Projeto Circo
Projeto: O circo.Faixa etária: 3 a 4 anos.
Período: Março.
Duração: 16 a 26 de março.
Justificativa: Hoje tem espetáculo? Tem sim senhor! Hoje tem marmelada? Tem sim senhor! E tem também palhaços, malabaristas, equilibristas, domadores, ilusionistas, trapezistas, globistas e ainda muitos animais. E é em 15 de março, e 27 de março aqui no Brasil o dia destinado àquele que é sinônimo de alegria. O circo é uma das mais antigas e completas manifestações populares e artísticas, pois durante o espetáculo, sob uma lona colorida, tem música, teatro, dança cenografia e figurino apropriados que encantam a platéia; um espetáculo de magia que faz até hoje a alegria não só das crianças, como também de muitos adultos.
Objetivo geral: Desenvolver nas crianças, através de atividades lúdicas e pedagógicas, o desejo de conhecer e valorizar a arte circense.
Objetivos específicos:
· Desenvolver o gosto pelo circo;
· Despertar o gosto pela arte e pela música;
· Conhecer e valorizar os profissionais que trabalham no circo.
· Trabalhar e desenvolver a criatividade e a imaginação;
· Desenvolver a motricidade ampla e fina;
· Desenvolver e trabalhar o raciocínio e a atenção;
· Executar movimentos básicos associados ao ritmo;
· Manter o equilíbrio em diversas posições;
· Desenvolver e trabalhar noções de tamanho e quantidade.
Conteúdos:
· Data comemorativa: o dia do circo;
· Motricidade fina e ampla;
· Expressão corporal;
· Ritmo e dança;
· Equilíbrio;
· Expressões gráficas: desenho, pintura, alinhavo, montagem;
· Noções de tamanho e quantidade;
· Historinhas e poema.
Metodologia:
· Assistir o DVD do desenho Dumbo;
· Conversa informal e questionamento sobre o desenho assistido e sobre o circo;
· Relatar os nomes de animais e profissionais existentes no circo;
· Músicas dramatizadas relacionadas ao circo/palhaço;
· Confecções de máscaras, babadinho (babeiro), móbile, viseiras e nariz e óculos do palhaço;
· Confecção de um cartaz;
· Grafismo;
· Alinhavo, colagem, pintura com tintas;
· História em seqüência;
· Quebra cabeça do palhaço;
· Historinhas e poema: O leão cantor, O palhaço narigudo, O palhacinho, O aniversário do Palhaço;
· Jogos com figuras relacionadas ao tema.
Culminância: festinha com acessórios e com a presença de um palhaço.
Avaliação: Avaliação será contínua, através da observação diária da criança no desempenho de suas atividades, no relacionamento com os colegas e com a professora.
Comemora-se o Dia do Circo em
27 de março, numa homenagem ao palhaço brasileiro Piolin, que nasceu
nessa data, no ano de 1897, na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo.
Considerado por todos que o assistiram
como um grande palhaço, se destacava pela enorme criatividade cômica e
pela habilidade como ginasta e equilibrista. Seus contemporâneos diziam
que ele era o pai de todos os que, de cara pintada e colarinho alto,
sabiam fazer o povo rir.
Como surgiu o circo
É praticamente impossível determinar uma
data específica de quando ou como as práticas circenses começaram. Mas
pode-se apostar que elas se iniciaram na China, onde foram encontradas
pinturas de 5 000 anos, com figuras de acrobatas, contorcionistas e
equilibristas. Esses movimentos faziam parte dos exercícios de
treinamento dos guerreiros e, aos poucos, a esses movimentos foram
acrescentadas a graça e a harmonia.
Conta-se ainda que no ano 108 a.C
aconteceu uma enorme celebração para dar as boas-vindas a estrangeiros
recém-chegados em terras chinesas. Na festa, houve demonstrações geniais
de acrobacias. A partir de então, o imperador ordenou que sempre se
realizassem eventos dessa ordem. Uma vez ao ano, pelo menos.
Também no Egito, há registros de
pinturas de malabaristas. Na Índia, o contorcionismo e o salto são parte
integrante dos espetáculos sagrados. Na Grécia, a contorção era uma
modalidade olímpica, enquanto os sátiros já faziam o povo rir, numa
espécie de precursão aos palhaços.
No palco da história
Por volta do ano 70 a.C, surgiu o Circo
Máximo de Roma, que um incêndio destruiu totalmente, causando grande
comoção. Tempos depois, no ano 40 a.C, construíram no mesmo lugar o
Coliseu, com capacidade para 87 mil pessoas. No local, havia
apresentações de engolidores de fogo, gladiadores e espécies exóticas de
animais.
Com a perseguição aos seguidores de
Cristo, entre os anos 54 e 68 d.C, esses lugares passaram a ser usados
para demonstrações de força: os cristãos eram lançados aos leões, para
serem devorados diante do público.
Os artistas procuraram, então, as
praças, feiras ou entradas de igrejas para apresentarem às pessoas seus
malabarismos e mágicas.
Ainda na Europa do século XVIII, grupos
de saltimbancos se exibiam na França, Espanha, Inglaterra, mostrando
suas habilidades em simulações de combates e na equitação.
O circo moderno
A estrutura do circo como o conhecemos
hoje teve sua origem em Londres, na Inglaterra. Trata-se do Astley’s
Amphitheatre, inaugurado em 1770, pelo oficial inglês da Cavalaria
Britânica, Philip Astley.
O anfiteatro tinha um picadeiro com uma
arquibancada próxima e sua atração principal era um espetáculo com
cavalos. O oficial percebeu, no entanto, que só aquela atração de cunho
militar não segurava o público e passou a incrementá-la com
saltimbancos, equilibristas e palhaços.
O palhaço do lugar era
um soldado, que entrava montado ao contrário e fazia mil peripécias. O
sucesso foi tanto, que adaptaram novas situações.
Era o próprio oficial Astley quem apresentava o show, vindo daí a figura do mestre de cerimônias
Quando o circo chegou ao Brasil
No Brasil, a história do circo está
muito ligada à trajetória dos ciganos em nossa terra, uma vez que, na
Europa do século dezoito, eles eram perseguidos. Aqui, andando de cidade
em cidade e mais à vontade em suas tendas, aproveitavam as festas
religiosas para exibirem sua destreza com os cavalos e seu talento
ilusionista.
Procuravam adaptar suas apresentações ao
gosto do público de cada localidade e o que não agradava era
imediatamente tirado do programa.
Mas o circo com suas características
itinerantes aparece no Brasil no final do século XIX. Instalando-se nas
periferias das cidades, visava às classes populares e tinha no palhaço o
seu principal personagem. Do sucesso dessa figura dependia, geralmente,
o sucesso do circo.
O palhaço brasileiro, por sua vez,
adquiriu características próprias. Ao contrário do europeu, que se
comunicava mais pela mímica, o brasileiro era falante, malandro,
conquistador e possuía dons musicais: cantava ou tocava instrumentos.
Circo contemporâneo
Circo contemporâneo é o
que se aprende na escola. Fenômeno conseqüente das mudanças de valores
na sociedade e suas novas necessidades. Grande parte dos profissionais
do circo mandaram seus filhos para a universidade, fazendo com que as
novas gerações da lona trabalhem mais na administração.
Em fins dos anos 70, começam a aparecer
as primeiras escolas de circo, no mundo inteiro. Na França, a primeira a
surgir foi a Escola Nacional de Circo Annie Fratellini, em 1979, com o
apoio do governo francês.
No Canadá, artistas performáticos têm
aulas com ginastas e, em 1981, é criada uma escola de circo para atender
à necessidade desses novos acrobatas.
Interessante lembrarmos, no entanto, que
essa importância que o circo assume no mundo capitalista já era
cultivada na ex-URSS, desde a década de 20. Data de 1921 a criação de
uma escola de circo na União Soviética, que coloca o circo no patamar de
arte, com inovação dos temas e das formas de apresentação.
Escolas e grupos brasileiros
No Brasil, a primeira escola de circo
foi criada em São Paulo, em 1977, com o nome de Piolin (que é também o
nome de um grande palhaço brasileiro). Funcionava no estádio do
Pacaembu.
No Rio de Janeiro, surge em 1982 a
Escola Nacional de Circo, abrindo oportunidades para jovens de todas as
classes e vindos de diferentes regiões do país. Eles aprendem as novas
técnicas circenses e, uma vez formados, montam seus próprios grupos ou
vão trabalhar no exterior.
São muitos os grupos espalhados pelo Brasil afora. Citamos a Intrépida Trupe, os Acrobáticos Fratelli e a Nau de Ícaros.
Nossos palhaços
Carequinha, “o palhaço mais conhecido do
Brasil” – ele mesmo se intitula assim – diz que os melhores palhaços
que ele conheceu na vida foram Piolin, Arrelia e Chicarrão. Essa
notoriedade de George Savalla Gomes, seu verdadeiro nome, se deve muito à
TV. Comandou programas de televisão, gravou vários discos, e soube
tirar dessa mídia o melhor proveito. A TV, para ele, não acabou nem vai
acabar nunca com o circo. Segundo Carequinha, o circo é imortal.
“Sou contra circo que tem animais. Não gosto. O circo comum, sem animais, agrada muito mais.”
Carequinha
Carequinha
Denominado o “Rei dos Palhaços“,
o senhor Abelardo Pinto morreu em 1973 e era conhecido no meio circense
e no Brasil como o palhaço Piolin (era magro feito um barbante e daí a
origem do apelido). Como Carequinha, Piolin trabalhou em circo desde
sempre. Admirado pela intelectualidade brasileira, participou ativamente
de vários movimentos artísticos, entre eles, a Semana de Arte Moderna
de 1922.
“O circo não tem futuro, mas nós, ligados a ele, temos que batalhar para essa instituição não perecer”
Frase dita por Piolin, pouco antes de morrer
Frase dita por Piolin, pouco antes de morrer
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas
Alguns estudiosos afirmam que o circo surgiu na Antiguidade, na
Grécia ou no Egito; alguns apontam a origem do circo na China, mais de
5000 anos atrás. Há inúmeras versões sobre a origem do circo,
dissonantes ou não, elas concordam em um sentido: o propósito de
entreter e até enganar seus espectadores, o que ocorreu em muitos casos.A versão do circo como conhecemos – com picadeiro, lona, números com animais – é recente e foi criada pelo suboficial inglês Philip Astley, por volta de 1770, que montou um espetáculo eqüestre que contava com saltadores e palhaços.
Não entraremos no mérito da origem do Circo, procuraremos, portanto, apresentar alguns exemplos que mais se prolongaram como espetáculos circenses ao longo da história da humanidade.
O Coliseu de Roma, um anfiteatro reconstruído pelo imperador romano Júlio César, por volta dos anos 40 a.C., onde cabiam 87 mil espectadores, atraídos pelas mais variadas atrações, tais como: homens louros das regiões nórdicas, animais exóticos, engolidores de fogo, e posteriormente gladiadores que lutavam até a morte – a atração mais esperada pelo público do Coliseu.
A luta entre os gladiadores no Coliseu começou com o reinado de Nero (ano 54 a 68 da era cristã), era a instituição no Império Romano do chamado “panis et circense” (pão e circo), que
mudanças ou melhorias que poderiam abalar as bases do Império Romano.
As touradas na Espanha, uma prática que teve origem em Creta, onde o objetivo era domar e matar touros enfurecidos pelos gritos e pelos golpes de espadas aplicados pelos toureiros.
A arte acrobática na China, utilizada em um torneio chamado “A batalha contra Chi-hu” (Chi-hu equivalente a chefe de tribo), que consistia em um exercício de batalha, com participantes portando chifres nas cabeças, lançando-se uns contra os outros em grupo de dois ou três. Conhecido como o “jogo das cabeçadas” na era do imperador Wu, da dinastia Han (220-206 a. C.), transformou-se e passou a chamar-se Pai-Hsi (os cem espetáculos). A encenação evoluiu e tomou a forma de espetáculos anuais, conhecidos como o Festival da Primeira Lua. Que ganhou novos números com o passar do tempo.
No Brasil, “o maior espetáculo da Terra” tem origens tão diversas, quanto dissonantes; consenso mesmo só existe no fato de se admitir que houve uma chamada “Idade do Ouro”, que segundo Omar Eliott, diretora da Escola Nacional de Circo no Rio de Janeiro durante o século XIX, os grandes circos estrangeiros vinham para cá aproveitando momentos econômicos favoráveis, como o ciclo da cana-de-açúcar, o “boom” da borracha e a ascensão do café, tomados como exemplos.
Os circos chegaram a ter entre seus espectadores, gente da nobreza e até mesmo imperadores.
Acredita-se que, com as constantes perseguições aos ciganos na Península Ibérica, muitos tenham chegado ao Brasil e entre suas atividades incluíam-se o adestramento de animais selvagens, o ilusionismo e as exibições com cavalos, conforme relata a pesquisadora Alice Viveiros de Castro, que afirma “sempre houve ligação dos ciganos com o circo”.
Atualmente, a grande maioria dos circos não usa mais animais em seus espetáculos, passou a contar com números mais ousados, primando pela encenação e pela profissionalização de seus componentes, com objetivo de competir com cinemas, teatros e outras formas de entretenimento.
Fonte: www.brasilcultura.com.br
tinha por objetivo dar ao povo comida e diversão, para que estes não clamassem por
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