracha
surgiu só nesta geração?


Vocês, que errando aprenderam,
ouçam o que eu tenho a falar: 
Se até hoje cometem seus erros, 
só as crianças não podem errar?

Concordem, eu estou aprendendo. 
Comparem meus erros com os seus. 
Se já cometeram os seus erros,
deixem-me agora com os meus! 

Mais respeito, Eu sou criança!
Os meus errinhos Pedro Bandeira Ed. Moderna p. 17


***

A reportagem abaixo foi retirada da Revista Nova Escola, 
pois a achei interessantíssima ao abordar o tema. 
Por Beatriz Santomauro

     Você aplica uma prova, estabelece critérios para a correção,
 soma o valor de cada questão, atribui uma nota final, 
comunica o resultado à turma e... O que vem depois? Se 
a opção for seguir adiante com novos conteúdos, a avaliação
 não terá cumprido boa parte de seu papel. A riqueza de
 informações obtidas com base nas provas permite ao professor
 entender em que estágio de desenvolvimento o grupo se encontra. 
Para os estudantes, é um bom momento para rever os erros
 e avançar naquilo que ainda não foi, de fato, aprendido.
 "Faz toda a diferença analisar as dimensões dos equívocos.
 Isso auxilia na indicação daquilo em que cada um precisa evoluir
 e como trabalhar para alcançar melhoras", explica 
Jussara Hoffmann, consultora de avaliação e professora
 aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). 

     Para aproveitar essa oportunidade ao máximo,
 o primeiro passo é organizar as informações 
a serem interpretadas. Anote num diário
 os dados sobre o desempenho de cada aluno,
 tomando o cuidado de dividir os erros por categorias. 
Ao fazer isso, você conseguirá um panorama dos problemas
 mais recorrentes. Já é possível começar a planejar a ação.

     
Alguns erros, mesmo que sejam individuais,
 interessam a todos 




A forma de atuar depende do número de estudantes com dificuldade 
e do tipo de equívoco. Se 90% da sala não conseguir resolver uma
 das questões, por exemplo, você provavelmente vai precisar retomá-la 
com toda a turma. Algumas vezes, entretanto, mesmo um deslize 
cometido só por um aluno também pode ser debatido. Levá-lo ao 
quadro é a chance de trocar opiniões não apenas para mostrar onde
 ele ocorre mas também para iluminar alguns aspectos do conteúdo 
que, no momento da explicação original, podem não ter sido mencionados.
 Essa abordagem costuma ser muito produtiva quando se consideram
 os chamados "erros construtivos", aqueles que revelam hipóteses
 de resolução. É o que ocorre, por exemplo, quando os pequenos 
escrevem 1004 para registrar o número 104 (o que indica que se
 apoiam na fala - "cento e quatro" - para cumprir a tarefa) ou colocam 
na sequência os números 1, 2, 3 e 4 para mostrar que possuem 
quatro objetos (o que aponta a necessidade de recorrer a uma
 marca para cada objeto). 



Atenção aos erros genericamente designados como de desinteresse:
 eles podem indicar que o aluno não sabe o que fazer diante das 
tarefas apresentadas. Uma prova em branco, por exemplo, 
pode tanto significar que o estudante "não está nem aí" para o 
que foi tratado como indicar a incompreensão da proposta feita. 
Para diferenciar um do outro, o caminho é uma conversa direta 
sobre as razões que levaram àquela situação. Entendê-las norteia
 o encaminhamento que deve ser realizado: debater estratégias
 para que o aluno não se desconcentre ou propor novos exercícios
 e situações-problema para reforçar a compreensão.     


O que os erros revelam 


Três respostas para a mesma questão, o que elas mostram
 sobre o raciocínio do aluno e como avançar 



Resolva o seguinte problema: 
Um artesão consegue produzir 15 ovos de Páscoa de 1 quilo e 
20 ovos de 500 gramas por dia. Ele recebeu a encomenda de uma
 loja e vai ter que fazer 1.620 ovos de 1 quilo. Em quantos dias 
ele consegue fazer essa entrega? 



Resolução 1 

Tipo de erro 
Interpretação do enunciado O problema tem muitos dados 
e o aluno consegue selecionar quais deve usar e quais deve descartar.
 A dificuldade ocorre na hora de traduzir o que pede o 
problema para a linguagem própria da Matemática: ele usa
 a multiplicação em vez da divisão.






Encaminhamento 

Analise o contexto do enunciado: o que o artesão deve fazer? Se
 produzir um pouco a cada dia, como saber o total? E, se souber
 o total e a produção diária, como descobrir o número de dias
 necessários para atender ao pedido?



Resolução 2

Tipo de erro 

Desconhecimento do conteúdo A criança não seleciona os 
dados que levam à resposta nem utiliza a operação correta. 
Em vez disso, relaciona todas as informações numéricas do
 enunciado com o procedimento que, provavelmente, lhe 
parece mais familiar (a soma).



Encaminhamento 

Proponha que a classe explique onde está o erro - dividir partes
 do dividendo (16 por 15, 12 por 15 etc.) e não ele todo. Quando
 se tenta dividir 16 por 15, a multiplicação por 100 fica escondida
 (pois 1.600 = 16 X 100) e não pode ser desconsiderada no resultado.



BIBLIOGRAFIA

Jogo do Contrário em Avaliação, Jussara Hoffmann, 192 págs., Ed. Mediação,
 tel. (51) 3330-8105


***

Vídeo: Erros no aprendizado da linguagem escrita:

Para visitar o canal e assistir, clique em:





SUGESTÕES DE ATIVIDADES A PARTIR
 DO TEXTO "MEUS ERRINHOS", 



DE PEDRO BANDEIRA:



(Clique para ampliar as imagens)










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