O que é um livro para a criança?
O livro para a criança
que não lê de forma convencional
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Texto de Ivanise Meyer
O que significa um LIVRO para uma criança?
Pergunte para uma criança de qualquer idade:
- O que é um livro?
As respostas variam conforme as experiências que já tenham vivido.
Para um bebê é algo para colocar na boca, tocar, agarrar, jogar.
Para uma criança de 2 ou 3 anos, além de algumas ainda colocarem na boca, é algo que tem imagens que chamam atenção.
Para uma criança de 4 ou 5 anos, é algo que tem imagens e letras.
Para uma criança de 6 ou 7 anos, é algo que tem uma história com imagens.
No universo infantil, o livro é um brinquedo. E neste sentido, "ler é brincar", como diz Rubem Alves.
Assim como outras brincadeiras, o livro é um brinquedo que se aprende na
interação com quem lê. A mãe que lê, o pai que lê, a avó (ou avô) que
lê, a professora que lê, resumindo: o adulto lê para a criança e
compartilha com ela como se brinca com esse "brinquedo feito com
letras".
E quando o livro vira brinquedo? Vira pista, vira parede, vira telhado?
Quando a criança confere outro significado ao livro, quando ele deixa de
ser um brinquedo de letras e passa a ser elemento de outras
brincadeiras, ela está só fazendo o que faz de melhor: brincar. A
criança sabe que naquele momento o livro é "outra coisa".
Se deixamos a criança experimentar o livro como um objeto qualquer, ela vai simplesmente brincar com ele, mas sem estabelecer uma relação com a "leitura de mundo" que pode ser feita com ele. Então não basta apenas colocar os livros em uma caixa e pensar que a criança saberá o que fará com eles...
Como a criança aprende o que é um livro? O papel do adulto que é mediador de leitura é fundamental. Afinal, "ninguém nasceu sabendo". A criança aprende a ser um "leitor" vendo esse comportamento em outras pessoas, especialmente no adulto que lê para ela.
Se deixamos a criança experimentar o livro como um objeto qualquer, ela vai simplesmente brincar com ele, mas sem estabelecer uma relação com a "leitura de mundo" que pode ser feita com ele. Então não basta apenas colocar os livros em uma caixa e pensar que a criança saberá o que fará com eles...
Como a criança aprende o que é um livro? O papel do adulto que é mediador de leitura é fundamental. Afinal, "ninguém nasceu sabendo". A criança aprende a ser um "leitor" vendo esse comportamento em outras pessoas, especialmente no adulto que lê para ela.
Quando uma criança
que ainda não lê de modo convencional olha um livro, ela lê:
♥ Lê a capa: observa
que há algo escrito na capa, reconhece letras, reconhece o título, percebe que
a imagem dá pistas sobre como será a história.
♥ Lê as imagens:
todas as imagens são "lidas" (percebidas) pela criança, por isso é
importante mostrar as imagens seguindo a sequência das páginas. A criança vai
percebendo que precisa passar uma página de cada vez.
♥ Lê o texto: ela já
percebe que há algo escrito, e que esse escrito pode ser lido. Ela aprende que
esse escrito é a história ou poesia escrita por alguém. Aos poucos, conforme
amplia sua experiência leitora, ela começa a perceber as letras, as palavras e
frases.
♥ Lê quem é o autor: há livros que
trazem a foto do autor e do ilustrador da história, e as crianças começam a
conhecer quem escreveu aquele livro.
♥ Lê recomendando: quando uma criança
gosta de um livro, ela recomenda a leitura para outra.
♥ Lê partilhando: muitas crianças
gostam de ler juntas, compartilhando seus diferentes conhecimentos.
♥ Lê com amor: livro é algo que amamos, que cuidamos com carinho.
Vamos brincar de ler com nossas crianças?
Tenho certeza que você vai se divertir muito!
Beijinhos,
Ivanise Meyer.
♥♥♥
Sugestão de vídeo sobre como um livro é produzido,
da série DE ONDE VEM:
24 de junho de 2014
Fátima Miguez
Fátima Miguez (1954-2014), carioca, formada em Letras pela UFRJ e professora do Departamento de Ciência da Literatura da UFRJ desde 1979.
Autora de literatura infanto juvenil, teve seu primeiro livro lançado em 1998, A cama que não lava o pé, seguido, em 1999, pelo segundo título Em boca fechada não entra mosca.
Vários de seus livros receberam o selo "Altamente Recomendável" da FNLIJ.
Ganhou o prêmio Alejandro José Cabassa, da UBE, com o livro Seu Vento soprador de Histórias,
que foi também finalista do Prêmio Jabuti de Melhor Livro Infantil e,
em 2005, foi publicado na França pela editora Passage Pietons com o
título Le Vent souffleur d'histoires.
Para conhecer os outros livros da Fátima Miguez clique aqui.
~~~ (^-^) ~~~
Aqui compartilho uma entrevista que Fátima concedeu ao Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (publicado em 18/03/2013):
(...) O site do Santuário traz uma entrevista exclusiva com a Fátima
Miguez, sobre as aventuras e desventuras dessa arte de fazer e contar
Histórias.
Site: Quantos livros já escreveu? Existe algum que você considera a
essência do seu trabalho? Está escrevendo algum livro atualmente?
Poderia nos contar um pouco desse novo projeto?
Fátima: São 21 livros publicados ao longo de
13 anos como escritora profissional. Cada livro lançado é como um filho,
gerador de vida no imaginário da infância. Revisitar esse universo
mágico da criança, onde brincar revela-se como uma forma de conhecer e
experimentar o mundo, é uma constante na minha produção.
Tenho alguns livros que tematizam a infância
e, um deles, em especial, essencializa o meu trabalho, é o volume
"Paisagens da Infância", da Editora Nova Fronteira. Esse livro é um
resgate de brincadeiras tradicionais, como, por exemplo, amarelinha,
passar o anel, ciranda de roda, que são jogos atemporais e devem fazer
parte da infância de qualquer geração.
Escrevo também livros teóricos para o acervo
de professores, de educadores. Acabei de lançar, no Salão do Livro para
Crianças e Jovens, o livro "A Literatura na leitura da infância" e,
atualmente, estou começando novo projeto sobre "Os contos de fada na
sala de aula". É uma pesquisa que envolve a origem da literatura
infantil na Europa do século XVII, precisamente em 1697, com a
publicação dos "Contos da Mamãe ganso", do francês Charles Perrault,
segue até a Alemanha dos Irmãos Grimm, no século XIX, passando pelo
dinamarquês Hans Christian Andersen, até tais contos de fada chegarem ao
Brasil no século XIX e, finalmente, se revitalizarem no século XX e
XXI.
Site: Num país onde ainda se lê muito pouco, como incentivar na criança o gosto pela leitura?
Fátima Miguez: Realmente ainda não somos um
país leitor. Precisamos investir mais na formação do leitor, na
qualidade do livro, nas políticas de incentivo à leitura. O primeiro
passo para incentivar na criança o gosto pela leitura começa na família.
A família é essencial na construção e perseverança do leitor, fruto de
uma iniciação. Quanto mais experiências com livros a criança tiver,
maior será seu repertório de leituras. O convívio familiar, num clima de
envolvimento constante com os livros, desperta a curiosidade da
criança, abrindo-lhe oportunidades de ouvir e presenciar leituras
alheias. Portanto, presentear a criança com livros de literatura é
iniciá-la no caminho da leitura reveladora.
Site: Na arte de contar história, o que deve ser evitado?
Site: Na arte de contar história, o que deve ser evitado?
Fátima Miguez: Deve-se evitar numa contação de histórias: os vícios de linguagem; inserir perguntas no decorrer da história; denunciar o erro apenas porque trocou uma palavra por outra; interromper a história, parar a narração; tropeçar nas palavras.
Site: O que você diria para quem deseja ser um contador de história?
Fátima Miguez: Que todo contador de histórias tem que gostar de literatura, de leitura. Mesmo que ele ainda não tenha um acervo acadêmico de histórias, ele deve ter, pelo menos, um fascínio por histórias ouvidas, contadas no ambiente familiar, na vizinhança, através da oralidade.
Site: Quais as dicas que você daria para a escolha de um livro para a criança?
Fátima Miguez: O livro de literatura infantil tem que ser considerado como um objeto completo, portador da palavra e da imagem (ilustração) em dialógica comunhão artística. O acesso a uma literatura de qualidade passa pelo encontro dessas duas artes. Mas nunca se deve esquecer que a qualidade literária privilegia a imaginação, como primeira experiência de leitura do mundo da criança. Portanto, o livro para a infância tem que falar à imaginação da criança.
Site: Hoje a criança tem acesso a informação mais rapidamente através do computador, televisão, isso dificulta o interesse da criança pelo livro?
Fátima Miguez: Sim, com certeza. O que ocorre
é que esses meios de comunicação tecnológicos já trazem tudo prontinho,
programado, eles apagam a imaginação da criança, motor natural da
infância. O livro acende a fantasia, ilumina a curiosidade, provoca uma
participação produtiva da criança. Que a criança tenha acesso a toda
modernidade, com limites, mas também sejam garantidas a elas o espaço do
lúdico, da imaginação, através da leitura de bons livros, das
brincadeiras ao ar livre, do convívio afetivo familiar.
Site: Como você percebe o mercado dos livros infantis no Brasil?
Site: Como você percebe o mercado dos livros infantis no Brasil?
Fátima Miguez: O mercado editorial infantil e juvenil vem crescendo a cada ano. Cada vez mais os editores investem na qualidade do livro estimulando escritores e ilustradores a uma constante produção. É um mercado que vem se destacando no cenário editorial brasileiro.
Site: Como foi a experiência da Oficina de Contadores de História no Santuário?
Fátima Miguez: Foi gratificante e edificante. Pela primeira vez, depois de já ter formado tantos outros grupos de contadores de histórias, em espaços diversificados, deparei-me com um grupo, de 22 componentes, que reuniu faixas etárias dos 13 aos 81 anos. E o que é melhor: da adolescência à velhice, o encanto foi o mesmo. Nas duas pontas da existência, as histórias, os ensinamentos revelaram-se de forma apaixonada, comprometida, enriquecedora. Acredito que eu tenha recebido mais do que tenha dado, só tenho a agradecer a Deus por essa renovadora experiência em minha trajetória profissional.
Site: Que mensagem você deixa para os internautas do Santuário?
Fátima Miguez: Uma mensagem de amor aos livros, à Poesia, à Literatura, ao mundo da infância. Estamos celebrando, neste final de semana, o dia das Mães, dirijo-me a cada mãe, frequentadora do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, desejando que Maria, exemplo de maternidade, inspire a cada uma na educação de seus filhos orientando e abençoando a família sempre em busca da construção de um mundo melhor.
Fonte: http://www.santuarioperpetuosocorro.org.br/detalhar_noticia.php?id=1091
(^_^)
A
escritora infanto-juvenil Fátima Miguez participa do programa do
Ziraldo na TV Brasil (2010). Fátima conversa com Ziraldo sobre seus
livros, o trabalho fabuloso do pintor Cândido Portinari e como ele
aparece nos seus livros. Uma entrevista interessante e cultural que nos
remete a imaginação infantil e a nossas lembranças da infância.
1.ª parte
2.ª parte
Em 19 de junho de 2014, Fátima Miguez partiu... O céu ficou mais cheio de poesia...
O escritor Celso Sisto escreveu uma homenagem à amiga que compartilho aqui com vocês:
Migração
sol
lâmina cortante
talho
que a linha reta
insiste em bordar
fio luminoso
que liga também
o que já se exilou.
se a vida
que se transfere
para outros reinos
souber honrar
a história
a memória da voz
na infância dos tempos
não deixará
um “era uma vez”
sem casa.
asa asa asas
o voo doce de Fátima
fundou o materno lar
e o círculo
que um dia
fará nossa fortuna.
as palavras amadas
nunca são breves
e nunca têm fim.
Celso Sisto
20 de junho de 2014
sol
lâmina cortante
talho
que a linha reta
insiste em bordar
fio luminoso
que liga também
o que já se exilou.
se a vida
que se transfere
para outros reinos
souber honrar
a história
a memória da voz
na infância dos tempos
não deixará
um “era uma vez”
sem casa.
asa asa asas
o voo doce de Fátima
fundou o materno lar
e o círculo
que um dia
fará nossa fortuna.
as palavras amadas
nunca são breves
e nunca têm fim.
Celso Sisto
20 de junho de 2014
Organizado por Ivanise Meyer
Poderá também gostar de:
23 de junho de 2014
Livros de Fátima Miguez
Livros de Fátima Miguez
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Sua
trajetória como escritora deve-se ao filho Tiago: “Foi ele quem
pressagiou o meu caminho de escritora ao pedir, aos três anos, que lhe
inventasse histórias”.
(^_^)
Nas arte-manhas do imaginário infantil: o lugar da literatura na sala de aula (Ed. Zeus, 2000)
"Este
é livro para aqueles que confiam, ou melhor, para aqueles que têm
esperança. Esperança no mundo, na vida. Se o mundo é uma escola, ler a
existência é tarefa de todo ser humano, aprendiz. Trabalhar com a
criança, que, saber pratica essa leitura intuitivamente, e possibilitar
que o lúdico exercício de decodificação se amplie e se renove a cada dia
é tarefa da escola, lugar privilegiado onde o professor também deve
estar diariamente disposto a descobertas.
Educadores,
professores e pais terão aqui material de trabalho, sugestões, relatos
de experiências, resultados de pesquisas mas, sobretudo, espaço
compartilhado para o pensamento reflexivo sobre a leitura - mola
propulsora do desenvolvimento integral da criança."
(^_^)
A cama que não lava o pé (DCL, 1998)
"A autora conta em versos a história de Zé, um menino que adorava pé de cadeira,
de gente, de bicho... A narrativa poética dá um salto quando Zé conhece o pé de uma cama que,
tal qual o pé de feijão de João, é o passaporte para um mundo de sonhos. As ilustrações acompanham o tom fantasioso do texto."
(^_^)
Em boca fechada não entra mosca (DCL, 2003)
"A boca da Negra de Tarsila Amaral se abre em intenso falatório no terceiro volume da sérieCom uma história na mão. Fala pela poesia deFátima Miguez o que não se diz, em metáfora à voz brasileira, beiçuda e carnuda, tantas vezes forçada a se calar. O texto celebra também traços da cultura nacional."
(^_^)
Com o coração na mão (DCL, 2000)
"Brincando com os cinco dedos da mão, aautora converte em verso a trajetória artística do paulista Cândido Portinari. Rimas populares, como a da trova do
“Hoje é domingo”, aparecem em meio ao texto, com ilustraçõesde Graça Lima. Ao final do livro, glossário da biografia e a arte do pintor completam a obra."
(^_^)
Quem não arrisca não petisca (DCL, 2002)
"Muita
saúva e uma viúva. O que uma plantava a outra colhia. Assim a plantação
da viúva era devorada. A rivalidade só acaba com a saúva na frigideira.
Neste primeiro volume da coleção, a autora transforma saber coletivo em
literatura. Por meio da poesia, apresenta provérbios da tradição oral
de maneira contextualizada."
(^_^)
Cada sapo com seu papo, cada princesa com sua sutileza (DCL, 2004)
"Nessa história de amor entre um sapo-menino e uma princesa-menina, provérbios brasileiros viram versos e rimas envolventes em uma adaptação bem brasileira do conto Príncipe-rã ou Henrique de Ferro, dos Irmãos Grimm. As ilustrações de Marilda Castanha envolvem essa narrativa poética."
(^_^)
Quem vê cara não vê Coração (DCL, 2004)
"A poesia de Fátima Miguez pincela nesse livro a obra de Anita Malfatti. As ilustrações de Graça Lima, parceira na série, revisitam aqui a essência da modernista, na ânsia de ver o coração de quem se fez por meio de inúmeros rostos.
O volume traz biografia e telas da pintora homenageada."
(^_^)
Paisagens da Infância (Ed. Zeus, 2003)
"Fátima
Miguez e Victor Tavares, na obra 'Paisagens da Infância', passeiam,
através da poesia, pelas lembranças de uma infância livre e feliz, que
enriquecem suas existências de afeto e amizade. Texto e ilustrações
caminham em perfeita sintonia e traçam um contraponto entre a infância
dos autores e a infância das crianças de hoje."
(^_^)
Paisagens Brasileiras (DCL, 2003)
"Obras dos artistas Tarsila do Amaral, Candido Portinari e Lasar Segall
inspiram e ilustram este livro.
São 20 poemas que retratam o Brasil, o povo e as tradições, mostrando um pouco da história do movimento que revolucionou as artes
brasileiras no início do século 20. No final do livro, há um apêndice com as biografias dos pintores e comentários sobre os quadros."
(^_^)
Perto dos olhos, perto do coração (DCL, 2001)
"Um
velho ditado Longe dos Olhos, Longe do Coração é ressignificado na
travessia do olhar poético, de Fátima Miguez, por algumas telas do
artista plástico Lasar Segall. O livro revisita provérbios, onde o
presente e o passado se encontram na circularidade da criação. Recriando
em conhecido ditado, podemos evidenciar que o que os olhos lêem, o
coração sente basta identificar os segredos do coração na poética do
olhar."
(^_^)
Brasil-Menino (DCL, 2006)
A poesia de Fátima Miguez
inspira-se nas obrasde artistas como Almeida Junior, Portinari, Djanira e Orlando Teruz para contar o lúdico e o cotidiano da infância dos meninos do Brasil do período colonial aos tempos atuais. As ilustrações de Pedro Rafael dialogam com a poesia e as obras de arte.
(^_^)
Brasil-Lendário (DCL, 2009)
"A
Cuca, o Bicho-Papão, a Vitória-Régia, o Negrinho do Pastoreio, o
Uirapuru e o Curupira estão todos aqui. E não estão sozinhos. Nomes da
arte brasileira retratam cores e pinceladas de um Brasil que está na
boca do índio, do negro e de todo este Brasil brasileiro. Brasil de
peixe, de boi, de Cobra-Grande e sereia. De crença e de fé. É Santo
Antônio que prega aos peixes, é Judas que cumpre sua pena. "
(^_^)
Quando o sabiá canta, nossos males espanta (DCL, 2003)
"Porta-voz
da realidade brasileira, é o sabiá que conduzirá essa narrativa
poética, contando a história de dois reinos diferentes: o reino do Aqui e
o reino do Lá. Em Quando o sabiá canta, nossos males espanta, Fátima
Miguez parte de 21 provérbios para envolver o leitor nessa fábula
nacional, acompanhada dos traços de André Neves."
(^_^)
Se essa rua fosse minha (Nova Fronteira, 2013)
"Se
essa rua fosse minha nos leva até a Rua da Infância, onde o tempo
alcança “uma roda de crianças” no meio da praça, no meio da rua livre e
sua. De mãos dadas com a infância vamos entrar na roda e perpetuar essa
brincadeira atemporal que devolve à criança sua verdadeira identidade
infantil.
Com
rara habilidade e poesia, Fátima Miguez cria versos lúdicos que
resgatam a cultura popular das cantigas de roda e as brincadeiras
tradicionais, apresentando às novas gerações o rico imaginário infantil
brasileiro de todos os tempos. Thais Linhares entrou nessa roda e
ilustrou Se essa rua fosse minha com maestria, ladrilhando as páginas
com pedrinhas de brilhantes para o leitor passar."
(^_^)
A turma do ABC (Nova Fronteira, 2011)
"A
turma do ABC é uma tentativa de, por meio do texto literário, levar o
leitor em fase de alfabetização a um encontro lúdico com as letras, com
as sílabas, com as palavras em construção. Brincar, ler e criar, neste
projeto pedagógico, são verbos que se somam na aquisição das sílabas e
precisam caminhar juntos no ato de aprender a ler. É
no jogo divertido com a turma do ABC que as “crianças escritoras” vão
reunir “as consoantes/ com as vogais ajudantes/ na construção das
palavras”. Que esse primeiro encontro com as letras seja um caminho
prazeroso e edificante para a formação de um leitor apaixonado com
fôlego para folhear todas as leituras do acervo literário que o
aguardam no futuro! As ilustrações de Cristina Biazetto vão contribuir,
com a leveza divertida dos seus traços, para aguçar mais ainda o
interesse pela turma do ABC e pela leitura."
(^_^)
Bucha de balão ou bruxa de vassoura na mão? (Ed. Zeus, 2005)
"De
uma forma poética e bem humorada, 'Bucha de balão ou bruxa de vassoura
na mão?' fala de um problema que incomoda muitas crianças - a língua
presa, ou língua-de-trapos, como diz o texto. Aquele deslize da fala que
pode causar 'um grande mal entendido (...) um ruído que atrapalha na
hora da comunicação'. Brincando com maestria com as palavras, Fátima
Miguez vai relatando o problema dos 'caçadores de letras' e segue
contando a história de Tiago, 'um menino travador', que na hora de
contar uma história, deixa seu ouvinte cheio de perguntas pois a falta
das letras R e L desvirtuam toda a história. As rimas dão ao livro a
leveza e o ritmo característicos da obra de Fátima Miguez, que continua
inovando a cada livro, a cada novo poema, tratando de temas os mais
diversos com delicadeza e simplicidade."
(^_^)
Inventário do Lobo Mau (DCL, 2006)
"Inspirada em algumas fábulas de La Fontaine e no famoso conto Chapeuzinho Vermelho, a narrativa reveste-se de um conteúdo crítico de brasilidade ao reunir 30 provérbios em um processo de apropriação e reconstrução do fabulário tradicional."
(^_^)
Onde está a Margarida? (Editora Lucerna, 2004)
"Margarida
[...] é o ponto de partida nas viagens pela vida..." Com a maestria que
lhe é peculiar, Fátima miguez demonstra, mais uma vez, sua
versatilidade com as palavras e seu domínio num gênero para poucos: a
poesia. Evocando tradicionais cantigas de roda, que permeiam e conduzem
todo o texto, ONDE ESTÁ A MARGARIDA? fala sobre o amadurecimento, as
fantasias e as descobertas da personagem título, uma menina-mulher em
fase de crescimento."
(^_^)
Seu Vento soprador de histórias (Manati, 2008)
"Com
rimas, música, poesia e profundo conhecimento da tradição oral e do
folclore infantil, a autora recria o imaginário que envolve as
brincadeiras de roda, as cantigas e cirandas. Uma deliciosa parlenda. Um
jogo literário e lúdico no qual o Vento cirandeiro, alquimista da
energia, ora trava línguas, ora arranca suspiros e risadas da criançada.
Um sopro de fantasia e festa na vida do leitor. Um antídoto contra as
angústias da vida moderna. Uma brisa mansa e serena para unir as mãos de
adultos e crianças na ciranda da vida e resgatar o melhor da infância."
(^_^)
Brasil - Folião (DCL, 2007)
"As festas populares e a música brasileira foram escolhidas
por Fátima Miguez para representar a cultura nacional. A riqueza e a intertextualidade são garantidas por obras de artistas como Debret, Rugendas,
Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, entre outros,
e pelas pirogravuras de Mauricio Negro."
(^_^)
As paredes têm ouvidos (Nova Fronteira, 2011)
"Diz
o ditado que “as paredes têm ouvidos”, mas “não é ouvido de gente,/ mas
ouvido inventado,/ com outro significado...” O provérbio que dá título a
este livro, assim como tantos outros, pertence ao imaginário popular,
ao acervo oral da humanidade. De fácil memorização por parte do falante,
os provérbios fazem parte do repertório das crianças, antes mesmo da
alfabetização. É a cultura popular se manifestando por meio de imagens,
de combinações poéticas, imprimindo na infância a visão mágica do mundo.
“O dito popular é invento,/ brincadeira da infância/ no quintal do tempo.” De forma lúdica, bem ao gosto da criança, Fátima Miguez trata, assim, os provérbios divertindo o pequeno leitor e todos aqueles que embarcam na fantasia dessa tradição folclórica. As ilustrações de Cristina Biazetto dialogam com o clima bem-humorado do texto, dando asas à imaginação do leitor a promover uma pausa criadora de sugestivos significados."
(^_^)
Sabores da Infância (Ed. Universo da Literatura, 2013)
Vamos
visitar os versos iniciais do poema 'Sabores da infância' para abrir
esse banquete poético da culinária infantil: "Cozinha de criança/ tem
doce de todo paladar; / criança tem fome de inventar". Minha infância
foi recheada de muita fantasia, cada doce que me era apresentado
inquietaria minha imaginação com a inventividade dos nomes: papos de
anjos; mil-folhas, maria-mole, pastel de vento, peitinho de maça, pé de
moleque, olho de sogra, barriga-de-freira, sonho, brevidade, suspiro,
entre outras. Sâo lembranças agradáveis de um tempo mágico que, hoje,
através da poesia, invento, reinvento para você leitor, brincar com os
sabores e sabores da cozinha da infância que "não precisa de farinha;/
não precisa de balança;/ basta um gole de fatia / e uma dose de
fantasia".
(^_^)
Realizei
esta pesquisa utilizando a internet (sites de editoras e lojas on line)
para capturar as imagens das capas e sinopses dos livros.
Para saber mais sobre a Fátima Miguez, clique aqui.
Organizado por Ivanise Meyer
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