Livro: A Fragilidade de Rebeca.
Este livro conta a história de uma rãzinha que tem osteogênese imperfeita (ossos de vidro). Faz parte da coleção Ciranda das Diferenças, de Márcia Honora. "Rebeca é uma rã que nasceu diferente das outras. Ela tinha uma fragilidade muito grande que fazia com que seus ossos se quebrassem ao mínimo toque. Como será que ela irá aprender a lidar com esta situação?"
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A Fragilidade de Rebeca
(Márcia Honora)
No lago do bosque florido moravam muitos animais e, entre eles, um casal de rãs: dona Guilhermina e seu Crispim. Eles eram respeitados por todos.
Dona Guilhermina estava muito preocupada porque a médica que acompanhava o rompimento do seu ovo, a doutora Maria da Luz, havia lhe dito que algo não ia bem com seu bebê.
Foi numa noite de lua cheia que dona Guilhermina começou a sentir que seu ovo iria se romper. A ansiedade em ter a sua rãzinha nas patas era grande, mas o receio de ela nascer com algum problema grave era ainda maior.
Dona Guilhermina e o ovo foram levados pelo seu marido, seu Crispim, à maternidade do bosque. A equipe da doutora Maria da Luz já os estava esperando.
Quando a bebê rã nasceu, ela chorava sem parar, como se estivesse sentindo muita dor. A doutora Maria da Luz a levou correndo para fazer exames de raio x. Dona Guilhermina estava inconsolável.
A doutora Maria da Luz fez um exame de raio x na pequena rã, que foi chamada de Rebeca. A médica descobriu que, ao nascer, Rebeca havia fraturado diversos ossinhos. Dona Maria da Luz então descobriu que Rebeca possuía uma fragilidade em seus ossos chamada “ossos de vidro”, o que indicava que poderia quebrá-los ao mínimo toque.
Logo depois do exame, Rebeca teve que imobilizar uma patinha traseira e as duas frontais devido às suas fraturas. Quando Rebeca foi visitar sua mãe pela primeira vez, já estava cheia de talas.
Dona Guilhermina ficou muito preocupada em não saber cuidar da pequena Rebeca e, ao pesquisar sobre a doença, descobriu que talvez Rebeca nunca pudesse andar e que teria que usar uma cadeira de rodas. Além disso, a rãzinha precisava ter muito cuidado ao se movimentar.
Rebeca demorou alguns dias para sarar das primeiras fraturas causadas pelo parto. Com o passar do tempo, dona Guilhermina percebeu que seu Crispim estava muito distante dela e do bebê. Certo dia, seu Crispim disse que iria embora de casa.
Dona Guilhermina se sentiu ainda mais triste, mas agora tinha uma filha que precisava muito dela. Logo, Rebeca cresceu e já queria brincar com os outros sapos do jardim.
Dona Guilhermina, como era muito criativa, inventou brinquedos diferentes e leves para que Rebeca brincasse sem se machucar. Uma das ideias foi uma bola feita de meia.
Com sua frágil patinha, Rebeca passava o dia brincando com sua bola. Sua mãe havia lhe comprado uma cadeira de rodas muito moderna que tinha até luz e buzina.
Rebeca percebia que as outras rãs da sua idade pulavam pelo jardim com muita facilidade. Mas quando foi tentar fazer igual, crec! Mais uma patinha quebrada. Então, lá foi Rebeca novamente para o hospital colocar gesso na patinha.
Ela percebeu que teria algumas limitações físicas, mas sua criatividade era infinita e sempre iria, junto com a sua mãe, descobrir uma maneira de viver feliz mesmo sendo uma rã diferente.
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