"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

domingo, 1 de setembro de 2013

A mesmice das reuniões de pais e mestres

Não houve engano algum quanto ao título. Foi mesmice mesmo que eu quis dizer, como poderia ter qualificado como “chatérrima” ou mesmo “entediante”. O adjetivo é apenas um alerta para chamar a atenção do quanto temos que mudar a maneira de fazer as famosas “reuniões de pais e mestres”.
Você pode pensar: “a reunião de pais e mestres da minha escola é diferenciada, pois aplicamos algumas dinâmicas com os pais, e para finalizar oferecemos comes e bebes”.
Mas não me refiro a esta inovação. Não é satisfatório saber que os pais comparecem à reunião porque vão se divertir participando das dinâmicas e ao final ainda vão ganhar um lanchinho.
O que precisa existir como válvula propulsora da reunião de pais e mestres é o interesse dos pais em participar ativamente da vida escolar do seu filho independente dele estar com problemas de aprendizagem ou de comportamento.
Temos que propiciar uma caminhada lado a lado efetivando uma cumplicidade entre pais, alunos e professores.
Há escolas que intimam a presença dos pais nas reuniões vinculando-a a entrega dos boletins. Estão agindo de forma antididática. Os pais não devem ser obrigados a ir, devem ir por vontade própria.
Há também o professor que inicia a reunião exaltando o paradigma da família do século passado. Este tipo de procedimento é desestimulante e provoca uma sensação de incompetência dos pais. O professor deve respeitar e orientar o modelo de família de hoje.
O que os pais realmente querem saber quando vão a uma reunião de pais e mestres é como a matéria está sendo ministrada; qual o retorno do seu filho frente à didática utilizada; que recursos o professor está utilizando para ensinar e qual é o olhar do professor para cada um dos seus alunos.
A família não quer mais o ensino massificado. Os alunos não devem ser encarados como uma multidão que caminha sem saber para onde. Cada vez mais necessitamos ser olhados como indivíduos e temos que saber qual a aplicabilidade do que está sendo ensinado.
Esta visão se encaixa tanto para o aluno quanto para os pais.
O pai tem que ter espaço para se manifestar. Ele tem que ser ouvido, pois sua dúvida pode ser a dúvida de muitos outros pais e é nesta ocasião que deve ser compartilhada.
Ouvir o pai, além de ser muito importante gera uma motivação maior, pois ele se sente participante resultando na troca de idéias e esclarecimentos.
Na verdade sabemos que os pais adoram participar da vida escolar haja vista que ao encerrar a reunião de pais e mestres, muitos ainda continuam nas dependências da escola trocando experiências. Também podemos citar as festas organizadas pela escola. Quando esta requisita a participação dos pais, o resultado é sempre muito positivo. O que precisa acontecer é a escola abrir espaço para que a família entre.
A maioria dos professores reclama que os pais estão cada vez mais transferindo para a escola a formação total de seus filhos. Ocorre que nada está sendo feito para propiciar a mudança desta realidade. Muito pelo contrário, a escola faz questão de manter os procedimentos antigos onde a presença dos pais era requisitada somente em casos de reclamações. Até hoje, se o aluno vai bem, o pai nunca precisa ir à escola.
A bem da verdade, na história das escolas* nunca houve a participação ativa dos pais, resultante, no princípio, da maioria deles serem analfabetos ou terem pouca instrução. Por esta razão o respeito ao professor era imenso tanto por parte do aluno quanto da família, e a sua voz era tida como lei a qual ninguém contrariava.
Foi da metade do século XX em diante que um número grande de pessoas começou a ter acesso à educação e formar famílias com grau de escolaridade, inclusive, de ensino superior. Foi por esta razão que se iniciou um clamor por parte dos professores frente a uma maior participação dos pais junto à escola.
Ocorre que para que isto ocorra os pais têm que ser orientados. É a escola que precisa favorecer esta abertura para que os pais caminhem junto no aprendizado do seu filho. Eles não sabem como devem proceder. Já fui testemunha de pais que querendo ser atuantes na formação educacional do seu filho acabaram atropelando o professor e criando até uma situação de animosidade entre eles. Há pais que ao fazer o trabalho de casa junto com os filhos se acham no direito de cobrar uma nota melhor.
Todas estas atitudes mostram como estão perdidos quanto a melhor maneira de ajudar seus filhos. Ninguém melhor que o professor para dar as coordenadas, e não há ocasião melhor do que a reunião de pais e mestres para orientá-los.
A escola precisa disponibilizar informações que oriente e possibilite o envolvimento dos pais estabelecendo uma relação construtiva com a escola.
A mudança deve começar pela disposição física da sala onde a reunião de pais e mestres será realizada. Assim como nas salas de aula, as carteiras devem ficar dispostas em círculo ou semicírculo, onde todos possam ver uns aos outros. Esta prática irá favorecer um entrosamento maior entre os pais, e dos pais com o professor principalmente, se ao iniciar a reunião estes forem estimulados a falar, cada um o seu nome acrescido de alguma característica sua, quando aluno. Esta apresentação fará com que todos se conheçam propiciando um ambiente descontraído. Em seguida o professor poderá iniciar a reunião tocando nos pontos principais, mas sempre priorizando a participação atuante dos pais.
A reunião deve seguir como um delicioso bate-papo podendo, a qualquer momento, haver manifestações tanto de discordância quanto de dúvidas ou sugestões.
As reuniões tradicionais normalmente iniciam com as regras que devem ser cumpridas pelos pais e alunos. Em seguida há o pedido de uma participação mais ativa dos pais na vida escolar dos filhos sugerindo que acompanhem diariamente a lição de casa bem como orientem em épocas de provas e nos trabalhos sugeridos.
Ocorre que o pai irá atender este pedido provavelmente, durante a primeira semana. Da segunda semana em diante ele não se sentirá mais motivado a fazê-lo e justificará a sua não participação alegando que esta tarefa pertence ao professor.
A motivação dos pais também tem que ser trabalhada constantemente e o professor para isto deverá conhecer muito bem a comunidade que atua escolhendo quais os assuntos que chamam mais a atenção das famílias. É justamente aí que a convivência entra como facilitador deste conhecimento.
Deverá a escola abrir as portas aos pais conferindo valor e respeito à diversidade. Sabe-se de uma maneira geral que o ser humano adora compartilhar os episódios que fizeram parte da sua história. Pode-se tirar proveito da diversidade tomando conhecimento das curiosidades trazidas pelos pais: dos lugares onde moraram, das diferenças no linguajar, nos costumes, na culinária e das histórias típicas de cada região. Todas estas contribuições são de uma riqueza imensa e completamente motivadoras para os pais e consequentemente para os filhos.
Então professores, vamos trazer os pais para dentro da escola e consolidar esta união de forças, que com certeza, quem sairá ganhando será principalmente o aluno.
Vamos fazer de nossas reuniões de pais e mestres, reuniões onde a empolgação, a cooperação, a participação estejam sempre presentes nos professores, nos pais e nos alunos.
*Nas primeiras escolas (séc. XVI) as aulas eram ministradas por jesuítas e existiam a serviço da fé. Mais tarde (séc. XIX), já ministradas por professores atuavam a serviço do Estado. Depois vieram os colégios internos (séc. XX), aonde os pais também não participavam ficando a formação de caráter e intelectual sob a responsabilidade das escolas, onde os alunos deveriam aprender o essencial para se tornarem cidadãos e saberem viver em sociedade. Depois surgiram além dos colégios internos, as escolas de períodos em que a figura do professor era central na escola e na comunidade sendo suas atitudes respeitadas e indiscutíveis.
Cybele Meyer

Seja a diferença - texto para reuniões pedagógicas.

Paulo trabalhava em uma empresa há dois anos. Sempre foi um funcionário sério, dedicado e cumpridor de suas obrigações. Nunca chegava atrasado. Por isso mesmo já estava há dois anos na empresa, sem ter recebido uma única reclamação. Certo dia, ele foi até o diretor para fazer uma reclamação:

- Sr. Gustavo, tenho trabalhado durante estes dois anos em sua empresa com toda a dedicação, só que me sinto um tanto injustiçado. Fiquei sabendo que o Fernando, que tem o mesmo cargo que eu e está na empresa há somente seis meses já será promovido?!?...
Gustavo, fingindo não ouvi-lo disse:
- Foi bom você vir aqui. Tenho um problema para resolver e você poderá me ajudar. Estou querendo oferecer frutas como sobremesa ao nosso pessoal após o almoço de hoje. Aqui na esquina tem uma barraca de frutas. Por favor, vá até lá e verifique se eles têm abacaxi.
Paulo, sem entender direito, saiu da sala e foi cumprir a missão. Em cinco minutos estava de volta.
E aí Paulo? - Perguntou Gustavo.
- Verifiquei como o senhor pediu e eles tem abacaxi sim...
- Quanto custa?
- Ah, Isso eu não perguntei...
- Eles têm abacaxi suficiente para atender a todo nosso pessoal?
- Quis saber Gustavo.
- Também não perguntei isso...
- Há alguma fruta que possa substituir o abacaxi?
-Não sei...
- Muito bem Paulo. Sente-se ali naquela cadeira e aguarde um pouco.
O diretor pegou o telefone e mandou chamar o novato Fernando. Deu a ele a mesma orientação que dera ao Paulo.
Em dez minutos, Fernando voltou.
- E então???
- Indagou Gustavo.
- Eles têm abacaxi sim, seu Gustavo. E é o suficiente para todo nosso pessoal e, se o senhor preferir, têm também laranja, banana, melão e mamão. O abacaxi custa R$ 1,50 cada; a banana e o mamão custam R$ 1,00 o quilo; o melão custa R$ 1,20 cada e a laranja custa R$ 20,00 o cento, já descascada. Mas como eu disse que a compra seria em grande quantidade, eles nos concederão um desconto de 15%. Deixei reservado. Conforme o senhor decidir,volto lá e confirmo o pedido.
- Explicou Fernando.
Agradecendo pelas informações, o patrão dispensou-o. Voltou-se para Paulo, que permanecia sentado e perguntou-lhe:
- Paulo, o que foi que você estava me dizendo?
- Nada, patrão. Esqueça. Com licença...
E Paulo deixou a sala...

"Se não nos esforçarmos em fazer o melhor, mesmo em tarefas que possam parecer simples, jamais nos serão confiadas tarefas de maior importância."

"Todas as vezes que fazemos o uso correto e amplo da informação, críamos a oportunidade de imprimir a nossa marca pessoal."

"Você pode e deve se destacar, até nas coisas mais simples, como Fernando".

VIVA A DIFERENÇA!!! SEJA A DIFERENÇA!!!

(Autor Desconhecido)

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