"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. (Nelson Mandela) "

sábado, 15 de novembro de 2014

A CASA DOS TRÊS PORQUINHOS



CONTE COM A AJUDA DA CLÁSSICA HISTÓRIA INFANTIL PARA TRABALHAR ORALIDADE, PSICOMOTRICIDADE E VALORES COMO AMIZADE E DEDICAÇÃO AO TRABALHO.

OBJETIVOS:
* INSTIGAR O GOSTO PELA LEITURA
* DESENVOLVER A ATENÇÃO, CONCENTRAÇÃO, LATERALIDADE, AGILIDADE, EQUILÍBRIO E NOÇÕES ESPACIAIS
*ESTIMULAR A CRIATIVIDADE, SENSIBILIDADE, CURIOSIDADE E IMAGINAÇÃO
*ESTIMULAR A LINGUAGEM ORAL
*TRABALHAR CONCEITOS MATEMÁTICOS E SENSORIAIS
*TRABALHAR A COORDENAÇÃO MOTORA, ATENÇÃO E RACIOCÍNIO

FAIXA ETÁRIA 4 E 5 ANOS. 
CONTOS DE FADAS E FÁBULAS PODEM SER USADOS PARA TRABALHAR NÃO APENAS ALFABETIZAÇÃO E ORALIDADE, MAS TAMBÉM MATEMÁTICA E PSICOMOTRICIDADE, COMO FEZ A PROFESSORA DE EDUCAÇÃO INTANTIL NIVIAN DE ALMEIDA DE ALVES, DO COLÉGIO SCARANNE, EM SÃO PAULO (SP). "DESENVOLVER UM PROJETO COM CONTOS E FÁBULAS É IMPORTANTE PORQUE A CRIANÇA NESSA FAIXA ETÁRIA TEM GRANDE INTERESSE POR HISTÓRIAS DE PRINCESAS, BRUXAS, FADAS, ALÉM DE BICHINHOS E SERES DA NATUREZA HUMANIZADOS. ASSIM, DESPERTAMOS O INTERESSE, ENVOLVIMENTO E PARTICIPAÇÃO DELAS NAS ATIVIDADES PROPOSTAS, E HÁ VÁRIOS CAMINHOS PARA TRABALHAR OS CONTOS", DIZ A PROFESSORA. 

HORA DO CONTO E DO RECONTO 

OBJETIVOS:
*INSTIGAR O GOSTO PELA LEITURA
*ESTIMULAR A LINGUAGEM ORAL
*ESTIMULAR A MEMÓRIA, PERCEPÇÃO, ATENÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
*COMPREENDER O ENREDO DA HISTÓRIA E A SEQUÊNCIA COMEÇO, MEIO E FIM
*DRAMATIZAR AS HISTÓRIAS.


 A PRIMEIRA PARTE DO PROJETO FOI A CONTAÇÃO DA CLÁSSICA HISTÓRIA DOS TRÊS PORQUINHOS AOS ALUNOS. PARA ISSO, NIVIAN USOU GRAVURAS GRANDES, PARA QUE AS CRIANÇAS PUDESSEM OBSERVAR DETALHES QUE CONTRIBUEM PARA A ORGANIZAÇÃO DOS PENSAMENTOS E DE ENTENDIMENTO DA HISTÓRIA. NA SEQUÊNCIA, A PROFESSORA TRABALHOU O RECONTO DA HISTÓRIA, PARA DESENVOLVER A MEMÓRIA, A PERCEPÇÃO E A ATENÇÃO DOS PEQUENOS. "UMA ÓTIMA SUGESTÃO É O RECONTO NO COLETIVO, EM QUE TODOS PARTICIPAM, E CADA CRIANÇA RECONTA UMA PARTE DA HISTÓRIA CONFORME É ESCOLHIDA", SUGERE NIVIAN.

 TRABALHANDO VALORES

OBJETIVOS: 
*TRABALHAR O LADO EMOCIONAL DA CRIANÇA
*TRANSMITIR MENSAGENS PERMITINDO QUE A CRIANÇA REFLITA, CRIE E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES.

 OS CONTOS TAMBÉM SÃO ÓTIMAS FERRAMENTAS PARA TRABALHAR VALORES E SENTIMENTOS POSITIVOS OU NEGATIVOS, COMO DEDICAÇÃO AO TRABALHO, INTELIGÊNCIA, AMIZADE, PREGUIÇA E MEDO. "TRABALHAR VALORES PERMITE A ESCOLHA DE CAMINHOS POSITIVOS DESDE A INFÂNCIA ATÉ A VIDA ADULTA. ELES SÃO A BASE PARA A FORMAÇÃO DE UM SUJEITO CRÍTICO", COMENTA NIVIAN. ENTRE OS VALORES CONTIDOS NA HISTÓRIA, A PROFESSORA TRABALHOU COM OS ALUNOS: A IMPORTÂNCIA DE FAZER O TRABALHO BEM FEITO, DEIXANDO DE LADO A PREGUIÇA, A AMIZADE DOS TRÊS PORQUINHOS E A BOA CONVIVÊNCIA ENTRE ELES, E O CULTIVO À ESPERANÇA E AO SONHAR, COM A EXPECTATIVA DE UM FINAL FELIZ.

PSICOMOTRICIDADE

MATERIAIS:
*"TIJOLOS" FEITOS COM CAIXA DE LEITE ENCAPADA
*"CARRINHO DE MÃO"FEITO COM UM PEDAÇO DE TNT
*CAPACETE DE PLÁSTICO

OBJETIVOS:
*TRABALHAR A COORDENAÇÃO MOTORA, ATENÇÃO E RACIOCÍNIO
*DESENVOLVER A CONCENTRAÇÃO, LATERALIDADE, AGILIDADE, EQUILÍBRIO E NOÇÕES ESPACIAIS. 

* NIVIA COMENTA QUE UM BOM DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA EDUCAÇÃO INFANTIL PROPORCIONA ÀS CRIANÇAS ALGUMAS CAPACIDADES BÁSICAS PARA UM BOM DESEMPENHO ESCOLAR, PERMITINDO QUE ELAS CHEGUEM AO ENSINO FUNDAMENTAL MAIS ATENTAS, SOCIÁVEIS E SEM DIFICULDADES QUANTO AO TRAÇADO DAS LETRAS E NÚMEROS. AS ATIVIDADES RELACIONADAS À PSICOMOTRICIDADE SÃO AQUELAS DE ENGATINHAR, ANDAR, CORRER, SUBIR, DESCER, EMPILHAR, ENCAIXAR, ENTRE OUTRAS. "QUANDO CRIEI O PROJETO OS TRÊS PORQUINHOS, MINHA INTEÇÃO NA PSICOMOTRICIDADE ERA DESENVOLVER ESSAS ATIVIDADES (ANDAR, EMPILHAR ETC) DE UMA FORMA LÚDICA, POR ISSO TIVE A IDEIA DE CONSTRUIR A CASA DE TIJOLO DOS PORQUINHOS", CONTA A PROFESSORA.

* APÓS CONTAR A HISTÓRIA, NIVIAN QUESTIONOU AS CRIANÇAS SOBRE AS CASAS DA HISTÓRIA, QUE TIPOS DE MATERIAIS FORAM UTILIZADOS PARA A CONSTRUÇÃO, QUAL FOI A MAIS FÁCIL DE SER DERRUBADA E QUAL FOI A MAIS SÓLIDA. PARA CONSTRUIR A CASA SÓLIDA, ELA PERGUNTOU QUE TIPO DE MATERIAL PODE SER USADO E QUAL PROFISSIONAL TRABALHA NESSA CONSTRUÇÃO. NIVIAN QUESTIONOU AINDA QUAL A FERRAMENTA DE TRABALHO E SE EXISTE ALGUM TIPO DE UNIFORME OU OBJETO DE PROTEÇÃO PARA TRABALHOS EM OBRAS. 

*NA SEGUÊNCIA, A PROFESSORA PREPAROU O AMBIENTE, DEIXANDO UM ESPAÇO LIVRE PARA QUE AS CRIANÇAS PUDESSEM SE DESLOCAR DE UM LUGAR PARA O OUTRO, BUSCANDO O MATERIAL (TIJOLOS FEITOS COM CAIXA DE LEITE) E LEVANDO ATÉ O LOCAL PARA A CONSTRUÇÃO NO "CARRINHO" DE TNT. "TRABALHANDO ASSIM A PSICOMOTRICIDADE, POIS A CRIANÇA DEVIA PUXAR O TECIDO COM OS BRAÇOS ESTICADOS E ANDANDO DE COSTA. NO LOCAL DA CONSTRUÇÃO, ELA DEVIA FAZER A PAREDE DA CASA DE TIJOLOS, EMPILHANDO AS CAIXAS DE LEITE", DIZ NIVIAN.

MATEMÁTICA

OBJETIVOS:
* TRABALHAR CONCEITOS MATEMÁTICOS E SENSORIAIS
*APRESENTAÇÃO DO NÚMERO 3 E A QUANTIDADE CORRESPONDE. 
DICA ESPERTA!
PAÇA À CRIANÇA QUE NÃO SE ESQUEÇA DE UTILIZAR O CAPACETE PARA A EXECUÇÃO DO TRABALHO, PARA SIMULAR A PROTEÇÃO NECESSÁRIA NUMA SITUAÇÃO REAL!
NA HORA DE COLCOAR OS TIJOLOS NO CARRINHO DE MÃO (TECIDO TNT), VOCÊ PODE TRABALHAR TAMBÉM A QUANTIDADE CORRESPONDE AO NÚMERO DE PORQUINHOS E CASAS DA HISTÓRIA CONTADA: O NÚMERO TRÊS, ASSIM O ALUNO DEVERÁ COLOCAR TRÊS TIJOLOS. "APROVEITAR O INTERESSE E O ENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS COM A HISTÓRIA É UMA BOA OPORTUNIDADE PARA TRABALHAR O CONCEITO MATEMÁTICO DO NÚMERO TRÊS E A QUANTIDADE CORRESPONDENTE, POIS A CRIANÇA TERÁ FÁCIL ASSIMILAÇÃO ASSOCIANDO O NUMERAL À HISTÓRIA E A QUANTIDADE AOS PERSONAGENS E ÀS CASAS CONSTRUÍDAS", ACRESCENTA NIVIAN.
FONTE: GUIA PRÁTICO PARA PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL

SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

Os Três Porquinhos

No Centro de Educação Integral Paulo Freire, onde trabalho, tenho mais de 500 alunos, a idade varia de 4 a 11 anos. E alguns temas são possíveis de trabalhar com a escola toda, com algumas modificações, é claro, nas discussões, no nível das explicações, na profundidade com que apresentamos o tema, levando em consideração a idade de cada turminha. Foi pensando assim que preparei uma aula com o mesmo tema, porém com livros diferentes. Para os alunos de 4 a 7 anos, contei a já conhecida história dos três porquinhos, mas em uma versão mais moderna, com outros personagens como a policia que avisava aos porquinhos sobre a presença de um lobo perigoso a solta nas redondezas e que também depois prendia o lobo e o fazia recosntruir as casinhas derrubadas. E outras novidades nessa versão da história, adaptada por mim, Professora Andréa, para esta aula especial.
Atividade dessa aula:
Primeira atividade: fiz uma sondagem com os alunos, para saber se alguém conhecia alguma outra versão da história dos três porquinhos. Alguma história que tivesse o começo ou o final ou alguma parte que fosse diferente da nossa história. Isso já fez acontecer uma boa conversa sobre as várias versões conhecidas pelos alunos.Segunda atividade: Os alunos que conheciam as versões mais diferentes da história dos três porquinhos, apresentavam suas versões para a turma recontando a história.
Não, eu não sou um porquinho (rsrs) é que recepcionei todas as turmas com a máscara de porquinho, uma maneira de chamar a atenção desde a chegada das crianças na sala.
Contei a história com a ajuda de uma avental de feltro e fantochinhos com velcro. Mas minha maior ferramenta mesmo é a imaginação das crianças, que é encantada.
Já com os alunos de 8 a 11 anos, a história dos Três Porquinhos foi outra, usei o livro, A VERDADEIRA HISTÓRIA DOS TRÊS PORQUINHOS, de Jon Scieszka. Foi muito interessante contar esta história para as crianças desta idade, porque eles já conheciam bem várias versões da tradicional história dos três porquinhos, então conseguiram entender e se envolver com esta nova história que traz a versão do lobo.
O autor escreveu a história como se fosse o lobo contando os fatos, e isso impressionou os alunos, tanto que na discussão ao final da leitura estavam divididos, alguns defendendo o lobo e outros tentando encontrar evidências da culpa do mesmo. (rsrs isso daria um bom tribunal do juri)
 

FONTE: http://saladeliteraturainfantil.blogspot.com/2009/02/os-tres-porquinhos.html






 

 
A história que vamos ler é a dos três porquinhos e o Lobo e, como aqui vamos ver, só um deles não é bobo, pois os outros dois quase perdem a vida, criando juízo depois que a fera foi vencida.
Era uma vez três porquinhos. Cícero, Heitor e Prático. Um dia decidiram construir três casas. Cada um ia fazer a sua, para esconder-se do lobo, que era muito mau e gostava de comer porquinhos. Cícero encontrou logo tudo que precisava:
- Eis aqui uma porção de bambus, cola e barbante. Com isto, vou construir uma casa muito boa!
Heitor logo falou:
- Um sopro do lobo chega para derrubar sua casa.
- Nada disso! Você está brincando? Minha casa vai ser muito forte!
E num instante o porquinho Cícero estava com a casa pronta. Todo contente pôs-se a cantar:
"A minha casa eu fiz, sozinho e terminei, pra morar nela feliz, feliz tal qual um rei!"
Os outros dois porquinhos continuaram caminhando pela estrada. Pretendiam fazer casas melhores que a do Cícero, por isso procuravam material mais forte que bambu.
Logo adiante Heitor falou:
- Ei, irmãozinho! Por que não paramos aqui? Veja que tábuas ótimas! O lobo não poderá derrubar uma casa feita com elas.
- Ora, com dois sopros o lobo derruba uma casa de tábuas! - respondeu Prático. - Mas se você quer, fique aqui para construí-la. Eu vou procurar coisa melhor.
- Vou fazer uma casa à prova de lobo, você vai ver! - disse Heitor que já estava cansado de tanto andar e achou melhor começar o trabalho. Não levou mais que um dia para fazer a casa.
Quando estava pronta ele cantou:
"A minha casa eu fiz, sozinho e terminei, pra morar nela feliz, mais feliz do que um rei!"
Prático não tinha preguiça.  Trabalhou quatro dias sem parar, para construir sua casinha. Mas, quando terminou o serviço, a casa era sólida, feita de tijolos e cimento. Tinha até janela, porta com cadeado e lareira com chaminé!
Os três irmãos ficaram morando cada um na sua casinha.
Um dia o lobo passou ali por perto e sentiu cheiro de porquinho, que era sua comida predileta.
- Hum! Que cheiro bom de porquinho! Até me dá água na boca! Vem daquela casinha de bambu... Vou dar uma olhada.
- O lobo! - gritouCíceroassustado, ao vê-lo.
Oh, um porquinho! - exclamou o lobo lambendo os beiços. - Que está fazendo aí dentro de casa? Venha dar um passeio comigo!
- Eu não! - respondeu o porquinho. - Você está querendo me comer.
Não vou nessa conversa. Não sou nenhum bobo.
- Se não vai por bem, vai por mal - ameaçou o lobo. - Vou soprar sua casinha e com um único sopro ela voará pelos ares!
- Isso é o que você pensa! - respondeu o porquinho. - Minha casa é muito forte!
- Depois não diga que não avisei - continuou o lobo.
- Lá vai: um . . . dois . . .  três!
O lobo soprou e com o primeiro bufo já derrubou a casinha. Os bambus voaram pelos ares e Cícero saiu voando também.
Que aperto! Com o lobo nos calcanhares, Cícero tratou de correr para a casa de Heitor, gritando:
- Depressa, abra a porta! O lobo está atras de mim!
- Entre, entre! - disse Heitor. - Aqui estaremos a salvo.
Ao chegar perto da casa de Heitor, o lobo fingiu de bonzinho e falou:
- Estou triste e sozinho, deixem-me entrar!
Os porquinhos responderam:
- Não somos bobos! Você quer nos comer. Não vamos abrir a porta nunca.
- Não? Pois já lhes mostro o que vai acontecer - respondeu o lobo.
- Prestem atenção: um . . .  dois . . .  três . . .!
o lobo soprou e no segundo bufo já a casa de tábuas estava voando pelos ares. Mais que depressa os dois porquinhos se agarraram ao madeirame do telhado. Cícero e Heitor voaram junto com a casa.
A sorte dos dois foi que caíram perto da casa de Prático. Assim que se viram no chão, trataram de correr para lá em disparada.
- Depressa, Prático, abra a porta! O lobo, com dois bufos, mandou minha casa de tábuas pelos ares!
Cícero falou também:
- Depressa, Prático, abra a porta! O lobo, com um bufo, desmanchou minha casinha de bambu!
O Prático abriu a porta e os dois entraram correndo.
Eu bem que avisei, disse Prático. - Suas casinhas eram muito fracas para resistir ao lobo. Eu trabalhei bastante, mas minha casa de tijolo e cimento é forte. Nem com dez bufos o lobo consegue derrubá-la.
- Vamos trancar a porta com o cadeado! - disse o Gorducho.
- E vamos fechar as janelas, depressa!
O lobo já ia chegando. Descera a colina correndo tanto que estava sem fôlego. Parou diante da casa de Prático e ficou admirado de ver como o porquinho tinha conseguido fazer uma casa tão sólida.
- Não vai ser fácil derrubá-la, ainda mais que estou cansado de tanto correr . . .  Acho melhor arranjar um jeito de enganar esses três bobinhos.
- Porquinhos, deixem-me entrar, só quero cumprimentar!
- Lobo velho disfarçado, você gosta de assado. Não insista vai embora, estamos dentro, você fora.
- Ora, deixem de conversa! Vocês vão ou não abrir essa porta?
- De jeito nenhum, desista!
- Estou perdendo a paciência porquinhos!
- Azar o seu! Não temos nada com isso!
O lobo furioso:
Que falta de respeito! Afinal, sou mais velho que vocês e além disso, sou lobo e vocês são porquinhos! Vocês tem que me obedecer! Pela última vez, abram essa porta!
- Não, não e não!
Então lá vai:
- Um . . . dois . . . três . . .
O lobo soprou com toda força que tinha. Estava com tanta raiva, que seu sopro foi ainda mais forte. Mas a casa de tijolos, nem se abalou.
O lobo soprou de novo e tornou a soprar . . .  Cada vez ficava com mais raiva e soprava mais forte. Mas não adiantava nada: a casa não caía.
- Não falei que minha casa era sólida? Pode bufar quanto quiser . . . a casa vai resistir até você não aguentar mais!
O lobo viu que o porquinho tinha razão. Já estava completamente sem folego e a casa não caía. Tratou então de passar a conversa nos três:
- Porquinhos, sabem o que eu encontrei? Aqui bem perto há uma macieira carregada. Que tal se dividirmos as maçãs?
- Ótimo! Aceitamos!
- Pois bem. - Vamos marcar um encontro, amanhã pela manhã.
- Combinado - disseram os três porquinhos.
Na manhã seguinte, o lobo chegou à macieira e não viu os porquinhos. Daí a pouco uma voz chamou:
- Lobo mau, estamos aqui em cima da macieira!
- Desçam já daí - gritou o lobo.
- Por que? Estamos comendo nossa parte das maçãs - responderam os três.
- Ajudem-me a subir na árvore! - pediu o lobo.
- Não precisa subir - respondeu Prático. - Vou atirar-lhe uma maçã, toma!
- Hum, é uma bela maçã! Vou pegá-la. Caiu aqui no meio do capim . . . Não consigo encontrá-la . . . Onde estará?
A maçã fique comendo para matar sua fome. Vamos pra casa correndo pois senão você nos come.
Viva o rei da esperteza, viva o nosso grande lobo. Ganhou hoje, com certeza, o premio de maior bobo!
Que significa isso? - perguntou o lobo zangado. - Ah, seus malandros! Estão se fechando dentro de casa!
O lobo distraído, a procura da maçã, não vira os três porquinhos descerem da árvore e correrem a trancar-se na casa de tijolos.
O lobo arranjou uma escada bem alta e encostou à casa. Devagarinho, tratou de subir sem fazer barulho.
- Agora não me escapam! - pensava ele. - Vou entrar pela chaminé . . . e cairei bem no meio deles! Os três bobinhos nem perceberão de onde eu vim!
Mas os três porquinhos, fechados dentro da casa, estavam alertas.
Vendo as patas do lobo pela janela, Cícero avisou:
- Irmãos o lobo vai entrar pela chaminé
- Vamos fugir! - disse Heitor.
Deixe que ele venha! - falou Prático.
- Vai cair no fogo e se queimar todo! - respondeu o Gordinho.
O lobo, no entanto, ia pensando:
- Basta escorregar pela chaminé . . . sem barulho . . .
E desceu, sem imaginar o que o esperava.
- Socorro! Minha cauda está queimando! Socorro! Água! Socorro!
Com fogo o lobo corremos, dando-lhe boa lição e rindo agora o vemos sumir como um rojão!
Grande é a nossa felicidade, uma festa se fará. O bem venceu a maldade, o lobo não voltará!

FONTE: http://www.contandohistoria.com/ostresporquinhos.htm



NOME DO PROJETO: Dramatização do Conto “Os Três Porquinhos”
DISCIPLINA(S) ENVOLVIDA(S): Arte e Cultura
SÉRIE(S) PARA QUAL É INDICADO: 1° ano do Ensino Fundamental
TEMPO APROXIMADO DE DURAÇÃO: 10 aulas semanais com duração de 1h40’ cada – 3 meses
Outras informações:
Sou prof. de Arte e Cultura e leciono em 8 turmas da pré-escola e do 1°ano do Ens. Fund.
A grande maioria dos meus alunos não sabe ler.
Tenho 6 versões diferentes do conto “Os Três Porquinhos”.
Na escola os alunos não têm acesso a computadores.



METAS
- dramatização de um conto
- incentivo à leitura – já que os alunos serão alfabetizados neste ano;
- maior socialização entre os alunos; ( com a divisão e trabalhos em grupos dos alunos)
- diminuir os problemas com as diversidades; (não deixar nenhum aluno fora dos grupos)
- tornar os alunos mais autônomos; (transformar um conto em personagens sem falas decoradas,  confecção das casas, tentar deixar os alunos resolverem os problemas.)
- melhorar a oralidade;
Habilidades séc. XXI – incentivar a criatividade e a criação de novas idéias;
- melhorar a oralidade e a comunicação;
- que os alunos pensem nos problemas e sejam críticos.
QUESTÃO ESSENCIAL (QE)
É possível transformar um conto em uma peça teatral?
QUESTÕES DE AULA (QAs)
Vamos conhecer as várias histórias dos Três Porquinhos?
Podemos começar desenhando os personagens? Eles são diferentes?
Vamos formar grupos para representar os personagens?
Vamos fazer brincadeiras em que nós seremos os personagens da história?
Será que no final do ano vocês vão conseguir ler os contos?
QUESTÕES DE CONTEÚDO (QCs)
Quais são os personagens?
Quais as características de cada um?
Qual a mensagem principal dos contos?
CRONOGRAMA DE AVALIAÇÃO
INDICADORESTRATÉGIAOBJETIVO
ANTES DA EXECUÇÃO DO PROJETO
- Perguntar e registrar as dúvidas e questões dos alunos sobre o conto.  Os alunos já conhecem o conto?
Qual a diferença entre os personagens?
O papel da mãe no conto.
Perceberam a mensagem do conto?
- rodas de conversa- identificar o conhecimento dos alunos sobre o conto
Observar através das conversas qual versão do conto será escolhido. - rodas de conversa- apresentar os livros aos alunos  .
DURANTE A EXECUÇÃO DO PROJETO
ouvir histórias contadas pelos alunos - rodas de conversa- acompanhar o desenvolvimento e o entendimento dos alunos.
- esclarecer pontos de dúvidas sobre os contos. - rodas de conversa- ouvir Os Três Porquinhos de outras maneiras apresentadas pelos alunos
DEPOIS DA EXECUÇÃO DO PROJETO
- Avaliar se as questões de aula foram cumpridas e avaliar as falhas, se houver.  - Perceber se os alunos entenderam as características dos trabalhos executados pelos porquinhos
- perceber o interesse dos alunos por outros contos através de possíveis questões e dúvidas
- roda de conversa com os alunos sobre o projeto; o que foi interessante? Do que não gostaram? Houve falhas?- analisar o que os alunos aprenderam com as aulas 
Distribuição e cronograma de atividades
DATAAtividades conduzidas pelo professorTarefas individuaisTarefas em grupoConexões com a comunidade
ANTES DA EXECUÇÃO DO PROJETO
1ª aulaApresentação do prof. de Artes e explicações sobre as atividades que serão desenvolvidas e o horário das aulas – 1 vez por semana  Apresentação do projeto e explicação sobre dramatização de uma história.Desenho livre sobre o ponto de maior interesse do aluno, sem cópia. Distribuir os livros p/ os grupos de alunos conhecerem as diversas histórias, através das ilustrações 
DURANTE DA EXECUÇÃO DO PROJETO
2ª aulaContar as opções do conto Os Três Porquinhos.  Mostrar as ilustrações.
Demonstrar a importância da leitura.
Deixar os alunos folhearem os livros observando as ilustrações.  Continuação do trabalho da aula anterior.
Incentivar a compra de livros sobe literatura infantil.
3ª aula
4ª aula
5ª aula  6ª aula
7ª aula
Observação e orientação do professor, se necessário. Deixar que os alunos decidam e solucionem problemas.Desenhos dos personagens escolhidos pelo aluno. Característica de cada personagem. Uso de diversos materiais.  Identificar a melhor maneira de preparar os desenhos para apresentação, junto com adereços e painéis.Recontar as histórias a partir das ilustrações para o grupo.  Contar outras histórias para o grupo.
Pesquisar qual das histórias preferem.
Dividido em grupos, cada um deles prepara sua apresentação junto com os colegas, discutem e dividem as tarefas.
Confecção dos cenários e das casas dos porquinhos do conto.
Recolhimento de material para a confecção e dramatização da história.
8ª aula 

Tempo livre para brincadeiras e criação de novas histórias com os personagens.  Ensaio geral da apresentação.
9ª aula 

Apresentação da história para os outros grupos da sala.Apresentação da história para outras turmas da escola. 
DEPOIS DA EXECUÇÃO DO PROJETO
10ª aulaRefletir sobre o trabalho que foi desenvolvido.  Mostrar a importância da leitura.
Contar a experiência da apresentação.



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