"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

segunda-feira, 22 de julho de 2013

HISTORIA DE GHANDI


HISTORIA DE GHANDI

                            
Certa feita, Ghandi estava andando pela calçada, quando dois soldados ingleses pararam – no e disseram: pessoas como você, gente como você e da sua cor, não podem andar por essa calçada, tem que andar pela outra calçada, e Ghandi com toda sua paciência atravessaram a calçada e foi para a outra calçada, mas de repente os dois soldados ingleses voltaram e disseram: esquecemos de lhe dizer uma coisa: gente como você, pessoas como você e gente da sua cor não podem andar por aquela calçada e nem por essa calçada, tem que andar pelo meio da rua, e Ghandi, com toda sua tranqüilidade saíram da calçada e foi para o meio da rua, uma rua sem asfalto, toda suja e lá estava ele caminhando tranqüilamente, quando novamente os dois soltados ingleses voltaram e disseram: gente como você, pessoas como você e da sua cor não podem andar por aquela calçada, nem por aquela outra calçada e nem por essa rua, tem que andar pela rua de baixo. E Ghandi com toda sua sabedoria caminho pela rua debaixo, mas de repente lembrou-se de uma coisa e voltou, e disse para os dois soldados ingleses: é triste, triste mesmo em saber que pessoas como vocês precisam usar da dignidade do outro para se auto – afirmar.

Maria – vai – com – as – outras


Maria – vai – com – as – outras

Sylvia Orthof


Para manter essa honestidade pessoal, muitas vezes é preciso dizer NÃO às pressões do grupo. É importante pensar por conta própria e não ser apenas uma Maria – vai – com – as – outras.

    Uma ovelha chamada Maria, sempre fazia o que as outras queriam. Pois aonde as outras iam, Maria ia também. Um dia, todas as ovelhas foram para o Pólo Sul. Maria foi também.
    Aí, que lugar frio! As ovelhas pegaram uma gripe!
    Maria pegou gripe também. Atchim!
    Maria ia sempre com as outras. Depois todas as ovelhas foram para o deserto. Maria foi também. Ai, que lugar quente! As ovelhas tiveram insolação.
      Maria teve insolação também. Uf! Puf!
      Um dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de jiló. Maria detestava jiló. Mas, como todas as ovelhas comiam jiló, Maria comia também. Que horror!
    Foi quando, de repente, Maria pensou:
    “Se eu não gosto de jiló, por que é que eu tenho que comer salda de jiló?”
     Maria pensou, suspirou, mas continuou fazendo o que as outras faziam. Até que as ovelhas resolveram pular do alto do Corcovado para dentro da lagoa.
    Todas as ovelhas pularam. Pulava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: me! Pulava outra ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé, chorava: me!
    E assim quarenta e duas ovelhas pularam, quebraram o pé, chorando: mée!mée!mée!
    Chegou a vez de Maria pular.
    Ela deu uma requebrada, entrou num restaurante e comeu uma bela feijoada de capim. Agora, mée, Maria vai para onde caminha o seu pé.

O Pinto Pelado Coleção Bicho Falante. Pedro Bandeira.


O Pinto Pelado

Coleção Bicho Falante.
Pedro Bandeira.
    Eu vou contar uma história para vocês que acontece numa fazenda, e nessa fazenda tinha muitos gansos, marrecos e peru também, a galinha, botou um ovo, a galinha ficou tão feliz, pois sábia que dali nasceria seu filhinha, a galinha protegia o ovo do frio, da chuva, cuidava do ovo, mas um dia a galinha saiu para ciscar, e foi muito longe, e o ovo ficou sozinho, e de repente ele foi quebrando, quebrando e de dentro do ovo saiu um pintinho, nasceu pelado, não tinha pena nenhuma, assim peladinho, peladinho e feio, todos lá do galinheiro, o achavam muito feio, o peru, glu que pinto feio e todos daquele galinheiro achavam o pintinho feio, todos judiavam dele, porque coitado dele, quando ele conseguia achar uma quirerinha, vinha o peru e tirava dele, então ciscava, ciscava e achava uma minhoca, quac tirava dele a pata, então ele resolveu ir embora do galinheiro, e ir falar com o rei, o rei pode ajudar, mas preciso levar uma carta, uma carta pra o rei, há está aqui, então Pegou aquele. Pedaço de papel achando que era uma carta, pegou a carta, pegou uma sacola, pegou comida, pois tudo lá dentro e saiu cantando, pinto, pia, pia, o pinto piando pia piuuuuuu, e eu vou fazer sozinha, vamos para a história aqui, e vamos fazer o canto do pinto.
    Então voltando para a história, e o pintinho saiu pelo caminho dizendo assim: pinto pia, o pinto piando, piando, piuuuuuuu, e no caminho ele encontrou a raposa.
    Pintinho aonde você vai sozinho? Vou falar com o rei, naquele galinheiro todos, me maltratavam, vou falar com o rei, há pintinho, posso ir com você? Posso? Pode, e a raposa entrou na sacola e os dois saiam cantando. Pinto pia, piando, piando piuuuuu, e eles encontram um rio, pintinho aonde você vai sozinho.
    Vou encontrar o rei, pois naquele galinheiro todos me maltratavam, posso ir junto pintinho, pode e o rio se enrolou e entrou na sacola e os três saíram cantando, pinto pia, piando pia piuuuuuuuu, e eles chegaram ao castelo do rei, aquela porta enorme, aquele guarda enorme, pintinho enfiou a mão na sacola e entregou a carta ao guarda. O guarda olhou e não entendeu nada, abriu a porta e deixou o pintinho entrar, o pintinho pegou a carta enfiou na sacola e entrou, e quando se viu dentro daquele castelo enorme, começou a cantar, pinto pia piando pia piando piando piuuuuuuu. Ele encontrou o rei e entregou a carta para o rei, e quando o rei viu que não era carta coisa nenhuma, gritou para os guardas, prendam esse pintinho, e lá foi o pintinho para o galinheiro, e começou a ser maltratado novamente, só que agora ele não estava sozinho, ele ouviu: pintinho, pintinho me tira daqui que eu vou te ajudar, e era a raposa, que saiu de dentro da sacola e foi espantando tudo que tinha no galinheiro e quando foi no outro dia, o rei olhou no galinheiro e não viu o pintinho, gritou: guardas! Prendam aquele pintinho, enquanto isso o pintinho ia pelo caminho cantando bem rápido, pinto pia piando piando pia piouuuuuuu.
    E quando ele olhou para trás os guardas estavam chegando, de repente o rio começou a chamar o pintinho, eu quero te ajudar pintinho, então o rio foi desenrolando, desenrolando, e foi enchendo, e os guardas já não podiam mais cavalgar, então os guardas voltaram para o castelo e o pintinho voltou lá para a fazenda onde a história começou, e voltou, para o galinheiro, e quando ele chegou ao galinheiro, os galos o olhavam, e as galinhas então háá, o pintinho não percebeu que o tempo tinha passado, e que agora ele não era mais aquele pinto pelado e feio e sim um lindo galo colorido, tinha a crista vermelha e as penas coloridas ele era lindo, ele subiu no galho mais alto da árvore e cantou como canta um galo. E o sol nasceu!!

A verdadeira história dos três porquinhos por A Lobo Tal como foi contada a Jon Scieszka – tradução Pedro Maia


A verdadeira história dos três porquinhos por A Lobo
Tal como foi contada a Jon Scieszka – tradução Pedro Maia

    Em todo o mundo, as pessoas conhecem a história dos três porquinhos. Ou, pelo menos, acham que conhecem. Mas vamos contar um segredo. Ninguém conhece a história verdadeira porque ninguém jamais escutou o lado do lobo mau.
    Eu sou o Lobo. Alexandre T. Lobo, mas podem me chamar de Alex. Não sei como começou esse papo de lobo mau, só sei que está tudo errado.
    Mas como eu estava dizendo, todo esse papo de lobo mau está errado. A verdadeira história é sobre um espirro e uma xícara de açúcar. É que eu estava fazendo um bolo pra minha amada vovó, e estava com um resfriado terrível, espirrando muito. E fiquei sem açúcar.
    Então resolvi pedir uma xícara de açúcar emprestada para o meu vizinho, só que ele era um porco, mas também não era muito inteligente, pois tinha construído a sua casa toda de palha. Dá para acreditar?
    Assim que bati, a porta caiu. Pois não sou de ir entrando na casa dos outros. Então chamei: porquinho, porquinho, você está aí? Ninguém respondeu. Mas de repente meu nariz começou a coçar. Senti o espirro vindo. Então inflei e bufei. E soltei um grande espirro, sabe o que aconteceu? A casa de palha desmoronou inteirinha. E no meio da palha estava o primeiro porquinho mortinho da silva. Seria um desperdício deixar um presunto de excelente estado no meio daquela palha. Então eu comi. Mas ainda não tinha minha xícara de açúcar. Então fui à casa do próximo vizinho, que também era um porco, só que esse era mais esperto, pois tinha construído sua casa com madeira. Toquei a campainha da casa e ninguém atendeu, então chamei: ___ Senhor porco, Senhor Porco, está em casa? Então ele gritou: Vá embora lobo. Mas quando percebi, comecei a inflar, bufei e até tentei cobrir minha boca, mas não deu, soltei um grande espirro. Você não vai acreditar, a casa do sujeito desmoronou igualzinho a do irmão dele. Você não acredita, que o segundo porquinho estava mortinho da silva. Palavra de honra. 
    Sem dúvida, acabei comendo o segundo porco. E fiquei novamente sem a minha xícara de açúcar. Então fui até a casa do outro vizinho, que por incrível que pareça, também é um porco. Só que esse porquinho devia ser o crânio da família, pois sua casa era de tijolos, bati, mas ninguém respondeu. Então chamei: “Senhor porco, o senhor está?” E sabe o que aquele atrevido respondeu? Caia fora daqui lobo. Não me amole mais. De repente senti um espirro vindo, então inflei, bufei e espirrei de novo. Então o terceiro porquinho gritou Fora daqui. Sabe, eu sou um cara calmo, mas quando alguém grita comigo, eu perco cabeça. Quando a polícia chegou, é evidente que eu estava tentando arrebentar a porta daquele porco. E todo o tempo eu estava inflando, bufando e espirrando e fazendo uma barulheira, e por azar, os repórteres descobriram que eu tinha jantado os outros dois porcos. E fizeram de mim um Lobo Mau.
    É isso aí. Fui vítima de uma armação. Mas talvez você possa me emprestar uma xícara de açúcar.

O Sapinho


O Sapinho

    A história que vou contar se passa numa linda floresta, mas bem no meio dessa floresta havia uma escada que dava no céu, mas nem o rei leão conseguiu chegar ao todo da escada. Um dia dona sapa com seu três sapinhos pararam na frente da escada e ficaram olhando, então o rei leão falou para a dona sapa: __ Você vai subir a escada? Eu não rei leão, são meus filhos que irão subir, o rei leão disse: __ Como! Se nem eu que sou o rei da floresta não consegui subir essa escada, você acha que seus filhos irão conseguir? E a dona sapa disse que sim: E o sapinho começou a subir, subir, e os bichos lá embaixo diziam: __ Eles não vão conseguir, não vão conseguir, então veio a águia e disse: __ Eu sou a ave que voa mais alto, e não consegui chegar no todo a escada, como seus filhos iram conseguir, e a dona sapa dizia: __ Ele vai conseguir, vão conseguir. Mas de repente um dos sapinhos começaram a cair, cair. Mas os outros dois continuavam a subir, subir. Foi então que o macaco, falou para dona sapa. Eu que sou o bicho que salto mais alto, não consegui chegar ao topo da escada, você acha que eles vão conseguir? Mas a dona sapa tinha esperança e disse: __ Eles vão conseguir, vão conseguir. Mas de repente o outro sapinho começou a cair, cair. Mas dona sapa com muita esperança dizia: __ Ele vai conseguir. E o sapinho menor, o mais fraquinho continuava a subir, foi quando dona girafa com seu pescoço enorme disse: __ Nem eu com esse pescoço enorme consegui chegar ao topo da escada, você acha que esse sapinho pequenino e fraquinho vai conseguir chegar lá? E a dona sapa cheia de esperança dizia: __ Ele vai conseguir, vai conseguir.
    Mas de repente ouve um silencio na floresta, nem as árvores balançavam suas folhas, pois todos os bichos queriam saber como foi que o menor sapinho conseguiu chegar ao topo da escada. Então dona sapa disse: __ É que ele era surdo, e não deu importância para o que vocês disseram, pois ele é surdo. 

Os Pingos


Os Pingos


Eu vou ler a história, uma palma para cada vez que eu falar as palavras que eu disse.

    Pingo de céu vai tocar viola, pingo de sol quer dançar, pingo de sol falou: - vamos convidar todos os bichos da floresta para o grande baile e o tico – tico vai espalhar os convites, mas atenção é um baile de fantasias e não entra quem não se fantasiar, e entra o sapo, fantasiado de gato, o gato de pato, o pato de sapo, tudo enfeitado, tudo arrumado, só falta à festa começar. Todos podem começar a dançar, mais convidados acabam de chegar. Vem o bode de coelho, o coelho de jaboti, jaboti de borboleta, a festa parou todos olham para o convidado que chegou. Que bicho será, o coelho gritou: - escutem a voz que vem de dentro dele, parece a voz da onça, onça! Alguém falou em onça! Todos diziam onça! Assustado, os bichos corriam de lá para cá, de cá para lá. Ora que onça, que nada, os pingos saíram da fantasia, agora falou pingo de mar, pingo de céu vai tocar viola, que os pingos querem dançar. Aprenderam a brincadeira. Se eu contar bem rápido vocês prometem que não vão errar?

Uma história de Carícias Roberto Shinyashiki


Uma história de Carícias         
Roberto Shinyashiki

    Há muito tempo atrás havia um casal, que a cada pessoa, que nascia, ganhava um saquinho de cainhos quentes. Sempre que uma pessoa punha a mão neste saquinho, podia tirar um Carinho quente. E essas pessoas se sentiam, quente, aconchegantes, cheias de carinhos. Mas as pessoas que não recebiam ficavam triste, murchas até morrer.
    Era muito fácil receber carinhos, sempre que alguém queria, bastava pedi – los e colocando a mão no saquinho, surgia um carinho do tamanho da mão de uma criança. E por isso todas eram felizes. Mas um dia, uma bruxa má, ficou muito brava porque as pessoas eram felizes e não compravam as poções que ela vendia. Então ela criou um plano, e disse para o casal, que quanto mais carinhos ele distribuíssem, que iria chegar um dia que não teriam mais carinhos para as pessoas e nem para eles. Foi aí, que a bruxa, começou a vender as suas poções mágicas, dizendo que eram carinhos quentes, sendo que na verdade eram carinhos frios, pois as pessoas se tronaram frias, chegando até morrer por falta de carinho.
    Foi então, que surgiu uma pessoa especial, nessa cidade, e não se importando com bruxa, começou a distribuir seus carinhos quentes, pois sabia que quanto mais carinho quente distribuísse mais tinha a dar.
    Então as pessoas foram sentindo novamente os carinhos quentes, e voltando novamente a ser felizes, expulsando a bruxa daquela cidade. Nunca se esqueça que os carinhos quentes são inesgotáveis porque eram distribuídos livremente. Então agora olha para alguém e de o seu carinho quente, abraçando com muito amor.

A colcha de retalho Conceil Corrêa da Silva e Nye R.


A colcha de retalho
Conceil Corrêa da Silva e Nye R.

    Desde pequeno Felipe adorava ir à casa de sua avó, porque lá ele podia fazer tudo que gostava.
    Um dia ao chegar, a vovó estava costurando uma colcha de retalhos, enquanto ela costurava, eles conversavam sobre as lembranças que cada pedacinho de pano trazia.
    Foi quando vovó pegou um pedacinho xadrez e deu um suspiro e disse, desse pano eu fiz uma camisa para o seu avô, hum que saudades... Então Felipe perguntou para vovó. O que é saudade? Vovó disse é algo que se sente, mas não dá para explicar, um dia você vai saber o que é.
    Depois de algum tempo. Felipe nem lembrava mais da colcha de retalho. Um dia ao voltar da escola, sua mãe lhe disse que vovó havia lhe mandado uma surpresa.
    Uma surpresa para mim? Disse o menino, onde está?
    Está em seu quarto, em cima da cama. Correndo o menino foi para seu quarto e viu a colcha de retalhos que vovó havia feito para ele, mas essa colcha, não era uma colcha qualquer, pois cada pedacinho de retalho que havia nela continha uma história, foi quando Felipe observou um retalho azul...
    Foi quando papai e mamãe viajou de férias e eu fiquei lá na casa da vovó. Nesse dia eu subi num pé de jabuticabeira, e cai, rasguei todo o meu short... Que vergonha! Vovó veio correndo lá de dentro. Pegou-me no colo com carinho e, depois nesse mesmo dia, resolveu fazer um short novo para mim. E fez deste pano aqui.
    De repente, Felipe começou a sentir uma coisa estranha dentro do peito. E aquilo foi aumentando, aumentando... Então Felipe pediu para sua mãe levá – lo até a casa da vovó.
    Não demorou nada e os dois estavam chegando na casa da vovó. Tocaram a campanhia e lá veio ela, atendê – los.
    ___ Parece que eu estava adivinhado que você vinha. Fiz chocolate do jeito que você gosta!
    Então Felipe disse: __ Vovó me de um abraço, um abraço bem apertado.
    Vovó disse: aconteceu alguma coisa Felipe. E o menino disse em seu ouvido, preciso lhe contar um segredo: eu acho que já sei o que é saudade... 

Bufunfa no mundo das cores.


Bufunfa no mundo das cores.

    Certa vez apareceu uma misteriosa caixa na floresta. Bufunfa, o elefante estava passeando quando tropeçou na caixa colorida.
    O que será? Pergunto para si mesmo.
    Então ele levou a caixa para casa e abriu para mãe ver. Que surpresa! Era uma caixa de lápis de cor! Ficou muito feliz, pois descobriu que o lápis era mágico, pois tudo que desenhava passava a existir. Mas bufunfa decidiu mudar a natureza e desenhou flores que nunca existiram antes, borboletas com cores estranhas, pássaros que nunca paravam de cantar, então desenhou um sol que brilhava de noite e lua que brilhava de dia. Mas enquanto isso, em outro planeta alguém estava muito triste, era o rei, pois a cor do seu planeta estava acabando.
    Mas Bufunfa, não parava de brincar com os lápis, resolveu fazer desenhos abstratos, aí resolveu desenhar fora da margem, enquanto isso no outro planeta, o rei estava apenas com uma gota de cor, e por isso estava abandonando – o.
    Enquanto o rei sofria, Bufunfa estava aprisionado em suas próprias linhas, pois tinha esquecido que os lápis eram mágicos, então ele rodeou, rodeou no espaço. De repente tudo escureceu e a figura triste do rei apareceu com os braços abertos, Bufunfa levou um susto danando, mas foi se acalmando vendo que as linhas malucas não existiam mais.
    Quando a coisa ficou mais clara, o rei explicou o quanto àquela caixa de lápis era importante para ele. Pois o rei precisava dela para pintar o seu planeta.
   Bufunfa nem piscou, deu a caixa de lápis mágico para o rei.
    O rei saiu satisfeito, agradeceu, mas antes de ir embora ele perguntou:
    __ Você não vai precisar dela?
    Não, pois aqui no meu mundo a natureza já nasce linda e colorida, e não é necessário pintá – la.
    Então o rei volta para o seu planeta colorindo tudo pelo caminho.

Pretinho: Meu Boneco Querido... Autor: Maria Cristina Furtado.



Pretinho: Meu Boneco Querido...
Autor: Maria Cristina Furtado.

    Em um bairro, próximo à praia, mora uma menina, a qual, todos chamam carinhosamente, de Nininha.
    Só que Nininha, ficava sempre muito aborrecida, porque sua mãe não a deixava ver a rua, os vizinhos...
    Na sua casa existia um cachorro, o Hulk, que é chamado “Cão de Guarda”. Com este, a mãe também não deixa Nininha brincar, pois é perigoso e muito feroz.
    A menina tinha uma linda coleção de bonecos, é... Vocês precisavam ver, que gracinha... Todos os bonecos arrumadinhos, de mãos dadas... Dando enorme beleza ao quarto.
    Foi aí que Nininha resolveu me contar um segredo, mas ela me permitiu contar a vocês.
    ___ Ela me disse, que seus bonecos não são iguais aos outros, pois eles confiavam nela. Dessa forma..., São meus amigos, brincam e falam comigo. Não criam vida escondida, como acontece à maioria dos bonecos que existem.
    Quando Nininha fez sete anos, sua mãe levou - a em uma loja para escolher um presente e... Quando a menina viu o Carlos, desejou que fosse seu.
    Logo que chegou em casa, Carlos descobriu que podia confiar em Nininha, passou a falar como os outros e disse para chamá – lo de Pretinho, como todos faziam...
    Isso mesmo, Carlos era pequeno e tinha a cor preta.
    Nininha o colocou na prateleira, junto com os demais bonecos. Mas, sem entender porque, constantemente se surpreendia, quando ao procurar por Pretinho, ele estava escondido no armário.
    Por sua vez, brigava com ele, e fazia – o sair do armário e voltar para seu lugar na prateleira. Mas Nininha não sabia o que acontecia no quarto, na sua ausência.
    Quando só ficavam os brinquedos no quarto, eles criavam vida, é... E começavam a brincar, mas não deixavam Pretinho brincar com eles, pois diziam que onde o Pretinho tocasse iria ficar sujo, pois ele era preto. Diziam a ele: __ Vê se entende, aqui só entra boneco branco.
    Sem dizer, que o urso Malaquias gritava:
___ Pretinho quando não faz bobagem na entrada, faz na saída. É aí todos os bonecos riam...
    Então Pretinha diz: Ninguém me dá confiança, ninguém gosta de mim, então vai e entra no armário.
    Mas quando Nininha chega vê que Pretinho está novamente no armário, abriu a porta e diz zangada:
___ Outra vez, Pretinho! Pega – o pela orelha e leva – o para o seu lugar, enquanto prossegue brigando.
    Então Nininha vai dormir. Algumas horas depois, é acordada, porem chorinho... Fica assustada, acha que é um ladrão, depois que é em fantasma...
    Então bem devagarinho, acende a luz do abarjurzinho. Está com medo, abre os olhos e procura ver o quarto todo. Então vê que está faltando um. Quem é: Pretinho.
    Aborrecida, Nininha, vai até o armário e diz:
---- Outra vez, Pretinha. Que mania! Então o boneco volta a chorar. Nininha pega o boneco, e diz:
___ Não quero mais ser preto. Eu quero ser branco.
___ Meu Deus, mas que idéia doida. Por quê?
___ Os outros bonecos caçoam de mim.
___ Caçoam de você?
___ Sim. Não gostam de mim, porque sou preto.
___ Eu custo a acreditar, que seus amigos ajam assim, com você.
    A menina para um pouco, procurando pensar, diante de tudo que ouvir. E pergunta:
___ Pretinho, é por causa disso que você vive se escondendo no armário?
___ É, sim. É por isso mesmo. Agora você já sabe... Eu tenho vergonha...
___ Ah! Pretinho, você não sabe o quanto tudo isso me deixa triste. Eu gosto de todos vocês: branco, preto, amarelo. Todas as cores são bonitas.
    Então Nininha abraça Pretinho e diz: __ Eu o amo.
    No outro dia, enquanto Nininha vai para a escola, como sempre, os bonecos criam vida, e começa a caçoar de Pretinho, até que acabam em briga, é... Briga mesmo.
    A boneca de pano que sempre foi amiga de Pretinho ajuda – o, e no desespero pede para ele fugir, e nessa fuga, Pretinho corre e pula a janela, no qual o cachorro Hulk vem e pega – o. Os bonecos apavorados com a cena ficam estáticos e assustados.
    De repente escutam a voz de Nininha que chega mais cedo da escola. E chega perguntando por Pretinho, não o encontra, e preocupada, quase grita perguntando: __ O que aconteceu? E a boneca de pano, aos soluços e gaguejando diz: __ O Hulk... É o Hulk comeu o Pretinho.
    Malaquias continua falando: __ É sim. E a culpa é toda nossa. Minha, de Fafá e de Malaquias. Nós fizemos maldade com ele.
__ Queríamos pintá – lo de várias cores. – Diz Malaquias.
 __ Nós estávamos com ciúmes... Mas não queríamos que isso acontecesse __ explica a boneca Fafá.
    Nininha deu um grito e sai correndo...
  __ Não... Não pode ser...
  __ Mamãe o Hulk comeu o Pretinho.
    Entre soluços, a menina pede ajuda à mãe.
    Procuraram sem resultado, em todos os lugares. Por fim, vão até o canil e... , para tristeza geral, encontram um pedacinho da roupa de Pretinho no chão.
___ Ah! Não... Mamãe. O Hulk comeu mesmo o Pretinho.
___ Eu nem sei o que dizer... Trouxe uma surpresa tão linda, para Pretinho.
___ Como puderam! Uma das piores coisas que pode existir é a ignorância. E só a total ignorância, pode levar alguém a gostar ou não de uma outra, por ser alto, baixo, gordo, magro, branco, preto...
    Eu amo Pretinho, como amo a todos vocês.
 ___ Eu juro que não queria que isso acontecesse. Juro... ___ diz a boneca Fafá.
___ Ora... Vamos... Vocês viviam desfazendo dele, aproveitando-se por serem maiores. E além do preconceito da cor, vocês estavam com ciúmes.
___ Mas agora..., Parece que arrancaram um pedaço do meu coração...
    Eu queria tanto que Pretinho estivesse aqui.
    De repente, ouve uma vozinha...
___ Eu estou aqui...
___ Quem falou? ___ pergunta Nininha.
___ Aqui, na janela.
___ É a voz de Pretinho __ diz a boneca de pano.
___ Ajudem – me..., Eu não consigo subir sozinho.
    Malandrinho rapidamente dá a mão a Pretinho e colocando – o para dentro do quarto abraça – o.
    Eu consegui escapar e o Hulk só conseguiu pegar um pedaço da minha roupa.
    Então os bonecos abraçam Pretinho e dizem: __ sentimos muito pela maneira como vínhamos lhe tratando. Você é boneco como nós... Tem os mesmos deveres e também os mesmos direitos.
    Nisso Pretinho diz:
___ Nininha, não leve a mal, mas de hoje em diante, eu quero ser chamado pelo meu nome, Carlos, pensei que eu fosse o único pretinho que existisse..., Mas não sou. Somos uma grande raça...
    A menina deu – lhe um beijo e foi dormir.
    No outro dia Nininha deu de presente uma boneca para Carlos e... __ Zuzu, aquela boneca linda e africana, e o nosso amigo Pretinho, nem imagine ficou com um grande sorriso maroto...    

O castelo amarelo Malba Tahan


O castelo amarelo
Malba Tahan

__ Vou contar, agora, para vocês uma história muito interessante. Uma história formidável!
    Quero combinar, porém, uma coisa com vocês.
    Prestem bem atenção:
__ Sempre que eu levantar a mão e fizer assim (levantar os braço0 vocês todos gritarão):
__ A-MA-RE-LO!
    Está bem? Combinado?
    Então a história começa assim:
__ Num lindo castelo vivia um rei, e esse castelo era lindo mesmo, e era todo... (amarelo)
    Mas esse rei tinha uma filha, é uma princesinha linda, ela era obediente, estudiosa, e muito alegre.
__ Todo o dia de manhã, muito cedo, a Princesinha vestia seu vestido... (amarelo).
____... E ia ao jardim do castelo e colhia um cravo... (amarelo).
__ Um dia estava o rei muito ocupado, trabalhando em seu escritório, quando a princesinha apareceu. Os olhinhos arregalados.
__ O que foi minha filha? Esta noite... Eu estava... Dormindo... De repente... Ouvi... No corredor... Um barulho...Acordei...Abri os olhos e vi... Diante da porta ___ do meu quarto ___ um fantasma... (amarelo).
__ O rei ouviu sua filha contar o caso do fantasma, disse logo:
__ Isso deve ser peraltice do copeiro, o Sebastião. É um rapaz muito brincalhão! Mas vou acabar com as suas brincadeiras.
    Mandou chamar o chefe da guarda. O chefe dos guardas apareceu logo.
__ Pronto Majestade! Às ordens!
Disse o rei:
__ Chefe dos Guardas! Esta noite minha filha estava dormindo, de repente ouviu um barulho qualquer no corredor e acordou. Pois bem, na porta do quarto minha filha viu um fantasma... (amarelo).
___ É o Sebastião, o copeiro, que vive assustando todo mundo com aquele lençol amarelo, só pode, ele errou de quarto e assustou a princesinha, mas não se preocupe que vou dar um jeito nele.
    Então o chefe da guarda preparou uma lata de tinta azul, e quando o copeiro passasse vestido com seu lençol amarelo ele iria jogar a tinta azul nele.
    Quando anoiteceu, o chefe da guarda ficou escondido atrás da porta esperando o fantasma passar, de repente ouviu... Cháápe... Cháápe...
__ Quem seria? O fantasma... (amarelo).
    Então o guarda pegou a lata de tinta na mão e quando o fantasma se aproximou, zás... Jogou a tinta azul no fantasma, que ficou... Ficou... (azul)...
    Não ficaram verdes, vocês erraram a história, pois quando eu misturo, a tinta azul com o amarelo dá verde. Então peçam para a professora fazer essa experiência para ver se a minha história é verdadeira. 

A Fada das Lágrimas Autor: Anônimo



A Fada das Lágrimas
Autor: Anônimo

    Aninha se levantou muito contente.
    E disse a mãe:
    __ Mãezinha, estou tão contente. Olhe, que dia lindo! __ disse Aninha.
    Então sua mãe disse:
    __ Tome banho e desça para tomar café.
    Meia hora mais tarde, sentada na escada que dá para o jardim, Aninha chorava muito. Não achava nada bonito. Tinha esquecido a beleza e o perfume das flores. O dia se tornara feio e cinzento. As lágrimas corriam pela sua face, caindo no seu avental que acabou molhado.
    Aninha chorava tanto, que, de repente, aconteceu algo extraordinário: uma de suas lágrimas caiu sobre os seus joelhos, mas não correu pela perna da menina. Ela foi aumentando, mudando de forma até se converter em uma fada.
    Que perguntou a Aninha:
    ___ Por que você está chorando?
    ___ Ai... Não me lembro! __ Mas quem é você?
    ___ Sou a fada das lágrimas __ respondeu a fada __ meus duendes me contaram que você está desperdiçando suas lágrimas.
    É, chorando sem razão!
    Os meus duendes trabalham recolhendo lágrimas, para levá – las ao castelo das lágrimas, que é onde moro...
    Então a fada a convidou para ir até o castelo, onde os duendes levam as lágrimas, e Aninha quis ir, então a fada bateu sua varinha em Aninha e a menina começou a encolher, assim a fada e Aninha voaram até o castelo.
    Chegando ao castelo, disse a fada, levando Aninha para um salão enfeitado com milhares de pingentes, dos quais pendiam contas brilhantes e coloridas. E Aninha perguntou: __ O que é isso? São lágrimas disse a fada.
    As lágrimas recolhidas pelos duendes. Então a menina quis saber onde estavam as delas. E a fada responde: __ As suas não estão aqui, porque estas são lágrimas de felicidade. Então Aninha pegou uma das lágrimas e olhou dentro dela e viu uma jovem recebendo uma carta que lhe trazia notícias do seu bem amado. Aninha viu outras lágrimas que pareciam pérolas. Não brilhavam como as outras, mas tinha uma beleza especial. Nisso Aninha viu outras lágrimas feias e negras.
    Como são feias?
    As lágrimas inúteis sempre são feias. São derramadas por crianças manhosas, teimosas e briguentas.
    Olhe, aqui estão as suas. Aninha estava vermelha de ver vergonha.
    Então Aninha disse a fada. Prometo – lhe que vou tentar não me esqueceu do que você me falou, pedindo desculpas aos duendes, pois chorar à toa não é bom.
    E em seguida a menina sentiu que a brisa levantava – a suavemente, como se fosse uma pluma, deixando – a cair na escada do jardim, de onde ela tinha saído.
    Então, Aninha olhou para o céu, suspirou e murmurou. Faria o possível para não chorar mais sem razão.
    E entrou em casa para lanchar. E prometeu nunca mais chor

A Fada das Lágrimas Autor: Anônimo



A Fada das Lágrimas
Autor: Anônimo

    Aninha se levantou muito contente.
    E disse a mãe:
    __ Mãezinha, estou tão contente. Olhe, que dia lindo! __ disse Aninha.
    Então sua mãe disse:
    __ Tome banho e desça para tomar café.
    Meia hora mais tarde, sentada na escada que dá para o jardim, Aninha chorava muito. Não achava nada bonito. Tinha esquecido a beleza e o perfume das flores. O dia se tornara feio e cinzento. As lágrimas corriam pela sua face, caindo no seu avental que acabou molhado.
    Aninha chorava tanto, que, de repente, aconteceu algo extraordinário: uma de suas lágrimas caiu sobre os seus joelhos, mas não correu pela perna da menina. Ela foi aumentando, mudando de forma até se converter em uma fada.
    Que perguntou a Aninha:
    ___ Por que você está chorando?
    ___ Ai... Não me lembro! __ Mas quem é você?
    ___ Sou a fada das lágrimas __ respondeu a fada __ meus duendes me contaram que você está desperdiçando suas lágrimas.
    É, chorando sem razão!
    Os meus duendes trabalham recolhendo lágrimas, para levá – las ao castelo das lágrimas, que é onde moro...
    Então a fada a convidou para ir até o castelo, onde os duendes levam as lágrimas, e Aninha quis ir, então a fada bateu sua varinha em Aninha e a menina começou a encolher, assim a fada e Aninha voaram até o castelo.
    Chegando ao castelo, disse a fada, levando Aninha para um salão enfeitado com milhares de pingentes, dos quais pendiam contas brilhantes e coloridas. E Aninha perguntou: __ O que é isso? São lágrimas disse a fada.
    As lágrimas recolhidas pelos duendes. Então a menina quis saber onde estavam as delas. E a fada responde: __ As suas não estão aqui, porque estas são lágrimas de felicidade. Então Aninha pegou uma das lágrimas e olhou dentro dela e viu uma jovem recebendo uma carta que lhe trazia notícias do seu bem amado. Aninha viu outras lágrimas que pareciam pérolas. Não brilhavam como as outras, mas tinha uma beleza especial. Nisso Aninha viu outras lágrimas feias e negras.
    Como são feias?
    As lágrimas inúteis sempre são feias. São derramadas por crianças manhosas, teimosas e briguentas.
    Olhe, aqui estão as suas. Aninha estava vermelha de ver vergonha.
    Então Aninha disse a fada. Prometo – lhe que vou tentar não me esqueceu do que você me falou, pedindo desculpas aos duendes, pois chorar à toa não é bom.
    E em seguida a menina sentiu que a brisa levantava – a suavemente, como se fosse uma pluma, deixando – a cair na escada do jardim, de onde ela tinha saído.
    Então, Aninha olhou para o céu, suspirou e murmurou. Faria o possível para não chorar mais sem razão.
    E entrou em casa para lanchar. E prometeu nunca mais chorar.


O urso da meia lua Clarissa Pinkola Estés


O urso da meia lua
Clarissa Pinkola Estés

    Numa linda floresta de pinheiros, morava uma camponesa com seu marido. Um dia seu marido precisou ir para a guerra, onde lutou por muitos anos. Quando afinal foi liberado, voltou para casa com o pior dos humores. Recusou – se a entrar em casa porque havia acostumado a dormir nas pedras.
     Ao tomar conhecimento das voltas de seu marido a jovem mulher, ficou muito feliz, porque o amava muito. Fez compras, preparou pratos saborosos, tigelas e tigelas de queijo branco de sopa, peixes, algas, arroz salpicado de camarões frios, grandes, alaranjados.
    Com um tímido sorriso levou os alimentos até o bosque e ajoelhando – se ao lado do marido esgotado pela guerra ofereceu – lhe a refeição que havia preparado. Ele se pôs em pé e chutou as travessas de modo que o queijo de soja caiu, os peixes saltaram no ar, as algas e o arroz caíram na terra e os grandes camarões alaranjados rolaram pelo caminho abaixo.
    Desesperada foi procurar a gruta da curandeira que morava fora da aldeia.
    Meu marido foi para a guerra e está com grave problema, preciso que a senhora me ajude, fazendo uma poção mágica para ele voltar a ser gentil e carinhoso comigo.
    Para poder ajuda – lá vou precisar que a senhora suba a montanha, encontre o urso negro e me traga um único pelo branco da meia - lua que ele tem no pescoço.
    Outra mulher havia desistido, mas ela não, pois era forte e amava seu marido.
    Preparou uma cesta de alimentos e subiu a montanha à procura do urso, lutou muito para vencer as dificuldades da subida à montanha, mas não desistiu, pois era uma mulher que amava.
    Ao chegar lá no alto abrigou – se numa caverna rasa e mal conseguiu lugar para seu corpo inteiro.
    Ao amanhecer, saiu da caverna e foi procurar o urso, mas não precisou procurar muito, pois viu suas pegadas na neve.
    Encontrando – o, começou a colocar alimento todos os dias na abertura da caverna onde o urso costumava dormir, e assim, o urso sentia cheiro de comida saia da toca rugindo tão alto que pequenas pedras deslocaram – se de seu lugar, também sentia cheiro de gente, mas comia a comida e voltava para a toca.
    Pacienciosamente a mulher alimentou o urso durante várias noites, até que sentiu coragem para ficar perto da toca. Pôs a comida na tigela e ficou perto da toca junto à abertura. Quando o urso saiu e viu um par de pequenos pés humanos ao lado da comida virou a cabeça de lado e rugiu tão alto que fez os ossos do corpo da mulher zumbirem.
     Ela tremeu, mas não recuou. Apavorada a mulher falou: __ Querido urso, por favor, vim toda essa distância em busca, de cura para o meu marido e alimentei – o todas as noites, será que eu poderia ficar com um pêlo branco da sua meia lua do seu pescoço? O urso parou, pensou e ficou com pena da mulher. É verdade disse o urso da meia lua, você foi boa para mim, pode ficar com um dos meus pêlos, mas arranque – o rápido vá embora e volte para sua gente. O urso ergueu seu enorme focinho para que aparecesse a meia – lua branca do seu pescoço, e a mulher viu até a forte pulsação do seu coração. Pôs uma das mãos no pescoço do urso, e com a outra segurou no pescoço do urso, e com a outra segurou um único pêlo branco e lustroso. Arrancou – o rapidamente, agradeceu o urso, e saiu correndo. Tropeçou, rolou montanha abaixo até chegar na cabana da curandeira, onde sentada, estava cuidando do fogo.
    Olhe! Olhe! Consegui, encontrei, conquistei um pelo branco do urso, gritou a jovem mulher.
    A curandeira observou a mulher, pegou o pêlo de um branco puríssimo e segurou perto da luz. De repente, ela se voltou e lançou o pêlo no fogo, onde estalou, pipocou e se consumiu numa bela chama laranja.
    __ Não, gritou a mulher __ O que a senhora fez.
___ Fique calma. Está tudo bem, tudo certo, disse a curandeira.
___ Você se lembra de cada passo que deu para escalar a montanha? Você se lembra de cada passo que deu para conquistar a confiança do urso da meia – lua. Você se lembra do que viu, do que ouviu e do que sentiu?
___ Lembro – me disse a mulher.
___ Então, minha filha __ disse a velha curandeira, com um sorriso meigo – volte para casa com seus novos conhecimentos e proceda da mesma forma com seu marido. Conquiste tudo aquilo que desejar!

O grande rabanete Tatiana Belinky


O grande rabanete
Tatiana Belinky

    Esta história que eu vou contar aconteceu lá na fazenda onde meu avô morava. Ele era um homem muito bom. Nas horas vagas ele cuidava da horta. Todos os anos, o vovô plantava muitos tipos de verduras. Ele gostava de uma em especial, o rabanete. Vocês gostam de rabanetes? Experimente com sal: É uma delicia!
    Um dia, o vovô saiu para a horta e plantou rabanetes. As sementes brotaram e um dos rabanetes cresceu, cresceu e ficou grandão...
     Ele quis arrancar o rabanete para comer no almoço, junto com toda sua família. Foi para a horta e começou a puxar o rabanete. Puxa – que – puxa e nada do rabanete sair da terra. Como estava difícil, o vovô chamou a vovó, que também gostava de rabanete para ajudar a puxar o rabanete. A vovó segurou no vovô e o vovô segurou no rabanete e... Puxa – que – puxa e nada do rabanete sair da terra.
    Minha vovó chamou então minha prima Lulú que estava passeando na fazenda para ajudar a puxar o rabanete. Lulú segurou na vovó, a vovó segurou no vovô e o vovô segurou no rabanete e... Puxa – que – puxa e nada do rabanete sair da terra.
    A Lulú chamou o Totó, seu cachorrinho, para ajudar a tirar o rabanete da terra. O Totó segurou na Lulú, a Lulú segurou na vovó, a vovó segurou no vovô e o vovô segurou no rabanete e... Puxa – que – puxa e nada do rabanete sair da terra.
    Totó chamou o gato que também era muito seu amigo para ajudar a puxar o rabanete. O gato segurou no Totó, o Totó segurou na Lulú, a Lulú segurou na vovó, que segurou no vovô que segurou no rabanete. E nada do rabanete sair.
    Então, o gato chamou o rato para ajudar a puxar, o rabanete. O rato segurou no gato, o gato segurou no Totó, que segurou na Lulú, que segurou na vovó, que segurou no vovô que segurou no rabanete e... Ploft! Finalmente conseguiram arrancar o rabanete da terra!
    Nesse momento, o rato que foi o último a ajudar falou: Eu sou o mais forte!
    Naquele dia, todos sentaram juntos no almoço e comeram o rabanete, que era tão grande que deu para todos e ainda sobrou um pouco para a minhoca que morava na horta e para todos nós que acabamos de ouvir esta história.

Mensagem: uma tarefa irrealizável por uma só pessoa torna –se possível com a colaboração de várias forças.  


HISTORIAS PARA LER NA SALA DE AULA


História contada pela contadora de histórias Suzi Clener.



A menina que queria ser bruxa

Autora: Giselda Laporte Nicolelis


    Desde pequena, Aline dizia:
    __ Mamãe, quando eu crescer, quero ser bruxa!
    Aline cresceu e a mãe cumpriu a promessa: pôs Aline numa escola de bruxa.
    Aline ficou muito feliz, pois estava numa escola de bruxas e não faltava sequer um dia. Aline era a aluna mais compenetrada da classe.
    Foi tudo bem até as provas finais. Então as bruxas, professoras levaram os alunos para um castelo mal – assombrado, cheio de teias de aranha.
    Aline sorteou o ponto dela e bem:
    __ Não, isso eu não posso fazer.
    __ Cortar todas as árvores do parque com raiz e tudo, para que não cresçam novamente.
    Então a bruxa a mandouela ir falar com outra bruxa.
    E lá ela tirou outra prova.
    __ Não, isso eu não posso fazer, transformar todos os rapazes do lugar em sapos gordos.
    Não, não posso fazer isso, pois eu quero casar e ter uma família!
    Não, não vou fazer. Então a bruxa mandou – a para a chefe das bruxas. E Aline subiu as escadas do castelo mais alto onde ficava a bruxa das bruxas.
    Foi aí que a diretora falou:
    Aline, você não nasceu para ser bruxa e sim fada.
    __ Fada eu? É fada.
    Então Aline foi para uma escola de fada. E lá se tornou a melhor aluna.
    Mas como tinha quer ser.
    Lá também tinha o dia da prova final. E Aline foi para lá.
    Então ela sorteou o primeiro ponto e leu.
    Fazer aparecer uma floresta encantada com gnomos e árvores falantes.
    Aline suspirou e disse: __ que prova difícil.
    Pois Aline não queria fazer feio, principalmente porque achava a coisa mais fofa do mundo.
    Aí, a Fada Madrinha, deu a varinha de condão para Aline e disse: Vá, você consegue.
    Ela só teria uma varinha como essa, se ela passasse na prova.
    Então Aline pegou a varinha e começou a passar pela floresta, e para sua alegria, começou a surgiu gnomos, árvores falantes, então a fada madrinha disse: Parabéns, Aline, você passou com louvor.
    Mas Aline tinha a última prova, que era fazer uma lágrima virar uma borboleta dourada.
    Ela não sabia como fazer, então teve uma idéia, isto é, criou o dia da alegria.
    E esse dia da alegria, foi indo, foi indo, mas não conseguia a borboleta dourada.
    Aí Aline viu uma velha senhora, que mesmo no dia da alegria ela não, sorria, pois, sua alegria era ver seu filho, que há anos não o via. Então como num passe de mágica, Aline trouxe o filho para ver a mãe.
    E a mulher ao ver o filho em sua frente, ficou tão feliz que rolou uma lágrima pelo seu rosto, e essa lágrima era de tanta felicidade que virou uma borboleta dourada, que voou, levando esperança pelo mundo inteiro.
    ... Mas a história não termina aí. Pois a bruxa não se conformando, com isso, começou a procurar Aline. Então vamos procurar Aline?





A estrela de Laura.
Autor: Klaus Baumgart.

    Laura tem um sonho, um sonho de Ter uma estrela. Então toda à noite Laura subia para seu quarto, e ficava na janela olhando para as estrelas. Mas de repente uma estrela caiu na calçada, bem em frente a sua casa. Num instante, Laura veste seu chinelinho e corre para a rua. Laura pega a estrela e leva para seu quarto, na queda, uma das pontas havia quebrado. Então Laura pegou um ban – daid e colou a pontinha da estrela.
    Laura não conseguia nem dormir, pois ficou muito feliz por Ter uma estrela.
    Ao acordar, a primeira coisa que faz é olhar a seu lado. E a estrela não estava mais lá. É, a estrela havia desaparecido. Será que foi tudo um sonho? Laura ficou muito triste, não tomou café, não almoçou, não jantou e nem brincou. Nada, nada mesmo conseguia animá – la. Ao anoitecer, Laura, como todas as noites, sobe para seu quarto, e abre a sua janela, mas para sua felicidade, a estrela estava lá, sobre o seu travesseiro.
    Laura percebe que o brilho da estrelinha está indo embora, é... Laura compreende que a estrelinha precisa voltar para o céu.
    Então tem uma idéia.
    Um pouco triste Laura se despede da estrelinha, amarra os balões, na estrela, abre a janela e a solta.
    E a menina, fica na janela olhando a estrelinha desaparecer no céu. Mas sempre que Laura perde o sono, ela fica admirando o céu, pois sabe que lá, tem uma estrela que brilha para ela, de um jeito muito especial.
    Da mesma forma que sua estrela brilha para você.


Serafim e seus filhos Ruy Maurity


Serafim e   seus filhos
  Ruy Maurity

  São três machos e uma fêmea, por sinal Maria
  Que com todos se parecia
  Todos   de olhar esperto para ver de perto
  Quem de muito longe é que vinha
  Filhos de dois juramentos , todos sangrentos
  Em noite clarinha 
  Ê A Ô
  O João quebra toco
  Mané Quindim,Lourenço e Maria

  Noite alta de silêncio e lua
  Serafim o   bom pastor de casa saía
  Dos quatro meninos , dois levavam rifles
  Outros dois levavam fumo e farinha

Bandoleros de los campos verdes
Dom Quixotes de nuestro desierto
Ê A Ô

Serafim bom de corte
Mané , João, Lourenço e Maria

Mas o tal Lourenço,dos quatro o mais novo
Era quem dos quatro tudo sabia
Resolveu deixar o bando e partir pra longe
Onde ninguém lhe conhecia 
Serafim jurou vingança
Filho meu não dança , conforme a dança 
Ê A Ô

E mataram Lourenço
Em noite alta de lua mansa

Todo mundo dessas redondezas
Conta que o tal Lourenço não deu sossego 
Fez cair na   vida sua irmã Maria
E os outros dois matou só de medo

Serafim depois que viu o filho Lobisomem
Perdeu o juízo
Ê A Ô
E morreu sete vezes
Até abrir o caminho pro paraíso

  

1. Destaque as marcas linguísticas   e revele o contexto sócio-cultural de que 
trata a narrativa.
-São três machos e uma fêmea.
-Todos de olhar esperto para ver de perto
A História se passa no sertão nordestino 


2."Todos de olhar esperto”
A característica das personagens induz o leitor a pensar se esta característica é significativa
Para aquela família. Levante uma hipótese sobre essa característica dos filhos de Serafim.
“ Todos   apreensivos”

3.Dê um sentido no verso :” Filhos de dois juramentos ,todos dois sangrentos”
Juramento-sangrento= desobediência inaceitável (a lei do cangaço)

4.O texto afirma que o juramento se dá em “noite clarinha”, o que se pode pensar 
De uma noite como essa? 
Trata se de uma noite de lua cheia.

sexta-feira, 15 de março de 2013

O Velho, o Menino e a Mulinha

O Velho, o Menino e a Mulinha

O pai chamou o filho e disse:
- Vá ao pasto, pegue a bestinha ruana e apronte-se para irmos à cidade, que quero vendê-la.
O menino foi e trouxe a mula. Passou-lhe a raspadeira, escovou-a e partiram os dois a pé, puxando-a pelo cabresto. Queriam que ela chegasse descansada para melhor impressionar os compradores.
De repente:
- Esta é boa! – exclamou um viajante ao avistá-los. O animal vazio e o pobre velho a pé! Que despropósito! Será promessa, penitência ou caduquice? . . .
E lá se foi, a rir.
O velho achou que o viajante tinha razão e ordenou ao menino:
- Puxa a mula, meu filho. Eu vou montado e assim tapo a boca do mundo.
Tapar a boca do mundo, que bobagem! O velho compreendeu isso logo adiante, ao passar por um bando de lavadeiras ocupadas em bater roupas num córrego.
- Que graça! – exclamaram elas. – O marmanjão montado com todo o sossego e o pobre menino a pé . . . Há cada pai malvado por este mundo de Cristo . . . Credo! . . .
O velho danou e, sem dizer palavra, fez sinal ao filho para que subisse à garupa.
- Quero só ver o que dizem agora . . .
Viu logo. O Izé Biriba, estafeta do correio, cruzou com eles e exclamou:
- Que idiotas! Querem vender o animal e montam os dois de uma vez . . . Assim, meu velho, o que chega à cidade não é mais a mulinha; é a sombra da mulinha . . .
- Ele tem razão, meu filho, precisamos não judiar o animal. Eu apeio e você, que é levezinho, vai montado.
Assim fizeram, e caminharam em paz um quilômetro, até o encontro com um sujeito que tirou o chapéu e saudou o pequeno respeitosamente:
- Bom dia, príncipe!
- Por que príncipe? – indagou o menino.
- É boa! Porque só príncipes andam assim de lacaio à rédea . . .
- Lacaio, eu? – esbravejou o velho. – Que desaforo! Desce, desce, meu filho, e carreguemos o burro às costas. Talvez isto contente o mundo . . .
Nem assim. Um grupo de rapazes, vendo a estranha cavalgada, acudiu em tumulto, com vaias:
- Hu! Hu! Olha a trempe de três burros, dois de dois pés e um de quatro! Resta saber qual dos três é o mais burro . . .
- Sou eu! – replicou o velho, arriando a carga. Sou eu, porque venho há uma hora fazendo não o que quero, mas o que quer o mundo. Daqui em diante, porém, farei o que me manda a consciência, pouco me importando que o mundo concorde ou não. Já vi que morre doido quem procura contentar toda gente . . .

(Monteiro Lobato)

Vocabulário:
ruana: de pêlo branco com manchas escuras e arredondadas
despropósito: absurdo, inconveniência
estafeta: entregador de cartas e telegramas; carteiro
lacaio: criado que acompanha o amo em passeio
arriando: descendo, descarregando
replicou: respondeu

Questões:

1) Quais são os personagens principais do texto? (0,5)

2) O que iam fazer na cidade pai e filho e que providências foram tomadas antes de partirem? Por que foram tomadas tais providências? (1,5)

3) Relacione as críticas feitas por cada um dos personagens: (Não copie do texto. Elabore a resposta.) (2,0)
o viajante:____________________________
as lavadeiras:____________________________
Izé Biriba:__________________________________
os rapazes: _________________________________

Assinale a alternativa certa, em relação ao velho no texto: (0,5)
( ) Não respondeu às críticas em nenhum momento, de nenhuma forma.
( ) Não respondeu às críticas com palavras, mas com gestos que demonstravam seu respeito às críticas.
( ) Respondeu às críticas com palavras, por isso o texto está inteiro com diálogos.

4) O filho, no texto, é um personagem: (0,5)
( ) maravilhoso, porque é muito obediente, apesar de, às vezes, discordar do pai.
( ) sábio, porque diz grandes verdades ao pai.
( ) apagado, sem vontade própria: fala pouco, só obedece.

6) Na sua opinião, a pessoa que vive preocupada em agradar os outros, é segura, confia em si mesma, ou é insegura e não se conhece direito? Redija um comentário a respeito. (1,0)

7) Retire do texto: (1,0)
a) dois substantivos: _______________
b) dois adjetivos: ___________________
c) dois artigos definidos: ______________
d) dois artigos indefinidos: ____________
e) dois verbos: ______________________

8) Leia com atenção o décimo sexto parágrafo . (1,0)

a) Em que tempo estão empregados os verbos? ________________

b) Reescreva o parágrafo modificando o tempo verbal para o presente.

O Tijolo de Ouro

O Tijolo de Ouro
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O sujeito era mão-de-vaca mesmo. Unha-de-fome como só ele. Passou a vida inteira gastando só o mínimo necessário, explorando seus empregados, privando os filhos até do essencial e juntou uma verdadeira fortuna. Com ela comprou um grande tijolo de ouro.
Ali estava o tijolo. Resultado de toda uma vida de avareza, de sovinice, de munhequice. O sujeito ficava até vesgo olhando para o tal tijolo. De noite, foi para o quintal, sorrateiramente. Abriu um buraco e enterrou lá o tijolo de ouro. Foi dormir e sonhou com o seu tijolo.
Daquele dia em diante, toda hora que podia ele ia até o quintal e ficava olhando para o lugar onde enterrara o tijolo, namorando a terra como se ela fosse a moça mais bonita do mundo. Olhava e suspirava, olhava e suspirava.
Passaram-se os anos. Todos os dias era a mesma coisa. Assim que tinha um tempinho, lá ia o avarento espiar e suspirar para a terra. Tanto olhou, tanto suspirou, por tantos anos em torno do mesmo lugar, que acabou chamando a atenção de um vizinho. Do outro lado do muro, o vizinho ficava de olho no avarento e desconfiou de tantos olhares apaixonados e de tantos suspiros.
Uma noite, o vizinho pulou o muro, cavou a terra e roubou o tijolo de ouro.
No dia seguinte, o pobre do avarento ficou louco.
- Roubaram meu tijolo de ouro! Roubaram meu tesouro! Roubaram minha vida!
- Todos na redondeza correram para a casa do sujeito ao ouvir tamanha gritaria. Depois que, em meio a soluços e lamentações, o avarento conseguiu contar o que tinha acontecido, um velho perguntou:
- Mas por que você não deixou o ouro em casa, para ir gastando aos poucos?
- Gastando? Ficou louco? O senhor acha que eu ia gastar sequer um grãozinho do ouro que me custou tanto para juntar?
- Nesse caso, meu amigo – aconselhou o velho -, enterre uma pedra qualquer no lugar do tijolo de ouro. E venha toda hora olhar para mesmo lugar e suspirar como sempre fez. Tanto faz se dentro do buraco tem uma pedra ou um tijolo de ouro. Para o senhor, a serventia é a mesma, não é?

(Pedro Bandeira)

1) Como o avarento conseguiu juntar bastante dinheiro para comprar um grande tijolo de ouro?
2) Como o vizinho descobriu o tijolo de ouro do avarento?
3) Como se sentiu o avarento ao perceber que tinha sido roubado?
4) Pense no conselho dado pelo velho ao avarento. Você também diria a mesma coisa? Por quê?


5) Na sua opinião, que mensagem essa história quer passar aos leitores?

6) Você acha que há pessoas que agem como o avarento da história, vivendo apenas para juntar dinheiro? Comente sua opinião a respeito desse comportamento.

7) Se você pudesse escrever um bilhete ao avarento, o que você lhe diria?
REFLEXÃO E USO DA LÍNGUA
6) Destaque do texto:

a) uma frase exclamativa_________________
b) uma frase interrogativa__________________

Retire do texto:

a)uma palavra trissílaba paroxítona ________
b)uma palavra proparoxítona ______________
c)uma palavra dissílaba oxítona __________________
d)um monossílabo tônico ___________________

9) Baseando-se no assunto apresentado no texto, construa uma frase bem interessante onde apareçam dois adjetivos. Circule os adjetivos e sublinhe os substantivos a que eles se referem.

10) Complete o texto abaixo usando apenas substantivos e adjetivos.

Mais um ___________ chega ao final. Foi um ano ___________________ , ____________________ mas também muito ___________________ . Freqüentei a __________________ e aprendi muitas coisas. A matéria de que mais gosto é _______________, cuja professor (a) esse ano foi o (a) ______________________ . É um (a) professor (a) _________________ , ____________________ e ___________________ . Aprendi também que na vida devemos ser _________________ , ___________________ , __________________ e ______________________________ .
Espero que no próximo ____________ haja _______________ , _______________ e ___________________ no mundo todo e que as pessoas procurem ser cada vez __________________. O mundo precisa muito, mas muito mesmo de ___________________

Chapeuzinho Vermelho de raiva


Chapeuzinho Vermelho de raiva

- SENTA AQUI MAIS PERTO, CHAPEUZINHO. FICA MAIS PERTINHO
DA VOVÓ, FICA.
- MAS VOVÓ, QUE OLHO VERMELHO... E GRANDÃO... O QUE
HOUVE?
- AH, MINHA NETINHA, ESTES OLHOS ESTÃO ASSIM DE TANTO
OLHAR PRA VOCÊ. ALIÁS VOCÊS ESTÁ QUEIMADA HOJE, HEIN ?
- GUARUJÁ, VOVÓ. PASSEI O FIM DE SEMANA LÁ. A SENHORA
O ME LEVA A MAL, NÃO, MAS A SENHORA ESTA COM UM NARIZ TÃO
GRANDE, MAS TÃO GRANDE, TÃO ESQUISITO, VOVÓ.
- ORA, CHAPÉU, É A POLUIÇÃO. DESDE QUE COMEÇOU A
INDUSTRIALIZAÇÃO DO BOSQUE, QUE É UM DEUS-NOS-ACUDA. FICO
O DIA TODO RESPIRANDO ESTE AR HORRÍVEL. CHEGUE MAIS PERTO,
MINHA NETINHA, CHEGUE.
- MAS, EM COMPENSAÇÃO, ANTES EU LEVAVA MAIS DE DUAS
HORAS PARA VIR DE CASA ATÉ AQUI E AGORA, COM A ESTRADA
ASFALTADA, EM MENOS DE QUINZE MINUTOS CHEGO AQUI COM A
MINHA MOTO.
- POIS É, MINHA FILHA. E O QUE TEM AI NESTA CESTA ENORME ?
- PUXA, JÁ IA ME ESQUECENDO: A MAMÃE MANDOU UMAS
COISAS PARA A SENHORA. OLHA AI: MARGARINA, MAIONESE
HELLMANN’S,
MAS É PARA A SENHORA COMER UM SÓ POR DIA, VIU ? LEMBRA DA
INDIGESTÃO DO CARNAVAL ?
- SE LEMBRO, SE LEMBRO...
- VOVÓ SEM QUERER SER CHATA.
- ORA, DIGA.
- SUAS ORELHAS. A ORELHA DA SENHORA ESTÁ TÃO GRANDE.
E, AINDA POR CIMA PELUDA. CREDO, VOVÓ !
- AH, MAS A CULPADA É VOCÊ. SÃO ESTES DISCOS MALUCOS
QUE VOCÊ ME DEU. ONDE JÁ SE VIU FAZER MUSICA DESSE TIPO ?
UM HORROR !! VOCÊ ME DESCULPE PORQUE FOI VOCÊ QUE ME
DEU, MAS ESTAS GUITARRAS, É GUITARRA QUE DIZ, NÃO É ? POIS É,
ESTAS GUITARRAS SÃO MUITO BARULHENTAS... NÃO HÁ OUVIDO QUE
AGÜENTE MINHA FILHA. MÚSICA É A DO MEU TEMPO, AQUILO SIM, EU
E SEU FINADO AVÔ, DANÇANDO VALSAS... AH, ESSA JUVENTUDE ESTÁ
PERDIDA MESMO.
- POR FALAR EM JUVENTUDE, O CABELO DA SENHORA ESTÁ UM
BARATO,
ISSO ?
- TAMBÉM TENHO DE ENTRAR NA MODA, NÃO É MINHA FILHA ?
OU VOCÊ QUERIA QUE EU FOSSE DOMINGO AO PROGRAMA DO GUGU
DE
CHAPEUZINHO PULA PRA TRÁS:
- E ESTA BOCA IMENSA ??!!
A AVÓ PULA DA CAMA E COLOCA AS MÃOS NA CINTURA, BRAVA:
- ESCUTA AQUI, QUERIDINHA: VOCÊ VEIO AQUI HOJE PRA ME
CRITICAR, É?

MÁRIO PRATA

INTERPRETAÇÃO DO TEXTO

1- PELA LEITURA DA TEXTO, ONDE SE PASSA A HISTORIA ?------

2- QUAIS SÃO OS PERSONAGENS DO TEXTO ?

3- POR QUE VOCÊ ACHA QUE O TEXTO RECEBEU O NOME
“CHAPEUZINHO VERMELHO DE RAIVA”?

4- ESTAVA QUEIMADA ?

5- DE ACORDO COM O TEXTO POR QUE O NARIZ DA VOVÓ ESTAVA
GRANDE?

6- QUAL O BENEFÍCIO QUE A INDUSTRIALIZAÇÃO PROPORCIONOU A
CHAPEUZINHO ?

7- NA HISTORIA ORIGINAL O QUE CHAPEUZINHO LEVAVA PARA A
VOVÓ ?

8- O QUE A VOVÓ ACHA DO ROCK ?

9- QUAL O PROGRAMA DE TELEVISÃO QUE A VOVÓ GOSTA ?

10- QUANDO A VOVÓ PULOU DA CAMA O QUE VOCÊ PENSOU QUE ELA
IRIA FAZER ?

11- ESTA HISTORIA É UMA ADAPTAÇÃO DE UM CONTO DE FADA.

A- QUAIS ERAM OS PERSONAGENS DO TEXTO NA HISTORIA ORIGINAL ?

B- QUAL A DIFERENÇA DO CONTO ORIGINAL DE CHAPEUZINHO
VERMELHO PARA O CHAPEUZINHO VERMELHO DE RAIVA ?

C- COMO ACABAVA A HISTORIA ORIGINAL ?

12- O QUE VOCÊ ACHOU DA HISTORIA CHAPEUZINHO VERMELHO DE
RAIVA

13- QUANDO A VOVÓ DISSE: “- ESCUTA AQUI QUERIDINHA: VOCÊ VEIO
AQUI PRA ME CRITICAR É ?!”, NO LUGAR DE CHAPEUZINHO, O QUE
VOCÊ RESPONDERIA ?

VIVENCIANDO OS FATOS

1- VOCÊ TEM AVÓS ?

2- COMO É SEU RELACIONAMENTO COM ELES ?

3- ALGUMA VEZ ELES JÁ PERDERAM A PACIÊNCIA COM VOCÊ ? POR QUÊ ?

4- SEUS AVÓS JÁ LHE CONTARAM ALGUMA HISTORIA DA ÉPOCA DE
CRIANÇA DELES ? QUAL ?

5- O QUE VOCÊ GOSTARIA DE DIZER PRA ELES MAS NUNCA TEVE
CORAGEM DE FALAR ?

GRAMÁTICA

1- CIRCULE NO TÍTULO DA HISTÓRIA UM ADJETIVO:

CHAPEUZINHO VERMELHO DE RAIVA

2- LEIA O TRECHO A SEGUIR:

GUARUJÁ, VOVÓ. PASSEI O FIM DE SEMANA LÁ. A SENHORA NÃO ME
LEVA A MAL, NÃO, MAS A SENHORA ESTÁ COM UM NARIZ TÃO GRANDE,
MAS TÃO GRANDE, TÃO ESQUISITO, VOVÓ.

RETIRE DESTE TRECHO:

A) UM SUBSTANTIVO COMUM: __________________________________

B) UM ARTIGO DEFINIDO:______________________________________

C) PRONOME DEMONSTRATIVO:________________________________

D) PRONOME DE TRATAMENTO:_________________________________

3- VEJA O TRECHO A SEGUIR:

MAS, EM COMPENSAÇÃO, ANTES EU LEVAVA MAIS DE DUAS HORAS
PARA VIR DE CASA ATÉ AQUI E AGORA, COM A ESTRADA ASFALTADA,
EM MENOS DE QUINZE MINUTOS CHEGO AQUI COM A MINHA MOTO.

RETIRE DESTE TRECHO:

A) UMA PALAVRA MONOSSÍLABA __________________________________

B) UMA PALAVRA DISSÍLABA ________________________________________

C) UMA PALAVRA TRISSÍLABA: _________________________________

D) UMA PALAVRA POLISSÍLABA ____________________________________

4- QUANTOS PARÁGRAFOS TEM O TEXTO: ___________

5- IDENTIFIQUE OS TIPOS DE FRASES:

A) -TAMBÉM TENHO DE ENTRAR NA MODA,NÃO É MINHA FILHA?
_________________________________________________

B) - SUAS ORELHAS. A ORELHA DA SENHORA ESTÁ TÃO GRANDE. E,
AINDA POR CIMA PELUDA. CREDO, VOVÓ !

_____________________________________________________________

C) - ORA, CHAPÉU, É A POLUIÇÃO.

______________________________________________________________

D) - NÃO HÁ OUVIDO QUE AGUENTE MINHA FILHA.

______________________________________________________________

6- NA FRASE ABAIXO, QUAL É O SUJEITO E QUAL É O PREDICADO?

A MAMÃE MANDOU UMAS COISAS PARA A SENHORA.

SUJEITO DA ORAÇÃO: _________________________

VERBO: __________________________________________

PREDICADO DA ORAÇÃO: ___________________________

O CONSELHEIRO

O CONSELHEIRO

Contam que um certo lavrador possuía um burro que o repouso engordara e um boi que o trabalho abatera.
Um dia, o boi queixou-se ao burro e perguntou-LHE:
”Não TERÁS ó irmão, algum conselho que me salve desta dura labuta?”
O burro respondeu: “Finge-te de doente e não comas tua ração. Vendo-te assim, nosso amo não te levará para lavrar o campo e TU DESCANSARÁS”.
Dizem que o lavrador entendia a linguagem dos animais, e compreendeu o diálogo entre o burro e o boi.
Na manhã seguinte, viu que o boi não comera a sua ração: deixou-o e levou o burro em seu lugar. O burro foi obrigado a puxar o arado o dia todo, e quase morreu de cansaço. E lamentou o conselho que dera ao boi.
Quando voltou à noite perguntou-lhe o boi:
- Como VAI, querido irmão?
- Vou muito bem, respondeu o burro. Mas ouvi algo que me fez estremecer por tua causa. OUVI NOSSO AMO DIZER: “ Se o boi continuar doente, deveremos matá-lo para não perdermos sua carne”. MINHA OPINIÃO É QUE TU COMAS TUA RAÇÃO E VOLTES PARA TUA TAREFA A FIM DE EVITAR TAMANHO INFORTÚNIO”.
O boi concordou, e devorou imediatamente toda a sua RAÇÃO. O lavrador estava ouvindo, e riu.

estudo do texto

1. O conselheiro de que fala o título do texto é:
a) o boi; b) o burro; c) o LAVRADOR.

2. De quem partiu a iniciativa, isto é, o desejo do conselho: do boi ou do burro? Justifique sua resposta baseando-se no texto:

3. Por que o boi foi pedir conselho ao burro?

4. o conselho dado pelo burro teve algum efeito? Justifique sua resposta, com palavras do texto:

5. Foi bom para o burro ter dado o conselho ao boi? Por quê?

6. O burro ficou prejudicado pelo conselho que deu ao boi. Como conseguiu safar-se da nova situação?

7. A qualidade do burro que mais se destaca na história é:
a) a esperteza; b) a maldade; c) a preguiça;

8. a característica dolavrador que mais chama a atenção é:
a) a paciência b) a compreensão; c) a esperteza

9 – Assinale a alternativa que melhor se relaciona com o texto:
a) o boi é um animal PREGUIÇOSO;
b) o burro é um animal bem burro MESMO;
c) o burro é um animal esperto;

10. Esse texto pertence ao tipo de história com o gênero FÁBULA POR QUE:
a) é uma história imaginária cujas personagens são animais que conversam, e atrás da história esconde um ensinamento.
b) é uma história muito bacana, bem interessante, o que caracteriza uma fábula.
c) é uma história inventada

11. Em “ possuía um burro que o repouso engordara”, a palavra em destaque significa:
a) preguiça; b) falta de trabalho c) pouco trabalho

12. Em: “o nosso amo não te levará para lavrar”, a expressão sublinhada significa:
a) que o boi e o burro se amavam como irmão;
b) patrão, dono;
c) que o dono gostava dos dois animais;

13. no trecho: “Não te levará para lavrar o campo”. A palavra em destaque lavrar é o mesmo que:
a) plantar b) lavar c) clarear

14. na fala: “Não terás, ó irmão, algum conselho que me salve desta dura labuta?”, a expressão grifada significa:
a) conselho b) folga c) trabalho

15. ilustre o texto:

O príncipe desencantado

O príncipe desencantado
O primeiro beijo foi dado por um príncipe numa princesa que estava dormindo encantada há cem anos. Assim que foi beijada, ela acordou e começou a falar:
- Muito obrigada querido príncipe. Você por acaso é solteiro?
- Sim, minha querida princesa.
- Então nós temos que nos casar já! Você me beijou, e foi na boca, afinal de contas não fica bem, não é mesmo?
- É ... querida princesa.
- Você tem um castelo, é claro.
- Tenho... princesa.
- E quantos quartos têm o seu castelo, posso saber?
- Trinta e seis.
- Só? Pequeno, heim! Mas não faz mal, depois a gente faz umas reforma... Deixa eu pensar quantas amas eu vou ter que contratar... Umas quarenta eu acho que dá!
- Tantas assim?
- Ora, meu caro, você não espera que eu vá gastar minhas unhas varrendo, lavando e passando, não é?
- Mas quarenta amas!
- Ah, eu não quero nem saber. Eu não pedi para ninguém vir aqui me beijar, e já vou avisando que quero umas roupas novas, as minhas devem estar fora de moda, afinal, passaram-se cem anos, não é mesmo? E quero uma carruagem de marfim, sapatinhos de cristal e... e... jóias, é claro! Eu quero anéis, pulseiras, colares, tiaras, coroas, cetros, pedras preciosas, semipreciosas, pepitas de ouro e discos de platina!
- Mas eu não sou o rei das Arábias, sou apenas um príncipe...
- Não me venha com desculpas esfarrapadas! Eu estava aqui dormindo e você veio e me beijou e agora vai querer que eu ande por aí como uma gata borralheira? Não, não e não, e outra vez não e mais uma vez não!
Tanto a princesa falou, que o príncipe se arrependeu de ter ido até lá e a beijado. Então, teve uma idéia. Esperou a princesa ficar distraída, se jogou sobre ela e deu outro beijo, bem forte. A princesa caiu imediatamente em sono profundo, e dizem que até hoje está lá, adormecida. Parece que a notícia se espalhou e os príncipes passam correndo pela frente do castelo onde ela dorme, assobiando e olhando para o outro lado.

1. Releia o início do texto e responda: "O primeiro beijo foi dado por um príncipe numa princesa que estava dormindo encantada havia cem anos." a. A que personagem de conto de fadas esse texto se refere? Por quê?
b. Como costumam ser as princesas dos contos de fada tradicionais?
c. Em que a princesa desse texto é diferente das princesas dos contos de fada tradicionais? Como?
d. O que dá humor ao texto?
e. O príncipe se parece com os príncipes dos contos de fada? Por quê?

3. Releia outra parte do texto. "Tanto a princesa falou que o príncipe se arrependeu de ter ido até lá e a beijado. Então teve uma ideia."
Que ideia foi essa?

4. A princesa falou: "- Não, não e não, e outra vez não e mais uma vez não!"
a. Por que a palavra não aparece tantas vezes?
b. Por que os príncipes, quando passam pela frente do castelo, assobiam e olham para outro lado?

5. Leia e responda:
- (...) você veio e me beijou e agora vai quere que eu ande por aí como uma gata borralheira?
Quando disse isso, a princesa estava se referindo a uma personagem de um outro conto de fada muito conhecido. Você sabe qual é essa personagem? Como ela se vestia?
6. O que o príncipe quis dizer ao declara que não era o rei das Arábias?

7- Por que o texto recebeu o subtítulo “O príncipe desencantado”?

8. Essa histórias teve um final feliz? Para quem?

9. Na sua opinião, a princesa vai acordar um dia? Por quê?

10. Como nos contos de fadas que você conhece, o texto "O príncipe desencantado" apresenta um príncipe e uma princesa. Para você, o que o texto tem de diferente dos outros contos de fadas?

11- O que mais chamou a sua atenção no texto?

12- Que sentimento(s) a atitude da princesa ao acordar despertou no príncipe? Por quê?
ANÁLISE LINGUÍSTICA DO TEXTO.
1- Dê substantivos próprios às palavras abaixo.
princesa________ príncipe________ castelo___________ rei______

2- Classifique os substantivos abaixo de acordo com o que se pede:
Substantivos

Separação silábica

Nº de sílabas

Classificação quanto ao nº de sílabas

Classificação quanto à tonicidade

Plural dos substantivos
desencantado

De-sen-can-ta-do

5

polissílabas

paroxítona

desencantados
príncipe





















esfarrapadas










borralheira










adormecida










3- Retire do texto “O PRÍNCIPE DESENCANTADO”: Uma frase:
Interrogativa_______________________________________________________________
Afirmativa__________________________________________________________________
Exclamativa________________________________________________________________
Negativa___________________________________________________________________
4- Dê adjetivos às palavras abaixo.
princesa______________ quartos___________________
príncipe______________ roupas__________________

5- Copie do texto uma palavra que indique:
Quantidade________________
* Ação (verbo)______________________

6- “Ora, meu caro, você não espera que eu vá gastar minhas unhas varrendo, lavando, passando, não é?”
**Com quem a princesa estava falando?___________________________
**A s palavras grifadas são:
( ) verbo no singular ( ) pronome possessivo ( ) adjetivo
**As palavras varrendo, lavando e passando são:
( ) substantivos próprios ( ) coletivos

7- Responda:
a) O texto que você leu é uma versão cômica de um conto de fada muito conhecido. Qual é o nome desse conto?
b) Como costumam ser as princesas dos contos de fada tradicionais?
c) Em que a princesa desse texto é diferente das princesas dos contos de fada tradicionais?
d) O que o príncipe quis dizer ao declarar que não era o rei das Arábias?
e) Essa história teve um final feliz? Para quem?
f) Na sua opinião, a princesa vai acordar um dia? Por quê?
g) Explique o título do texto.

8- Complete o texto, modificando os verbos abaixo para o tempo futuro, de acordo com as informações abaixo.
assistir – passar – tomar – almoçar – pegar
Selminha, minha neta,

No próximo domingo, ________________ àquele filme dos dinossauros. Eu ______________________ na sua casa lá pelas 11horas e nós ______________________ o ônibus para o centro. Chegando lá, ___________________ em algum lugar perto do cinema e __________________ a sessão das três.
Será uma tarde ótima!
Vovô
2. Assim que soube que o príncipe era solteiro, a princesa intimou-o a se casar com ela e começou a fazer uma série de exigências.
a. Faça uma lista do que ela exigiu dele.
b. Por que a princesa faz tantos pedidos?
c. A princesa errou ao tomar essa atitude? Por quê?
d. Diante de tantos pedidos, o que o príncipe respondeu à princesa? Por quê?

O fantástico mistério de Feiurinha

O fantástico mistério de Feiurinha
Era uma vez, há muitos, muitos anos atrás, mais vinte e cinco anos, uma senhora de cabelos negros como o ébano, onde já começavam a apare­cer alguns fios brancos como a neve, bem da cor da pele dela, que também era branca como a neve.
O nome da tal senhora era Branca Encantado. Nos tempos de solteira, o sobrenome dela era “De Neve” mas, depois que se casou com o Príncipe Encantado, Dona Branca passou a usar o sobrenome do marido.
Dona Branca estava com uma barriga enorme, esperando o seu sétimo filho, para ser afilhado­ do sétimo anãozinho, que vivia reclamando pelo fato de todos os outros anões já serem padrinhos de filhos de Dona Branca e faltar um para ser afilhado dele.
Dali a uma semana ia fazer vinte e cinco anos que Dona Branca havia se casado para ser feliz para sempre. E, como você sabe, quem fica vinte e cinco anos casado com a mesma pessoa faz uma bruta festa para comemorar as Bodas de Prata.
Feliz com tudo isso, Dona Branca tricotava um casaquinho de lã para o principezinho que ia nascer, sozinha no grande salão do castelo, forrado de mármore cor-de-rosa e veludo vermelho. Os filho maiores estavam na escola e os menores com as amas. O Príncipe Encantado, como sempre, estava caçando. Foi aí que a grande porta do salão abriu-se e entrou Caio, o lacaio, anunciando:
Alteza, a Senhorita Vermelho acaba de chegar ao castelo e pede...
- Chapeuzinho?! - interrompeu Dona Bran­ca. - Que ótimo! Peça para ela entrar. Vamos, Caio, rápido!
Caio, o lacaio, inclinou-se numa reverência e foi buscar a visitante.
Chapeuzinho Vermelho era a mais solteira das amigas de Dona Branca e uma das poucas que não era princesa. A história dela tinha terminado dizendo que ela ia viver feliz para sempre ao lado da Vovozinha, mas não falava em nenhum príncipe encantado. Por isso, Chapeuzinho ficou solteirona e encalhada ao lado de uma velha cada vez mais caduca.
Com a cestinha pendurada no braço e com o capuz vermelho na cabeça, Dona Chapeuzinho entrou com o lacaio atrás. Dona Branca correu para abraçar a amiga.
- Querida! Há quanto tempo! Como vai a Vovozinha?
- Branca! As duas deram-se três beijinhos, um numa face e dois na outra, porque o terceiro era para ver se a Chapeuzinho desencalhava.
Olhando em volta, para ver se ninguém a ouvia, Chapeuzinho perguntou:
- O Príncipe está no castelo?
- O Príncipe? Que Príncipe?
- O Príncipe Encantado. Seu marido.
- Ah! Não está não. Foi à caça.
- Pois então vamos ao assunto. Eu falei com a Rapunzel Encantado e ela me disse que o Prín­cipe...
- Príncipe? Que Príncipe?...
- O Príncipe Encantado. Marido da Rapunzel.
- Ah...
- Pois é. O marido da Rapunzel encontrou-se com o Príncipe...
- O Príncipe? Que Príncipe?
- O Príncipe Encantado. Marido da Cinderela.
- Ah...
A família Encantado tinha fornecido muitos príncipes para casar com as heroínas dos contos de fada. Por isso, quase todas as princesas tinham o mesmo sobrenome e eram cunhadas entre si. É claro que isso trazia uma certa confusão.
- Resumindo: o Príncipe da Rapunzel encon­trou-se com o Príncipe da Cinderela, que tinha pas­sado pelo castelo da Feiurinha...
- Ah, Feiurinha! - exclamou Dona Branca - Há quanto tempo eu não vejo a minha querida Feiurinha Encantado...
- Pois é exatamente essa a fofoca: há muito tempo ninguém vê a Feiurinha!
- Ela desapareceu?
- Isso mesmo. O Príncipe deve estar des­consolado...
- Que Príncipe?
- O Príncipe Encantado. Marido da Feiurinha.
- Ah...
Dona Branca interpretou à sua maneira, o de­saparecimento da Feiurinha:
- Será... será que ela abandonou o marido?
- E fugiu com outro? Acho difícil. A essa al­tura não existe mais nenhum Príncipe
Encantado solteiro.
- Eu que o diga! Estou cansada de ser solteirona e aguentar aquela Vovó caduca. Tenho procurado feito louca, mas só encontro príncipe casado...
Dona Branca raciocinou:
- Então, se Feiurinha desapareceu, isso sig­nifica que ela pode estar correndo perigo. E, se is­so for verdade, será a primeira vez que uma de nós corre perigo desde que casamos para sermos fe­lizes para sempre!

Pedro Bandeira.O fantástico mistério de Feiurinha. São Paulo, FTD, 1987.

Interpretação do texto
1. Por que a Branca de Neve passou a ser chamada de Branca Encantado?
2. Quem eram os padrinhos dos filhos de Dona Branca Encantado?
3. Por que Chapeuzinho Vermelho não era uma princesa também?
4. Por que o sobrenome de todas as heroínas era Encantado?
5. O narrador do texto é também personagem ou só observador? Escreva uma frase do texto que justifique sua resposta.
Gramática.
1. Retire do texto “O fantástico mistério de Feiurinha”:

a. Dois substantivos próprios -
b. Dois substantivos comuns -
c. Dois adjetivos -
d. Dois artigos -
e. Dois verbos -

2. Forme uma única frase com cinco palavras do exercício 1.

3. Leia com atenção cada série de palavras.

a.

abuso

revisão

reprise

economia

b.

tranquilo

útil

canal

uniforme

Agora, marque a resposta correta:

( ) Na série a, todos os verbos derivados terminam em isar.

( ) Na série b, todos os verbos derivados terminam em izar.

4. Leia as frases abaixo e classifique as palavras sublinhadas:

a. Fernanda é uma menina sapeca e adora pé de moleque.

Fernanda -
b. Márcia vai ao circo brincar com o palhaço.

5. Quais os dias da semana que são substantivos compostos?

domingo, 1 de julho de 2012

Os mineiros e sua terra”.


 “Os mineiros e sua terra”.

De volta da escola, após o primeiro dia de aula, o pequeno Ari parecia bastante ale-gre. E ainda mais alegre ficou ao avistar o avô à sua espera na porta de casa.
_Então, Arizinho, como foi hoje na escola? - perguntou o senhor Rosa.
_Foi bem legal, vô. Sabia que eu já arrumei dois amigos?
_Mas isso é muito bom, sô! Agora vamos entrar que eu quero que você me conte todas as novidades – disse o avô ao neto, tirando-lhe a mochila das costas e levando-o pela mão para dentro de casa.
Era uma casa antiga, modesta, mas bem cuidada, situada numa rua pequena do bairro do Horto, em Belo Horizonte, rua ainda sossegada apesar da violência que se via por toda a cidade. Não ficava longe da escola e por isso as crianças da rua iam para as aulas a pé, sem reclamar.
Sentaram-se os dois, avô e neto, à mesa da cozinha para o almoço que a mãe de Ari sempre deixava preparado antes de sair para a lavanderia onde trabalhava do meio-dia até a noitinha. Nesse dia para comemorar o início das aulas, tinha carne assada, farofa de couve e ovo, arroz, feijão e uma saborosa quirerinha de milho. De sobremesa, havia doce de leite e queijo branco.
_Sabe, vô, a professora disse que a gente vai estudar a história de Minas.
_É mesco? História de Minas? Isso é muito bom, Arizinho! Você vai conhecer
uma porção de coisas sobre o nosso estado?
_É, vô, mas no fim da aula a professora fez uma pergunta que ninguém soube res-
ponder...
_Que pergunta?
_Ela perguntou pra gente quem eram os mineiro e o que era Minas Gerais. Pediu
para cada um dizer o que achava, mas ninguém disse nada. Todo mundo ficou de boca fe-chada.
O senhor Rosa também ficou encafifado e inclinou o corpo para trás na cadeira. Ficou pensando qual seria a resposta.


Leia para a mamãe e peça que ela lhe dê uma nota de 0 a 10. __________

Vamos estudar o texto “Os mineiros e sua terra”.

1- Quem são os personagens? _________________________ e _____________________ .
2- a- Em que bairro eles moram? _______________________________________ .
b- Em que cidade eles moram? _______________________________________ .
c- Em que estado eles moram? _____________________________________ .
3- Pense e responda no caderno.
a- O que a cidade em que Ari mora é do estado em que ele mora? Explique o ela tem de diferente das outras cidades.
b- Por que o estado de Minas recebeu este nome?
4- E pra você, o que é ser mineiro?

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A história do lápis


O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura perguntou:
- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? Por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
- Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial. E disse:
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
No entanto, a avó respondeu:
- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo:
Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Essa mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.
Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.
Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.
Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.
Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca.
Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação.



Interpretando:

1 – Qual o título do texto?
2 – O que fazia a avó quando o neto chegou?
3 – Sobre quem a avó estava escrevendo?
4 – O que a avó considerava mais importante que as palavras? Por quê?
5 – Qual a primeira lição do lápis?
6 – Qual a quinta lição do lápis?

Vic-Lic, o astronauta


Vic-Lic, o astronauta


A Flor, notando a aproximação cautelosa de Vic-Lic fala:
- Oi amigo! Pode se aproximar sem susto! Você é novo por estas bandas?
- Oi, meu é Vic-Lic e sou um astronauta de um planeta distante, em viagem de pesquisa. Você é um representante deste planeta?
- Sim, posso ser considerada uma representante deste planeta que por sinal se chama Terra. Aliás, deixe que eu me apresente. Meu nome é Flor. Mas o que traz você aqui?
- Eu vim pesquisar uma estranha palavra! Diz Vic-Lic animado.
- Que palavra é essa que fez você vir de tão longe? Pergunta Flor.
- Seu nome é amar – responde Vic-Lic.
A Flor sorridente diz:
- Puxa!!! Viajar de um outro planeta para descobrir uma coisa tão simples?!
Vic-Lic assustado pergunta:
- Simples?
- Sim – responde a Flor.
- Tão simples como é a minha função aqui, de ajudar a natureza a sorrir.

Interpretação do texto:

1 – Quem são os personagens do texto?


2 – Quem era Vic-Lic?


3 – Quem era Flor?


4 – O que fazia Vic-Lic na Terra?



5 – Qual era a função de Flor?

UMA DAS MARIAS



Um dia, Maria chegou em casa da escola, muito triste.
- O que foi? – perguntou a mãe de Maria.
Mas Maria nem quis conversa. Foi direto para o seu quarto, pegou o seu Snoopy e se atirou na cama, onde ficou deitada, emburrada.
A mãe de Maria foi ver se ela estava com febre. Não estava. Perguntou se estava sentindo alguma coisa. Não estava. Perguntou se estava com fome. Não estava. Perguntou o que era, então.
- Nada – disse Maria.
A mãe resolveu não insistir. Deixou Maria deitada na cama, abraçada com o seu Snoopy, emburrada.
Quando o pai de Maria chegou em casa do trabalho a mãe de Maria avisou:
- Melhor nem falar com ela...
Maria estava com cara de poucos amigos. Pior. Estava com cara de amigo nenhum.
Na mesa de jantar, Maria de repente falou:
- Eu não valo nada.
O pai de Maria disse:
- Em primeiro lugar, não se diz “eu não valo nada”. É “eu não valho nada”. Em segundo lugar, não é verdade. Você vale muito.
- Não valho.
- Mas o que é isso? – disse a mãe de Maria – Você é a nossa querida. Todos gostam de você. A mãe, o pai, a vó, os tios e tias. Para nós, você é uma preciosidade.
Mas Maria não se convenceu. Disse que era igual a mil outras pessoas. A milhões de outras pessoas.
- Só na minha aula tem sete Marias!
- Querida... – começou a dizer a mãe. Mas o pai interrompeu.
- Maria – disse o pai – você sabe por que um diamante vale tanto dinheiro?
- Porque é raro. Um pedaço de vidro também é bonito. Mas o vidro se encontra em toda parte. Um diamante é difícil de encontrar. Quanto mais rara é uma coisa, mais ela vale. Você sabe por que o ouro vale tanto?
- Por quê?
- Porque tem pouquíssimo ouro no mundo. Se o ouro fosse como areia, a gente ia caminhar no ouro, ia rolar no ouro, depois ia chegar em casa e lavar o ouro do corpo para não ficar suja. Agora, imagina se em todo o mundo só existisse uma pepita de ouro.
- Ia ser a coisa mais valiosa do mundo.
- Pois é. E em todo o mundo só existe uma Maria.
- Só na minha aula são sete.
- Mas são outras Marias.
- São iguais a mim. Dois olhos, um nariz...
- Mas esta pintinha aqui nenhuma delas tem.
- É...
- Você já se deu conta que em todo mundo só existe uma você?
- Mas pai...
- Só uma. Você é uma raridade. Podem existir outras parecidas. Mas você, você mesmo, só existe uma. Se algum dia aparecer outra você na sua frente, você pode dizer: é falsa.
- Então eu sou a coisa mais valiosa do mundo.
- Olha, você deve estar valendo aí uns três trilhões...
Naquela noite a mãe de Maria passou perto do quarto dela e ouviu Maria falando com o Snoopy:
- Sabe um diamante?

Luis Fernando Veríssimo










Interpretação de texto
 1) Por que Maria chegou da escola tão triste? ( ) Foi mal na prova. ( ) A professora gritou com ela. ( ) Sentia-se sem valor.
 2) De que forma o pai de Maria a ajudou a sentir-se melhor: ( ) Mostrou-lhe que ela era única. ( ) Deu-lhe um presente muito caro. ( ) Saiu com ela para tomar sorvete.

UM COFRE VALIOSO


UM COFRE VALIOSO
Juca e Joca eram dois irmãos. Tinham lá suas diferenças, pois, afinal, cada um é cada um e ninguém é igualzinho a ninguém. No caso dos dois um era esperto e o outro também.
O avô deles era um sujeito bigodudo, que passou a vida inteira juntando dinheiro para comprar coisas. Por isso, quando quis dar um presente para os netos, a única coisa que apareceu na sua memória foi um cofre. Vai daí que, um dia, cada um ganhou do avô um cofre para guardar seu rico dinheirinho ganhado e juntado.
- Lugar de dinheiro é no cofre! – disse solenemente o avô ao entregar os presentes mal e porcamente embrulhados.
O cofre do Juca era um porquinho barrigudo, cara de comilão. Ele pegou o porquinho-cofre e correu para o quarto. O cofre de Joca era um elefante, também barrigudo, cara de morto de fome. Ele também correu para o quarto, após ter pego seu cofre-elefante.
O tempo foi passando e com ele coisas diferentes foram acontecendo. O cofre do Joca, pobre elefante barrigudo e morto de fome, acabou quebrado e jogado num canto qualquer da casa. O cofre de Juca, belo porquinho comilão, tinha uma fome insaciável e estava sempre a querer mais e mais dinheiro. Barrigudinho, o porquinho, cada vez mais cheio, estava sempre na estante. O dinheiro do Joca ia no sorvete, no jibi, no doce... O dinheiro do Juca... ah! esse ninguém via, ninguém sabia.
Certa vez, Joca apareceu em casa com um álbum de figurinhas de super-heróis completinho. Não faltava nenhunzinho, nem mesmo He-Man. Valia uma nota, completinho daquele jeito. Juca, logo que viu o álbum apresentado pelo irmão, encheu os olhos de vontade e foi logo negociando:
- Quer vender esse álbum pra mim?
Joca fez cara de importante, dono de ricos tesouros, e respondeu, depois de fingir que não entendera a pergunta:
- O que você disse?
Juca, sem perder tempo, foi de novo propondo:
- Quer vender o álbum?
- Bem... quanto você me dá por ele?
Juca pensou, fez cálculos, meteu a mão no bolso e mandou:
- Te dou duzentos reais.
Joca esbravejou:
- Você está brincando! Duzentos pelo Super-Homem, pelo Homem-Aranha, pelo He-Man... Sabe quando? Nunquinha!
Ele sumiu com o álbum e, durante alguns dias, os dois não falaram mais sobre o rico tesouro. Até que o Joca, sabe-se lá por quê, propôs:
- Encontrei um jeito de vender o álbum pra você.
- Que jeito? – perguntou o Juca, todo interessado na proposta do irmão.
- Quero o seu cofrinho. Você me dá o cofre-porquinho cheio e está certo.
Juca espantou-se:
- O meu cofrinho? Mas ele...
Joca cortou a resposta decidido.
- É pegar ou largar!
- Mas o meu cofrinho...
- É pegar ou largar!
Mas o meu cofrinho... ele não...
- É pegar ou largar!
- Está bem...eu aceito.
Joca ficou com o cofrinho e Juca com o álbum. Apenas alguns minutinhos, até Joca voltar gritando e esbravejando:
- Você me enganou! Você não disse que seu cofrinho estava cheio de palitos de sorvete em vez de dinheiro! – berrou Joca por tudo quanto foi buraco do corpo.
- Você não me deixou explicar, ora bolas! Eu tentei falar e você não deixou.
- Quero meu álbum de volta.
- Nada disso! Negócio é negócio. Negócio feito não pode ser desfeito.
Eles ainda trocaram argumentos, palavrões e explicações por alguns momentos, mas depois cada qual seguiu seu caminho.
A história não terminou aqui: não é que dentro do cofrinho havia um palito de sorvete premiado? E o prêmio... bem, o prêmio... o prêmio era um livro ilustrado, cheinho de fotografias e desenhos de super-heroinas: Mulher –Maravilha, Batgirl, Poderosa Ísis, She-Ra...
Sabe o que aconteceu depois? Bem... isso é história para outra história.
Edson Gabriel Garcia

Passar no quadro
Responda:
1) O que os dois meninos ganharam de presente do avô?
2) Como era o nome dos meninos?
3) Por que esse foi o único presente em que o avô conseguiu pensar?
4) Onde e como achas que Joca arrumou o álbum de figurinhas?
5) Tu achas que Juca foi honesto ao aceitar a proposta do irmão: Por quê?
6) Em sua opinião, a troca deveria ser desfeita? Por quê?
7) Escreva o final desta história, fazendo um desenho ao terminar.

domingo, 24 de junho de 2012

O REI DOS ANIMAIS


O REI DOS ANIMAIS


O Leão saiu para verificar se ainda era o “Rei das Selvas”. O respeito entre os animais já não era o mesmo, pois os tempos mudaram.
O leão encontrou o macaco e perguntou:
- Ei, você aí, macaco, quem é o rei dos animais?
O macaco saltou para cima da mais alta árvore e respondeu:
- Claro que é você Leão, claro que é você!
O papagaio, ao ser indagado, também concordou.
E a coruja, sábia que é, também respondeu:
- Sim, você é o maioral da mata.
E lá se foi o Leão, mais firme no passo, mais alto de cabeça. Indagou igualmente ao tigre que, mesmo meio aborrecido, acabou concordando.
Três quilômetros adiante, o Leão encontrou o elefante:
- Elefante, quem manda na floresta, é o rei, imperador e senhor de tudo?
O elefante pegou-o com a tromba, deu três voltas com ele no ar, atirou-o contra o tronco de uma árvore e desapareceu floresta adentro.
O Leão caiu no chão, tonto e ensangüentado. Levantou-se, lambeu uma das patas e murmurou:
-Que louco! Só porque não sabia a resposta, não era preciso ficar tão zangado!
Millor Fernandes, Fábulas fabulosas

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
1- Enumere os parágrafos. Quantos?_____________
2- Marque com um X as afirmativas que aparecem no texto:
( ) O Leão não sabia se ainda era o “Rei das Selvas”.
( ) Todos os animais concordaram com o Leão.
( ) O tigre era o animal mais forte da selva.
( ) O papagaio não concordou com o Leão.
( ) O Leão encontrou o elefante na selva.

3- O respeito entre os animais já não era o mesmo. Alguns animais concordaram com o Leão. Risque o nome desses animais.

elefante cobra coruja tigre papagaio

4- Quem falou as frases?
- Sim, você é o maioral da mata. _______________________
- Só porque não sabia a resposta, não era preciso ficar tão zangado!___________
- Claro que é você Leão! _________________________________
5-
6- Você diz o que pensa:
a) Por que alguns animais responderam que o Leão era o rei das Selvas?
R.:__________________________________________________________

b) Por que o elefante fez tudo aquilo com o Leão?
R.:_______________________________________________________________
c) Por que o elefante desapareceu floresta adentro?
R.________________________________________________________________

d) O elefante foi corajoso? Justifique sua resposta.
R.:________________________________________________________________
__________________________________________________________________

e) O Leão entendeu a atitude do elefante? Explique.
R.:________________________________________________________________
__________________________________________________________________
f) Quem você escolheria para ser o “Rei das Selvas”? Por quê?
R.________________________________________________________________

O MEU SERTÃO AGRADECE A CHUVA QUE DEUS MANDAR


O MEU SERTÃO AGRADECE A CHUVA QUE DEUS MANDAR
O nordeste está sofrendo Seco sem água e sem planta
O campina já nem canta
O gado não está comendo
As plantas estão morrendo
 Dá vontade de chorar Só Deus pra nos ajudar
E ouvir a nossa prece
O meu sertão agradece
As chuvas que Deus mandar.
 A terra fica doente
 Fica a vida ameaçada Gado morto na estrada
 Chega dá pena na gente O sertanejo carente
 Vê a seca arrochar
Quem come do que plantar Baixa a cabeça e faz prece
 O meu sertão agradece As chuvas que Deus mandar.
 Quem só vive do roçado É triste a situação
Se não plantar não tem pão
 Pra dar ao filho coitado
 O cabra fica apertado
Vendo seu filho chorar
Sem nada ter pra lhe dar
O sertanejo padece
O meu sertão agradece
As chuvas que Deus mandar. [...]
 Francisco Rariosvaldo de Oliveira



Agora que você leu com atenção o poema responda as questões
1. Por que os poemas recebem o nome de cordel?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2. Onde são vendidos os poemas de cordel?
_________________________________________________________________________
3. Cite nome de 3 cordelistas.
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4. Quantas estrofes e quantos versos há neste poema?
Estrofes _____________________________
Versos _______________________________

5. Qual foi o tema escolhido pelo cordelista do poema O meu sertão agradece a chuva que Deus mandar? Qual você acha ter sido o motivo para esta escolha?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6. Como você imagina que seja a realidade vivida pelo autor do poema?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7. De que região do país fala o poema de cordel que você acabou de ler? Retire do poema um trecho que justifique sua resposta.
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

8. Explique com suas palavras o que você entendeu do cordel de Francisco Rariosvaldo de Oliveira e dê sua opinião sobre o poema.
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A preguiça e o banquete dos bichos


A preguiça e o banquete dos bichos 

Os bichos deram um banquete. Já na hora em que iam sentar à mesa, notaram que não havia farinha. Então chamaram a preguiça e disseram: - Comadre preguiça, vá depressa à cidade e compre cuia e meia de farinha. Mas venha logo, senão a comida esfria. A preguiça fez uma careta e saiu resmungando pelo corredor da sala de jantar. Os bichos ficaram a esperar. Passou-se um dia... Passaram-se dois, três... Quatro dias. Todos os bichos estavam caindo de fome. Impaciente, a cutia exclamou: - Minha gente, que fim teria levado a comadre preguiça que ainda não voltou? Então ouviram de trás da porta da rua a preguiça murmurar: -Se me aperrearem, não vou à cidade comprar a farinha. (Maria Zélia G de Almeida)

1. O assunto principal do texto é:
( ) o banquete dos bichos
( ) o sossego da preguiça
( ) a fome dos animais

2. Que aconteceu aos bichos na hora em que sentaram à mesa?


3. Qual foi o animal escolhido para buscar a farinha?


4. A preguiça recebeu a ordem e saiu:
( ) contente ( ) apressada ( ) resmungando


5. De acordo com o texto, escreva V para verdadeiro ou F para falso nos espaços:
Os bichos deram um baile à fantasia. (__)
Os bichos mandaram a preguiça comprar farinha na cidade.(__)
Os bichos estavam dançando porque estavam sem fome.(__)
A preguiça saiu logo que recebeu a ordem. (__)
A cutia estava impaciente e reclamou primeiro. (__)

6. Quem disse isso:
“Minha gente, que fim teria levado a comadre preguiça que ainda não voltou?”


7. No texto, a palavra aperrearem quer dizer:
( ) cutucarem ( ) chamarem ( ) deixarem ( ) chatearem


8. Depois de quanto tempo a preguiça trouxe a farinha?

9. Ilustre o texto:

10. Reescreva o texto:

domingo, 17 de junho de 2012

Hora da brincadeira.


Hora da brincadeira.

A língua que falamos é engraçada.
Pra perceber, fique de antena ligada.

Não se pode levar tudo ao pé da letra,
Senão acaba dando a maior treta.

Abacaxi é coisa difícil de fazer.
Dar bolo em alguém é não aparecer.

Pauleira é correria; bate-boca é discussão.
Ir a festa sem ser convidado é bicão.

Cair como patinho é ser enganado,
Sujeito careta é um cara antiquado.

Fazer tricô é o mesmo que fofoca,
Uma situação complicada é broca.

Fazer sucesso é abafar, arrepiar;
Ir para o beleleu é fracassar.

Chutar é afirmar sem ter certeza,
Viver à sombra é querer moleza.

Banho é derrota, cabeça é cuca,
Pessoa sem parafuso é maluca.
Preguiçoso é quem fica na maciota,
Mentir é o mesmo que contar lorota.

Aproveitar é tirar uma casquinha.
Arrecadar grana com amigos é vaquinha
Neca é nada, na bucha é no ato,
Dar uma de bobo é pagar o pato.

Coisa sem valor é coisa mixuruca,
Desejar mal a alguém é uruca.

Xarope é uma pessoa bem chata,
Chupim é quem vive na mamata.
Desaparecer é tomar chá de sumiço,
Está fora é não assumir compromisso.

Velho é pai, coisa pode ser treco,
Confusão é sempre perereco.

Colega duro de aturar é mala,
Cabular é faltar na aula.

Estudar nossa língua é maneiro.
Brincar com as palavras é recreio.
João Anzanello Carrascoza. Revista Recreio especial Nº. 01. SP. Abril 2003
1) Responda:
a) De acordo com as informações sobre o poema, quando e onde ele foi publicado?

b) Quem é o autor do poema?

2) Em sua opinião, é possível usar gírias e expressões populares em textos orais ou escritos dirigidos a quaisquer pessoas? Justifique.

3) Reescreva as frases substituindo as gírias e expressões populares por seus significados:

a) O mala deu uma de bicão e acabou arrumando a maior treta na festa do Teobaldo.

b)Tomei chá de sumiço do estádio quando percebi que meu time ia levar o maior banho no final do campeonato.

c) A Júlia armou o maior perereco depois de cair como um patinho na lorota que o Rafael contou.

4) Responda:
a) Qual foi o “maior abacaxi” que já descascou?

b) Você já “usou a cuca para não pagar o pato”? Em que situação?

c) Você acrescentaria alguma expressão popular ou gíria ao poema?Qual?O que ela significa?

5) Escolha, em segredo, uma estrofe do poema, faça uma ilustração bem-humorada para ela.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O sapo e o boi


O sapo e o boi
O sapo coaxava no brejo quando viu um boi se aproximar do rio para beber água.
Cheio de inveja, ele disse para os amigos:
– Querem ver como eu fico do tamanho desse animal?
– Impossível! – respondeu o pato.
– Absurdo! – comentou a coruja.
– Esqueça! – disse a garça.
Então, para o espanto de todos, o sapo estufou a barriga e aumentou de tamanho.
– Viram só? Eu não disse que conseguiria? – gabou-se o sapo.
– Pois fique sabendo que você não conseguiu alcançar nem as patas dele! – comentou a garça.
Inconformado, o sapo continuou a estufar.
– E agora, já estou do tamanho dele? perguntou novamente.
– Só se for do tamanho de um bezerro – respondeu o pato. – E é bom você parar com isso antes que se machuque.
– Só vou parar quando ficar maior que o boi!
Sem dar ouvidos aos amigos, o sapo estufou tanto que explodiu como um balão de gás.
– É nisso que dá não se conformar com o que se é... – disse a coruja, que não pensava em outra coisa a não ser continuar sendo ela mesma.
Não tente imitar os outros.
Seja sempre você mesmo.
Fábulas – Esopo


Após a leitura do texto, responda às questões que se seguem.

1 – De acordo com o texto, podemos afirmar que o sapo era invejoso? Por quê?
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

2 – O sapo não parou de estufar e não deu ouvidos aos seus amigos. O que aconteceu com
ele?
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

3. Escreva, dentro dos parênteses, que bicho disse:

a) “_Querem ver como eu fico do tamanho desse animal?” (_____________________)



b) “_Impossível!” ( ________________ )



c) “_Absurdo!” (___________________)



d) “_Esqueça!” (___________________)

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Avião de Papel


Avião de Papel
De dobra
Em dobra.
O papel de jornal
Virou um
Avião
E voou...
Caiu perto
Do lago,
E um patinho
Apareceu
pra xeretar.
Veio um vento forte.
O avião decolou
E o patinho levou...
Voava contente,
Quando de repente
Surgiu algo de
Bater os dentes!
Era o rabo da vaca
Balançando
Pra lá, pra cá.
Foram em frente
Quando novamente...
Fantasma! Que nada!
Era um lençol
Que secava ao sol...
SIGUEMOTO, R. Avião de papel. Belo Horizonte: Compor, 1998.


Compreendendo o texto

1. Quem é a personagem principal dessa história?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
2. Você já brincou com aviãozinho de papel?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
3. De que tipo de papel era feito esse aviãozinho?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

4. O aviãozinho meteu-se em várias situações. Só que ela estão misturadas e
com algumas palavras faltando. Ajude a descobri-las, completando as frases:
a) Ficou assustado com o _______________ de uma______________________.
b) O avião de papel feito com __________________________ voou.
c) Confundiu um _____________________ com um _____________________.
d) Caiu perto de ___________________ e levou um _____________________.

5. Renumere as frases do exercício anterior, de acordo com a ordem dos acontecimentos na
história.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
6. O texto que você leu é uma história. Toda história é uma narrativa, que envolve personagens e
é contada por alguém.
a) A personagem do texto Avião de Papel é quem conta a história?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
b) Quem está contando essa história?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
7. Copie do texto a parte em que mostra que o aviãozinho levou o pato que estava no lago.
______________________________________________________________________________
_________________________________________________

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