"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

quinta-feira, 26 de junho de 2014

COMO LIDAR COM A RECUSA ALIMENTAR DO FILHO


A hora de comer nem sempre significa momentos agradáveis. Às vezes pode resultar em situações de estresse quando a criança recusa comer o que os pais oferecem. Saber agir nestas ocasiões é um ponto chave para não piorar a relação da criança com o alimento.

A nutrição é um fator de grande importância para o desenvolvimento dos filhos, quanto à saúde e também quanto ao comportamento à mesa. 

O primeiro passo é saber se a criança gosta do alimento, às vezes no primeiro momento aquele prato rejeitado por ela pode ser gostoso se apresentado de outra forma ou feito de maneira diferente. Nutricionistas revelam que forçar não é a melhor ação nessas ocasiões. Pelo contrário, além de provocar uma atmosfera negativa, ocasiona o medo e o nervosismo na criança.

Queremos que a criança coma ingredientes saudáveis e vez por outra tentamos compensar, prometendo um doce ou um chocolate caso a criança aceite comer uma verdura, por exemplo. Apesar de funcionar em determinadas situações é uma ação que deve ser evitada. O melhor é se não quer comer a sopa, então a opção será a fruta, se não quer a fruta vai esperar até a próxima refeição.

Entre 3 e 5 anos, as crianças são mais propensas a ter medo do novo e de experimentar novos sabores. Por isso é importante o entendimento dos pais em saber diferenciar birra e momentos que funcionam como desafios para a criança. A paciência é o que vai fazer a diferença. Lembre-se que todos nós já recusamos algum alimento e, posteriormente, ele passou a fazer parte do nosso cardápio.

Um detalhe é saber que a quantidade que a criança pode ingerir é bem menor do que a do adulto, então a satisfação na hora de se alimentar será com pequenas porções e isso será suficiente. Não tente grandes quantidades, respeite sempre a idade da criança. Há artigos sobre saúde que ajudam a esclarecer dúvidas, tome nota de algumas dicas para ter uma vida mais saudável e praticá-las com os filhos.

Sempre que for possível faça da atmosfera das refeições momentos agradáveis, comer em família é uma ótima oportunidade para ser vivenciada juntos. Nos fins de semana quando há mais tempo livre faça receitinhas e peça a ajuda da criança, tente explicar a importância da alimentação saudável, mostre a variedade das cores das frutas e verduras, a presentação da comida é algo muito notado pela curiosidade inerente à infância.

Se você tiver dúvidas sobre a alimentação, procure um pediatra ou indicação de um bom profissional de nutrição, use seuplano para consultas sempre que se sentir insegura quanto à maneira de agir e caso a criança tenha um nível de rejeição muito grande na hora de se alimentar. A má alimentação ou a ausência de certas vitaminas e nutrientes provocam doenças e em alguns casos reduz a produtividade na escola e no aprendizado.





TÉCNICA PARA AUXILIAR O BEBÊ A SENTAR: ALMOFADA

Que tal confeccionar essa almofada-calça?





Veja abaixo como é simples!


Do que você irá precisar: 
  • Uma calça jeans ou de sarja velha, de preferência masculina, que tem as pernas mais largas (tem que ser de um tecido bem firme, como jeans ou sarja) 
  • Flocos de espuma ou fibra acrílica para fazer o enchimento (se você usar fibra acrílica irá precisar de 4 a 5m de fibra, caso essa fibra tenha 1,40m de largura) 
  • Linha grossa e agulha para costurar. 
  • Fitas, botões, elástico e brinquedinhos para fixar nas pernas da calça e atraírem o bebê. 


Como fazer:

Costure primeiro o cós da calça. Pode ser à mão mesmo. Em seguida, encha a calça com flocos de espuma ou fibra acrílica, de forma que ela fique bem firme (pode apertar bem o enchimento e colocar bastante). 

Preencha até mais ou menos a altura do joelho. Amarre nesse ponto com uma fita e corte o que sobrou da calça (parte da perna sem enchimento).

Assim que você produziu a base, fixe na perna da calça fitas, botões e brinquedinhos que atraiam o bebê. Legal é fixar essas coisas com um elástico firme, porque o bebê provavelmente irá pegá-las e querer levar à boca. Cuide para não fixar os “chamarizes” muito para trás (perto da prte de cima da coxa), se não o bebê tentará pegá-los e cairá para trás. Uma altura legal para começar a prender é do meio da coxa para frente. 

Prenda pelo menos um atrativo em cada perna e TOME MUITO CUIDADO para fixar tudo muito bem para não correr o risco de acontecer algum acidente, com o bebê arrancando e engolindo os atrativos (ou só fixe coisas grandinhas, que ele não possa engolir).





Como usar: 

Almofada sendo usada como suporte na frente.


Depois de pronta a almofada-calça, sente o bebê de costas para o cós da calça, olhando para os joelhos dela. Sempre sente-o no chão e com um edredon ou tapetinho fofinho embaixo, para evitar acidentes. A parte do quadril da calça irá sustentar as costinhas do bebê e as pernas os seus bracinhos e laterais do corpo.

Outra opção é sentar o bebê com um encosto qualquer (e seguro) nas costas e colocar a calça na frente dele, com o rosto dele visualizando o quadril da calça e os joelhos para trás do seu corpinho. No meio entre o bebê e a calça coloque brinquedos, para ele se divertir. Se ele tombar para frente, será protegido pela calça.


Fonte: Blog Macetes de Mãe


sexta-feira, 13 de junho de 2014

COMO INCENTIVAR A LEITURA NA INFÂNCIA


Na fase quando podemos investir e introduzir hábitos positivos é na infância, arrumar os brinquedos depois de usa-los, deixar as tarefinhas em dia, e muito importante, o hábito de ler. Sabemos que a tecnologia trouxe muitas facilidades, inclusive no meio das letras e outras na área do entretenimento. Porém, o tradicional livro não sai de moda.

As crianças têm desde cedo a chance de provar todas as parafernálias eletrônicas e os pais até admiram a desenvoltura e rapidez que eles, os pequenos, aprendem, até mais rápido do que os adultos, nada de mal nisso. Mas é bom tentar mante-los ligados ao universo da literatura, porque é através dela que conseguimos desenvolver o senso crítico, melhorar o conhecimento pessoal e do mundo, e de quebra, melhorar a escrita e a competência linguística.

As primeiras leituras são sempre ligadas a hora de lazer, ou descanso, hora de dormir, historinhas de contos de fada, personagens mágicas e que despertam na criança o interesse pelo universo fantasioso da literatura. Isso significará momento de espontaneidade em família. Junto com esse exercício tente explorar a imaginação infantil após a leitura de um livro didático e peça para a criança fazer desenhos de acordo com o que ela entendeu da historinha ou fazer a sua própria versão. 

Uma maneira de incentivar é, de acordo com a idade, visitar livrarias e bibliotecas e faze-los escolher o que mais chama a atenção. Talvez não seja o livro que você esperasse seu filho optar, mas isso faz com que a criança se sinta importante na escolha. 

Por que não montar uma mini biblioteca no quarto e organizar o cantinho da leitura? São atitudes simples mas que na maioria dos casos no futuro revertem em bons resultados. Além de que, são os grandes escritores que traçam o perfil das gerações em suas obras e guardam informação através de suas linhas que são pontos importantes para conhecer o próprio país e sua história. Profissionais de pedagogia revelam o quanto é relevante esse investimento em casa, porque agrega valor às atividades na escola.

É vantajoso também procurar temas do dia a dia e incluir como opções de leitura, como a saúde da criança. Se você se preocupa em pagar um plano de saúde para ela, invista também em bons hábitos que funcionam como prevenção de doenças, como higiene bucal, alimentação e hábitos esportivos. Há livros escritos exatamente para despertar essas ações nas crianças através de personagens engraçados e lúdicos.

Como você incentiva seu filha(a) a ler?

sexta-feira, 30 de maio de 2014

A MÁGICA DO LEITE MATERNO



Feito para você especialmente para seu bebê

... e ele tem sabor e aroma diferentes todas as vezes”


Colostro

Nascimento a 3 a 5 dias.
Média de 30 ml de colostro durante as primeiras 24 horas pós-parto (3 ml/mamada e média de 10 mamadas)

- Cor: fluido claro a dourado.
- Primeira imunização natural.
- Proteção natural contínua mesmo que seu bebê seja prematuro ou não esteja bem.
- Rico em vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K).
- Produzido em pequenas quantidades.
- Prepara o estômago de seu bebê para digestão.
- Rico em fatores de crescimento.
- Efeito laxativo para acelerar a passagem do mecônio.

Leite de transição
3-5 dias a 14 dias
Média aumentando para 500 ml ao dia parto (50 ml/mamada e média de 10 mamadas).
- Leite se torna mais claro (cor).
- Proteção natural contínua.
- Contém enzimas essências ativas e hormônios.
- Muda de ingredientes e quantidade de mamada a mamada.
- Quanto mais frequentemente seu bebê mama,mais leite é produzido na mama.

Leite maduro
Desde em média os 14 dias
Média de 550 a 1150 ml ao dia (entre 50 a 115 ml/mamada e média de 10 mamadas, mas aqui as mamadas podem espaçar e cada mamada ter volume maior).

- O conteúdo de gordura muda de mamada para mamada.
- Vai de encontro a TODAS as necessidades de seu bebê por 6 meses, com benefícios à saúde persistindo por toda a vida.
- Continua a oferecer nutrição e proteção após a introdução alimentar.
- Durante o desmame, torna-se mais parecido ao colostro conforme a quantidade diminui.
- Quanto mais tempo você amamentar seu bebê, maior é a proteção.

LactationConsultants da Austrália e Nova Zelândia Ltd


HORA DE PASSEAR COM A CRIANÇADA




Se tem um momento esperado pelas crianças é a preparação para sair e passear. Pode ser um parque perto de casa, uma caminha com amigos ou dias longe da rotina como uma viagem.

O espírito infantil é muito ligado a experiência de novidades e isso funciona como um imã para sempre receber com entusiasmo a chance de provar o novo. Mas qual é o passeio ideal para as crianças? Bem, a idade já é um fator que delimita muitas escolhas, a segurança, a liberdade e a oferta do que fazer conta muito na hora de escolher onde passar o tempo livre, seja nos dias de férias ou durante uma viagem.

É sempre importante avaliar o que é interessante para os filhos quando se decide investir em um período de férias, ainda mais quando a família vai junto e não só as crianças querem usufruir de atividades. 

Se você for viajar, escolha hotéis que tenham gincanas, áreas infantis com segurança, atividades recreativas porque os pequenos são exigentes e os adultos também precisam tirar uma folguinha. Se a viagem for para fora do país, é essencial saber os detalhes sobre o clima, a alimentação, o vestuário para que os pais possam se preparar antes de embarcar no longo percurso. 

Para assegurar uma estadia confortável e sem transtornos, não deixe de procurar um seguro viagem, se o destino for o continente europeu serviços como o seguro viagem europa são especialistas nas exigências de entrada nos países signatários do Tratado de Schengen. Lembre-se que se a criança precisar de atendimento hospitalar, é necessário ter o seguro, caso contrário, o pagamento em dinheiro seria muito caro. 

Cada cidade tem programas que podem ser interessantes para o público infantil. Antes de viajar basta fazer uma pesquisa sobre zoológicos, parques de diversão, clubes, parques aquáticos, museus e teatros que servem para a verdadeira alegria dos filhos. São passeios que podem ser vividos em família e ser interessante para todos. Uma opção que une muitas formas de entretenimento são os cruzeiros marítimos, com larga programação, inclusive para a criançada.

Qual o passeio preferido do seu filho(a)?



sábado, 24 de maio de 2014

SOU MAMÃE!!!!

Amigas, visitantes, seguidores do blog:

Dia 20/12/13 nasceu o Davi, meu filho amado e muito desejado... Meu primogênito, presente de Deus, alegria e amor da minha vida!

Ontem ele completou 5 meses. Está cada dia mais lindo, fofo e esperto. #soumamãecoruja

Aqui no blog vocês também encontrarão textos sobre maternidade, amamentação, desenvolvimento infantil e dicas para os pais.


sábado, 3 de maio de 2014

É BRINCADEIRA!!!!!

Brincar é diversão, desenvolvimento e muita alegria para as crianças



Brincar é bom, e toda criança gosta. Mas o que poucos pais sabem é a necessidade que os pequenos têm de brincar, desde o começo da vida. A brincadeira não é apenas diversão para as crianças, mas também tem papel fundamental no desenvolvimento delas, seja ele emocional, físico ou social.

É pela brincadeira que as crianças começam a se relacionar, seja com os pais ou outras pessoas. Elas entram no mundo social se divertindo e experimentando seus limites corporais e psicológicos, além de descobrirem gostos e vontades.

Diversão no berço
Você já sabe que caretas e sons engraçados podem fazer o seu bebê cair na gargalha. E isso é, sim, uma brincadeira. Algo que chama a atenção, um olhar, a presença dos pais e o estímulo que eles dão aos pequenos mostram como os bebês gostam de brincar.

A partir dos 6 meses, a brincadeira começa a ficar mais complexa, incluindo objetos e brinquedos adequado para a idade. Daí para frente, a criança se aperfeiçoa e começa a aprender a brincar com os amigos da escola, e o momento se torna um tipo de interação social.

É por volta dos 3 anos que a criança começa a perceber a importância dos outros na hora de brincar, e todas as conseqüências desta convivência. É pela brincadeira que os pequenos começam a ceder, mudar de idéia, ver outras possibilidades, criar novas brincadeiras e a trabalhar em grupo.


O outro lado da brincadeira
Brincar também pode ajudar os pais e filhos a enfrentarem problemas e tratarem de assuntos que não seriam abordados de maneira natural. Para isso, os pais precisam perceber se o pequeno está pronto e introduzindo o tema aos poucos.

É importante também que este momento não deixe de ser uma brincadeira e perca seu objetivo principal. Convide a criança para brincar e sinta a receptividade dela, dando orientações e introduzindo o tema aos poucos. Se o pequeno não estiver pronto, não force e deixe a conversa / brincadeira para outro momento.

Os adultos também devem esperar o convite da criança para a brincadeira, mesmo que, aparentemente, ela não tenha nenhuma "importância" para o desenvolvimento do pequeno. As brincadeiras que são apenas brincadeiras também são importantes para as crianças estimularem a criatividade e imaginação, além da diversão, claro.


O que fazer?
Se você não sabe como brincar, damos algumas sugestões para você começar a diversão!

Pular corda: ajuda no desenvolvimento motor das crianças, noção de tempo e percepção do corpo.

Gato mia: Além de estimular e desenvolver o sentimento de confiança da criança nos amigos, trabalha com a audição e a percepção do espaço

Caça ao tesouro: principalmente para as crianças que estão começando a ler e escrever, a brincadeira estimula a capacidade de interpretação. A brincadeira também é ideal para crianças tímidas se enturmarem, já que ela terá que correr, pensar e trabalhar em equipe para desvendar o jogo.

Bexigas de água: a brincadeira ajuda o pequeno a experimentar a noção de luta, mas sem machucar ninguém. A criança pode medir sua força e trabalhar a noção de distância durante a brincadeira.

Aventura: propor desafios para as crianças faz com que elas trabalhem a coordenação motora e a resistência, além de trabalhar com as dificuldades e obstáculos pelo caminho e o trabalho em equipe.

Brincar de boneca ou carrinho: a criança descobre a capacidade de cuidar, de trocar experiências e de imaginar situações com o brinquedo.


Fonte: Revista Pais & Filhos


sábado, 12 de abril de 2014

6 DICAS PARA MANTER A CASA ARRUMADA

Não é tarefa fácil com criança pequena em casa, mas algumas mudanças simples transformam radicalmente.




1) Crie espaços determinados para as atividades: lugar para desenhar, lugar para descansar, lugar para brincar de casinha, por exemplo.

2) Determine onde as coisas devem ser guardadas. Você pode usar caixas, baldes, baús, prateleiras. O importante é ter isso bem definido: o que vai aonde.

3) Coloque etiquetas em cada caixa, prateleira ou balde. Se a criança ainda não sabe ler, faça desenhos. Por exemplo: onde ficam as bolas, desenhe uma bola.

4) Acabou de brincar, guarde os brinquedos. Ensine as crianças a fazerem isso sozinhas.

5) Faça uma limpa nos armários e gavetas. Quanto mais coisa você tem em casa, mais difícil organizar, é inevitável. Uma boa ideia é doar um brinquedo a cada vez que um novo chega em casa.

6) Rotina é fundamental para a criança se organizar internamente. Horário certo para cada coisa e no lugar certo.

Fonte: Revista Pais & Filhos

sexta-feira, 21 de março de 2014

6 PASSOS PARA SE TORNAR UMA MÃE AUTOCONFIANTE

Entre os papéis que representamos na vida, nenhum é tão rico, multifacetado e impossível como o de mãe. Nenhum outro oferece tantos desafios e surpresas quanto esse, que, afinal, faria parte do repertório instintivo de toda mulher. Será? A aflição provocada pelo choro do bebê vai ser mais tarde substituída pela ansiedade do primeiro dia de aula, e depois pela preocupação com as notas do boletim e, antes que essa desapareça, vai surgir o primeiro namorado com pelos nas pernas e, com ele, as viagens de férias e o amigo com moto - e tantas outras situações, que, a cada geração, vão mudando de roupagem nas diversas fases de desenvolvimento dos filhos, sempre provocando emoções difíceis. Para ter mais confiança, sugerimos:


1. Abrir-se para o prazer

Nossa cultura acredita que o valor de uma dádiva está no sacrifício necessário para alcançá-la. Assim, muitas vezes o prazer que uma relação proporciona é escamoteado. As comadres de plantão têm pressa em comunicar à gestante: "Depois que esse bebê nascer, você nunca mais terá uma noite de sono!" Mas ninguém comenta o que significa ser acordada pelo choro do bebê e se dar conta de que é o seu bebê e que basta o som da voz materna ("Está tudo bem, mamãe já vai!") para acalmá-lo. Ninguém conta como é gratificante perceber a alegria com que o bebê, antes assustado, recebe a mãe que se aproxima do berço. Onde mais a vida vai oferecer uma experiência de um narcisismo assim legítimo? Quem não se deixa paralisar pelas armadilhas da culpa e da idealização fica mais livre para desfrutar dos prazeres e privilégios de viver a experiência de gerar e criar um ser humano.


2. Admitir as fraquezas

Não existe uma lista dos atributos que fazem uma boa mãe, mas paciência, tolerância, bons olhos e, principalmente, bons ouvidos ajudam um bocado nessa tarefa. Fundamental é a capacidade de abdicar do desejo de ser perfeita e admitir que o filho também tem dificuldades e fraquezas. Mães inseguras, com dúvidas e hesitações, são menos perigosas do que as infladas de certezas e seguranças. Educar é mesmo complicado porque usamos princípios e parâmetros que aprendemos ontem para ensinar a criança a enfrentar o mundo de amanhã. Melhor sermos inseguras. Ainda que tenhamos certeza de nossos valores, não podemos estar certas de que sempre sabemos o que é melhor para o outro.


3. Perceber que as parcerias são vitais

Felizmente, a mãe não é a única pessoa importante na vida do filho. O pai e os avós podem se tornar excelentes aliados desde que sejam recebidos e tratados como parceiros, não como assistentes sem qualificações. Em geral, as mães concordam em abrir mão de uma parte do trabalho, mas não do poder. Melhor aprender a sair do foco dos holofotes, pois fatalmente a mãe terá de abandonar o posto de protagonista da vida dos filhos e dividir a cena com amigos, namorados e até com os filhos que eles terão.


4. Saber que a culpa não resolve, só paralisa

Há uma diferença fundamental entre culpa e responsabilidade. Assumir a responsabilidade por um erro permite corrigi-lo. Já a culpa paralisa, pois a necessidade de se penitenciar pela falha impede a reparação. Os educadores sabem que o erro é parte do processo de aprendizagem. Quem não pode errar não pode aprender. O sentimento de culpa é proporcional à fantasia de onipotência: quem se sente culpado no fundo acredita que pode fazer tudo perfeito e, se não o faz, é por negligência ou distração. Mas isso é assunto dos deuses. Por mais que a mãe ame os filhos, sempre haverá momentos em que ela se perguntará onde estava com a cabeça quando entrou nesse enredo. Esses sentimentos não ferem ninguém, o que fere são as palavras e as ações.


5. Ouvir a voz do coração

Das fraldas às camisinhas, do pediatra ao ginecologista, da orientadora escolar ao psicoterapeuta, levamos no olhar a mesma perplexidade, no coração a mesma angústia, nos braços a mesma impotência. Não podemos ter certezas absolutas. O melhor a fazer é seguir o coração para podermos nos defender quando, mais tarde, o filho reclamar que não fizemos o que ele acha que deveríamos ter feito - que provavelmente será o contrário do que fizemos. As que procuraram respeitar o espaço do filho serão acusadas de abandono; as que não quiseram se omitir serão chamadas de controladoras. Ao menos poderemos responder que fizemos o que podíamos e o que sabíamos. Mais do que isso, ninguém tem o direito de exigir.


6. Frustrar faz parte do jogo

O esforço para evitar a qualquer custo a frustração dos filhos é prejudicial porque transmite a falsa noção de que ela é consequência de uma falha. Uma pessoa sem tolerância à frustração seria incapaz de abrir mão de um prazer imediato e, assim, seria incompetente para atender às inevitáveis exigências da vida. Não adianta fazer todos os sacrifícios para oferecer o brinquedo da hora, a roupa da moda, os programas do momento. A frustração virá ou sob a forma do telefone que não toca (quando ele espera pela chamada da colega), ou da mudança do melhor amigo para o exterior, ou de qualquer situação importante cujo desfecho não depende do poder dos pais (e são tão poucas as que dependem, depois que eles crescem...). Ou seja, as mães não podem nem precisam resolver todos os problemas dos filhos.



Fonte: Revista Cláudia

quinta-feira, 6 de março de 2014

RECEBENDO OS ALUNOS COM ALEGRIA


Durante todo período de adaptação escolar, a professora não deve se preocupar com uma rígida execução do planejamento das atividades. Qualquer programação poderá ser alterada quando se fizer necessário, tanto em relação ao tempo, quanto ao conteúdo, desde que se note dificuldade ou desinteresse das crianças.

   Embora os papéis sociais das pessoas tenham sofrido transformações nas últimas décadas, ainda permanece a ideia de que a família é responsável pelo cuidado e pela educação das crianças pequenas. Muitos pais ainda transmitem insegurança aos filhos ao decidirem colocá-los na escola. Mas, quando eles entendem que só a companhia dos adultos Já não satisfaz todas as necessidades de descobertas dos filhos; quando sentem que é preciso que eles tenham contato com outras crianças de sua idade; e quando o espaço já não é mais suficiente para novas brincadeiras, está na hora de se conscientizarem que chegou o momento para o ingresso na escola.

  A adaptação escolar é um processo contínuo de mudança, crescimento, desenvolvimento e amadurecimento. É um momento em que os pequenos se deparam com duas situações delicadas: o ambiente desconhecido e a sua separação dos pais. Para muitas, essa é a primeira vez que se separam de seus entes queridos. É nesse momento também que acontecem as primeiras sensações de culpa, apreensão e alegria dos pais, influenciando de maneira significativa na maneira como eles se comportam frente á mesma.


Organize a escola no período de adaptação

   Desde o primeiro contato com pais, a escola terá o conhecimento sobre a criança, começando, então, o momento da construção desse vínculo de compromisso entre eles em relação à criança. Nessa fase da adaptação, a escola deve conhecer o contexto devida de cada criança por meio de entrevistas e reuniões previamente estabelecidas com os pais para ajudar tanto na adaptação quanto no desenvolvimento dos pequenos. Para que a adaptação ocorra sem muitos traumas para pais e filhos, a escola deve se organizar mostrar-se que tem capacidade para inspirar confiança, para dar aos alunos diversas experiências. 

   Nessa hora, a figura da professora deve ter destaque para que ela possa ajudar a criança por meio de suas próprias ações, construindo sua relação com o mundo, estimulando suas atividades criadoras e fazendo com que a adaptação à vida escolar seja um momento positivo em todos os aspectos da vida desta criança.



Os primeiros dias de aula

   Os alunos antigos também podem ter problemas nos primeiros dias de aula. Afinal, eles irão passar por novas experiências como outra professora, sala diferente e colegas que não conhecem. Essa passagem precisa ser o menos dolorosa possível para a criança, explicando aos pais que devem conversar com seus filhos sobre as mudanças. Nos primeiros dias, a professora ainda precisa promover condições de um convívio agradável entre os alunos antigos e novos, desenvolvendo atividades de conhecimento a respeito do ambiente escolar, identificando os colegas, com atitudes de polidez e respeito. Assim que as crianças entrem em sala, o educador deve estabelecer um diálogo para se apresentar e identificar os demais colegas, mostrando o material escolar, mobiliário, hábitos de higiene, a hora do lanche etc Ela pode, inclusive, levar as crianças para uma “excursão” pela escola.


Atividades para o período de adaptação

   Nesse primeiro momento, as atividades devem ser lúdicas e prazerosas, suprindo o processo de separação vividos pela criança e estimulando a individualidade e sociabilização por meio de músicas, danças, jogos e brincadeiras que possibilitem a interação dos alunos novos com os antigos.



Expressão Corporal - Trabalhe em grupos, com ênfase na linguagem corporal, fazendo jogos e canções conhecidas das crianças. Objetivos: desenvolvimento do ritmo, controle muscular, conhecimento do próprio corpo, capacidade de autoexpressão e exploração do espaço em que se movimenta.

Orientação espacial - Coloque tolhas de papel kraft estendidas no chão e deixe as crianças desenharem livremente com gizão de cera, respeitando o espaço de cada colega. Objetivo: desenvolver os grandes movimentos, desinibindo os mais tímidos e incentivando o trabalho em grupo.

Artes com jogos cooperativos - Proponha a confecção de uma peteca feita com papel jornal. Separe algumas folhas de jornal e peça para as crianças amassarem. Providencie pouco de serragem e recheie, dando o formato de uma bola achatada. Elas devem encapar essa “ e pintar com tinta plástica. Em seguida, amarre com barbante algumas penas no topo da peteca. A brincadeira deve ter a participação de todas as crianças. Objetivo: desenvolver a criatividade, o senso de cooperação e a interação grupal.

Esquema Corporal - Separe um arco ou bambolê e prenda nele um sino ou outro objeto que faça barulho. Segure o arco ou bambolê e peça para as crianças passarem através dele sem deixar tocar o sino.  Objetivo: desenvolvimento muscular, equilíbrio, orientação espacial.

Expressão Musical - Coloque um música para tocar e use a linguagem gestual para acompanhá-la. As atividades musicais estimulam a capacidade auditiva, dando alegria ao ambiente escolar, combatendo a agressividade, canalizando o excesso de energia, dando meio para enfrentar o isolamento comum na fase de adaptação. Objetivos: desenvolver a expressão criadora (não verbal), a percepção auditiva, o gosto pela música, o senso rítmico e a capacidade de expressão.

Jogos de construção - Pode ser de armar, de encaixar, quebra-cabeças, etc. Escolha um local amplo e distribua os jogos para que as crianças possam observá-los e trabalharem com os mesmos. Programe jogos interativos que envolvem a participação da professora e das crianças. Objetivos: desenvolver a capacidade de atenção e concentração, a observação de raciocínio e percepção; trabalharem grupo; lidar com conceitos matemáticos; comparação de tamanhos e quantidades.

Oficina de brinquedos recicláveis - Faça com as crianças uma oficina de brinquedos com materiais recicláveis e confeccione brinquedos como carrinhos, bonecas, bichos, etc. Objetivos: treinamento motor, criatividade, liberdade de expressão, concentração e socialização. Nessa fase de adaptação escolar, a criança desenvolve também, habilidades de expressar as vivências emocionais.

Modelagem - Distribua massa de modelar para as crianças e deixe que elas experimentem as transformações e a textura desse material. Converse com elas sobre as diferenças de cores e texturas. Objetivos: nesse período de adaptação, a criança, por meio da modelagem, expressa livremente o seu pensamento e suas habilidades, ajudando a descarregar suas tensões emocionais e dando- lhe calma e segurança.

Dobraduras - Faça com as crianças as dobraduras mais simples (dobrar o papel ao meio) - cabana; depois, comece a ensinar outras maneiras, dobrando novamente ao meio etc. Ex. barquinho, casinha, cachorrinho etc. Objetivos: adquirir habilidades e formas próprias construindo e modelando; expressar vivências emocionais, habilidades na execução de trabalhos de expressão plástica.


Fonte: Revista Educação Infantil ( www.edminuano.com.br)

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

DIFICULDADES DE ADAPTAÇÃO À EDUCAÇÃO INFANTIL

Medos, temores e fobias. A Educação Infantil constitui uma experiência necessária de “socialização” para a criança. É o seu primeiro contato com um grupo de pessoas diferentes das de sua família. É por isso que é comum que a criança chore em seu primeiro dia de aula na educação infantil, já que sente com mais ou menos intensidade a separação de sua mãe, experimenta um sentimento de abandono e angústia e um temor frente ao novo. À medida que se desenvolve, a criança se depara com objetos, situações, experiências cujas qualidades perceptivas resultam ameaçadoras.

O desenvolvimento cognitivo da criança se mostra insuficiente para urna correta avaliação do perigo, avaliação que se baseia em um conhecimento mais profundo o e complexo das características e funções dos objetos ou situações. Estes temores são passageiros e desaparecem com um maior desenvolvimento cognitivo. Alguns autores discriminam entre os medos:

1) Medo de perigos reais: aqueles que ameaçam a existência da criança (ex.: medo de estar aos cuidados de uma pessoa que não conhece).

2) Medos de perigos imaginários: objetos ou situações de cuja periculosidade a criança ouviu falar, e responde a eles com demonstrações de ansiedade.

Anna Freud fala de “medos arcaicos”, que seriam aqueles medos prematuros e de caráter universal: da escuridão, da solidão, do desconhecido. Grande parte das crianças sofrem destes medos ainda muito cedo, mas são transitórios em crianças com desenvolvimento normal e desaparecem durante a primeira infância. A escuridão, a solidão, o desconhecido, são significantes para a criança com “ausência materna”.


Os temores típicos da infância revelam o quanto são inseguras as percepções nas crianças quando se encontram sob a influência do medo. Nos momentos de angústia não conseguem distinguir o que é possível do que não é. Durante o período intuitivo da inteligência entre os2 e os 5 anos a regra vigente é a da transferência, ou seja, a generalização de um caso particular a outro também particular, ex.: uma criança assiste a morte de seu bichinho de estimação nas garras de um cachorro e pensa que, ela ou sua mãe poderão, no futuro, ser as próximas vítimas. Em muitos casos há crianças que mesmo possuindo um conhecimento maior sobre os objetos não se tranquilizam. muito pelo contrário isto contribui para aumentar os temores e depois virão os medos de terremotos, dos extraterrestres, da guerra nuclear O perigo é conhecido e real, porém a angústia perante ele é excessivamente grande. Nestes casos a angústia contagia o medo, transformando-se em fobia. O autor Ajuriaguerra considera que as fobias nas crianças estão ligadas ao temor injustificado e não razoável perante os objetos, seres ou situações frente aos quais a criança reconhece o quanto é incoerente a sua reação. No entanto, a dominam repetidamente enquanto que os medos seriam “percepções de perigos reais diante de situações pressupostas ou de um perigo possível que venha do exterior”. A diferença entre medo e fobia deve ser estabelecida sobre um elemento de racionalidade; o perigo deve ser justificado para que não seja considerado patológico. A questão não está na natureza do objeto ou em sua periculosidade, mas sim na atribuição de perigo dada pela criança a partir de sua vivência. A diferença entre medo e fobia se estabelece através do juízo da realidade. “Terror, medo e angústia são usados equivocadamente como expressão de angústia; pode-se diferenciá-los muito bem em relação ao perigo; a angústia designa certo estado de expectativa frente e de preparação para ele. O medo requer um objeto determinado. na presença do qual o sentirá, em compensação chama-se terror o estado em que se cai quando se corre um perigo sem estar preparado; destaca-se o fator da surpresa. Na angústia existe algo que protege contra o temor (S. Freud). Quando orientar os pais a realizarem uma consulta psicológica. Quando quaisquer destas manifestações forem expressas tanto no lar como na escola, e sejam crônicas. A fobia infantil implica na instalação de uma neurose com mecanismos estruturais específicos, que se manifestam na criança através de uma visível alteração na adaptação, podendo variar de fobias a objetos ou a situações específicas (ex. aranhas, cachorros, etc.) para logo deslocar-se para fora provocando inibições, isolamento e sérias dificuldades na adaptação social.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

COCHILAR NÃO!

Converse com pais e alunos para tentar uma volta às aulas sem sono:

1. O que é o sono?
O sono é uma parte do nosso dia em que o cérebro nos deixa em repouso na parte neurológica, ou seja, é um estado durante a noite em que não gastamos energia e sua principal função é a recuperação muscular e esquelética do corpo. Na criança, o hormônio do crescimento, chamado de GH, estimula o crescimento e a reprodução celular e é secretado principalmente durante a noite, por isso é tão importante garantir uma noite tranquila. A memória e o raciocínio também se recuperam durante o sono. É nessa hora que a criança arquiva tudo que aprendeu durante o dia, por isso na fase de aprendizado ela tem bastante sono.


2. Como o corpo reage quando não dormimos bem?
A privação do sono é como uma situação de stress durante a noite, o sono normal deve ser tranquilo e praticamente não secretar adrenalina. Se a criança não dorme, ela passa por uma situação de stress, tendo mais dificuldade para dormir.


3. Quantas horas de sono são ideais?
O número de horas necessárias para dormir diminui durante a vida, um recém-nascido, por exemplo, dorme em média 16 horas por dia. Uma criança de 10 anos dorme 12 horas por noite, já um adulto dorme em geral oito horas. Portanto, é importante que a criança durma bem e bastante.


4. Quais os distúrbios do sono que atingem as crianças ?
Sonambulismo – é um distúrbio que atinge muitas crianças. A pessoa se levanta durante a noite em um sono profundo e pode desenvolver habilidades motoras simples, como andar pela casa. É muito comum e perfeitamente normal, não necessitando de nenhum tipo de tratamento. De forma geral, 1/3 das crianças tem sonambulismo. É importante prevenir acidentes para a criança não cair ou levar tombos enquanto estiver sonâmbula.

Terror noturno – também é um comportamento normal e não necessita nenhum tratamento. Durante o sono, a criança grita como se estivesse vendo um bicho, uma bruxa ou coisas desse tipo, mas ela ainda está dormindo. É um distúrbio passageiro que dura, em geral, até os 10 anos de idade, e depois desaparece.

Insônia – existe um tipo de insônia que atinge crianças de 8 a 10 anos. A criança acorda durante a noite preocupada e ansiosa e não consegue dormir. Ela geralmente tem pesadelos ou sonhos ruins. É comum principalmente nessa idade, em que ela começa a ter medos e anseios, além de bruxas e monstros que estão dentro de sua cabeça.

Dica esperta! 
Se durante a discussão em sala, as crianças relatarem alguns desses distúrbios, entre em contato com os pais. É importante que os pais entendam o que ocorre e deem o apoio necessário para a criança. 


Dica esperta! 
Que tal trabalhar o tema do sono também em Matemática? Peça às crianças que perguntem aos colegas quantas horas eles dormem por noite e que utilizem essas informações para montar um gráfico. 




domingo, 3 de novembro de 2013

PEQUENOS CONSUMIDORES


É dever do educador formar cidadãos conscientes, atentos aos excessos da publicidade que, tendo crianças como grandes alvos, podem levar à erotização precoce, à obesidade e à violência

por Laís Fontenelle Pereira

Educar nunca foi tarefa fácil para pais nem para os educadores mais experientes. E a contemporaneidade tem nos colocado novos e árduos desafios, principalmente no que diz respeito ao consumo. Podemos dizer que, hoje, a formação de nossas crianças não está somente nas mãos da escola ou da família, pois é compartilhada com as diferentes mídias, atravessadas por mensagens de apelo ao consumo. E aí está o maior desafio para os educadores: como integrá-las à educação formal e ajudar o jovem a ter uma visão mais crítica sobre o que consome? Como educar e formar nossas crianças para que sejam consumidores mais conscientes no futuro? Antes de nos debruçarmos especificamente sobre o papel do educador para a transformação da realidade atual, vale uma reflexão sobre a delicada relação que a criança tem estabelecido com o consumo.

Vivemos num mundo acelerado, ligados aos meios de comunicação e às redes -sociais desde o momento em que acordamos até a hora em que vamos dormir. O tempo é outro, no qual a conectividade e o consumo pautam nossa socialização. Nesses novos tempos, crianças de todo o mundo têm consumido cada vez mais diferentes mídias e, muitas vezes, realizam esse consumo de forma simultânea: ouvem rádio enquanto navegam na internet, assistem à televisão lendo gibis, participam de jogos interativos no computador ao mesmo tempo que falam ao telefone ou se utilizam de outros gadgets digitais.

Apesar da influência das novas mídias e da internet, vale destacar que, no Brasil, é a televisão que ainda dita tendências de consumo. A criança brasileira é uma das campeãs mundiais no tempo médio diário que assiste à tevê. De acordo com levantamento do Ibope feito com jovens de 4 a 11 anos, das classes A, B e C, ela passa quatro horas e 54 minutos diante da tela. Em áreas de maior vulnerabilidade social e econômica, o tempo médio chega a espantosas nove horas por dia. Um tempo de consumo que ultrapassa o período médio que passa no ambiente escolar: cerca de três horas e 15 minutos, segundo estudo elaborado pela Fundação Getulio Vargas em 2009.

Daí pode-se dizer sem medo que a televisão tem sido um dos meios mais constantes no processo de socialização e formação da criança brasileira. Aliás, é também a forma de entretenimento preferida entre as crianças, à frente das brincadeiras e mesmo de atividades como andar de bicicleta, segundo pesquisa realizada na cidade de São Paulo pelo Datafolha em março de 2010.

Pedagogia televisiva 
Assim, outra pedagogia se instalou à infância: a da tevê, que passou a ter o poder não só de entreter, mas de informar e educar. O problema é que essa mídia educa para o consumo sem reflexão, e não para a cidadania. O mercado enxergou no abandono das crianças diante das telas uma grande chance de aumentar seus lucros e passou a criar uma série de programações e produtos feitos sob medida. Foi também nesse contexto que a publicidade dirigida às crianças entrou em cena com força total e passou a endereçar ao público infantil mensagens de apelo ao consumo de produtos voltados tanto a crianças quanto a adultos.

Esse tipo de publicidade aproveita-se da vulnerabilidade infantil para vender e, como resultado, a criança influencia até 80% das decisões de compra de uma família, de acordo com pesquisa da InterSciense de 2003. Vitrines lotadas dos mais variados brinquedos, merchandising dentro da programação infantil e até dentro de escolas, produtos licenciados e embalagens chamativas são apenas algumas técnicas de comunicação mercadológica utilizadas para atingir os pequenos. O grande problema está no fato de que as crianças são seres em desenvolvimento psíquico, afetivo e cognitivo e que a maioria delas, até os 12 anos, ainda não tem a capacidade crítica e de abstração de pensamento formada para compreensão total do discurso persuasivo dos apelos para o consumo. Além disso, as crianças menores ainda confundem muitas vezes publicidade com conteúdo da programação.

Hoje, todos somos impactados pela comunicação de mercado, que nos convida a consumir de forma desenfreada e sem reflexão. Ainda em pleno desenvolvimento e, portanto, mais vulneráveis que os adultos, as crianças sofrem cada vez mais cedo as graves consequências relacionadas aos excessos do consumo. A publicidade dirigida ao público de até 12 anos de idade gera impactos bastante negativos ao desenvolvimento infantil saudável, pois contribui para o aparecimento de problemas como o consumismo, a erotização precoce, os transtornos alimentares, a obesidade, o estresse familiar, o consumo precoce de álcool, a violência e a diminuição das brincadeiras criativas, entre outros. É claro que são todas questões multifatoriais e que, portanto, a publicidade não é a única causa de seu aparecimento. No entanto, já se sabe que é um dos mais importantes entre os fatores que as causam.

Dados como os mais recentes da pesquisa de Orçamento Familiar POF/IBGE de 2008/2009 nos chocam ao mostrar que 33% das crianças brasileiras estão com sobrepeso e 15% obesas por causa da ingestão descontrolada de alimentos ultraprocessados. Ou o de que o acesso rápido ao consumo, independência e prestígio são os principais motivadores de delitos entre os/as internos/as da Fundação Casa, indicou pesquisa sobre o perfil realizado em 2006. Em relação ao consumo precoce de álcool, estudo da Fapesp de 2009 mostrou que 62% dos adolescentes afirmaram ter sido expostos quase todos os dias, até mais de uma vez, a publicidades de bebidas alcoólicas. Não é coincidência que a idade na qual se inicia o consumo regular de bebidas alcoólicas no Brasil esteja entre 12 e 14 anos.

Reinventando as relações de consumo 
O consumismo é, portanto, um hábito que se tornou uma das características mais marcantes de nossa sociedade. Mas nenhuma criança nasce consumista, e aqui vale uma reflexão ética sobre quais hábitos e valores estamos transmitindo. Hábitos consumistas e valores materialistas que priorizam o ter em detrimento do ser. O individual acima do coletivo. A competição em vez da cooperação. Além de proteger a criança legalmente da comunicação mercadológica que lhe é dirigida – como já fizeram 28 outros países do mundo (incluindo os dez com melhor qualidade de vida) –, precisamos prepará-la para que seja uma cidadã e consumidora consciente e responsável.

Educar, assim, é um ato político. O ponto central é que devemos trazer para ela a reflexão a respeito do sentido e da responsabilidade do que consumimos como tema transversal nas escolas. Essa é a base para uma educação voltada para o consumo responsável. Precisamos começar a mudar nossos próprios hábitos de consumo, além de educar nossas crianças para que tenham responsabilidade ao comprar. Elas são o prefácio para um mundo mais ético e sustentável e têm nas mãos o poder de reinventar as relações de consumo. Tudo depende da forma como as educamos. Criança precisa ter infância para ser criança.

Isso posto, fica claro que os educadores devem cumprir sua função social com as crianças, pois têm diariamente a oportunidade de contribuir para a formação de agentes autônomos, criativos e críticos. Consumir pode significar extinguir e destruir. Enquanto educadores, temos o dever de parar e pensar: que infância estamos construindo?

terça-feira, 22 de outubro de 2013

PAIS SUPERPROTETORES

Eles insistem em criar os filhos sem limites ou frustrações, tudo permeado pelo prazer absoluto. O problema é que a vida não é assim...

por Leonardo Posternak 

João, de 6 anos, está caminhando de mãos dadas com seu pai. Acabou de ter uma violenta briga com seu amigo do coração, por motivos banais de desentendimentos em uma brincadeira. Pai e filho vão calados, resmungando. De pronto o menino pergunta ao pai: ‘O que é a liberdade?’ Ele queria compreender o que tinha acontecido. O pai, preocupado e distraído, contesta rápido e impensadamente: ‘É fazer o que a gente quer’. João escuta pensativo e olhando nos olhos do pai interpela: ‘Ah! Mas não com os outros, né?’”

Pequena e profunda, essa história levanta várias articulações: entre o sujeito e o outro, entre a pulsão e a ética, entre o desejo e o limite, entre a liberdade e o direito. Nos faz pensar que tão importante quanto educar é não deseducar. O exemplo é o âmago do texto que segue a continuação.

É lícito que cada família eduque seus filhos embasada em sua história, seus modelos, sua cultura, sua experiência e suas possibilidades. Talvez seja por isso que a educação das crianças se torne um fator instigante para a reflexão interdisciplinar e demande uma relação estreita entre a família, a escola e a pediatria. Mas existe um aspecto universal da educação que podemos sintetizá-lo em duas perguntas: o que esperar da educação que damos aos nossos filhos? E o que podemos lhes transmitir?

A resposta teórica deve ser quase unânime: basicamente, devemos lhe oferecer ferramentas para sua socialização. Transmitir-lhes uma cidadania possível. A resposta, na prática cotidiana, perde a unanimidade, e as certezas viram dúvidas ou impasses. Justamente por não ser o resultado mágico de um ritual – na nossa cultura não existe um ato simbólico que introduza a criança no estatuto do adulto. Ou o aprendizado através de um manual. Do tipo: “Como educar seu filho em dez capítulos”. A educação para cidadania se dá por caminhos longos, incertos dentro de um equilíbrio instável entre a esperança (promessas) e frustrações (deveres).

Quando se trata de educar, de maneira imediata e estereotipada, se faz presente uma contradição entre o excesso e a falta de algo que não sabemos bem o que é. E assim coloca os pais e educadores em dúvida em respeito à medida “desse algo” desconhecido. Podemos exemplificar esse conceito: crianças bem educadas/crianças mal-educadas, crianças abandonadas/superprotegidas, repressão demais/ repressão de menos, crianças que têm tudo/crianças que não têm nada. Bater, acariciar, castigar, prometer. Prevalecer sem humilhar, manter a autoridade sem autoritarismo. Permitir o prazer sem perder a disciplina, manter a disciplina sem perder prazer. O que fica de tudo: lógica demais, informação de menos ou demasiada informação sem lógica.

O ponto de partida dessa contradição é o fato de os pais terem que transmitir a demanda social, além de seu desejo. Ao mesmo tempo, a sociedade e a cultura exigem que os pais encaminhem seus filhos pelos caminhos limitados, pelas normas, convenções sociais e leis de sua conveniência. A isso se chama educar. Sigmund Freud há mais ou menos cem anos escreveu sobre o assunto ao falar do narcisismo em um trabalho intitulado Sua Majestade, o Bebê. Nela, Freud afirma que os pais almejam para seus filhos o prazer, a realização e a felicidade que muitas vezes eles mesmos não conseguiram para si próprios.

Os pais insistem em criar os filhos sem limites, sem frustrações, tudo permeado permanentemente pelo prazer absoluto e com imensa proteção, como se pudessem criar uma exceção para seu “reizinho”. O problema é que ficam reféns da demanda social.

O paradoxo fica ainda mais terrível e perigoso se os pais não conseguirem entender que os indivíduos e as famílias estão imersos em comunidades. Não são ilhas isoladas e paradisíacas, com leis próprias. Podemos reconhecer outro paradoxo antipedagógico nas famílias modernas: sem questionamento, se apropriam dos princípios da revolução francesa para seu funcionamento: “Igualdade, fraternidade e liberdade”.

O justo clamor popular, ante a um reinado autoritário e injusto, se torna algo devastador ao se tratar da educação dos filhos. A família deve ser hierárquica, não um sistema igualitário, e deve funcionar com a necessária autoridade dos pais. A família não é composta só de irmãos: os elementos são diferentes e os pais são guardiães das normas de funcionamento. Por último, a liberdade não é libertinagem. Qual a medida da liberdade? Deve-se permitir que a criança faça tudo o que quiser? Não, jamais. Os pais têm de optar em ser adultos – alguém tem de fazer isso. Para uma criança querer crescer, tem de existir o desejo, e o desejo só surge quando existe uma falta. As crianças que conseguem tudo não têm motivo para crescer porque não têm nada a desejar.

Nós, humanos, ao nascer estamos influenciados pelo princípio do prazer, somos hedonistas. No começo da vida assim deve ser: receber cuidados, comida, amor para poder ficar seguros no Éden. Logo a seguir, a educação e o relacionamento com os adultos amados nos introduzem no princípio de realidade e assim perdemos o paraíso, porque alguém impõe limites, provoca algum grau de frustração e corta os excessos. A educação se faz apesar do desejo. Para a mãe, o desejo é de ser tudo para o filho e que o filho seja tudo para ela. Nessa hora, deve aparecer a função paterna, que é de corte entre a mãe e o filho. Na nossa cultura, para as crianças, a bandeira da autoridade está na mão do pai. Se ele consegue que a mãe não seja tudo para o filho e que ele não seja tudo para ela, os dois vão precisar de outra coisa. Ou seja: a ação do pai os leva a desejar. A educação então se faz não através do desejo, mas apesar dele.

Dá para imaginar os problemas que surgem quando o pai não tem condições de assumir sua função e simplesmente se demite ou fica eclipsado. A tarefa educativa não aceita a renúncia: sem o exercício de um dever, não existe a promessa do gozo. O desejo humano só existe na medida em que os limites impostos nos constituem em sujeitos culturais. Não sendo assim, teríamos uma vida intuitiva movida pelos impulsos.

Como regra geral, os pais devem ter cuidado para não usar uma dupla mensagem: não estimular a difundida lei macunaímica de ser espertos e levar vantagem em tudo. Devem também falar sempre a verdade – é um direito dos filhos –, ensinar a respeitar as diferenças etc. Este tema é uma das últimas utopias que, pela sua nobreza, vale a pena lutar. Mudar a criança na família, mudar a família na sociedade, é permitir então que essas crianças mudem o mundo.





segunda-feira, 23 de setembro de 2013

CAIXA DO ENCAIXE


Sugestão para pais, babás e professoras de Educação Infantil, a fim de trabalhar cores, formas, tamanho e raciocínio lógico.

AUTORIDADE, COMO SE FAZ RESPEITAR?






Que as crianças precisam de regras e limites, isso é bem claro. Mas o que aflige muitos pais é saber como fazer para que seus filhos obedeçam a essas orientações. Em resumo: como exercer a autoridade paterna e materna e como conquistar o respeito dos filhos. Em primeiro lugar, é preciso fazer uma distinção: ter autoridade é bem diferente de ser autoritário. O pai ou a mãe autoritários são aqueles que só conseguem que suas ordens sejam obedecidas por meio da repressão, das ameaças e até pelo uso da violência física ou verbal. Quem age assim pode até conseguir que o filho obedeça naquele momento uma ordem. Mas não estará educando: nada garante que a criança entenda porque precisa seguir aquela regra e continue obedecendo quando os pais não estiverem por perto. Já os pais que têm autoridade são aqueles que estabelecem combinados com os filhos e têm persistência para cobrar que eles sejam cumpridos, estabelecendo e aplicando conseqüências quando a criança quebra as regras. Veja as dicas dos especialistas para se fazer respeitar:

1. É de pequenino que se torce o pepino: Regras, limites e responsabilidades devem ser dados às crianças desde bem pequenas. “É preciso começar na primeira infância. Quanto mais tarde os pais deixam para começar a aplicar regras e dar limites, mais difícil é conseguir que as crianças obedeçam”, diz Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). Desde os dois ou três anos as crianças já podem aprender tarefas como guardar seus próprios brinquedos depois de usá-los.

2. Seja amigo, mas não deixe de ser pai ou mãe: Você pode e deve ser amigo de seu filho, ouvir suas confidências, ser companheiro. Mas isso não significa que deve abrir mão de sua autoridade com ele. “Ser pai-amigo é diferente de ser apenas um amigo, alguém que está de igual para igual com a criança, que é um de seus pares. Pai-amigo é aquele que acolhe, mas que coloca limites também”, diz Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).

3. Não seja autoritário, mas dê limites: “Educar é uma tarefa muito difícil, mas é fácil criar alguém propenso a ser um delinquente: basta ser muito autoritário ou não dar limite nenhum”, diz a psicóloga clínica Rosana Augone, que há 27 anos presta serviços e dá palestras em escolas. Ser autoritário é se fazer obedecer por meio de ameaças, gritos ou violência. Isso não educa a criança. “Mas muitos pais, com medo de serem autoritários, acabam fazendo exatamente o contrário: não colocam quaisquer limites. E com isso, permitem que os filhos se tornem os autoritários, os tiranos da história”, afirma Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).

4. Não faça todas as vontades de seu filho: Se fazer respeitar também significa mostrar para o filho que não são só as vontades dele que contam. “Vemos pais que cedem a tudo que os filhos querem: se a família decide sair para comer fora, a escolha do restaurante leva em conta só os desejos das crianças. No carro, só se ouvem as músicas que as crianças ou adolescentes desejam. Crianças criadas assim tendem a crescer acreditando que só elas têm direitos e estão no comando”, afirma Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). Segundo ela, os pais devem compreender que dar tudo que a criança deseja não os torna mais “legais” ou melhores pais.

5. Seja firme até na hora da alimentação: A cena é conhecida de muitas mães: ela coloca o prato na mesa e o filho se recusa a comer, chorando, esperneando ou até mostrando ânsia de vômito. A mãe, com receio que o filho fique sem se alimentar, cede à pressão da criança e deixa que ele coma apenas o que deseja. “Também nessas horas os pais devem fazer valer sua autoridade. São os pais que sabem o que é melhor para alimentação da criança e não a criança que deve decidir o que comer. Não quis comer o almoço? Guarde o prato e diga que ela não comerá outra coisa até o jantar. A criança vai ficar com fome? Vai. E da próxima vez não se recusará a comer”, diz a psicóloga clínica Rosana Augone.

6. Não ceda ao choro, birras e manhas: No Shopping Center, a criança pede um brinquedo novo. Os pais dizem que “não”. A criança chora, se joga no chão, faz escândalo. “Está bem, pare com isso, vamos comprar”, dizem os pais, envergonhados do escândalo público. “Pior que dizer “não” é voltar atrás e dizer “sim” para fazer com que o filho pare de chorar ou de fazer escândalo. Quem faz isso está ensinando que vale a pena fazer birra, chorar e gritar”, diz a psicóloga clínica Rosana Augone. No processo educativo os pais vão se deparar com freqüência com choro, birras, manhas e escândalos das mais variadas naturezas. Nessas horas é preciso manter a firmeza: “Alguns pais se sentem mal por dizer não à criança quando ela quer alguma coisa. Mas saber dizer “não” é necessário. E mais necessário ainda é manter-se firme em sua decisão”, afirma ela.

7. Seja persistente: Para conquistar o respeito de seu filho, é preciso ser persistente na tarefa de educar. “O que não pode é um dia, em que se está disposto, cobrar que o filho faça o que lhe é mandado e no outro, porque o pai está cansado ou não tem tempo, deixar para lá as desobediências ou quebras de regras”, diz Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). “Você já falou mil vezes e, ainda assim, todos os dias tem que mandar escovar os dentes? Sim, é seu papel repetir até a criança aprender e incorporar essa tarefa em sua rotina”.

8. Saiba como estabelecer punições: Seu filho não arrumou o quarto como você pediu ou deixou de fazer o dever de casa? Estabeleça uma conseqüência, de acordo com a idade da criança. Para os pequenos, não adianta ameaçar dizendo que vai deixar um mês sem televisão se ele não arrumar a cama. “Para as crianças menores, os castigos e punições têm que ser curtos e aplicados na hora. No dia seguinte, ela já esqueceu o que se passou. E é preciso estabelecer punições que possam ser cumpridas. Não ameace aquilo que você não pode ou não vai fazer”, orienta Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).

9. Resolva conflitos longe da criança: O pai diz que “sim”, mas a mãe acha que “não”. Se o casal discorda sobre o que fazer diante de um pedido do filho ou de uma regra da casa, conversem reservadamente e longe da criança até chegar em um acordo. “O que não pode acontecer é brigar na frente da criança e um desautorizar o outro”, afirma Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). Se o filho pede algo e um dos pais não está presente, diga à criança para esperar que os dois conversem e mais tarde dê a resposta à criança.

10. Dê o exemplo: Na sua casa criança não pode falar palavrão? Tem que comer salada? Tem que ajudar nas tarefas do lar? Então você precisa dar o exemplo, para mostrar a coerência entre o que você diz e o que você faz. “Autoridade é ensinar o filho a fazer não só o que você diz, mas o que você faz. Os pais são os modelos das crianças”, diz a psicóloga clínica Rosana Augone.

Fonte: Educar para Crescer



domingo, 8 de setembro de 2013

A CONTRIBUIÇÃO DA MÚSICA PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

A música é um meio de expressão de ideias e sentimentos, mas também uma forma de linguagem muito apreciada pelas pessoas. Desde muito cedo, a música adquire grande importância na vida de uma criança. Você com certeza deve lembrar de alguma música que tenha marcado sua infância e, junto com essa lembrança, deve recordar as sensações que acompanharam tal execução. Além de sensações, através da experiência musical são desenvolvidas capacidades que serão importantes durante o crescimento infantil.
Em condições normais, os órgãos responsáveis pela audição começam a se desenvolver no período de gestação e somente por volta dos onze anos de idade é que o sistema funcional auditivo fica completamente maduro, por isso a estimulação auditiva na infância tem papel fundamental. Sabe-se que os bebês reagem a sons dentro do útero materno e que a música, desde que apropriadamente escolhida, pode acalmar os recém-nascidos.


Vale ressaltar a importância não apenas da música tocada através de um aparelho, mas também o contato estabelecido entre a mãe e o bebê. Assim, cantar, murmurar ou assobiar fornecem elementos sonoros e também afetivos, através da intensidade do som, inflexão da voz, entonação, contato de olho e contato corporal, que serão importantes para a evolução do bebê no sentido auditivo, linguístico, emocional e cognitivo.
Isso ocorre também durante todo o desenvolvimento infantil, pois através da música e de suas características peculiares, tais como ritmos variados e estrutura de texto diferenciada, muitas vezes com utilização de rimas, a criança vai desenvolvendo aspectos de sua percepção auditiva, que serão importantes para a evolução geral de sua comunicação, favorecendo também a sua integração social.
Quando estão cantando, as crianças trabalham sua concentração, memorização, consciência corporal e coordenação motora, principalmente porque, juntamente com o cantar, ocorre com frequência o desejo ou a sugestão para mexer o corpo acompanhando o ritmo e criando novas formas de dança e expressão corporal.
Contudo, não se deve esperar que apenas a escola estimule a criança. Deve-se, ao contrário, oferecer a ela um leque variado de experiências musicais para que perceba diferenças entre estilos, letras, velocidades e ritmos (trabalhando assim a atenção e a discriminação auditiva) e permitir que faça escolhas e sugira repetições, o que geralmente a criança pequena faz com frequência, como forma de aprendizagem e recurso de memorização (desta forma ela estará trabalhando a memória auditiva).
No setor linguístico percebemos a possibilidade de estimular a criança a ampliar seu vocabulário, uma vez que, através da música, ela se sente motivada a descobrir o significado de novas palavras que depois incorpora a seu repertório.
Todos esses benefícios são estendidos não só à linguagem falada, mas também à escrita, na medida em que boa percepção, bom vocabulário e conhecimento de estruturas de texto são elementos importantes para ser bom leitor e bom escritor.
E então, você já está pensando em alguma música para cantar junto com seu filho? O importante é respeitar interesses individuais e também específicos de cada fase do desenvolvimento; assim, crianças pequenas podem mostrar maior interesse por temas relacionados a super-heróis, seres mágicos, animais, ou assuntos como amizade, medo etc.
Finalmente, quero lembrar que ouvir música não deve ser uma atividade imposta e sim realizada com prazer, pois somente assim os benefícios serão obtidos de forma natural, como sempre deve ocorrer na relação entre pais e filhos.
Dica: CD´s infantis Palavra Cantada
O selo Palavra Cantada traz a dupla musical formada pelos instrumentistas, cantores, compositores e produtores Paulo Tatit e Sandra Peres, especializados em música infantil. Quatro dos oito trabalhos já lançados pela dupla, ganhou o prêmio Sharp de melhor álbum infantil.
Discografia
  • "Canções de Ninar" (1994) - que revolucionou o gênero com canções inéditas.
  • "Canções de Brincar" (1996) - com composições da dupla em parceria com Arnaldo Antunes, Luiz Tatit e Edith Derdyk. Entre elas, os sucessos Sopa e Ora Bolas, ouvidas em pré-escolas de todo o país.
  • "Cantigas de Roda" (1996) - deu uma roupagem atual às cantigas tradicionais da música brasileira.
  • "Canções Curiosas" (1998) - um trabalho requintado de música, poesia e humor.
  • Em 1999 foram produzidos dois álbuns de música com narração de histórias: "Mil Pássaros" em parceria com a escritora Ruth Rocha e "Noite Feliz", com histórias de Cândido de Alencar.
  • (2001) CD-Livro - "Canções do Brasil - o Brasil cantado por suas crianças" - projeto que envolveu pesquisa e gravação de músicas infantis pelos 26 estados do país. Interpretadas por crianças locais, essas músicas ressaltaram as peculiaridades culturais de cada região.
  • "Meu Neném" (2003) - álbum com composições próprias e do músico kalimbista Décio Gioielli, para crianças na faixa de 0 a 3 anos.
*Dra. Tânia Regina Bello
Psicopedagoga e Fonoaudióloga

Nenhum comentário:

Postar um comentário